quinta-feira, 31 de julho de 2014

Porque resistimos à mudança...???

Estamos condicionados a agir de determinadas maneiras, formamos conexões neurais que permitem que os atos mais praticados se tornem automáticos, acostumamos com comportamentos mesmo que nocivos e chegamos a uma posição de certo conforto frente à vida.

Mesmo sendo ruim e nos causando desconforto ou alguns pensamentos de mudança continuamos agindo da mesma forma, convivendo com as mesmas pessoas que afetam nossa estima, tornando a fazer compras desnecessárias, mantendo a casa desarrumada, tendo um emprego que não nos satisfaz e a única reação é ficarmos nos queixando de tudo isso e, em determinados casos, gritando e esperneando sobre as consequências que a situação sobre nós mesmos.

Concordo quando as pessoas dizem que a mudança é difícil! É difícil realmente! Desmanchar as tais conexões dos neurônios, sair da zona de conforto, tentar novas experiências nos leva para o mundo do "se"... se eu fizer isso e não der certo, se eu agir diferente e continuar insatisfeita, se eu tentar esse novo relacionamento e quebrar a cara... e por aí vai. 

Isso quando não ficamos perdidos no passado pensando no mundo do "se"... se eu tivesse feito tal coisa, seu eu não tivesse me envolvido com tal pessoa... e por aí vai.

Uma vez minha psicóloga alertou que não vivemos no mundo do "se" do passado ou do futuro e isso me faz pensar hoje que precisamos agir agora, por mais que doa, por mais que seja difícil, por mais que nos faça andar por caminhos diferentes e nem sempre certos.

Está insatisfeito com seu trabalho? Procure outro, com calma e analisando as vantagens/desvantagens do seu trabalho atual. Nada de gritar, espernear! Simplesmente observe os prós e contras como se fosse dar um conselho a outra pessoa... ah! como somos ótimos para achar soluções para outras pessoas e ficar cegos quando se trata de buscar soluções para nossas próprias vidas!

Está em um relacionamento ruim? Ele tem mais ônus do que bônus? O que você está esperando? Tenha certeza de que após o afastamento ocorre o desaparecimento da pessoa, exceto se você tiver filhos... rs... mas os encontros passam a ser raros e somente os necessários.

Está com a casa bagunçada e parece que nada tem lugar certo? Comece devagar. Essa semana foi engraçado. Resolvi usar todos meus casacos para aproveitar a semana de inverno que faz em Londrina. Fui tirando, usando, largando na sala (coisa que eu nunca tinha feito na vida!!!), depois soquei tudo no quarto, tive que dormir no cantinho da cama e em determinada noite a Izabel falou tirando sarro "ué! está se queixando da bagunça... use os quinze minutos!"... Tanto falo nos quinze minutos e deletei da minha mente essa possibilidade. Na manhã seguinte, cronômetro ligado e nem precisei quinze minutos para organizar tudo.

Tudo é possível se você realmente quiser de coração e tomar pequenas grandes atitudes na direção da mudança.

Não importa o que os outros vão pensar! Nesse ponto é de lembrar que eles sempre estão pensando na vida alheia e não dão conta nem da própria!

Já falei por aqui o quanto pareço estranha por fazer controle de gastos, por ter deixado de comprar, por consumir somente o que entendo necessário. Ainda essa semana falei que não comprei o forno elétrico (o meu me surtou, dei para meu filho e está funcionando maravilhosamente com ele, sendo que comigo em uma hora e meia não assava batatas!) para não cair mais nada na minha planilha de julho e que vou deixar para agosto e ouço a seguinte observação "ainda bem que não faço controle! vai lá e compra o forno e deixa de frescura!".

Na realidade o tal forno nem está fazendo tanta falta, mas não posso fazer um bolo, um pão ou um assado... nem uma mera pizza... então vou ter que comprar outro mesmo, do mais simples, Fischer... nunca vi alguém se queixar de um forno Fischer... ao passo que o meu Brastemp era um horror comigo!

Enfim, você pode parecer estranho ao mudar mas se isso te fizer feliz e trouxer paz de espírito: VÁ EM FRENTE, MESMO QUE DOA ALTERAR OS CAMINHOS JÁ TRAÇADOS NA SUA MENTE!!!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Como controlar a vida...

Quando assisto o programa "Acumuladores", e gosto de assistir para entender o que se passa na mente dessas pessoas, fico impressionada com o significado que dão para as coisas. A maioria dos apegos não faz nenhum sentido para mim e na mente da pessoa a "necessidade de manter" é patológica. 

Certo que existe um problema muito sério com os acumuladores e eles até fazem movimentos para mudanças desse comportamento. A maioria dos participantes consegue, mas agora descobri um outro programa "Obsessivos Compulsivos" no canal Viva e nesse relatam histórias de pessoas que tem mais fracassos do que sucessos.

Minha experiência com acumuladores até aqui tem sido feliz. Recuperei, pelo menos aparentemente, um acumulador e ele até tomou gosto pela organização da casa. Já estou recuperada... rs... pelo menos a cada dia com menos dificuldade para me desfazer das poucas tralhas organizadas que ainda me restam.

Semana passada tive uma lembrança ótima de uma senhorinha com quem convivi. Sempre a visitava, ela não falava e a comunicação era unicamente com gestos, sabia quem era as pessoas somente de sentir a energia, lia almas eu acho, não usava sapatos e somente o fez uma vez quando foi almoçar na minha casa. E toda aquela situação que ela vivia me levou a pensar muitas coisas, inclusive nas pessoas que terminam a vida em um asilo, sem nenhum bem material significativo, sem posses, sem nada.

Isso me fez ver que não faz sentido manter algumas coisas. Por exemplo, para que eu preciso de uma caixa com DVD's se nem mesmo tenho um aparelho onde possa assistir os filmes, documentários e shows musicais? E mais para o final da semana a caixa irá para doação e dessa vez a caixa inteira mesmo, porque não utilizarei a caixa vazia para coisa alguma e para nenhuma outra acumulação futura. E não, não vou vender, vou simplesmente doar para quem possa aproveitar esses filmes utilizando-os para várias pessoas conseguirem um pouco de lazer.

Essa semana também roupas irão para o destralhe e passarão a ser úteis para outras pessoas.

A Izabel essa semana se superou: mala, algumas peças quase novas, necessaire, bolsa e acredito que ela tenha ficado mais leve. Quero ficar mais leve também!

É preciso trabalhar diariamente para se livrar do hábito de acumular, do hábito de comprar coisas desnecessárias e supérfluas. Algumas pessoas já estão desapegadas por natureza e para elas é fácil deixar com que as coisas sigam para outro local. Outras pessoas passarão a vida tentando manter o controle e acho que esse é o meu caso: um dia de cada vez, uma caixa de cada vez e já estou há mais de três anos destralhando, evitando comprar outras coisas e ainda tenho coisas para destralhar.

Certo! E porque é importante destralhar? Fácil! Menos trabalho, menos armários, menos trabalho para organizar, menos dinheiro colocado fora. Tudo isso faz com eu me sinta mais forte e veja como é possível partir de um desafio para o outro e na maioria das vezes obter sucesso... penso que está quase chegando a hora de enfrentar um outro grande desafio para o qual me acho incapaz, quem sabe!!!

É preciso encontrar forças para mudar e algumas pessoas para mim hoje parecem estranhas porque sequer pretendem mudar algumas coisas das quais reclamam diariamente ou falam pesarosamente todos os dias. "Nossa, meu cartão estourou!" e ponto, nenhuma mudança. "Nossa, minha casa está um bagunça!" e ponto, nenhuma mudança.

Se uma coisa lhe causa uma sensação ruim quando você pensa nela é porque certamente ela não é boa, então o que nos impede de mudar? Algum prazer associado a ela? Conexões neurais difíceis de enfrentar?

