quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cinco óculos de sol

Comentou uma colega de trabalho que havia esquecido seu óculos de sol na casa de sua mãe, em outra cidade, e precisaria comprar outro porque somente iria retornar para visita daqui três semanas.

Falei para ela que eu tinha um guardado, novo e que poderia emprestar, considerando que aquele que estou usando está com a lente riscada, mas pretendo utilizar mais um tempo antes de colocar em uso óculos novos.

Que bonito! Usar até o final para depois pegar o novo que está guardado!

Bonito seria se houvesse somente aquele novo, pois abri a caixa onde ele estava e lá encontrei mais três óculos. Assim, o que uso, o que emprestei e mais três, totalizando cinco óculos de sol e eu nem lembrava que tinha tantos.

Meu filho dia desses procurou um idêntico àquele que estou querendo aposentar e sugeriu que eu comprasse. Respondi que tinha um novo guardado e somente compraria quando esse novo também estragasse. Ledo engano! Penso que não vou precisar comprar óculos de sol nunca mais.

E lá se manifestou novamente meu problema de memória!

Sorte é atualmente não estar comprando e mais consciente, caso contrário, teria acompanhado a colega na compra de um novo e até trazido mais um para a "coleção".

Onde estão suas coisas? O que você tem guardado e nem lembra mais?

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como estabelecer um controle financeiro

Recebi um elogio nos comentários ao meu controle financeiro e, confesso, sou toda orgulhosa dele e de mim que consigo manter quase tudo na ponta do lápis.

Meu filho já tentou me mostrar a forma de utilização de planilhas eletrônicas, inclusive em sites que recebem dados compartilhados do celular, logo, seria fácil e não precisaria somar todos os valores como faço, primeiro para colocar no item respectivo no final do mês e segundo para totalizar débitos e créditos.

Utilizo planilhas manuais, inclusive faço as divisões com régua e caneta (rs), incluindo de três a quatro meses em folha de caderno universitário, sendo que esse comportamento já tem mais de três décadas, tenho dificuldade para mudar para outra forma de controle, embora essa possibilidade - planilhas eletrônicas - não esteja descartada, principalmente para alguém que vai ter que ocupar o tempo com mais um período sabático.

Entretanto, o que eu queria mesmo era tentar ajudar uma leitora do blog que diz não conseguir controlar em planilhas seus gastos.

Olha, eu não estaria tão feliz com o "ano sem compras" se não tivesse parâmetros para comparar e esses somente podem ser avaliados com números claros e por categoria. Aliás, ausentes números e dados concretos, certamente não me sentiria estimulada a continuar com o consumo extremamente controlado.

Meu filho ficou abismado quando falei dos números de um ano e de outro, mais atordoado ainda quando disse que terminaria o "ano sem compras" e iniciaria outro. Ele perguntou: 

- Nem uma semaninha de compras?

Ao que respondi, nem um dia de compras, pelo menos até que apareça algo muitíssimo necessário.

Voltando, que o ser aqui está dispersivo, não há qualquer necessidade de guardar papeizinhos, embora eu goste de conferir o cartão de crédito e nunca tenha tido um débito indevido (rs - conclusão que cheguei agora é que é perda de tempo, no meu caso, mas ainda assim guardo os comprovantes e confiro com a fatura).

Todas temos conta em banco, geralmente todos os valores que recebemos vai para essa conta e todos os valores pagos saem dessa conta. Normalmente não uso moeda corrente (embora pretenda mudar esse hábito), pois faço os pagamentos com cheques e cartões. O pouco dinheiro que tenho na carteira são para despesas pequenas e saem da conta, logo contabilizo dividindo no final do mês entre os diversos itens cotidianos sem precisão milimétrica. 

Desta forma, no final do mês tiro um extrato da conta, anoto a que se referem os cheques e débitos autorizados, divido a fatura do cartão em cada item de despesa, resultando no final cada valor mensal em sua linha respectiva, o que toma menos de uma hora, permitindo de imediato identificar onde ocorrem os deslizes e os acertos.

Tenho imprevistos? Claro! Entretanto, eles se referem à contas não programadas e inadiáveis, pagas da forma acima e devidamente lançadas na quase contabilidade que tenho.

Já fiz diversos posts falando dos inúmeros imprevistos e inclusive do quanto o mês de abril desse ano foi cruel. A boa notícia é que está tudo nos trilhos novamente e com a soma de ontem, demonstrando o quanto melhorei em tudo, estou muito feliz.

p.s. quanto à luz, água, telefone e outras despesas não incluída no "ano sem compras" a redução ocorreu sem ser planejada, procurada ou administrada, aconteceu, SIMPLES ASSIM !!!

QUANDO VOCÊ SE PROPÕE DE CORAÇÃO A FAZER ALGUMA COISA, TRABALHA NESSE SENTIDO, O UNIVERSO TODO CONSPIRA PARA QUE TUDO SE REALIZE MELHOR DO QUE VOCÊ IMAGINA !!!

É fantástico...

Já vou comunicando que não terminei o "ano sem compras" e, dizendo o contrário do que disse antes, vou fazer mais "um ano sem compras".

A Colorada pediu que fizesse um levantamento de como foi esse ano em termos financeiros e com medo de não conseguir terminar até o dia primeiro de julho, aproveitei a insônia e fiz os cálculos dos períodos julho/2010 a junho/2011 e julho/2011 a abril/2012, pois por óbvio ainda não fechei os meses de maio e junho de 2012.

Feito isso, fiz uma média dos valores de 07/2011 a abril/2012 dividindo por 10 e multiplicando por 12 - já que as despesas não variam muito de mês para mês (sim, eu não tinha mais nada para fazer e não conseguia dormir) - chegando ao valor anual para o ano sabático.

Comparado o ano anterior e o "ano sem compras" conclui que gastei nesse último ano 70% dos valores que gastei de julho/2010 a junho/2011, portanto, uma economia geral de 30%.

Somente comparei as seguintes despesas: taxas bancárias, água, luz, telefone, seguros, IPVA, IPTU, licenciamento de veículo, empregada, INSS, mercado, sky, locadora, despesas pessoais, despesas com filhos, gasolina, manutenção do carro, livros, revistas, jornais, presentes, saúde, doações, refeições fora de casa, cachorros, manutenção da casa e viagens.

Deixei de fora a troca do carro e os investimentos.

Não sei como, mas a maioria das despesas diminuiu. Aquelas poucas que tiveram os valores majorados, não representaram valores significativos na diferença anual.

Outra despesa não utilizada como parâmetro e que teve um pequeno aumento, será eliminada já em agosto de 2011, com o que poderei ter uma noção mais real da minha vida financeira, considerando que somente ela ultrapassa um pouquinho 10% dos meus rendimentos.

