terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Burburinho...

Detesto aquele burburinho no shopping próximo às datas festivas, mas esse ano foi diferente e parecia até música. Passei pelos corredores somente para chegar ao salão e senti uma certa comiseração pelas pessoas que zanzavam procurando presentes, pacotes de presentes, roupas e sapatos novos, ingredientes para a ceia e tudo mais próprio dessa época.

É o primeiro ano que deixo de participar do sorteio de Natal do Catuaí. Pudera! Tinha que gastar R$ 400,00 para ter direito a um cupom e não gastei praticamente nada, somente consumindo lanches e valores para manicure e pedicure.

Todo ano me organizo, mas sempre sobrava alguma coisa para comprar de última hora. Em razão dos percalços que já relatei, não faltou nenhum presente e também não comprei roupas novas para as festas e praia, afinal é meu "ano sem compras".

Quanto às roupas, quero ver o que vai acontecer daqui a pouco quando for arrumar a mala!

Na mesma toada, livrei-me daquela neura da calcinha do final de ano! Sempre saíamos para comprar aquela que o ano pedia: amarela - para o dinheiro ou rosa - para o amor ou branca - para a paz... e aquela loucura! Desconheço quais são as previsões para essa passagem de ano e nem faço questão de saber!

Sabe aquelas épocas da vida, raras embora possíveis, em que você não precisa pedir nada e somente quer agradecer? Pois é, estou em uma dessas épocas e falo no plural porque espero que haja muitas e muitas e que 2012, 2013... 2025 sejam todos maravilhosos como foi 2011. Arrisco dizer que "se melhorar, estraga".

Consegui o ápice da harmonia em casa, até quando brigamos a briga começa e termina com um sorriso. Quase inacreditável!

Passei o ano todo com o trabalho em dia. Quando parei de trabalhar no dia 15 de dezembro não havia nada pendente e quando digo nada é nada mesmo.

Em relação às coisas materiais, com efetivo valor futuro, foi melhor do que a encomenda e àquelas necessárias que entraram na minha vida, com certeza foram escolhidas com muito carinho e ponderação, apesar da paixão, e não posso reclamar.

Relacionamentos, todos harmonizados, nenhuma pessoa que traga sentimentos ruins permanece à minha volta e não devo isso a ninguém, pois não são as pessoas que fazem alguma coisa, nós é que deixamos fazer, elas apenas são o que são.

Caridade na medida certa, sem inteferir na minha vida familiar, no meu lazer, nos meus demais relacionamentos e aceitando a ajuda oferecida, deixando de querer ter o controle de tudo.

Nesta busca toda quem ganhou foi minha autoestima, está parecendo aquela coisa de quando você coloca o computador carregar e depois de um certo tempo acende a luz verde. Ela consegue estar no máximo, pelo menos o máximo que consegui chegar até hoje. Incrivelmente nada me atinge, olho as situações de fora, encontrando sempre coerência e equilíbrio.

Pode até parecer bobagem para quem não está acompanhando ou não entende o "ano sem compras", mas isso está me levando a outros caminhos e mudanças que jamais imaginei. É aquela coisa do autocontrole total, pelo menos é o que sinto, embora não estivesse fazendo compras compulsivas,  percebi que ao deixar de consumir bobagens poderia também dominar todas as outras áreas que deixavam a desejar, aquelas de onde vem uma adrenalina irritante.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Falta de atenção gera dissabores!!!

Considerando a frequência com que eu escrevia, estou devagar, quase parando. Esses poucos dias parecem séculos e me sinto abandonando o blog, o que sempre prometi não fazer.

Pensei em escrever sobre minhas atitudes esquisitas, a maioria delas gerada pela preguiça:

- tomar coca-cola zero na garrafa para não ter que lavar o copo (só eu tomo este refrigerante em casa)
- dormir sobre a colcha para não ser necessário arrumar a cama de manhã
- catar cabelos no banheiro com papel higiênico só para não ter que buscar panos e balde.