Dia desses li alguma coisa sobre a possibilidade de alterar o DNA com o pensamento, não lembro detalhes, mas se até isso é possível mudar, é certo que podemos enfrentar nossos condicionamentos e mudar os comportamentos que não nos fazem bem, seja qual for a razão pela qual a atitude não nos faz bem.

Há uma grande diferença entre prazer e bem estar. 

Prazer é apenas uma satisfação imediata com resultados nem sempre satisfatórios. O bem estar pressupõe ordem e disciplina, organização e a constante busca para chegar ao que nos traga as melhores sensações com os melhores resultados ou pelo menos dar um passo de cada vez nessa direção.

Uma pequena caixa destralhada. Apenas uma pessoa, dentre tantas, afastada por não nos fazer bem. Uma fruta pela manhã. Uma "graminha" no almoço mesmo que a contragosto. Uma boa ação. Um sorriso. Um passo. E assim a vida toda passando com passos visando uma vida melhor.

Tudo é um processo. E não é só no trabalho que lido com processos, com conjuntos ordenados de atos. A vida financeira é um processo visando a saúde financeira, a eliminação do estresse gerado por dívidas sem fundamento, por tralhas acumuladas e por compras que no final somente trazem frustração. A casa, habitada por seres que criam a desordem, necessita de um processo de organização, um conjunto ordenado de atos para que tudo fique no lugar.

E aqui a observação quanto aos seres que criam a desordem não é nenhuma crítica! Você precisa lavar as roupas que seu corpo sujou ou deixou odores. Você precisa sujar a pia para fazer uma refeição e às vezes sujar muita louça. Enfim, é preciso criar a desordem para viver, mas também é preciso ter método para que ela seja mínima e seja possível de organizar assim que atendidas as necessidades básicas.

É preciso tentar e tentar todos os dias mesmo que tenhamos mais falhas do que sucessos. É triste a acomodação!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Existe vida além do celular...

Estou sem celular desde quarta-feira. Como contei por aqui ele quebrou, por motivos ridículos (falta de atenção para ver viaturas da Rotam... rs) e fiquei usando mesmo com a tela quebrada. Ocorre que começou a cair pedaços de vidro dentro da minha orelha.

Precisei superar minha nomofobia - termo que deriva da expressão em inglês no mobile phobia, medo de ficar sem acesso à tecnologia - pois as partes internas do aparelho já estavam aparecendo.

Garanto que existe vida além do celular. Não tive crise de abstinência, pânico ou qualquer sintoma físico pela falta do aparelho. Vivia conectada no whats app falando com a família, redes sociais, e-mails em tempo real e nada disso está me fazendo falta. As pessoas importantes estão avisadas sobre a impossibilidade de comunicação por esse meio e que devem utilizar o correio eletrônico.

Mas... meu cartão de crédito foi clonado, novamente e outra vez a pessoa comprou passagens aéreas da Gol, e o banco não conseguiu entrar em contato para avisar. Tentei comprar comida pela internet e o cartão bloqueado. Coloquei crédito no celular do crédito e liguei para a operadora e lá vem aquela chatice de contestar a despesa, etc, etc, etc.

Para coisas urgentes estou usando o celular do Pedro quando estou em casa e o chato é que toda vez que uso... o menino troca senha... rs... diz que é costume.

Em troca do incômodo, e tudo na vida tem ônus e bônus, fiquei mais liberada para outras coisas e menos preocupada em checar tudo que está acontecendo.

Meus filhos falam: você viu o que aconteceu com a fulana (parente)? você sabia que ela fez isso?. Como é que eu iria saber? Foi para o grupo da família! rs... nada que não possam me contar em uma conversa pessoal!

Certa vez eu estava no salão fazendo as unhas. Quando cheguei já havia uma conhecida com duas manicures fazendo pé e mão. Eu também ia fazer pé e mão. Olhando o celular a moça demorou um certo tempo para perceber minha presença. Percebendo, cumprimentou, falou alguma coisa, perguntou alguma coisa e fui respondendo. No início da minha resposta ela baixou a cabeça para o celular e não prestou atenção alguma. Eu ali falando... as manicures olhando... e fui ficando com cara de tacho. Bem, excluí a moça até no facebook e cumprimento por educação quando nos encontramos em algum lugar público. Uma pessoa assim não fará falta no meu círculo de amizades e muito menos na rede social.

Outra vez, almoçando com uma amiga - e essa seria supostamente amiga e não conhecida - verifico que ela começa a rir, retribuo o sorriso e ela não me olha... aff!!! não era comigo, era simplesmente uma mensagem de celular e nem fui comunicada do conteúdo rs que aliás não deveria ser da minha conta. E lá fico eu com cara de tacho novamente... aliás, espero que essa não se torne minha cara oficial!

É muito desagradável e a sensação é horrível. Então, talvez seja um alerta para mim mesma quando o celular voltar: priorize as relações "cara a cara", valorize quem está presente com você e não quem está apenas virtualmente.

Certo que por ocasião do surgimento do telefone celular as pessoas ainda tinham em mente que ele servia para falar com outra pessoa tal qual o telefone fixo. Eu precisava de algo e ligava para alguém e vice-versa.

A tecnologia avançou demais e hoje falar com alguém é algo quase que em extinção. Ouvir a voz de alguém está se tornando algo muito raro.

O celular serve para tudo - anotar lista de compras, entrar em rede social, comunicação através de mensagens de texto, verificar a temperatura que está lá fora, indicar o caminho -... só não serve para sua destinação primeira - ligar para a outra pessoa e aqui "ligar" no sentido de "telefonar" e "ligar" no sentido de "dar atenção ao outro".

E o celular no horário de trabalho??? O que está acontecendo com a humanidade??? Pessoas gritando com familiares! Discussões acaloradas com desafetos! Pesquisas de preços! Negociações! Celulares tocando durante as audiências e não só das partes e advogados! Verificação do que está "rolando" nas redes sociais! Postagem em redes sociais! Envio de e-mails! Pessoas deixando o almoço para "atender" o celular! 

Como fica a produtividade! Nem vou discorrrer sobre isso porque arriscaria ser dura demais.
 
Por aí andam as coisas... simplesmente um pânico geral... como se aquele que está do outro lado do aparelho, em qualquer um dos locais de comunicação, não pudesse simplesmente esperar a última garfada, esperar a pessoa terminar de interagir com aqueles que estão pessoalmente presentes, enfim... o ser humano cada vez mais relegado a segundo plano na convivência com outros seres humanos.

Também não vou falar dos acidentes de trânsito causados pela desatenção gerada pelo uso do celular enquanto dirige. Simplesmente lamentável!

Daí entram os cachorros. Vocês já perceberam que os cachorros estão sempre presentes quando você se aproxima? Presentes em sentimentos! Presentes em atenção! Simplesmente toda a existência deles está dedicada à você quando você está por perto.

Sejamos como os cachorros em atenção e amor em cada atitude do nosso dia!!!




sábado, 26 de julho de 2014

Eu e minhas planilhas...

Uma hora eu paro para estudar e aprender como funcionam planilhas eletrônicas.

Fui tomada de pânico no mês de junho, consideradas as despesas e apesar daquelas não planejadas estarem garantidas pelo fundo reserva. Simplesmente não conseguia sentar e somar os valores. Exigência que as crianças deixassem suas coisas nos devidos lugares e duas imensas caixas pretas (literalmente) em cima da mesa de jantar.

Olhava aquilo, a papelada toda, e não tinha coragem de mexer. Não considero planilha a coisa mais legal para fazer em momento de folga ou em qualquer outro momento. Faço porque preciso ver, planejar, poupar, organizar e cortar gastos, mas se pudesse viraria "vida louca" e não faria mais.

Um dia acordei as 05h00 e com a certeza de que não conseguiria mais dormir. Pensei: "de hoje o mês de junho não passa e julho já vai entrar na roda para sobrar pouco para somar quando acabar o mês".