Vou continuar nesse período sabático por ter constatado efetivamente onde errei, quais as coisas que não posso mais fazer, as conversas que não posso mais ouvir e as chantagens que não vão mais me emocionar.

De julho de 2011 para cá ainda tive que pagar alguns valores que haviam "quicado" do período em que ainda comprava, então o aproveitamento não foi de 100% e quero ter uma idéia real, sem loucuras impensadas, sem compras impulsivas e sem "restos", porque agora não tenho nada parcelado.

Certo que não será tão radical, mas compras necessárias e úteis serão devidamente analisadas, pensadas e, acaso efetuadas, farei um post por aqui, o que servirá como espécie de freio para aquelas compras por impulso.

Fiquei feliz com o resultado matemático, preocupada com meus pontos "cegos" e ao mesmo tempo estimulada em efetivamente melhorar todos os itens da minha tabela. 

Não virei sovina, somente quero é usufruir melhor dos valores que recebo pelo meu trabalho, cansei de "pingar" por aí, não só em compras para mim, mas considerando também todos os demais pequenos gastos diários que somados anualmente chegam a valores que poderiam ser melhor aproveitados.

Esse post está ficando imenso em razão da minha euforia, então paro por aqui e volto depois para contar algumas surpresas em relação a alguns itens da planilha que não teriam razão para diminuir e diminuíram misteriosamente.

Obrigada, obrigada e mais obrigada para todos que acompanham, comentam e acreditam que é possível viver sem consumir desenfreadamente.

domingo, 27 de maio de 2012

Desafio diário (guarda roupa)... terminou

O desafio diário iniciado no dia 05.05.2012 e que deveria terminar em 03.06.2012, terminou no dia 25 de maio de 2012, constando do post original todas as peças e itens retirados.

Quando tirava mais de uma peça já considerava como retirada nos dias subsequentes a fim de manter o objetivo de, pelo menos, uma por dia.

E, olha, ainda tem muita coisa, mas quero sair do meu quarto para os outros cômodos da casa. Então, amanhã iniciarei o desafio diário de retirar um item, seja qual for, das outras peças do meu lar doce lar! considerando que ando muito trancada no meu quarto e pensando que o resto está tudo arrumadinho (rs).

Obtive resultados com os primeiros trinta dias e penso que somente assim conseguirei, pois ando tão preguiçosa e preocupada com o trabalho que não teria sequer coragem de arrumar um cômodo por vez, por exemplo.

Vamos para mais um objetivo, até que tenhamos uma casa o mais minimalista possível para uma pessoa que adora "coisinhas".

sábado, 26 de maio de 2012

Decidi...

Terminado o "ano sem compras" vou criar um blog de moda que vai virar sucesso, com mais de mil acessos por dia; receberei inúmeros produtos para promover e aumentarei a venda deles; encherei minhas gavetas de amostras; usarei bolsas "inspired" e de tanto comercializar por minha causa, eles até criarão uma bolsa em minha homenagem; comprarei ganharei sapatos e bolsas horrorosos e direi que são maravilhosos somente para estimular compradoras compulsivas a gastarem seu rico dinheirinho; direi "esse mês comprei apenas quinze peças de roupas", afinal são baratas e não aprendi nada sobre consumo.

Lógico que nada do que disse acima é verdade!

Um parênteses para os produtos "inspired" ou réplicas. Não compre jamais, não passam de cópias, em total desrespeito àqueles que desenvolveram o produto dentro da legalidade.

Estou meio "enfarada" de blogs de moda e até de certos locais onde as pessoas somente falam em quanto é bonito isso ou aquilo, o quanto é importante a imagem e o tanto que precisamos nos esforçar para manter essa imagem.

Concordo que sou vaidosa, adoro me arrumar, aprendi com minha avó, uma verdadeira lady, mas isso não pode ser o centro da vida de ninguém.

E você vai perguntar: o que deve ser o centro da vida de alguém?

Achei que iria demorar e me surpreendi quando a resposta veio rápida: desenvolvimento espiritual, saúde física e mental, harmonioso relacimento familiar e tanto quanto possível com as outras pessoas que não escolhemos para conviver, organização, leitura, música, bons programas de televisão (para quem gosta desse passatempo), objetivos a longo prazo, consumo consciente, sustentabilidade, equilíbrio e a lista poderia ser estender infinitamente para coisas que não representam consumo desenfreado movido pelo marketing e imposições sociais.

Sei que tudo isso é difícil, pois nosso mundo está voltado para o consumo, só que não custa tentar mudar o foco, não é mesmo???

Hábitos loucos e força da Lud...

Recebi um comentário da Lud no post "O problema do tempo e memória..." onde relato algumas maluquices de consumo e digo que estou pesarosa pelos valores gastos. Ela escreveu o seguinte:

"Ziula, não fique triste com o que passou, não - fique feliz por ter mudado! Pense no tanto de gente que você conhece que tem hábitos loucos de consumo e que ainda acha que isso é ótimo, bacana e natural. Pelo menos você já ultrapassou essa fase!"

Pois bem, dias atrás estava estudando transtornos de ansiedade e constatei que eles se manifestam através de diversas atitudes, tais como, dietas malucas, tratamentos milagrosos para emagrecer e engordar, excesso de exercícios, compras.

Conversando com uma amiga e falando que estava um tanto nervosa em razão do problema que recuso falar por aqui e que, ao que parece, irá ter solução na próxima semana, e ela falou:

- Você está precisando fazer um tratamento ortomolecular.

Respondi que era muito caro e não me sentia à vontade na situaçao atual para gastar R$ 1.600,00 por consulta (isso mesmo !!! pode ???). Brinquei ainda que, se gastasse tanto, ia é ficar mais doente, porque não tenho esses valores disponíveis e mesmo que tivesse não investiria em orto novamente.

Então, para controlar ansiedade e nervosismo, nessa altura do campeonato e não somente pelo fator financeiro, somente tratamento esotérico até mesmo via internet e sem custo.

Depois fiquei pensando, não no caso dela que é excepcional e necessário, mas em muitas e muitas pessoas que se envolvem em tratamentos, uso de remédios e cremes milagrosos, exercícios demasiados e compras compulsivas, parecendo para elas que isso tudo vai resolver a vida, considerando que traz um alívio temporário, e quando param para pensar a situação está pior ainda.

Explico: tanta busca com mecanismos externos leva ao desequilíbrio financeiro e sabemos que a cura para qualquer problema somente pode vir de nós mesmos (exceção feita às doenças que dependam de tratamento, porque também não sou louca nem inconsequente e estou falando apenas de tratamentos desnecessários no meu ponto de vista).