Achei que fossem mais coisas, mas são pouquíssimas se for analisar bem.

Já que não sou tão estranha como pensei, vamos mudar de assunto.

Tenho refletido muito sobre relacionamentos pessoais e suas semelhanças com o consumo de coisas. Hoje eu sei que,  se tivesse prestado atenção aos detalhes, teria evitado muitos dissabores.

Se você vai até a casa dele e tem cascas de banana e lixo jogados no chão da cozinha - detalhe importante é que ele estava te esperando - é sinal de que alguma coisa não vai bem. Aí você pensa e se engana: - Ele não mora aqui, apenas está neste local para trabalhar, pois a casa dele é outra!

Primeiro passo para o desastre e nem poderia ser diferente, pois quem tem tamanho descuido em um primeiro encontro, certamente será assim para sempre e não conseguirá se adequar jamais aos seus anseios de organização e limpeza.

Agora chega outro, na calada da noite, muita bebida e você pensa: - Ele somente está bebendo para comemorar nosso encontro!

Ledo engano! As comemorações sempre acontecem de forma repetitiva, até ... bem, não precisamos de maiores detalhes.

Momentos maravilhosos e depois apenas silêncio. Mais uma vez, você pensa: - Ele deve estar indeciso, com medo, afinal eu sou o melhor que ele pode encontrar!

Cara amiga, simplesmente você não significou tanto quanto pensa, pega a estrada ou o mar e procure outro porto, caso contrário, mesmo que evolua para alguma coisa, a espera será sempre entediante.

A satisfação vem quando recebemos "feedback" sobre os acontecimentos vividos juntos, devendo ser obedecida a regra da contrapartida - vinda do direito previdenciário - que resumindo significa que somente haverá benefício se houver a respectiva contribuição. Dar e não receber é realmente frustante em todos os aspectos.

Não esqueça de prestar atenção às palavras inoportunas ditas em momentos inapropriados. Ora, é no mínimo falta de respeito falar da ex ou ficar se comparando com algum relacionamento seu do passado que seja do conhecimento da criatura.

Ataques que você julgue necessários, como gritar, brigar, espernear são pura perda de tempo. O outro não mudará porque você fez isso, pode até se fingir de "manso" para manter o relacionamento, mas terá atitudes cada vez piores, justamente aquelas que você tanto critica.

Então, vá em frente no primeiro momento em que sentir necessidade de fazer um drama, pois depois do primeiro virão muitos outros e a vida vira um verdadeiro inferno. O pior nesse comportamento é que você acaba viciada na adrenalina gerada e fica cada vez mais difícil afastar.

Lembrando também daqueles neuróticos que ficam mal porque a ex passou na rua dele com outro somente para machucar o coração desse ser tão indefeso e você sai desesperada para consolar uma criatura dessas.

E por aí vai, como gosto de dizer, pois se ficar contando "causos" permaneço mais de dez horas, entendiando quem veio buscar algo mais consistente. Bem, não vai encontrar, mas pelo menos dará algumas boas risadas.

Aprenda a ver e ouvir além do encamento momentâneo por ter um companhia. Esse encantamento pode ser gerado por sua própria dificuldade em ficar sozinha, logo o primeiro problema a ser resolvido é com você mesma ao invés de buscar mais confusão.

Tudo se resume às escolhas que fazemos em relação às pessoas que entram e permanecem nas nossa vidas e em relação à todas as coisas materiais que optamos trazer para nosso ambiente.

Tudo pode virar tralha, trazer dissabores, enfim, ser totalmente dispensável passar por certas experiências. É imprescindível uma minuciosa análise antes de nos deixarmos levar por atitudes que certamente não trarão felicidade.

A economia, aquela que vale a pena mesmo, não se restringe à valores que gastamos comprando coisas em lojas, mas principalmente à adrenalina, mau humor, irritação e tudo mais que possa trazer sentimentos ruins. 