E lá fui até às 10h00 para terminar, logicamente fiz outras coisas nesse tempo embora a prioridade fosse terminar as planilhas.

Tudo terminado, uma sacola de papéis para o lixo e duas caixas para doação, pois o pouco que sobrou foi para uma gaveta. As caixas já foram levadas pela vizinha e minha mesinha da lateral do sofá ficou bem mais "decente".

O resultado das planilhas? Tudo certo conforme planejado. Despesas inesperadas derivadas do assalto ao carro da Izabel devidamente pagas e sem estourar o orçamento. Outras coisas eu já havia alterado a forma de pagamento no dia 10, estipulando algumas mudanças na mesada das crianças. Ou seja, nem precisava tanto pavor e se tivesse feito as planilhas antes certamente teria gasto muito menos energia mental pensando em quando iria fazer.

E alguém que passa por aqui tem prazer em fazer planilhas?

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Aceitação...

E vamos nos debatendo, nos violando e suportando... na vã esperança de que algumas pessoas mudem.

E vamos trabalhando, conversando, indicando o mal que pode estar sendo causado por atitudes diversas... na vã esperança de que algumas pessoas mudem.

E vamos tolerando uma queixa aqui, uma reclamação ali, uma tristeza, uma pequena ofensa... na vã esperança de que algumas pessoas mudem.

Tudo tem um limite e, dado o respeito ao grau evolutivo, esse limite não pode ser tão estreito a ponto de não ser possível a mudança. Também não pode esse limite se estender no tempo indefinidamente, caso contrário não seria limite e sim infinito. Toda atitude tolerada demais é apenas uma demonstração do quanto somos bons e merecedores do troféu paciência, acostumando o outro com essa situação e impedindo a alteração de comportamentos, é simplesmente nosso ego pavoneando.

Bem, é certo que a pessoa só muda quando percebe efetivamente seus atos e quando quer mudar. Daí você senta, conversa, explica, pondera, fundamenta e tudo entra por um ouvido e sai pelo outro, ou melhor, tudo não... todas as palavras para reforçar as boas atitudes, e que não foram muitas, ficam interiorizadas e somente elas permanecem na memória impedindo a mudança das atitudes ruins ou de repente a pessoa não se dê conta das atitudes prejudiciais ao outro, sei lá!

Daí... a vida segue... sua insatisfação cresce... sua vontade de ser feliz aumenta... e finalmente vem a percepção de que somos donos da nossa própria vida, mas também somos responsáveis por uma coletividade que pode ser composta pela família, pelo grupo com quem você mais convive e somos senhoras do nosso próprio bem estar em qualquer lugar onde nos encontremos.

Assim, se nos é dado optar, é claro que devemos optar pela paz de espírito e assim o afastamento é o melhor remédio.

Estava nos últimos tempos participando de muitos grupos e cada qual formado de centenas ou milhares de pessoas. Claro que não havia unanimidade, claro que havia conflitos. A unanimidade é burra e os conflitos servem para o próprio amadurecimento do ser humano, mas... vale a pena se envolver com tanta gente assim? Vale a pena o desgaste? Será que realmente faríamos alguma diferença?

Cheguei a conclusão de que, no caso acima, eu não faria falta alguma e estava perdendo meu tempo com coisas tão banais do dia a dia, deixando de fazer as minhas próprias atividades, abandonando esse blog que tanto adoro, prejudicando pessoas de convívio mais próximo. Então... o afastamento!

Outras vezes é possível em relação à algumas pessoas simplesmente deletar, bloquear ou seja qualquer outra atitude equivalente, afastando-a do convívio do grupo e quem sabe isso a faça rever suas atitudes ou não tenha efeito algum e ela se sinta injustiçada, mas, gente!, é preciso buscar paz de espírito de alguma forma!

Agora os únicos grupos que participo são: família, trabalho, alguns vizinhos, o grupo que criei no face que é bem tranquilo, poucos e bons amigos, pessoas que visitam o blog...   e está louco de bom!!!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sobre decisões e sobre afundar ou flutuar...

Todos os dias nos deparamos com situações, quer queiramos ou não, que podem nos afundar, podemos enfiar a cabeça no travesseiro, chorar, gritar, espernear e quando recobramos a consciência a situação está ali: cara a cara com nossa vaidade, colocando medo para que não possamos reagir, criando monstros imaginários que assombram.

Vontade de mudar e paralisia do medo. E vamos levando a situação desagradável e vamos levando a vida passivamente, sofridamente e chegamos à depressão onde não queremos mais enxergar coisa alguma e deixamos tudo, até a situação, e assumimos ser uma sombra do que fomos um dia.

Afundamos! E porque? Por deixarmos nossos medos tomarem conta do pedaço ao invés de perguntar e anotar: o que de pior poderia acontecer? Todas as respostas anotadas e talvez o monstro se desfaça em questão de segundos e se isso não acontecer e se for muito importante... enfrentar o monstro para ver o resultado talvez seja um bom caminho.

Enfrentar e flutuar! Perdoar e tirar do caminho. Perdoar e tentar uma convivência melhor. Perdoar a nós mesmos por erros cometidos por vezes até com boas intenções. Perdoar nossa vaidade de ser bondosa e depois ver que era o pior caminho a ser escolhido. Perdoar nosso ego que pretendia mostrar uma pessoa que não somos. Perdoar nosso desconhecimento que pode ter prejudicado outras pessoas. 

Simplesmente aceitar que aquela situação foi gerada pela única atitude que poderíamos ter no momento anterior, a única que nos era possível tomar e por isso foi tomada com boas intenções ou até com má intenção da qual depois nos arrependemos.

É tempo de consertar. Não, passado não se conserta, não se pode voltar lá atrás para fazer diferente, mas sempre é possível agir diferente, derrubar o que foi feito e tomar novas atitudes daquele momento de consciência em diante.

Flutuar acima dos problemas. Relaxar. Agir. Mudar. Respirar. Enfrentar que não podemos ter controle sobre tudo, mas temos responsabilidade sobre nós mesmos e sobre as coisas que podemos alterar.

Você que está por aqui agora: está precisando tomar alguma atitude e sente paralisia causada pelo medo? É possível reagir?

Se a resposta for positiva: vá em frente e veja os resultados!!! Se a resposta for negativa: simplesmente relaxe e não deixe a situação te afetar a ponto de afundar, flutue acima dos acontecimentos e tente olhar de fora o que está acontecendo, simplesmente guarde silêncio.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Convívio... ah! o convívio...

Não existe nada mais difícil nesse mundo do que conviver com as pessoas e muito difícil deve ser conviver comigo porque tem vezes que nem eu mesma me aguento.

Tento há algum tempo manter o equilíbrio, guardar silêncio, sorrir, não ser reativa e sim assertiva... sempre achei que um sorriso resolve qualquer situação e ontem aconteceram duas situações interessantes.

Sorri para uma pessoa no trabalho, simples assim, um simples sorriso de até logo e sorri para a pessoa do outro lado que, sei lá a razão, não viu meu sorriso. Assim que me retirei, aquela com dificuldade de enxergar confrontou aquela que retribuiu ao meu ato de sorrir: "porque vocês estão sorrindo um para o outro dessa forma?" e foi criada a confusão que por graça do destino não presenciei!

Foi só um sorriso!

Depois de tanto ter atitudes severas em relação a alguns fatos e atos da pessoas, com reações até pertinentes mas desnecessárias, resolvi parar e me fingir de morta! Fale o que quiser falar e pronto e ponto! Achei que estava curada porque venho ensaiando esse último comportamento há anos. Pois bem, tive uma atitude reativa e desnecessária e uma terrível descarga de adrenalina. Pedi desculpas e disse que podíamos continuar, ato contínuo a pessoa admitiu que realmente a versão era outra. Tudo bem! Poderia ter admitido ou não admitido e minha vida não ia mudar! Interessante aqui foi observar o quanto eu era viciada em adrenalina e talvez por isso reagisse no passado com tanta paixão. Depois do fato que ocorreu ontem, fiquei mais de uma hora me sentindo mal e com dor no peito.