Também sabemos que desequilíbrio financeiro leva a desequilíbrio físico e mental, estresse, problemas de relacionamento pessoal e profissional.

Veio à mente a figura de uma roda - desequilíbrio mental, físico, nos relacionamentos, financeiro, não necessariamente nessa mesma ordem, nem mesmo sendo uma lista exaustiva, e um vai levando ao outro.

Aprendendo a andar na corda bamba! Penso que é isso que fazemos durante toda a existência.

Então, realmente, não vou para médico, continuarei a utilizar a blogterapia e contando com o apoio de vocês.

O certo é que realmente mudei meus hábitos de consumo e espero que essa mudança tenha sido interiorizada, o que somente vou ter certeza quando o bloqueio do ano sabático terminar.

No geral, vou sendo feliz e mais feliz ainda por contar com a confiança de pessoas que sequer conheço pessoalmente, mas acompanham meus "escritos", confiam em mim e dão a maior força! Obrigada a todas (os) vocês!!!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ridículo

Parei de ler livros tem algum tempo, dou algumas ensaiadas, leio algumas páginas, entretanto, desde o ano passado estou lendo o mesmo livro e dando umas "lidinhas" em outro.

Hoje uma colega de trabalho simplesmente marcou optometrista e perguntou se eu queria ir. Concordei porque achei que ia demorar. Fui arrastada hoje mesmo e a conclusão é que deveria aumentar o grau das lentes dos óculos.

Ridículo é eu não ter percebido antes! 

Imediatamente após a consulta ela foi até a ótica e eu junto. Desta forma, segunda-feira provavelmente terei o prazer de conseguir ler sem dor de cabeça nem náuseas.

Detalhe 1: a armação continua a mesma de cinco anos atrás e somente as lentes foram atualizadas.

Detalhe 2: as pessoas brincam que a armação deixa os óculos parecendo aqueles de proteção utilizados em empresas, mas o importante é que eu gosto dela!

Acorda, Ziula e cuide-se mais!!!

Histórico

Todos os posts contam dificuldades, erros, acertos, resistências, conquistas, perdas, ou seja, toda uma história pessoal, cheia de altos e baixos. Isso se faz necessário para uma busca da origem de todos os atos.

É certo que muita coisa, extremamente pessoal, deixo de colocar por aqui, mas não deixo de analisar e tirar lições. Necessário aprender e também descobrir a razão de determinados comportamentos, embora não possamos contar todas essas origens para evitar a exposição de outras pessoas que, certamente, agiram dentro do seu melhor.

Necessário "desconstruir" condicionamentos e cair em uma espécie de "vazio", pois a partir desse momento é que passamos a ter nossa verdadeira história.

O "ano sem compras" é motivo de estranheza, admiração, chacota, elogio, enfim, traz uma opinião diferente para cada pessoa, conforme seus valores e desejos, mas está sendo necessário e útil para a descoberta do que realmente importa.

Fico pensando quais os outros aspectos preciso modificar e quais as atitudes que podem ser tomadas em relação a cada um deles.

Então vamos de tentando, identificando e mudando, desde que essas mudanças, mesmo que por vezes doloridas, nos façam sentir melhor!


quinta-feira, 24 de maio de 2012

O problema do tempo e memória...

Constatei que perco a noção de tempo com uma facilidade maior que a velocidade da luz, também tenho uma memória que às vezes me engana! E talvez isso ocorra também com outras pessoas e em muitos aspectos.

Limitando essas minhas dificuldades ao consumo, pude perceber em faturas antigas de cartão de crédito que fazia algumas compras com diferença ínfima de dias entre uma e outra, talvez até esquecendo que tinha comprado alguma coisa no dia anterior, por exemplo.

Estou ainda na minha saga com o guarda roupa decorrente dessa época. Cheguei a ter duas jaquetas estampadas compradas na mesma época e em lojas diferentes - uma azul com branca  e em seguida uma verde água com branca, ambas com a mesma estampa, embora o modelo mudasse um pouquinho. Já foram embora faz tempo, mas sempre recordo delas, porque certamente se eu tivesse parado para pensar e tivesse noção de tempo aliada à uma boa memória, certamente lembraria que já tinha uma igual.

Por outro lado, para ter atitudes desse naipe é certo que pouco importava o que comprasse, desde que comprasse e sequer prestava muita atenção nos itens que ia juntando nos dois quartos que utilizava para guardar minhas coisas.

Hoje isso tudo é passado, mas mesmo assim fico pesarosa com tanto dinheiro posto fora, tanto tempo perdido em lojas e inúmeras coisas já descartadas ou que devem ser descartadas.

Espero não passar mais por essas situações.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Faltam 39 dias...

Queria fazer um post ontem dizendo que já estava na quarentena e até fazer uma análise das coisas que entraram na minha vida nesse tempo todo, inclusive com as mancadas, mas estava tão cansada que acabei desistindo.

Então, vamos ao relato dos 39 dias.

Falta pouco, muito pouco e houve altos e baixos, surtos, pensamentos de nunca mais fazer "um ano sem alguma coisa" e até pensamentos, não verbalizados, de estender por mais seis meses ou um ano.

Realmente não sei o que vou fazer a partir de 1º de julho.

Meu filho mais velho estava dia desses conversando e prevendo que a partir do final do desafio a cada dia eu chegaria com uma sacola nova. Espero, sinceramente, que isso não aconteça, mas o futuro a Deus pertence e não podemos prever.

Só sei que será fácil esse último período de abstinência, considerando que fiz uma loucura aqui no trabalho, antecipando muitas coisas e certamente faltará tempo até para dormir. Afinal, não faço nada da meia noite às seis, logo, posso colocar o serviço em dia nesse horário e não sobrará um minuto para pensar em consumo.

Logo, se eu diminuir a frequência das postagens a partir da próxima semana ou ficar um tanto ausente, não se preocupem, pois sempre que possível darei uma passadinha por aqui.

domingo, 20 de maio de 2012

Sintomas físicos

Pode até parecer mentira, mas os sintomas físicos da ausência de compras somente desaparecem depois de muito tempo da alteração do comportamento.

Não me considerava compradora compulsiva, entretanto, quando entrava no shopping, meu lugar preferido, já sentia mudanças no comportamento e emoções: sensação de cabeça vazia, necessidade de comprar alguma coisa, quando não achava tinha uma espécie de tontura, mão suando, taquicardia.

Uma loucura para quem não se considerava doente e não tinha sérios problemas financeiros decorrentes das compras.