Jamais economizaria endorfina, agora se for para ser efêmero, superficial e distante, certamente deixarei longe da minha vida, da mesma forma que longe estão os itens supérfluos e desnecessários há quase meio ano!

Para encerrar deixo uma frase de Clarice Lispector: "Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo, de vez em quando, numa redoma e poupe-se".

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Criatividade...

Depois de muito tempo, e põe tempo nisso, o pessoal do trabalho veio em casa. Resolvemos, ao invés de ir a restaurante, revelar o amigo secreto em local mais íntimo e lógico que todo bom encontro inclui muita comida, bebida, doces e, assim, aconteceu mais uma crise natalina.

Passei o dia todo cozinhando, preparando o único prato que já confessei saber fazer: frango com requeijão e aspargos que desta vez teve também champignons. Encontrei minha receita de "Arroz a moda do campo" que depois posto em "Sabores Imperdíveis" para não perder nunca mais, porque tive um trabalho danado para localizar na pilha imensa de revistas, cadernos, folhinhas e tudo mais que você possa imaginar de um local que contenha receitas.

As receitas ficaram para os "10% - Reserva Técnica" e serão retiradas deste local no decorrer das férias e devidamente organizadas considerando o tempo perdido para localizar a famigerada e deliciosa receita.

Estava indo tudo maravilhosamente bem em relação aos preparativos até o telefone tocar e ser informada de que realmente um colega se vestiria de Papai Noel.

Somente sobraram toalhas de mesa brancas, marfim e bege que ficariam "apagadas"; toalhas de chitão vermelha que serviriam para churrasco ou festa junina; e, toalhas rosa claro e rosa choque.

Optei pelas últimas, é claro!

E comecei a pensar que poderia comprar toalhas vermelhas e verdes, além dos tradicionais vasos de flores com o papel e fitas combinando com as toalhas. Ora, ficaria tudo muito natalino e não haveria razão para ser diferente, afinal era uma festa!

E lá continuei divagando: - Cristina, você pode estabelecer um limite, gastar apenas R$ 100,00 em decoração, afinal (novamente) faz muito tempo que ninguém vem em casa!

Passado o surto, a pessoa começou a pensar! É só uma noite! O que importa é a companhia! Espero que a comida fique ótima! Até assei um pão na minha máquina - aquela sobre a qual falei no post "Coisas que pareceriam óbvias até prá uma criança... "!

Comecei a andar pela casa e encontrei potes de vidro comprados em loja de 1,99; bolinhas de natal douradas dentro de um vidro imenso onde inclusive passaram o ano todo; fitas vermelhas com dourado não colocadas na árvore nem nas escadas por preguiça; e aqueles cordões dourados, vermelhos, prateados  também não usados na decoração natalina por pura falta de imaginação.

Tcham, tcham, tcham! Mesas lindas! Desci dois vasos vermelhos de acrílico onde vivem maravilhosas violetas e o Papai Noel tropical cuja foto já foi postada por aqui! As fitas que sobraram - além da vermelha havia outra branca com dourada - formaram, juntamente com um cálice imenso - um lindo enfeite para o aparador.

Quando acabei essa odisséia o resultado foi dupla satisfação: pelo espírito natalino trazido para a festa e também por não ter gasto qualquer valor, não interferindo no projeto de "um ano sem compras".

E mais uma vez, infinitas vezes, repetidas vezes, comprar para que? Um dia consigo interiorizar isto antes de surtar e ficar com os olhos ardendo.

A brincadeira do amigo secreto foi um capítulo à parte. Tínhamos que indicar três opções para o presente. Somente coloquei um enfeite de natal de resina - queria um novo, considerando que desde Natal de 2009 nada novo entrou na decoração -, e um porta controle remoto - item que faltava na organização e apesar de não ser dispendioso, não entrava na lista dos necessários e permitidos. 

Ganhei os dois... um Papai Noel de porcelana lindo e um porta controle remoto que já no final da festa foi feliz para seu local correto...