Foi só adrenalina e não preciso mais dela! Isso me deixou feliz!


domingo, 20 de julho de 2014

O que ando fazendo...

Segundo uma pessoa que conversava comigo dia desses: estou tendo uma vida desinteressante e não sabe como uma pessoa pode ser feliz assim!

Ok! Ando cuidando da minha casa, dos meus filhos e dos meus cachorros, além de cuidar de mim e da vida financeira. Confesso que estou muito melhor assim, podendo atender minhas prioridades e até ir para Cornélio com o Renato quando ele precisa.

Penso que cada um vive e é feliz como quer, não importando o que pensem as pessoas e muito menos seus parâmetros de felicidade.

Estava cá pensando o que poderia ser mais desrespeitoso no tratamento com outra pessoa e concluí, dentre outras coisas, que para mim talvez a pior delas é tentar impor sua religião, fazer a pessoa conhecer sua religião, convidar para participar dos rituais de sua religião.

Deus é um só, mas cada qual tem sua forma de conviver com ele, de acreditar, cada religião tem seus dogmas e conforme aquilo que a pessoa acredita será muito difícil enxergar de outra forma ou até de aceitar outras formas participando dos tais rituais. Não, não critico qualquer religião. Cada qual deve ter sua, pois a fé em algo superior é necessária para uma existência mais feliz! Só não aceito os tais convites para cultos, rituais, encontros, retiros... seria melhor ser respeitada, no particular!

Feito o desabafo, vamos ver o que andei fazendo:

Minha bisavó era devota do Sagrado Coração de Jesus e a imagem me conforta, embora eu não faça todas as orações ao pé da imagem como ela fazia. Gosto de ter por perto, parece que ela fica mais por perto também. Pois bem. A imagem caiu e quebrou o braço, meu filho mais velho disse que não era aconselhável colar imagens e que deveria ser jogada no rio. Superstições à parte, cá está a imagem devidamente colada e perfeita!













Outra imagem que gosto muito é do Divino Espírito Santo e consegui achar do jeito que eu queria. Está acima da porta de entrada e tirei os imãs de geladeira, colocando-os na lateral para ficar menos poluído o local.


Descobri que estava pagando R$ 12,00 no quilo de ração e lembrei que pagaria R$ 6,00 o quilo se comprasse em saco de vinte quilos. Mas... onde guardar um saco de vinte quilos nesse apartamento? Simples! O armário de duas portas da sacada estava "lotado" de caixas que sobraram dos destralhes e estavam guardadas para "quando eu precisasse, quando voltasse a ser acumuladora, quando voltasse a consumir descontroladamente" e isso nunca mais vai acontecer de novo. Chamei a vizinha, dei as caixas e guardei os potes de armazenar ração que ficam sobre a pia da sacada e o saco de ração.










E achei também essas caixas . Dó de jogar fora! Tentei incorporar na decoração da cozinha! Ficou horrível, vamos combinar! Lembrei do meu pai que dizia que a caixa da panela não era uma caixa de panela e sim um porta panela e só assim consegui mandar para o reciclável!













Estou participando de um desafio no blog Netas da Maria  que consiste em retirar uma caixa de coisas sem uso por semana. Achei que seria difícil considerando todos os destralhes anteriores, mas consegui na primeira semana retirar o que está na foto abaixo e também as caixas da foto anterior.











Resolvi eliminar o "porta detergente/esponja", deixo o detergente em cima da pia ou mesmo dentro do armário e a esponja agora fica no suporte da foto abaixo, indo para o suporte após ficar meia hora no vinagre e dois minutos no microondas.




Tentei organizar a gaveta dos "talheres grandes" colocando divisórias plásticas e ainda não ficou bom, continuo pensando. Em Cornélio fiz o sistema da caixa: coloquei tudo em uma caixa durante trinta dias e o que não foi usado nesse período teve outro destino que não a gaveta, mas aqui em Londrina uso tudo que está nessa gaveta.
















Alterei o lugar do tapetinho higiênico dos bichinhos porque eles tiveram que ficar 24 horas na sacada para o sofá secar e coloquei junto ao ralo... foi a melhor coisa que podia ter acontecido porque ficou muito mais fácil de limpar. E olhem o estresse do Taylor por ficar na sacada... Alterei também o lugar do cobertor para ver se consigo que eles esqueçam a parede (o Taylor começou e a Milla aprendeu) e eu possa mandar arrumar. E mais uma cadeira que atacou o Taylor e descobri que atacou a Milla também.
 

Semaninha movimentada a minha!!!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

As coisas que não comprei...

E namorei por uns três meses um peep toe com estampa de oncinha e feito de pelinhos. Recusei pagar R$ 300,00 e olhava para o dito cujo na vitrine toda vez que passava pela loja. Promoção com 50% e já estava menos afrontoso o valor. Entra na loja, prova o sapato, muito confortável, salto ótimo e lá vai a pessoa analisar o produto. Sim! Não basta gostar, tem que ver se realmente é de qualidade, mesmo porque um teria que sair da sapateira para ele entrar.

Cola grudada na frente do sapato. Atendente tira a cola e tira também um pedaço do material do próprio sapato, mas segundo ela bastava passar um "nugget" daqueles de tinta preta e lá eu fiquei pensando que o sapato ficaria consertado e não novo e talvez nem ficasse bom.

Salto colado torto. Izabel ponderando que ninguém olha o salto, mas não é isso não... eu sabendo já é o suficiente para implicar. Até então ela não tinha visto o defeito da frente, depois que viu concordou comigo que não seria aconselhável levar.

Justificou a vendedora que produtos em promoção realmente apresentam alguns defeitos. Então, resta ter cuidado e analisar bem antes de levar para casa ou desistir de levar como eu fiz.

Essa foi a primeira situação.

A segunda aconteceu com o colchão do quarto da minha filha. Taylor foi até lá e fez xixi. Limpa, deixa com produto, aspira, dois dias secando e a Izabel reclamou que ainda ficou cheiro por lá. Dois dias depois, quando já colocado o lençol, Milla vai até lá e faz xixi.

Ela, Izabel, brinca tanto com os cachorros que acho que esse monte de xixi somente pode ser amor transbordando. "Eu não quero tanto amor!", ela reclamou. Novo procedimento de limpeza e continuidade da reclamação quanto ao cheiro.

"Não tem problema! Compramos um colchão novo!" e já fiquei imaginando para quem daria o colchão antigo. Surgiu a idéia de trocar com o colchão de Cornélio do quarto dela, mas seria tanta mão de obra e frete para mandar um colchão e trazer o outro que desisti em seguida.

E, aproveitando que estávamos no shopping, começamos a pesquisa por um novo colchão no mesmo padrão do que estava cheirando xixi. 

Primeira loja e um vendedor simpático, passou todas as informações técnicas, preencheu o formulário com todas as especificações e preços, entregou o papel e não encheu nossa paciência. 

Segunda loja e dois vendedores treinados com técnica bastante agressiva que me fizeram assistir de camarote a encenação que fizeram, no final Izabel irritada e eu com dó pela exigência da empresa de que eles trabalhassem daquele jeito e insistissem até de forma indelicada com o cliente. No final conseguir convencê-los de que não levaria o colchão de maneira alguma porque ainda precisava analisar melhor a situação e preços. Entregaram um papel rabiscado e não gostaram muito da minha decisão.