Atente para a frase "não tinha sérios problemas financeiros". Não tinha mesmo, só que não podemos esconder o fato de que os investimentos que realmente podem trazer frutos no futuro não eram feitos, viagens não eram programadas e muito dinheiro era destinado a psicólogos/psiquiatras para controlar a ansiedade.

Reformulando: tinha sim sérios problemas financeiros, na medida em que os valores iam "pingando" em inúmeras compras de bobagens, coisas que por vezes sequer saíam da sacola quando chegava em casa e lá permaneciam durante meses.

É uma triste constatação e quis dividir por aqui considerando que tenho observado que já consigo entrar, caminhar, lanchar e até entrar em algumas lojas no shopping sem os desagradáveis sintomas de antes.

Será que demorei quase um ano para conseguir isso? Sinceramente, desconheço quanto tempo passou até que eu conseguisse ter um passeio normal nesses locais, somente sei que não foi pouco não.

Já confessei que tenho TOC - manifestando-se na necessidade constante de organização - e esse restou muito mais controlado após o "ano sem compras". Simples assim! Não trazendo mais coisas, arrumando o que tinha, não tenho mais a necessidade de arrumar o que já está arrumado, sobrando tempo para programar outras atividades e prioridades.

Mais um alerta: se você tem algum comportamento que não consegue controlar ou mesmo se compra demais ou tem sintomas físicos quando está no comércio, preste atenção, procure ajuda, até mesmo de amigos, parentes ou outras pessoas que tenham o mesmo problema. Leituras podem ter resultados ótimos - livros, revistas, internet.

Lembrando sempre que mudar um comportamento depende exclusivamente de você. 

Passe mais tempo sozinho. Identifique seus pontos críticos. 

Organize sua casa e tudo começa a vir à mente. Quando estamos praticando uma atividade de organização, a mente relaxa em relação aos fatos do dia a dia e começamos a identificar outras áreas que precisam ser colocadas no lugar.

sábado, 19 de maio de 2012

Michelle Obama

Michelle Obama, de família humilde, estudando em escolas públicas para depois chegar a Havard, acompanhando e estimulando a vida política de marido Barack Obama, atualmente é esposa de um dos presidentes mais famosos do mundo.

Bem, isso todo mundo já sabe e somente faço esse pequeno histórico para lembrar como é possível, mesmo em classes menos favorecidas, ascender profissional, financeira e intelectualmente.

Vindo de onde veio, com sua capacidade e inteligência, Michelle sabe tudo sobre nós mulheres da classe média ou até abaixo disso; conhece nossos anseios, desejos, vontade de ter o que vemos em novelas, filmes e revistas. Ou não temos essa vontade? Atire a primeira pedra quem nunca desejou um item que alguma celebridade estava usando.

Pois é. Essa mulher veio para mostrar que devemos nos adequar às condições atuais, que é possível (tendo ou não muito dinheiro) ser elegante, andar bem vestida e com isso aumentar nossa autoestima.

Certo, autoestima é interna e independe do que você tem. Mais uma vez, atire a primeira pedra quem não andou toda "retinha", se sentindo uma rainha, enfrentando qualquer rinha, só porque estava com uma roupa nova que achou maravilhosa.

Então, Michelle desfila em compromissos sociais e políticos, acompanhando seu marido, com peças de lojas multimarcas, de redes de varejo populares e, pasmem, essas roupas terminam por ser copiadas por grandes grifes.

Novamente remeto a leitora para o google imagens a fim de verificar o estilo da atual primeira dama americana e poderão identificar rapidamente o estilo ladylike, composto de roupas clássicas, deixando o modismo de lado e permitindo diversos usos e por muito tempo, mesmo que não tenham sido caras.

Já que gostamos do que vemos, nos inspiramos em outras pessoas, temos desejos de consumo, não há razão para deixar de priorizar o que tem qualidade, não é tão caro, não representa ostentação e ainda, de lambuja, contribui com a sustentabilidade e também com nossas economias.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Consumo consciente

O planeta já possui diversos sinais de falência em razão do consumo desenfreado e da obsolescência programada que já falamos por aqui.

Para quem tiver tempo e disposição basta uma visita à um depósito de lixo. Dezenas, centenas de geladeiras, televisões, computadores e tudo mais que se possa imaginar, alguns sem possibilidade sequer de reciclagem.

Nosso espaço na Terra é limitado e estamos criando montanhas de entulhos que ficarão por gerações e gerações, pois feitos com material que não se decompõem na natureza.

Já contei que foi preciso adquirir um novo liquidificador e uma nova batedeira. Não seria possível deixar as crianças sem vitaminas, bolos, etc.

Entrei dia desses no "quarto preto" (os móveis são de fórmica preta rs) que seria um quarto de empregada, embora não utilizado para essa finalidade, e lá estavam os produtos velhos porque não tem conserto, não sei o que fazer com eles e se mandar para o lixão certamente somente vão aumentar o entulho.

O pior ainda não contei (rs). Os produtos baratinhos que comprei para substituir os estragados são um desastre e aqui vale lembrar que a "Colorada" avisou. Insuportável o barulho do liquidificador, parecendo o trem que passa de madrugada atrás da minha casa e quanto à batedeira vem com uma inscrição "prática" que, segundo meu filho mais velho, quer dizer que a pessoa tem que ter prática para usar - é preciso ajudar manualmente com um "pão duro".

Estou escrevendo e rindo da minha pisada na bola, mas enquanto funcionarem, mesmo que precariamente, vão ficar na minha cozinha.

Voltando aos excessos de consumo e necessidade de preservação ambiental, prometo nunca mais comprar produtos de baixa qualidade, não por priorizar marcas e sim para gerar menos lixo.

Crescendo no mundo todo a tendência de realmente utilizarmos produtos de ótima qualidade, o que não implica em adquirirmos itens de grife, com etiquetas e indicações de que foram "caros", mas produtos com alta durabilidade e fabricados com materiais sustentáveis.

Em relação à moda, como já falamos de Kate no post passado, está sendo abandonada a ostentação e sendo feito um trabalho de conscientização coletiva (ainda engatinhando) de que devemos adquirir aqueles itens que tenham algum valor intrínseco, que digam alguma coisa e representem algo para nós mesmos e não àqueles outros que usaríamos para que outras pessoas vissem o quanto custou.

Sinceramente espero que esse tipo de consumo - de bens e produtos que tenham efetivamente um valor para nós mesmos - torne-se um hábito da maioria, pois tendo esse valor, que eu diria afetivo, certamente seria muito pensado na hora da aquisição e mais pensado ainda na hora do descarte, trazendo maior durabilidade e preservando nosso planeta.