Melhor impossível! E as pequenas coisas passam a ter valor inestimável...



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ziula, vc já sabe como viverá após o ano sem compras? Já pensou nisso? (pergunta da Marina)

Ótimos os comentários ao post "Mais compras bizarras..". É muito bom voltar a me sentir normal e deixar de pensar na insanidade das minhas idérias, principalmente quando expostas em espaço público, mas como já disse não quero e não vou me policiar, além de ter desligado meu senso crítico.

Marina, tenho pensado em como será quando acabar este desafio, mesmo porque já estou quase na metade. Por enquanto tem sido difícil, fácil, frustante, gratificante e, principalmente, muito engraçado ao verificar as conclusões que vem surgindo com toda essa experiência.

Acredito que minha relação com o consumo nunca mais será igual. No ano de 2010 sequer tinha tempo para pensar em consumir em razão do excesso de trabalho. Nesse ano de 2011 já foi bem diferente, tinha tempo, poderia consumir sem maiores preocupações, embora já estivesse devagar, quase parando, quando encontrei seu blog e resolvi seguir o projeto do "ano sem compras".

Já fiz algumas conjecturas, tipo comprar somente em liquidações e desde que o produto realmente seja de excelente qualidade. Assim, compraria apenas duas vezes por ano - na liquidação de verão e na de inverno.

Pensei também em comprar somente quando fosse extremamente necessário, como por exemplo quando todas as minhas roupas, sapatos, roupa de cama, mesa e banho, coisas para casa, estivessem gastas ou estragadas e sem nenhuma condição de uso. Seria radicalizar?

Comprar quando me apaixonar, como fiz com o carro, não teria bons resultados, porque me apaixono fácil em relação aos itens desnecessários e supérfluos. Então, o critério que penso adotar é mesmo o da necessidade.

Eu sou uma pessoa perigosa em relação às compras por impulso e quando menos esperava lá vinha com uma sacola. Logo, esse período sabático está sendo útil até demais para controlar a ansiedade e a impulsividade, esperando sirva como parâmetro e freio para todas as outras compras futuras.

Para você ter uma idéia, meu filho mais novo disse que era para eu escolher o presente de aniversário que ele pagaria. Como só tem nove anos, realmente escolhi para ajudar. Aqui um parênteses: se posso dar presentes, também posso ganhar e até escolher.

Bem, ele estabeleceu um limite de preço e demorei trinta dias para decidir, isto porque seria um dos únicos presentes! Ele ficou com dó e disse que considerando a proximidade do Natal eu poderia escolher dois.

A essa altura, eu fiquei com dó e escolhi um só, dizendo para ele que serviria tanto para o aniversário como para o Natal, mas o interessante da compra que fiz on line, para não ter que entrar em loja, é que simplesmente surtei no site e por pouco não escolhi dois sapatos! 

Escolhi um só, vermelho, de um fabricante conhecido e que eu sabia que serviria perfeitamente. Uma escolha bem criteriosa que demorou muito e antigamente teria a duração de segundos.

Orai e vigiai já diz a Bíblia, sendo que há algum tempo já me coloquei em constante vigilância.

Sábado fomos a um restaurante, somente havia local para estacionar e para facilitar em frente a uma loja de decoração. Fiquei fora de mim com as almofadas com papai noel, mantas para sofá vermelha e verde, até cortinas natalinas estavam expostas. Saí caminhando com os olhos ardendo e nem entrei na loja.

Cheguei em casa e encontrei duas colchas vermelhas com dourado que sequer lembro onde comprei, joguei nos sofás e finalmente relaxei.

Hoje, quando li seu comentário, fiquei pensando para que eu precisaria de todas aquelas coisas natalinas e a resposta é "para nada", embora antes do "ano sem compras" sequer faria a pergunta e traria tudo para entulhar a casa.