Chego em casa e começo a pensar: na primeira loja informada a garantia de dez anos e comprei o colchão que supostamente precisaria ser trocado há três anos, logo ele ainda teria em tese sete anos de vida útil embora não fosse da mesma fábrica daquele com dez anos. Com tanto tempo ainda seria um erro, para não dizer uma insanidade, trocar o colchão agora.

Acordei cedo e às 08h00 procurei na internet uma empresa de limpeza de sofá pensando que também limpariam colchões. Bingo! Hoje eles já vem fazer a higienização e prometeram que todo o cheiro vai embora, depois conto se isso aconteceu mesmo! Resolvido o problema com R$ 80,00, ou seja, 5% do valor do colchão da primeira loja e 6% do valor do colchão da segunda loja.

Realmente não dá para comprar nada sem analisar e pesquisar antes!


 .

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Caixinha de costura e sentimentos (???)

Minha caixinha de costura estava há quinze dias rolando pela casa para limpeza e organização. Hoje finalmente consegui mexer e até isso é capaz de despertar sentimentos.

O botão do sofá que eu usava quando era casada e estou divorciada há mais de vinte anos. O botão da roupa que já doei e foi usada em uma viagem em 1993. Botões e cada um com uma história. A colecionadora de botões.

Pedrarias de quando eu fazia bijuterias ou tentava fazer. Pedrarias de fantasias que bordei para a Izabel ou mandei bordar para apresentações na escola. Pedrarias de blusas que nunca consertei. A colecionadora de pedrarias.

Agulhas e mais agulhas. Agulhas tortas de tapeçarias que jamais arrisquei fazer. Agulhas pequenas, grandes, médias, enferrujadas. E preciso somente de agulhas para pequenos consertos. A colecionadora de agulhas.

Botões fiquei com aqueles de roupas ainda em uso. Pedrarias foram todas para uma igreja onde o pessoal faz trabalho manual. Agulhas ainda fiquei com muitas, mas devagar vou tirando.

Caixinha como estava:
 










Tirando a caixa rosa












Coisas que foram embora 










Como ficou
 



Ainda estou procurando uma caixa menor aqui em casa para colocar o que sobrou e espero que seja usado. Nada de comprar organizadores novos para depois colocar fora!!!

Você também coleciona tranqueiras?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cada coisa em seu lugar...

Vi a seguinte pergunta essa semana:

- Como é que posso organizar a papelada? Meu apartamento é pequeno e não tenho muito espaço, sendo que meu marido deixa tudo em cima da mesa de jantar: documentos, recibos de supermercado, papéis do cartão de crédito. Não bastasse, fica nesse lugar também o material escolar não mais utilizado pelas minhas duas filhas e, ainda, receitas de médicos, contas de luz, condomínio, extrato bancário!

Sugeri que iniciasse com as seguintes providências:

1) material escolar que não usa manda para o lixo
2) material escolar que usa na mochila quando termina a tarefa e mochila no quarto
3) uma caixa para documentos médicos
4) uma caixa para contas

- Pois é, mas se eu colocar em caixas em segundos estarão sem fora do lugar e com as tampas atiradas. Minha filha não aceita jogar o material escolar velho fora porque quer brincar de escolinha.

Sugeri então que usasse caixas sem tampa ou mesmo cesto e mais uma caixa para as coisas de brincar de escolinha, além de trabalhar com as crianças a necessidade do destralhe de coisas sem utilidade.

E a queixa sobre a falta de espaço continuou, desejei boa sorte e segui meu caminho!

Às vezes me parece que as pessoas "pensam" em buscar ajuda, mas não tem força suficiente na hora de implementar a ajuda quando a recebem e nisso não vai nenhuma crítica! A mudança é muito difícil e pode parecer muito trabalhosa ou impossível.

Entretanto, somente tenho a cada dia mais uma certeza: somente quando você passa para a ação é que consegue mudanças.

Minha casa está funcionando maravilhosamente bem agora que meus filhos tem lista de tarefas, estão também acostumados a destralhar, controlam e fazem orçamentos quando precisam de alguma coisa, buscam preços, economizam a mesada e uma parte vai para a poupança. É perfeito? Claro que não! Costumo dizer que somos humanos e por isso temos como característica a imperfeição, caso contrário seríamos anjos! 

Não está perfeito e nunca ficará, mas melhorou muitíssimo, estamos convivendo melhor com todos sendo responsáveis pela organização/limpeza da casa, tarefas divididas, sem a mãe reclamando que tem que fazer tudo! 

Como é que eu podia reclamar que não recebia ajuda se eu não pedia ajuda?! Aprendi que precisamos verbalizar mais, falar mais, pedir ajuda sim e não posar de perfeccionista e "faz tudo" para depois reclamar.

Essa organização toda que implementei e que agora permite que também meus filhos mantenham é o resultado de "cada coisa em seu lugar". Cada item tem sua "casinha" e nesse caso fica fácil manter no lugar e não atirado pela casa.

Agora, fiquei cá pensando com meus botões: de que adiantaria eu deixar recibos, contas da casa, notas de supermercado e cartão de crédito se eu não arquivasse imediatamente quando chegam e não lançasse na planilha? Como ficaria meu controle financeiro? Pois é, acho que meu controle financeiro ficaria como a mesa de jantar da moça que perguntou... e não conseguiria todas as coisas que conquisto a cada dia.

Você costuma se organizar ou tem dificuldades?

!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mais sobre os quinze minutos...

Antes de entrar no assunto do post esclareço para a Adriana que o vinagre utilizado em limpeza doméstica é o vinagre branco de álcool e não aquele maravilhoso vinagre de vinho tinto usado para temperar a salada de radiche com bacon... rs... não fica cheiro algum e é o líquido mais estupendo para limpeza.

Só para ter uma idéia havia uma camiseta do Inter do Pedro Henrique que já estava "bege" e não havia vanish que desse conta dela... coloquei de molho com vinagre, um pouco de vanish (para não perder o costume) e sabão em pó (novamente e igual a todas as outras vezes) e ela ficou quase branca. Enfim, só tentando usar para pegar amor pelo dito cujo.

Chegando nos quinze minutos... Tente que funciona!

Tenho dificuldade de concentração e sou capaz de começar dez ou mais atividades sem terminar nenhuma delas. Assim, para serviço doméstico e agora também no trabalho tenho utilizado o timer do celular. Não precisa baixar nenhum programa mirabolante da internet, viu? e também não precisa comprar aqueles timer de galinha, porquinho, cachorrinho, basta usar o celular. Provavelmente seu timer fica próximo e no mesmo ícone do despertador que você utiliza pela manhã.

Em casa tenho usado timer de quinze minutos e no trabalho, quando não tenho audiências, timer de uma hora e tem funcionado maravilhosamente bem, basta que você se concentre no tempo marcado naquela única atividade, sem desviar a atenção, sem fazer outra coisa e sem parar.

Alguns exemplos de coisas feitas em quinze minutos:


E você? Usa timer ou tem alto poder de concentração?

domingo, 13 de julho de 2014

Onde está mesmo a virtude?

Minha avó dizia que a virtude está no meio. Meu avô ensinava que precisamos dizer não. Minha mãe era mais passional e falava que precisávamos agir imediato em quaisquer circunstâncias. Meu pai era o exemplo de equilíbrio e não reação. Convivia com uma tia elegante em qualquer situação. Outra tia vaidosa ao extremo. 

E eu fazia incursões nas vidas alheias tentando tirar o que existia de melhor em cada uma, embora não tenha deixado de absorver alguns piores de cada pessoa que por mim passava.

Dessa forma, tinha boas atitudes apreendidas com fulano e péssimas atitudes apreendidas com beltrano.

A única frase que não me abandonava era "a virtude está no meio", sinônimo do equilíbrio nem sempre possível e hoje sei que nem mesmo é aconselhável equilíbrio em tudo.