Muitas pessoas vestem grifes da cabeça aos pés e isso já está se dissipando, até sendo considerado fora de moda. Vestidos de festas já são usados por muitas famosas em mais de uma oportunidade e esse comportamento é considerado chique, muito adequado às condições atuais.

A crise econômica vivida por todos os países não permite mais tanta ostentação e chegará o dia em que as pessoas deixarão de seguir tendências, grifes, etiquetas, para buscar o que realmente importa: felicidade, saúde financeira e produtos sustentáveis com valor emocional, passando a decidir sozinhas e não mais através de propagandas, marketing e imposições do meio em que vivem.

Divago tanto para conseguir estabelecer um modelo de consumo a ser utilizado pelo resto da minha vida, considerando que antes do "ano sem compras" era a rainha da grife (rs) e vejo tudo isso perder o sentido quando percebo peças não usadas por medo de estragar (pura verdade!), outras porque não ficam perfeitas e o pior de tudo é que pelo valor pago, o desapego também custa muito caro, embora esteja sendo feito.

Aceito sugestões e até divagações...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Kate Middleton

Vamos tietar porque ninguém é de ferro e sou fã incondicional da Lady Kate, a princesa e não a personagem do programa humorístico (rs).

Essa mulher é um arraso mesmo e traz uma forma de consumo diferente entre ricas e famosas, usando roupas de lojas multimarcas, repetindo vestidos em festas, enfim, mostrando ser uma consumidora consciente e fazendo com que qualquer uma, mesmo sem roupas e acessórios de grifes famosas, seja princesa. Eu amo!

Olha a reportagem de Kate e sua blusa de 72 doláres.

Tenho vontade de dizer para muita gente que conheço: olha o exemplo! e você gastando em produtos caríssimos, comprometendo todo seu salário! tenha paciência!

Enfim, sei que cada um faz o que quer e quando quer, só é pouco razoável essa forma de trazer tralhas para casa, enchendo o guarda roupa, deixando nosso dinheiro à mercê de propagandas, marketing e, o mais grave, à mercê dos comentários e observações de outras mulheres.

Kate não segue modismos, procura passar longe da ostentação, dando prioridade às peças clássicas e elegantes. Podemos muitas vezes observar que prefere o minimalismo, montando todo um visual sem "peruice" e sem itens caríssimos, sem deixar de ser um exemplo de moda e toda vez que a vemos, sua presença é marcante.

Sei que não deve ser chamada de princesa e sim de duquesa, mas para mim é uma princesa no melhor sentido da palavra, uma princesa nos exemplos de consumo, sem jóias imensas, sem marcas caríssimas ou, no mínimo, sem dar prioridade à essas marcas.

Ah! Tem a Hermès - bolsa que pode custar até milhões de dólares - em homenagem a uma princesa, mas não a Kate, pelo menos até agora, que preza pela simplicidade e não procura estimular o consumo exagerado e de produtos de grife.

É certo que você não encontrará essa pessoa com um Louboutin nos pés em todas as festas e sim muitas vezes com o mesmo sapato, normalmente em cores neutras e clássicas (procure no google imagens e verá do que estou falando).

Isso  mostra o quanto muitas de nós somos "insanas" a ponto de estourar nossas finanças para trazer a público uma imagem que muitas vezes não temos condições de manter, quando bastaria um pouco de criatividade para criar um estilo próprio, com peças que já temos e sermos felizes sem tantas contas para pagar.

Para mim é uma das mulheres mais elegantes do mundo e tenho outras candidatas que vou incluir um dia por aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Project Pan 10

Adoro perceber mudanças no comportamento das pessoas e esse mundo virtual permite maior e mais rápida disseminação de atitudes tomadas por alguns e que podem ser aproveitadas por todos.

Como falei no post anterior, o minimalismo ainda é pouco falado por aqui, entretanto, já existem blogs e pessoas preocupadas em acabar com o consumo desenfreado, defendendo uma forma de consumo mais consciente.

Encontrei hoje pela internet um projeto que já está rolando há algum tempo e tem muitas adeptas. Resolvi trazer a idéia para cá, embora eu não tenha que aderir a mais este (ufa!), pois já atuo dessa forma desde o início do "ano sem compras".

Chama-se PROJECT PAN 10, sendo "pan" o fundinho da embalagem que aparece quando o produto termina e o objetivo é escolher dez itens de maquiagem para serem utilizados até o final.

Assim, para quem tem dezenas de bases, batons e outros itens de maquiagem abertos e utilizados somente de vez em quando, deve escolher dez e utilizar até que terminem, somente adquirindo outro quando efetivamente necessário.

Lindo o projeto! E, terminando o ano sabático vou tentar aplicar com outras coisas que costumava comprar e acaso vá adquirir, porque ainda não sei o rumo que meu consumo vai tomar.

Alguns links para conhecer detalhes do Project Pan 10, basta clicar ou copiar e colar no navegador:

http://www.makeupglass.com/2012/05/project-pan-10.html

http://renatachecha.blogspot.com.br/2012/02/mais-uma-otima-ideia-de-consumo.html#axzz1v2U421fY

http://lipstickcorner.com/2012/01/project-pan-10.html

http://www.blzinterior.com.br/2012/04/03/project-pan-10/

http://www.borboletando.org/2012/02/project-pan-10-e-a-vaidade-consciente/

http://www.vendenafarmacia.com/2011/03/project-10-pan.html

http://vanityqueens.com.br/2012/05/04/repaginando-a-penteadeira/

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mudança nos blogs que sigo...

Nada mais incoerente manter um blog sobre ausência de consumo e colocar como blogs que sigo aqueles que estimulam o consumo - de moda, maquiagem e outros itens a serem adquiridos.

Então, em uma pequena pesquisa, ainda a ser aprimorada, encontrei blogs sobre organização, otimização do tempo, reciclagem, minimalismo e temas afins, deixando somente esses na lista daqueles que sigo.

Certo que existe uma segunda razão: meu cansaço com blogs de moda e outros, parecendo que as pessoas que escrevem nesses locais terminam por adquirir itens somente para ter assunto nas postagens, estimulando as leitoras a também "precisarem" de cada vez mais coisas.

O minimalismo ainda é um assunto não muito comentado no Brasil, afinal, somos o país do crédito e da fartura !!! Pensando alguns consumidores:

- É claro que, mesmo recebendo salário mínimo, posso ter uma TV 123 polegadas (rs), 3D e com todos os demais acessórios que se façam necessários, basta que eu faça a aquisição em 24 parcelas mensais, recheadas de juros, correções e taxas. O pior de tudo isso é que essa TV nem cabe na minha sala, mas eu dou um jeito no final.

