A Gabriela vendo que esse espaço foi abandonado na semana que passou mandou por e-mail o seguinte comentário que vou dividir com vocês apenas retirando as referências profissionais:
"Oi, Ziula! está sumida, tudo bem?
Hoje fui almoçar com uma colega de trabalho, coisa que não fazia há tempos, pois os horários não batem e fiquei em estado de choque com as contas que ela me apresentou.
A colega ganha mais do que eu pois tem 19 anos no cargo e, além disso, o marido também tem um excelente cargo. Considerações à parte das defasagens salariais no governo federal, podemos dizer que em tese a família tem uma boa renda mensal, mesmo com o marido pagando uns 15% do que ganha acordado de pensão para a ex-mulher e dois filhos.
Hoje fui almoçar com uma colega de trabalho, coisa que não fazia há tempos, pois os horários não batem e fiquei em estado de choque com as contas que ela me apresentou.
A colega ganha mais do que eu pois tem 19 anos no cargo e, além disso, o marido também tem um excelente cargo. Considerações à parte das defasagens salariais no governo federal, podemos dizer que em tese a família tem uma boa renda mensal, mesmo com o marido pagando uns 15% do que ganha acordado de pensão para a ex-mulher e dois filhos.
Só
que não! Ela me contou que o marido tem desconto de 4 mil reais por mês
de empréstimo consignado e já "esticou" a dívida. Ou seja, o desconto
mensal era ainda maior. E eu fiquei argumentando que não era possível,
não era possível, mas eu nunca posso falar nada sobre dinheiro com
ninguém pois sempre falam que eu "tenho dinheiro" porque eu não tenho
filhos! Aí ela foi me falando de todos os gastos da família, realmente
estrondosos, mas não fez nenhuma menção à "corte de gastos".
Também me falou de vários colegas (que eu conheço só de nome) com empréstimos consignados de R$8.000,00 por mês, bem como uma outra colega que conhece também com o mesmo valor descontado mensalmente e que também "esticou" a dívida.
Eu fico imaginando quanto foi o valor que essas pessoas pediram de empréstimo para estar pagando uma parcela desse tamanho e por prazos longos, "esticados" (ou seja, renegociou para abaixar o valor e aumentar o prazo).
Uma vez eu peguei um empréstimo consignado no valor de R$20.000,00 pois ia viajar para o exterior e queria limpar totalmente meu cartão de crédito antes de ir, quitando parcelas e valores que ainda iam ser debitados, de forma que eu pudesse usar todo o limite do cartão de crédito no exterior, caso fosse necessário. A prestação era 950,00 mensais, acho que era em 24/30 meses. Quando recebi o adiantamento do 13º junto com as férias eu fui lá e quitei o empréstimo consignado. Nem sei se economicamente falando era o mais rentável a fazer, mas só de pensar de ficar sendo descontada me dava nervoso.
Eu ainda argumentei com a colega que o marido iria ganhar uma outra parcela em futuro próximo, mas parece que já está comprometido pois o marido realmente trabalha fora da cidade e precisa dormir fora. Anteriormente (eu já falei no blog dos gastos dessa colega com salão de beleza para ela e as filhas) eu já tinha sugerido que ela cortasse a empregada doméstica (R$1.400,00)já que as filhas são adolescentes e podem ajudar e o marido almoça na rua ou dorme fora, para que sobrasse algum dinheiro para ela própria, mas ela também acha que é imprescindível. Aí encerrei meu repertório de conselhos pois não saberia mais em que cortar, porque, como não tenho filhos, eu "tenho dinheiro". Ah, ela me disse que o marido diminuiu a pensão da ex-mulher em R$300,00 para "sobrar algum dinheiro para ele".
Ainda falei com ela que olhei por acaso no MSN dinheiro que colocando um valor mais ou menos de R$580,00 por mês na poupança que já tivesse R$10.000,00 em vinte anos seriam R$300.000,00, mas ela também não tem nem esse valor que considero pequeno para depositar (bem menos que 5% do salário líquido dela).
E eu achando que gastava demais e ficando constrangida em comentar no blog enquanto vocês falam de economias diversas. Perto das coisas que ouvi da colega e também do que ela disse de outras pessoas eu sou supercomedida e agora entendo porque o banco fica loucamente me ligando me oferecendo produtos e empréstimos diversos e eu nunca quero nada. Desde que entrei no cargo eu coloco valores na poupança. No início era 50%, depois caiu para 10% e tudo que entra a mais como 13º e restituição de imposto de renda. E é sempre na poupança porque não entendo de nada e não quero me preocupar.
Eu acho que essas pessoas cheias de empréstimos consignados chegaram ao "fundo do poço" pois o que deveria ser uma opção para emergências virou um saldo negativo no salário mensal por um prazo tão longo e tão alto que inviabiliza qualquer investimento, planejamento e mesmo o dia-a-dia. Será que tem alguma salvação?
Um beijo para você!"
Também me falou de vários colegas (que eu conheço só de nome) com empréstimos consignados de R$8.000,00 por mês, bem como uma outra colega que conhece também com o mesmo valor descontado mensalmente e que também "esticou" a dívida.
Eu fico imaginando quanto foi o valor que essas pessoas pediram de empréstimo para estar pagando uma parcela desse tamanho e por prazos longos, "esticados" (ou seja, renegociou para abaixar o valor e aumentar o prazo).