Um pouco de loucura pode curar. A insanidade pode conter aqueles que querem nos prejudicar. O extremo pode afastar alguns que não merecem estar na nossa vida. Algum transtorno, diagnosticado ou não, mas manifestado na hora certa pode ter efeitos terapêuticos para nós e para aqueles que de nós se aproximam porque querem ou para aqueles que convivem conosco por laços inquebrantáveis.

Recebi um telefonema relatando uma situação trágica (se não fosse cômica... rs...) com uma pessoa muito querida e observação do tipo "ela não poderia ter ido lá", "ela não deveria ter entrado no local", "ela não poderia ter reagido daquela forma", "ela somente agiu daquela maneira em razão do que a outra pessoa fez". 

Somente consegui dizer para meu interlocutor "foi a melhor coisa que poderia ter acontecido" e ante o suspiro atônito e incrédulo do outro lado da linha continuei "somente assim para curar, com reações fortes para dar um fim à situação e não havia outra maneira de terminar de uma vez por todas". No final acabamos rindo e rindo a pessoa foi falar para a outra me ligar.

"Eu fiz errado! Eu não poderia ter feito isso! Fiquei pensando agora @#$%$#@ tudo!" e lá vou eu de novo "Você fez o melhor que a situação exigia. Precisava disso para ter um ponto final. Agiu corretamente." "@#$%ˆ@ já estava!". Mais um ser humano rindo da própria situação que não é das mais cômodas ou recomendável, lembrando que as atitudes da parte contrária já causaram muitos dissabores para essa pessoa muito querida, mais dissabores que se possa imaginar e que quase acarretaram situações terríveis.

Enfim, a virtude está no meio, continuo achando isso, mas... existem horas, momentos, situações, pessoas, frases, atitudes que devem nos jogar para os extremos, exigem que sejamos reativas de uma vez por toda, pedem uma atitude que assuste até!

Quem está passando por uma situação complicada deve analisar muito bem qual o melhor caminho a seguir, ponderar quais os caminhos possíveis, tentar de todas a formas a saída mais equilibrada, mais recomendável, menos traumática e se essa situação possui outra pessoa do outro lado e essa pessoa simplesmente não colaborar: reaja! defenda-se! 

Para algumas coisas chegarem a um final satisfatório às vezes é preciso radicalizar, como radicalizei com o ano sem compras, como radicalizei ao simplesmente "cortar e ignorar" certas amizades, como radicalizei ao fechar as portas a tudo que me fazia mal e poderia ser dispensado.

REAJA E JOGUE A CULPA PARA CIMA. Que a culpa entre em órbita e que você fique com os dois pés fincados na racionalidade e o coração voando com os sonhos de uma vida melhor.

sábado, 12 de julho de 2014

Mãe e dona de casa em treinamento...

Minha mãe sempre trabalhou fora e delegou os serviços da casa para empregadas domésticas, nunca exigiu que fizéssemos nada. A mesma situação quando morei com minha avó que, apesar de costureira trabalhando em casa, sempre teve empregada e nada pedia para mim.

Casei aos dezessete anos e sempre tive empregada doméstica, sendo que em algumas épocas até mais de uma. Estava cá pensando hoje que até nos períodos mais difíceis, financeiramente falando, nunca abri mão de ter ajudante e jamais foi sugerido por alguém que eu assim o fizesse.

Bem explicado que até a promulgação da Constituição Federal de 1988 a empregada doméstica não tinha direito sequer ao salário mínimo, o valor poderia ser negociado livremente e inclusive o trabalhador rural aposentado recebia apenas meio salário mínimo até outubro de 1988.

Pois bem. Nenhuma experiência em serviços da casa até o dia em que saí de Cornélio Procópio em janeiro de 2013. Concluo que não me saí tão mal assim e diariamente tenho aprendido uma coisa aqui e outra ali.

Descobri, por exemplo, que a esponja de lavar louça deve ser colocada dois minutos no microondas após usada para esterilizar, antes eu só sabia que deveria ser trocada uma vez por semana. Mais tarde fiquei sabendo que só o microondas não basta e após o procedimento nesse aparelho ela deve ser colocada de molho no vinagre por meia hora. Panos de prato também devem ficar meia hora de molho no vinagre para matar as bactérias. Vou parando por aqui, daqui uns dias faço um post com dicas de limpeza doméstica.

E assim vai... a cada dia um novo conhecimento aqui, outro ali, hábitos de limpeza e organização que vão se incorporando na rotina e tornando o serviço doméstico menos penoso.

Voltando... como sempre tive empregada doméstica à disposição, e por livre espontânea vontade resolvi não mais contar com esse serviço, inicialmente pensei que deveria fazer tudo em casa, afinal as crianças não participaram dessa escolha.

Somente um ano e meio depois percebi que a coisa toda não funcionava desse jeito e meu procedimento estava me deixando exausta.

Todos devem colaborar, afinal vivemos em família e não é justo que somente uma pessoa carregue todo o fardo, todo mesmo, sozinha... assumindo limpeza, roupa, comida, todos os bens materiais que são necessários comprar e ainda... trabalhar fora!

Há muito que não culpo mais outras pessoas pelo que me acontece. Procuro sempre ter em mente que as pessoas somente fazem com a gente o que permitimos.

Então, não posso dizer que meus filhos sejam tão reticentes quanto à ajuda no trabalho doméstico por vontade deles, eu mesma não exigi e mudar isso talvez não seja tão difícil.

Achei muito engraçado a Izabel dizer "eu poderia recolher e guardar a roupa, mas... é melhor não, você tem toque com roupeiros!" e eu respondi "verdade, recolhe e deixe que eu guardo!". Prefiro guardar e arrumar inclusive o que já está lá do que ter que perder uma tarde ou dia para organizar roupeiros.

Bem, a coisa por enquanto está funcionando muito bem e foi muito bom chegar de Cornélio agora e ver louça lavada, roupa recolhida, quartos arrumados... isso nunca tinha acontecido!

Assim, se existe alguma coisa na sua vida que não está lhe agradando, que está lhe cansando demais, que está lhe causando tristeza... tome uma atitude agora!!! É possível!!!

E o treinamento da mãe/dona de casa? Pois é. Estou me policiando o dia todo para não recolher uma roupa, para não tirar roupas para lavar, para não lavar louça, para não levar o lixo... isso está sendo muito difícil, mas necessário...

Conte por aqui o você anda fazendo ultimamente para minimizar as coisas que te incomodam...

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Nada é proibido e nada precisa ser feito!

Cansei. Fisicamente cansada e percebi que não daria conta de tanto serviço doméstico a ser feito após ou antes da jornada profissional. Continuo com a intenção de não ter empregada doméstica, apenas diarista a cada quinze dias ou uma vez por semana.

E daí? Como fazer?

Ontem à noite fizemos reuniões individuais em casa. Primeiro com o filho, depois com a filha. Questionei o que poderiam fazer para me ajudar antes que eu surtasse feio ou ficasse doente... rs

Cada qual indicou o que poderia fazer e o que não faria em hipótese alguma.

Izabel quando fez intercâmbio precisava limpar banheiro e implorou para não ter novamente essa atividade. Está certo! Também não limpo se considerar como deve ser esfregado, molhado e essas coisas. Apenas desinfeto, lavo o vaso, passo o rodo e deixo a limpeza pesada para a diarista.

Pedro tem pouca coisa que não gosta de fazer, mas já percebi que não simpatiza com a atividade de lavar a louça, deve ser porque é colorado, né Adriana?

Chegamos a um acordo, fizemos uma tabela que será preenchida durante o mês. Não é obrigatória quaisquer das atividades, mas existe uma multa para o descumprimento que será calculada ao final do período e descontada da mesada.

Luis Alberto Warat, maior jus filósofo da América Latina e que tive o prazer de conhecer quando veio para Cornélio Procópio em um seminário, estava explicando para meu filho Renato que ele poderia estacionar em lugar com placa de proibido, a escolha seria dele, bastava que estivesse disposto a pagar a multa.