Senhor! Para que isso? Será que tornará a pessoa melhor que seus vizinhos que ainda tem televisão de "tubo"? A felicidade será maior em todos os aspectos da vida?

E assim as coisas vão sendo acumuladas e quanto mais acúmulo de tralhas mais a necessidade de ter lugar para guardá-las, pois também os móveis podem ser compradas em suaves (?) parcelas mensais e todas essas parcelas somadas podem levar muita gente ao endividamento difícil ou impossível de administrar, isso sem contar o tempo para manter tudo organizado.

Tudo isso para jogar vocês nesses outros blogs, muitos deles ótimos e com maravilhosas idéias!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Revistas !!!

Interessante registrar como influenciamos nossos filhos e precisamos realmente prestar atenção nesse fato.

Tenho uma filha de dezesseis anos que por enquanto ainda não está morando comigo, ficamos naquela maratona de aeroporto e por vezes rodoviária.

Antes do ano sabático as livrarias, enquanto aguardávamos o horário de partida, era o ponto predileto e de lá cada qual saía com uma revista que por vezes nem era lida ou logo era deixada de lado.

Na primeira viagem após julho do ano passado, minha filha pediu uma revista e ponderei que não poderia comprar em razão do "ano sem compras", sendo que depois dessa oportunidade nenhum outro pedido foi feito e sequer entramos nesses locais.

E, confesso, para mim não tem feito falta e, ausentes reclamações do resto da família, é certo que não tem feito falta para ninguém.

Certos costumes ficam arraigados e somente quando mudamos radicalmente é que percebemos o quanto eram desnecessários.

domingo, 13 de maio de 2012

Shopping novamente...

Sexta-feira foi dia de shopping!

Necessidades do meu filho de dez anos: underwear (rs... para ele não ficar bravo), chuteira e um jogo de canetinhas. Lojas diferentes, somente as compras programadas, exceto uma camiseta que meu filho mais velho deu para o irmão.

Impressionante é que mantivemos somente aquelas compras em razão do pequeno que dizia: - Só preciso disso!

Quando experimentou a primeira chuteira, disse para vendedora:

- Essa está boa, só que está muito certinha, vai servir pouco tempo! Quero um número maior!

É, tenho muito a aprender, mesmo porque sequer precisei pagar esse item.

O Pedro Henrique falou:

- A chuteira eu vou pagar!

Comentei que não precisava, ele insistiu e, chegando em casa, já me alcançou o dinheiro da mesada que economizou para pagar o bem aquirido.

Eu sei que o comportamento dele é o correto, admiro, tenho orgulho, mas realmente não sei onde aprendeu toda essa noção de consumo. Só para ter uma idéia a outra chuteira foi usada mais de dois anos e havia foi presente de Natal em 2009!

sábado, 12 de maio de 2012

Realidade parecida...

Das minhas leituras por aí - blogs onde efetivamente relatadas experiências pessoais e mesmo os comentários recebidos aqui - percebo como a realidade das pessoas é parecida, as dificuldades são as mesmas e em relação aos mesmos problemas, e isso é reconfortante.

Termino por me sentir "normal" nos meus deslizes e atitudes. Muitas vezes me pego pensando como a vida de outras pessoas parece fácil, entretanto, as situações diárias observadas e com as quais tenho contato ocorrem em ambientes onde problemas não são discutidos, raramente são mencionados.

Li no blog da Samanta, que agora iniciária o projeto de "Três Meses Sem Compras" e já fez uma quarentena nesse sentido, a dificuldade que ela enfrentou com sua tireóide. Penso ser um importante alerta para todas nós, pois para ela resultou também em depressão, sendo que o mesmo ocorreu comigo.

No caso da Samanta, ficava brigando com a balança e engordando em razão do hipotireoidismo. No meu caso, a mesma briga ao contrário, cheguei a pesar 44 Kg em razão do hipertireoidismo. Provavelmente nenhuma das duas tinha conhecimento do que causava a alteração de peso e a depressão.

Então, fica o alerta para aquelas que não estão se sentindo bem. Procurem orientação e não deixem chegar ao ponto que cheguei - sessenta dias acamada.

Certamente vamos levando a vida, acomodadas, cumprindo todos os afazeres diários e deixando a saúde para ser investigada quando já incapacitadas. Já passou da hora de priorizarmos nossa saúde física, mental e financeira.

Ajuda muito prestarmos atenção em todos os aspectos.

Quando desequilibramos mental e financeiramente, nosso corpo também começa a apresentar doenças, aliás,  se fala que toda doença é reflexo de problemas que não conseguimos resolver e que nos causam estresse e desequilíbrio.

Dia desses percebi que estava triste, com vontade de chorar e começando a ficar depressiva. Parei, pensei e conclui ser em razão de uma situação que estou passando - a qual já prometi não falar mais. Resultado? Uma hora de caminhada por dia e o início de depressão ficou nisso mesmo, não aumentou, pelo contrário, diminuiu.

Outra leitora do blog, após ter controlado seus impulsos consumistas, resolveu voltar para a natação, canalizar energias para seu próprio bem estar físico e mental. Uma ótima atitude! Esforços voltados para o que realmente importa: ser feliz e bem viver!

Deixemos o cotidiano com seus próprios problemas! Vamos prestar atenção ao que ocorre com nossa cabeça, nosso corpo, nossas emoções!

Consumir o mínimo de energia com o que não importa e, sabe de uma coisa?, consumo compulsivo e desenfreado não importa mesmo, não traz alívio, não indica e não traz felicidade.

O que você precisa mudar na sua vida hoje? Qual o esforço você precisa fazer para se sentir melhor?

E tenha em mente que na vida nada se consegue sem muita força de vontade e esta pode até ser conseguida aos poucos e com sacrifício, mas vale a pena!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tudo na vida tem um custo!

Bem sei que o título do post indica o óbvio, talvez decorrente da lei de causa e efeito tão falada por aí, restando saber o quanto estamos dispostos a pagar pelas nossas escolhas e aqui não falo somente de escolhas financeiras, mas também de escolhas emocionais.

Por vezes temos alguns relacionamentos que achamos imprescindíveis e até parece que não consigo viver sem estar junto da pessoa, embora os dissabores e estresse sejam muitos, variados e constantes. Ora, isso já indica que o "custo - benefício" está sendo alto demais. Ninguém merece viver sobressaltado.

Daí você vai dizer: - Ah, Ziula, fácil falar!

E eu responderia: - É fácil falar, dar conselhos e indicar o caminho para outras pessoas. Nada é tão fácil na vida como isso!