Uma vez eu peguei um empréstimo consignado no valor de R$20.000,00 pois ia viajar para o exterior e queria limpar totalmente meu cartão de crédito antes de ir, quitando parcelas e valores que ainda iam ser debitados, de forma que eu pudesse usar todo o limite do cartão de crédito no exterior, caso fosse necessário. A prestação era 950,00 mensais, acho que era em 24/30 meses. Quando recebi o adiantamento do 13º junto com as férias eu fui lá e quitei o empréstimo consignado. Nem sei se economicamente falando era o mais rentável a fazer, mas só de pensar de ficar sendo descontada me dava nervoso.
Eu ainda argumentei com a colega que o marido iria ganhar uma outra parcela em futuro próximo, mas parece que já está comprometido pois o marido realmente trabalha fora da cidade e precisa dormir fora. Anteriormente (eu já falei no blog dos gastos dessa colega com salão de beleza para ela e as filhas) eu já tinha sugerido que ela cortasse a empregada doméstica (R$1.400,00)já que as filhas são adolescentes e podem ajudar e o marido almoça na rua ou dorme fora, para que sobrasse algum dinheiro para ela própria, mas ela também acha que é imprescindível. Aí encerrei meu repertório de conselhos pois não saberia mais em que cortar, porque, como não tenho filhos, eu "tenho dinheiro". Ah, ela me disse que o marido diminuiu a pensão da ex-mulher em R$300,00 para "sobrar algum dinheiro para ele".
Ainda falei com ela que olhei por acaso no MSN dinheiro que colocando um valor mais ou menos de R$580,00 por mês na poupança que já tivesse R$10.000,00 em vinte anos seriam R$300.000,00, mas ela também não tem nem esse valor que considero pequeno para depositar (bem menos que 5% do salário líquido dela).
E eu achando que gastava demais e ficando constrangida em comentar no blog enquanto vocês falam de economias diversas. Perto das coisas que ouvi da colega e também do que ela disse de outras pessoas eu sou supercomedida e agora entendo porque o banco fica loucamente me ligando me oferecendo produtos e empréstimos diversos e eu nunca quero nada. Desde que entrei no cargo eu coloco valores na poupança. No início era 50%, depois caiu para 10% e tudo que entra a mais como 13º e restituição de imposto de renda. E é sempre na poupança porque não entendo de nada e não quero me preocupar.
Eu acho que essas pessoas cheias de empréstimos consignados chegaram ao "fundo do poço" pois o que deveria ser uma opção para emergências virou um saldo negativo no salário mensal por um prazo tão longo e tão alto que inviabiliza qualquer investimento, planejamento e mesmo o dia-a-dia. Será que tem alguma salvação?
Um beijo para você!"
Pois é... a situação da família relatada não é exceção no meio onde convivo, pois muitas pessoas vivem assim... de consignado em consignado...
A menção feita ao pagamento antecipado do empréstimo consignado pela Gabriela é realmente a atitude que as pessoas deveriam ter: houve uma emergência, precisou pedir esse dinheiro com juros mais baixos do mercado, recebeu um outro valor, vai lá e quita com desconto porque sempre vale a pena.
Certa feita precisei comprar um carro com certas "facilidades" para diminuir minhas dores na coluna e realmente não havia poupança, dinheiro sobrando e nada que pudesse ajudar, somente uma dívida com um apartamento em construção que a cada dia me levaria mais dinheiro porque a construção estava sendo feita pelos próprios moradores e ainda faltavam elevadores, isso sem contar todo o acabamento. Enfim, não era efetivamente um bom negócio e eu precisava realmente do carro.
Resultado? Consignado no valor que faltava para a troca do carro. Já de posse do carro comecei a procurar alguém para comprar o apartamento e logo apareceu uma pessoa. Dinheiro do apartamento para quitação do consignado e o restante do valor imediatamente aplicado na compra de um terreno. Foi o que eu pude fazer e foram as melhores opções na época porque eu não ficaria pagando um consignado, mais uma obra dispendiosa por muito tempo... com certeza surtaria antes!!! rs
Penso que para qualquer empréstimo feito deve haver uma estratégia para quitação antes do prazo e além do pagamento da parcela mensal deve ser buscado economizar outros valores para esse pagamendo antecipado e não ficar vivendo como se não houvesse amanhã só porque o banco disponibiliza valores a juros baixos, até porque juros são juros e sempre representam dinheiro jogado fora e que poderia ser utilizado no seu orçamento mensal.
Alguém por aqui já fez uso de consignados? Como foi a experiência?
nnnnn
Enfim, comecei a tentar diminuir estas compras para reduzir o valor do cartão e sobrar mais dinheiro para colocar na poupança. No início não deu muito resultado por causa das várias parcelas a vencer. Porém, no mês passado, tive a grata surpresa de ter tido uma redução considerável no meu cartão de crédito, isto porque colocando poucas coisas no cartão, pagando as outras coisas à vista e com o vencimento das tais compras parceladas, a tendência é realmente o valor a ser pago no cartão diminuir.
Já para a próxima fatura, a qual estou monitorando pela internet, espero que o valor fique ainda mais baixo que a do mês passado.
Meu objetivo agora é parar de comprar besteiras (já estou comprando muito, muito menos), destralhar a casa (o que estou fazendo, mas é um processo muitíssimo demorado), resolver algumas pendências médicas de minha filha (tipo cirurgia, finalizar calendário de vacinas, etc), continuar pagando academia e continuar colocando o dinheiro extra na poupança.
Para o ano que vem espero poder focar em outras coisas: resolver pendências minhas (fazer um tratamento para varizes é uma delas), continuar na academia, já ter destralhado muita coisa em casa e começar a fazer o que gosto, que há muito tempo não faço (por falta de tempo, de ânimo, ansiedade, falta de paciência, sei lá): assistir filmes, ler livros, viajar, passar uma tarde numa cafeteria saboreando uma torta e um café ....