Com orçamento apertado e contado, quem está disposto a pagar a multa por aqui?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vastas emoções e pensamentos imperfeitos!

Esse é o título de um livro de Rubem Fonseca onde sono e vigília, razão e ficção, terminam por se confundir e assim é nossa vida, um emaranhado de sentimentos que nos leva por vezes a duvidar da realidade do que está acontecendo, tudo que queremos em determinadas horas é acordar.

Desde a semana passada estou passando por alguns perrengues e se escrevesse sobre cada um isso aqui acabaria virando um muro de lamentações, como já aconteceu há algum tempo.

Lá vai. Passei um estresse muito grande na quinta-feira, não importa se pessoal ou profissional, interessa um único aspecto: é necessário, primordial, essencial, simplesmente guardar silêncio nos momentos mais tensos. Não adianta! Ninguém vai te escutar quando está no calor de um desabafo mais veemente. Silêncio, serenidade, deixar tudo se assentar e depois conversar, só isso!

Conversar no dia seguinte, calmamente e escolhendo palavras que possam ajudar porque de críticas e ofensas o mundo está cheio e ninguém precisa de mais uma dose de energia negativa. Ressaltar os pontos positivos e sugerir melhoras, sugestões que podem ser acatadas ou não, sempre com a consciência de que a partir desse ponto a responsabilidade passa a ser do outro e você já cumpriu seu papel voltando ao seu sagrado silêncio sobre o assunto.
 
É fácil? Não, claro que não! A vontade primeira é sair gritando e jogar tudo para o alto, mas quando temos a consciência de que isso não solucionará e sim somente trará piores consequências, o autocontrole se impõe sereno.

No final tudo resolvido e a energia gasta precisa ser recuperada de alguma forma. Necessário se faz um tempo para voltar ao equilíbrio anterior. Então, no sábado de manhã seu telefone toca. 

Sua neta canina, a Nankin, uma whippet de pernas frágeis como todo cachorrinho dessa raça e com problemas de depressão - foi adotada e vivia em um canil sendo usada para procriação - voa em uma praça onde tinha ido brincar. Voa de uma altura de cinco metros e cai em uma quadra de concreto fraturando as duas perninhas dianteiras. Perninhas sim, ela é quase humana, pelo menos para mim!

Ela foi adotada pelo meu filho que mora em Cornélio e ele menciona:

- Mãe, não sei mais se quero ter filhos!

Chorou muito, apavorou, está sem dormir junto com a noiva porque tem que vigiar o bichinho para que não firme as perninhas que estão engessadas! Os dois estão sofrendo muito ao ver o sofrimento da menina e o outro cachorrinho, filho da Nankin, ficou dois dias sem comer após presenciar o acidente. Só por Deus!

Já falei por aqui o quanto eu não entendia esses sentimentos por cachorros e o quanto mudei. Só puder dizer para meu filho que ele poderia sim me dar netos. O test drive estava feito! E ele certamente sentirá a mesma coisa a cada dor de barriga de seus filhos e pelo resto da vida!
 
Convenci a linda da Izabel a ir comigo, o irmão e mais um amigo dele jogar paint ball. Nos divertimos pra caramba, risadas, machucados - meu braço ficou roxo, o braço dela também. Apesar da dor foi ótimo. Segundo o Pedro, pessoas de mais idade como eu não deveriam jogar! rs

Pois bem. Saindo de lá entramos no carro e falei "nossa, deixei o porta luvas aberto!". Quase não terminei a frase e a Izabel gritou "fomos assaltadas". Só uma reação. "Desce todo mundo e vamos voltar para a quadra!". Vai saber se havia alguém por perto!

Os rapazes do paint ball até saíram atrás dos assaltantes que levaram o som e tentaram levar o estepe, mas por óbvio não acharam ninguém. Fechadura do carro estragado e a constatação de que quatro carros estavam estacionados e somente o dela não tinha alarme. Alarme? Pensei eu quando da compra há duas semanas, para que se tem seguro? Aí está a resposta!

A sensação de impotência, de injustiça, de abalo dos sonhos fez a menina chorar muito e com toda a razão do mundo. Acalmou e voltamos para casa.

Domingo para visitar meu filho, minha norinha e meus netinhos caninos. Segunda-feira para resolver o problema do carro e instalar o alarme. O som precisa esperar!

Terça-feira dia muito feliz, comemorando vinte anos de exercício da magistratura. É muito tempo e não vi passar! Estou mais para o fim da vida útil profissional e lembrava a toda hora da minha avó com noventa e poucos anos dizendo que não tinha visto o tempo passar.

Gente! Façam o que tem que fazer agora! A vida voa! O tempo passa feito um furacão e cada dia é a única chance que temos de fazer alguma coisa, de ser feliz e de mudar o rumo do que não está sendo satisfatório.

Terça-feira dia muito triste, o Brasil teve o sonho de ser campeão da Copa das Copas, em casa, interrompido por um holocausto. Não, não sou apaixonada por futebol, muito pelo contrário, mas gosto de ver a mobilização das pessoas, do povo brasileiro. O futebol é a única coisa que une os brasileiros infelizmente e é isso que temos!

Uma nação inteira focada no mesmo objetivo, na mesma esperança de felicidade, quem sabe na única forma que sabem expressar um tanto de felicidade em uma vida tão sofrida.

E aqui estamos nós seguindo em frente.

Estou de ressaca e olha que nem consumo bebidas alcóolicas. Acho que minha ressaca é moral. Espero melhorar!!!

Também espero um país melhor. Pessoas engajadas na melhora da cultura, da educação, da saúde. Pessoas que escolham melhor seus governantes, se é que isso é possível nessa terra chamada Brasil. Pessoas que se unam pelo amor, pela solidariedade, pela ajuda mútua aos que mais necessitam. Pessoas que lutem lutas justas. Pessoas que não usem produtos testados em animais e pessoas que um dia consigam parar de viver do sofrimento de outros seres.

Espero de mim que eu seja a cada dia uma pessoa melhor e tenho muitos sonhos e muitas tentativas e muitas vitórias e muitos fracassos e muitos pensamentos imperfeitos. Ainda quero parar de consumir carne. Ainda quero voltar ao trabalho voluntário. Ainda quero trabalhar por um mundo melhor.

domingo, 6 de julho de 2014

Quanto custa um filho? parte II

E aí tem minha menina! E cada filho é diferente!

Com nove anos ela decidiu morar com o pai. Ziula, como é que uma criança de nove anos decide alguma coisa? Pois é! A coisa foi tão rápida que quando percebi ela já tinha ido. Meu filho mais velho fez isso na mesma idade e em seguida voltou! Achei que seria a mesma coisa. Ledo engano! Voltou com dezessete anos.

De qualquer forma a experiência foi muito importante para ela, embora muito dolorosa para mim.

Nesse tempo, além de valores normais para escola, alimentação e obrigações que são recíprocas mesmo para pais separados, eu fazia questão que ela viesse uma vez por mês ou no máximo a cada dois meses. Eu em Cornélio e ela em Florianópolis. Imaginem a despesa! Não importava, importava o convívio mesmo que em finais de semana e nas férias.

Então, como cada filho é diferente, terminou por não começar a trabalhar na mesma idade, morou seis meses no Canadá no sistema de intercâmbio, residindo na casa de uma família lá, aprendendo a cuidar das próprias roupas, limpando banheiro (coisa inimaginável até então!), administrando suas finanças, tendo seus percalços e suas experiências! O mais velho nunca demonstrou interesse por intercâmbio.

Sem parâmetros quando começou a brincar com maquiagem aos dez ou onze anos. Conversa com o pai e dois cursos rápidos de maquiagem. Hoje ficou encantada com a técnica que ela desenvolveu, simplesmente fantástica, pois além dos cursos ela se dedicava assistindo tutoriais na internet e certamente tem dom para coisa!