Ocorre que todos sabemos que entre o falar, ouvir e colocar em prática exige um tempo de maturação adequado, pois um relacionamento somente termina quando todas as possibilidades tenham se esgotado e o ser humano é teimoso. Nossa, um dia a pessoa vai mudar e eu serei o catalizador dessa mudança, eu farei com que essa pessoa se torne melhor!

Prepotência! Ninguém muda porque o outro pediu ou aconselhou, muda em razão da maturidade, sempre alcançada a duras penas, de forma consciente e proposital, jamais porque alguém acha que devemos nos tornar outra pessoa. Até porque o que é melhor para mim pode não ser o melhor para o outro.

O que isso tem a ver com o "ano sem compras"? Nada e tudo ao mesmo tempo, pois as mudanças ocorrem na própria pessoa quando ela passa a dominar seus impulsos, controlar suas emoções, suportar suas frustações e encontrar meios de conviver melhor consigo mesmo.

A partir dessa consciência e dessa melhora interna é que passaremos a administrar de forma saudável nossa vida, em todos os aspectos.

Depois de passar por um psicólogo há muitos anos atrás e aprender a questão do "custo - benefício" emocional, financeiro e de todos os demais aspectos, em cada situação tento fazer essa análise, o que tem resultado em decisões ótimas e algumas péssimas, mas pelo menos quando são péssimas já não coloco a culpa em ninguém e sei que devo isso ao meu processo evolutivo e até ao meu direito de errar mais uma vez até que todos os erros cessem (quem sabe um dia! rs).

E vamos tropeçando e tentando evoluir... é o que nos resta !!!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comentário que virou post...

Tenho recebido muitos comentários produtivos e resolvi dividir esse com vocês na forma de post para que não se perca e em razão da minha felicidade em ter ajudado pelo menos uma pessoa. 

Comentário da "Colorada":
Motivo pelo qual venho ler constantemente este blog:

Caí aqui muito por acaso, lendo uma matéria via twitter no celular de um site sobre “um ano sem zara”. Fui lá, depois cai em “um ano sem compras” e cai no teu, por ter textos mais curtos foi esse que li e acabei achando bem produtivo.

Posso dizer que tenho minha vida antes disso e depois disso. Agora valorizo mais as minhas compras, são bem moderadas e pensadas. Não compro mais qualquer baratilho pois aprendi na prática que isso não compensa. Ao menos pra mim. Não que eu compre só coisas caras, isso não posso fazer. Mas um meio termo. Juntar para comprar, esperar , palavras que antes não existiam no meu vocabulário depois que conheci o mágico cartão de crédito.

Sempre fui uma pessoa que criticava o crédito e quem me falava que viajou em 12 x, etc. Falava que era um absurdo, que seria inesquecível mesmo pois todo mês teria a “lembrança” da viagem, etc. Eis que um dia caí nisso e acabei fazendo o mesmo. Pior, quando um cartão chegava ao fim, eu tinha outro. Aliás tinha “alguns”. Todos com alguma compra. Num dia resolvi cancelar vários, mas fiquei com 3. E usava ainda os 3, evidentemente não todo limite e tal, mas fazia as tais compras “burras”. Nesse momento que caí neste blog e agora atualmente estou assim:

1cartão que era só para gasolina está zerado desde o inicio do ano. E não pretendo utilizá-lo. Só não cancelo pois não tem anuidade e está muito bem guardado. Mas a tendência é cancelar porque realmente não vou usar.

Outro que vinha pagando só parcelas de compras anteriores (as famosas infindáveis prestações). Hoje ele está com pouquíssimas compras próximo a ficar zerado. Deixo pois para viagem internacional pode ser útil por ser o mais antigo, mas também nem sai de casa. Fica lá muito bem guardado.

E o que uso atualmente pra tudo, inclusive se vou comprar algo parcelado é o único que me permito usar. Tem um limite exato do que recebo e se tiver compras parceladas vai reduzir o que vou comprar, e nem em pensamento posso comprar com ele qualquer coisa “maior”. Dai acho melhor que pagar em dinheiro pois ele vai juntando pontos para um dia viajar ou trocar por algum produto do catálogo daquele programa. Acho que estou caminhando para o caminho correto, mas meu sonho seria ter a mente que tem esse teu guri. Parabéns pelo filho, isso é raríssimo. Eu não tenho ainda nenhum, mas se tivesse gostaria que fosse assim!

terça-feira, 8 de maio de 2012

53 dias faltantes

Saí ontem caminhar com meu filho pequeno ou que acho que é pequeno, pois tem dez anos e a cabecinha funciona como se tivesse oitenta anos.

Pelo fato de discutirmos as questões financeiras para todos os efeitos, desde presentes até lanches fora de casa, ele me questionou sobre o fato de estar "sem dinheiro", fato comunicado em razão do famigerado mês de abril.

Expliquei a ele tudo que aconteceu, todos os percalços e imprevistos, ao que ele respondeu:

- Acho que você deveria começar novamente o ano sem compras, mas dessa vez sem dar nada para ninguém!

- E como você faria com as roupas e sapatos, pois eles deixam de servir logo em razão de você estar crescendo.

- Compro com o meu dinheiro (leia-se minha mesada que, conforme já falei em outro post, não representa um valor suficiente para essas necessidades).

Depois ponderei que talvez tivéssemos que adiar a viagem programada para julho e ele respondeu:

- É claro, como que você quer viajar sem dinheiro?

Verdade! Então vamos torcendo para que situação mude até as férias escolares, pois mesmo com o "ano sem compras", abril aprontou pra valer e, como também já disse por aqui, sorte não ter todas as aplicações com liquidez imediata, caso contrário a viagem sairia de qualquer jeito (rs).

Depois de toda essa conversa, fiquei pensando se deveria mesmo ter pago tudo à vista desde o início do ano (impostos, despesas médicas e odontológicas, viagens, etc) e, mesmo estando nessa situação pouco confortável, o certo é que nada há pela frente que me surpreenda.

Colocando tudo em ordem esse mês, pelo menos é o que espero, nada há atrasado para acertar. Vamos ver se continuo com esse pensamento.

sábado, 5 de maio de 2012

Desafio diário...

E agora que estamos na reta final - tá bom, todo mundo já sabe! - vamos a um desafio diário durante trinta dias.

Pensei que tinha eliminado muito mais do eliminei do guarda roupa e ainda existe muita coisa "entulhada". Achei que estava indo bem, mas hoje quando fui procurar cabides constatei que não havia tantos sobrando quanto imaginei, sinal que me saí melhor com os sapatos, embora ainda não esteja o ideal.

E, ao invés dos quinze minutos diários, considerando a dificuldade do desapego do que sobrou, vamos a uma ou mais peças por dia e ver o que acontece!!!

