Já vou comunicando que não terminei o "ano sem compras" e, dizendo o contrário do que disse antes, vou fazer mais "um ano sem compras".
A Colorada pediu que fizesse um levantamento de como foi esse ano em termos financeiros e com medo de não conseguir terminar até o dia primeiro de julho, aproveitei a insônia e fiz os cálculos dos períodos julho/2010 a junho/2011 e julho/2011 a abril/2012, pois por óbvio ainda não fechei os meses de maio e junho de 2012.
Feito isso, fiz uma média dos valores de 07/2011 a abril/2012 dividindo por 10 e multiplicando por 12 - já que as despesas não variam muito de mês para mês (sim, eu não tinha mais nada para fazer e não conseguia dormir) - chegando ao valor anual para o ano sabático.
Comparado o ano anterior e o "ano sem compras" conclui que gastei nesse último ano 70% dos valores que gastei de julho/2010 a junho/2011, portanto, uma economia geral de 30%.
Somente comparei as seguintes despesas: taxas bancárias, água, luz, telefone, seguros, IPVA, IPTU, licenciamento de veículo, empregada, INSS, mercado, sky, locadora, despesas pessoais, despesas com filhos, gasolina, manutenção do carro, livros, revistas, jornais, presentes, saúde, doações, refeições fora de casa, cachorros, manutenção da casa e viagens.
Deixei de fora a troca do carro e os investimentos.
Não sei como, mas a maioria das despesas diminuiu. Aquelas poucas que tiveram os valores majorados, não representaram valores significativos na diferença anual.
Outra despesa não utilizada como parâmetro e que teve um pequeno aumento, será eliminada já em agosto de 2011, com o que poderei ter uma noção mais real da minha vida financeira, considerando que somente ela ultrapassa um pouquinho 10% dos meus rendimentos.
Vou continuar nesse período sabático por ter constatado efetivamente onde errei, quais as coisas que não posso mais fazer, as conversas que não posso mais ouvir e as chantagens que não vão mais me emocionar.
De julho de 2011 para cá ainda tive que pagar alguns valores que haviam "quicado" do período em que ainda comprava, então o aproveitamento não foi de 100% e quero ter uma idéia real, sem loucuras impensadas, sem compras impulsivas e sem "restos", porque agora não tenho nada parcelado.
Certo que não será tão radical, mas compras necessárias e úteis serão devidamente analisadas, pensadas e, acaso efetuadas, farei um post por aqui, o que servirá como espécie de freio para aquelas compras por impulso.
Fiquei feliz com o resultado matemático, preocupada com meus pontos "cegos" e ao mesmo tempo estimulada em efetivamente melhorar todos os itens da minha tabela.
Não virei sovina, somente quero é usufruir melhor dos valores que recebo pelo meu trabalho, cansei de "pingar" por aí, não só em compras para mim, mas considerando também todos os demais pequenos gastos diários que somados anualmente chegam a valores que poderiam ser melhor aproveitados.
Esse post está ficando imenso em razão da minha euforia, então paro por aqui e volto depois para contar algumas surpresas em relação a alguns itens da planilha que não teriam razão para diminuir e diminuíram misteriosamente.
Obrigada, obrigada e mais obrigada para todos que acompanham, comentam e acreditam que é possível viver sem consumir desenfreadamente.