Voltou para terminar o segundo grau porque já havia passado no vestibular em Londrina. Aqui entra mais uma questão de custo: passou em universidade particular. Precisava de transporte e por aí vai.

Tempo para adaptação. Ficava muito tempo no quarto. Hoje em dia já chega a ficar na sala assistindo algum filme ou conversando.

Começou a faculdade e exigi que fizesse estágio. É preciso ter uma noção de onde os conhecimentos da faculdade levarão. É preciso saber se efetivamente é aquilo que quer. É preciso ocupar o tempo e a cabeça com trabalho, convívio, disciplina, respeito à autoridade, receber ordens e contestá-las mentalmente e obedecê-las mesmo a contragosto.

- Tenha calma, minha filha! Esse estágio está pagando seu carro!

- Como assim? R$ 200,00 mensais e mais vale-transporte para trabalhar a tarde toda?

- Exatamente! Somente vendo seu esforço e dedicação é que tenho vontade de economizar e te fazer economizar para realizar seu sonho e facilitar seu transporte, com isso você gastará menos tempo em transporte coletivo.

Sonho realizado e coisas engraçadas no caminho.

Leva a marmita já às 07h00 quando saí para a faculdade para almoçar no estágio ao meio-dia. Primeiro eu fazia e depois minha vizinha passou a fazer. Colegas olhavam esquisito. Porque essa menina, na condição financeira que tem, come marmita? Olha, ela lava o próprio prato! E coisas sem sentido desse tipo, mas é assim que funciona e é dessa forma que as pessoas passam a dar valor e entender como funciona a vida.

Mordomias? Desejos? Compras? Tudo muito controlado! Afinal, acaso os filhos não aprendam na infância e na adolescência, aprenderão na vida adulta e posso dizer com toda a certeza do mundo que na vida adulta será muito mais doloroso e difícil de compreender.

Passar valores morais e éticos. Ensinar pelo exemplo. Apoiar nas crises próprias da idade. Terminar por administrar o próprio crescimento e incursões na vida adulta. Isso tudo tem um custo muito alto para um pai, para uma mãe, enfim, para o responsável por um ser em desenvolvimento!

E o custo de ter um filho é esse - amor e dedicação para o resto de nossas vidas! Tentativa de manter o equilíbrio para demonstrar como ele funciona para os nossos filhos. Dar o melhor para mostrar que é possível. Levar uma vida dedicada ao próximo mais próximo.

Muita responsabilidade, investimento dificílimo e com um retorno maravilhoso!!!

Quando Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel, perguntaram-lhe:

- " O que podemos fazer a fim de promover a paz mundial? "
Ela respondeu:
- "Voltem para seus lares e amem suas famílias."

Amem suas famílias, cuidem de seus filhos, tenha um cuidado com você igual àquele que tem com seus filhos e a vida seguirá mais mansa.

Um maravilhoso domingo para todos nós! 

sábado, 5 de julho de 2014

Quanto custa um filho?

A Gabriela deixou um comentário por aqui com a pergunta: Quanto custa um filho?

Fiquei pensando, pensando, pensando... cheguei a fazer alguns cálculos, estimar valores e percebi que não era nada disso. As despesas de um filho variam conforme as condições da família, escola pública ou particular, hobbies, passeios, costumes alimentares, necessidades pessoais de roupas/sapatos, forma da família lidar com presentes, hábitos de leitura e forma que preferem para exercê-lo (livros físicos ou kindle), cursos que realizam, transporte que utilizam. Enfim, são tantos fatores que não é possível mensurar exatamente "quanto custa um filho".

Importante, entretanto, quando se trata da responsabilidade sobre outro ser humano é lembrar do quanto somos espelhos para nossos filhos, para o bem - o que eles querem ser e para o mal - o que jamais eles pretendem ser na vida, tudo conforme o sentimento que neles despertamos com nossas atitudes.

Meu filho mais velho começou a trabalhar com quatorze anos como office boy em um sindicato em Curitiba, bem esclarecido que naquela época a Constituição Federal permitia. Saía às 07h00 para a escola e de lá pegava um coletivo para o trabalho, chegando em casa às 19h00. Por vez eu o encontrava no calçadão da XV e parecia um trombadinha. Quando eu questionava sobre as roupas, ele simplesmente respondia que transportava dinheiro, não poderia chamar atenção e precisava parecer como o povo que fica por lá parado esperando as pessoas bem arrumadas que por lá passam.

O Renato tinha até um assaltante de estimação. Era aguardado à algumas quadras de casa e o rapaz pegava o seu vale transporte e a coca-cola que ele vinha tomando, segundo o meu filho ele até deixava um pouco da coca para entregar no assalto. Ainda bem que o furto ficou só nisso.

Por vezes se queixava de que estava perdendo a adolescência. Nunca mais deixou de trabalhar, nem mesmo na época da faculdade. Também não morou longe de mim. Saía às 06h00 de Cornélio para Londrina para cursar a faculdade, retornava às 13h00 e 13h30 já entrava no trabalho agora em serviços internos.

Enfim, trabalho é uma ótima forma de mostrar para nossos filhos como é a vida lá fora e desenvolver valores como responsabilidade, respeito pelo próximo, como conseguir meios de subsistência, disciplina, respeito à hierarquia, ética, moral, honestidade.

Quando passou na OAB recebeu uma proposta de um escritório para trabalhar como empregado em um escritório onde havia estagiado até alguns meses antes (saiu somente para estudar para a OAB) e, bastante inseguro, perguntar o que eu faria.

Sempre dizem que não se responde uma pergunta com outra pergunta, mas fiz apenas algumas perguntas:

- Daqui cinco anos, o que estará escrito na placa se você voltar para aquele escritório?.
- O nome da pessoa e se eu tiver o meu escritório estará lá meu nome - e disse o nome dele completo com todas as letras e com todo o orgulho que se pode esperar de quem lutou para chegar até aquele local.

- Daqui cinco anos, como estará sua vida financeira?
- Estarei ganhando pouco mais que o salário mínimo e 10% de comissão, sendo que se eu tiver meu escritório meu ganho será bem maior e não terei que ficar dando satisfações e fazendo as coisas da forma dos outros.

- Pois é, meu amor, então você não precisa de conselho algum!!!

E lá foi achar um sócio e estão juntos até hoje. Acredito que faz sete anos. Desde o mês passado em um escritório maior e muito feliz e muito realizado na profissão.

Aí entra outra situação que falamos essa semana aqui em casa.

Trabalho é um meio de vida e não um meio para encontrar a morte.

Quando a pessoa é muito responsável quer que tudo dê certo para aqueles por quem se sente responsável e somente quem tem empatia para com as pessoas que tem contato vai me entender. Essa empatia e essa responsabilidade leva à situações de frustração, aliás muitas situações na vida nos trazem esse sentimento.

Assim, é importante que saibamos separar vida pessoal de trabalho. Trabalho: terminou o expediente, fechou a porta e a prioridade é a família, os amigos, o lazer, o esporte, sem levar toda a carga emocional para casa e sem deixar que as frustrações profissionais interfiram no nosso humor e no nosso amor.

Bem, como se pode ver, o custo de um filho é incalculável e ficaremos a vida inteira sendo o porto seguro, o exemplo a ser seguido ou não, o muro de lamentações, a brisa de conforto, o furacão da crítica e tudo mais que possa haver na mais complexa das relações que existe: mãe/filho (a).

Vai depender de nós, mãe/pai, a forma como vamos manter essa relação ou o inevitável fim da relação por incompatibilidade de gênios... nós escolhemos! E eu escolho continuar dedicando toda minha a meus filhos, não importa o custo, não importa o tempo, não importa mais nada!!! Quero é continuar cuidando e me dedicando aos meus filhos!!!