- sábado - 05.05 - chinelo preto com flor e vestido (blusa?) roxa
- domingo - 06.05 - macacão preto de malha
- segunda -  07.05 - sapato renda laranja
- terça - 08.05 - corpete branco bordado com fitas pretas
- quarta - 09.05 - colete branco
- quinta - 10.05 - echarpe verde
- sexta - 11.05 - camisola branca/azul
- sábado - 12.05 - camisola cinza
- domingo - 13.05 - pashimina vermelha *
- segunda - 14.05 - vestido marfim com estampa marrom e azul
- terça - 15.05 - cachecol dupla face
- quarta - 16.05 - bota preta
- quinta - 17.05 - sapato marrom
- sexta - 18.05 - sapato verde
- sábado - 19.05 - sapato preto
- domingo - 20.05 - camiseta verde
- segunda - 21.05 - camiseta vermelha
- terça - 22.05 - mule preta
- quarta - 23.05 - mule bege
- quinta - 24.05 - sapato preto e branco
- sexta - 25.05 - cardigã de linha bege
- sábado - 26.05 - vestido marrom
- domingo - 27.05 - vestido preto estampado
- segunda - 28.05 - cache couer verde com marfim
- terça- 29.05 - blusa verde com marfim
- quarta - 30.05 - vestido verde
- quinta - 31.05 - camiseta preta
- sexta - 01.06 - casaco preto
- sábado - 02.06 - sapato prata
- domingo - 03.06 - casaco bege de linha

* será reposta quando do término do "ano sem compras", considerando que minha filha não queria um presente e sim a minha pashimina (rs)

Antecipei alguns dias por receio de não conseguir tirar diariamente o que precisa ser descartado!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Crescemos e somente mudam os brinquedos

Estava assistindo a Sandy entrevistando a Preta Gil (programão... rs) - assunto maquiagem. Diziam:

- e vc quantas necessaires usa? - pois é, comecei com uma e hoje uso cinco quando viajo! - viajo somente para fazer compras e quando a alfândega me para, juro que é tudo para meu uso! - tenho um armário somente com maquiagem!

Outra moça que aparece no programa com uma mesa de centro grande cheinha de maquiagem afirmando e também jurando que usa todos os itens.

Cremes e maquiagem tem prazo validade e, após abertos, o prazo não deve mais ser contado de acordo com aquele que consta na embalagem e sim da data em que começou a ser usado. Deve ser observado ainda cheiro, textura, cor.

Tudo isso para lembrar quando éramos crianças e tínhamos imensas caixas de lápis de cor utilizadas para colorir nosso mundo, criar personagens, expressar sentimentos, somadas às caixas de massinha de modelar, bonecas e tudo mais que instigasse a fantasia.

Hoje fazemos isso com as cores da maquiagem, roupas, SAPATOS (sim, sapatos...) e até com alguns itens beemmm mais caros.

E escrevi isso hoje, considerando o pensamento sobre o que é amadurecer, ter comportamentos adultos e lidar com o consumo de forma racional e não como um brinquedo. Se alguém tiver a resposta, por favor me diga!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mentiras que contam por aí...

E eu que me julgava inteligente, conclui que não é bem assim!

Adquirindo um item algum tempo atrás, fui alertada e questionei o vendedor sobre a reposição de peças em caso de necessidade. É, ouvi comentários de que seria muuuiiitttooo difícil!

O comerciante, muito solícito, respondeu que aquilo tudo que ouvi estava longe da verdade e inexistente qualquer problema em relação às tais peças acaso necessárias.

Infelizmente precisei repor uma peça e achei razoável aguardar o retorno em trinta dias. Passaram-se os trinta dias sem o item e entrei em contato. Surpresa: somente em noventa dias!

Falei com o vendedor que havia prometido emprestar outro item acaso as previsões dele de rapidez não se concretizassem e até agora ele não deu resposta, inclusive tentando fingir que não lembrava da promessa. Na época ele me convenceu de que minhas dúvidas eram infundadas, tanto que ele emprestaria outro item em caso de necessidade. Ledo engano!

O QUÊ? NOVENTA DIAS? Em um produto que faz falta diária, certamente é tempo demasiado.

Resta acionar o Judiciário para resolver o problema e durante o tempo do processo continuar sem o item, ou seja, pode até haver uma reparação pecuniária, entretanto o transtorno diário permanecerá pela impossibilidade de usar o item até a chegada da peça e toda essa falta não poderá ser compensada! É muito estresse! Muito incômodo! Muito tudo!!!

Confesso que estou vivendo uma fase péssima justamente pela falta desse item, pela falta de cumprimento das promessas, passando dissabores diários e até algumas discussões, enfim...

Devemos sempre lembrar de solicitar todas as informações e promessas em instrumento escrito, devidamente assinado pela pessoa que fez a promessa e afirmações, porque a vida vai por aqui muito difícil.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sem compromisso...

Se pararmos para pensar, verificamos que sem intenção específica acabamos dando satisfações do que consumimos ou não para outras pessoas.

Catálogos e itens fabricados ou vendidos por parentes que nos chegam no local de trabalho, lojas que mandam sacolas para sua casa logo que chega nova coleção e muitas vezes, para não sermos indelicados, terminamos por adquirir uma coisa ou outra.

Atualmente, morando em cidade pequena, após tantas recusas, todo mundo já sabe que não estou adquirindo nada que não seja absolutamente considerado indispensável e necessário e quando recebo aqueles telefonemas de simpáticas vendedoras convidando para um chá ou café, na loja é claro!, simplesmente respondo: - apareço em julho, estou no "ano sem compras".

Engraçado foi uma moça que sempre deixava sacolas aqui em casa, um dia deixei uma peça para conserto que deveria ser feito pela fábrica e não me era devolvida. Então, passados alguns meses apareceu ela, a peça consertada (que eu já havia dado por "inconsertável) e perguntando se podia deixar uma sacola. Penso que até fui um pouco indelicada, pois apenas disse: - estou no "ano sem compras", nem olhei pra trás, depois conclui que ela calculou mal o tempo e achou que eu já estava comprando.

Depois do fato acima fiquei pensando o que vou fazer, porque já era tradição, todo mês - sacola, experimenta tudo, fica com duas ou três peças, faz o cheque. Ocorre que ainda tenho muitas e muitas peças do tipo que ela vende e realmente não estou precisando de nada, mesmo passando um ano. Acho que vou responder: - resolvi passar o resto da vida sem comprar! rs

Por outro lado, estou cheia de vontades que talvez passem com essa chegada de um inverno rigoroso e tantas peças pesadas no guarda roupa.

É esperar para ver, mas já estou sentindo uma certa ansiedade!