Penso também nas sábias palavras de Estamira - documentário simplesmente incrível! - ditas junto ao aterro sanitário Jardim Gramacho onde separava recicláveis:

"Isso aqui é um depósito de restos. Às vezes é só resto, mas vem também descuido. Resto e descuido. Conservar as coisas é proteger, lavar, limpar e usar mais o quanto pode..."

"...Economizar as coisas é maravilhoso..."

"...Prestar atenção no que eles usam, no que eles tem..."

Na realidade, tudo que adquirimos vira resto, mais dia ou menos dia isso acontece. Então, precisamos descobrir o poder de usar tudo até o final, até não ter mais jeito. Porque precisamos tanto de coisas novas? Não será nossa mente que está precisando de reciclágem? Nossos valores atuais devem permanecer ou modernizar em prol de um mundo sem tanta tranqueira e mais sustentável?

Vamos procurando respostas!

Fico pensando também nas reações das pessoas que olham ironicamente para o propósito que fiz e vivem dizendo que devo ceder um pouco, que isto é bobagem, enfim as críticas que todas nós que estamos neste projeto recebemos diariamente.

Pretendo, então, também encontrar o que realmente quero, dizer "sim" e "não" ao consumo por minha exclusiva vontade e não por opiniões de outras pessoas ou mesmo por crenças arraigadas desde a infância sobre como deve ser a relação com o dinheiro.

Olha, eu quero consumir de forma consciente, sempre baseada na necessidade, quando terminar o "ano sem compras", se conseguirei? Somente o tempo irá dizer! Vamos ver se terei persistência com o blog e no futuro você também saberá.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais compras bizarras...

Eu sou a única pessoa que conheço que comprou meio aparelho de ar condicionado. Meu filho mais velho chegou em casa e disse:

- Mãe, o Ursão achou um baita negócio na internet, no Shop..., um aparelho de ar condicionado split por R$ 320,00 e ainda pode pagar em doze vezes, vamos ver!

Conectamos, compramos e quando chegou em casa era apenas a parte interna. Fiquei com aquela cara de paisagem e, ao invés de devolver no prazo do Código de Defesa do Consumidor, deixei e está na caixa até hoje, não tendo eu a menor paciência para procurar a parte externa e até acredito que o molho sairia mais caro que o peixe.

Agora, já no "ano sem compras", eu muito feliz no shopping falei para meu filho mais novo:

- Vou comprar uma coisa para nós dois!!!

Entrei no Boticário e comprei um creme para as mãos, porque afinal está entre os itens permitidos. Hilária a fisionomia da criança ao ver a mãe insana dizendo que ia comprar algo maravilhoso e sair da loja com um creme para as mãos.

Acho lindo as pessoas que dizem:

- Alcança minha bolsa!

E dessa bolsa retiram e passam creme para as mãos! Ocorre que eu não uso creme para as mãos porque me dá uma sensação de mão suja, melada, sei lá, uma sensação ruim.

Resultado, dei para minha irmã que adora este creminho! Acho que eu estava tentando burlar o "ano sem compras".

Houve a vez da blusa amarelo ovo, de tecido fininho, com bolinhas pretas e cintura preta. Um horror! Comprei e já fui trabalhar achando que estava linda! 

Depois, fiquei brava com uma amiga que disse que só me apresentaria determinada pessoa depois de dar uma "garibada ni mim". Morrendo de rir hoje, é claro que eu precisava de uma overdose de "simancol".

E a flauta? Em uma viagem turística comprei uma flautinha indígena, de cerâmica e achei que ia aprender a tocar. Bem, está na gaveta até hoje e vou me desfazer dela. Já pensou eu tocando flauta indígena? Costumo dizer que não toco nem pedrinha na água.

Houve a fase das violetas. No meu local de trabalho havia um lindo e solitário vaso de violetas. De repente apareceu um copo com água, alguns palitinhos e folhinhas. Aquelas mudas foram crescendo e outros vasos foram surgindo para receber as mudas. Onde era necessário um copo para molhar as plantas apareceu um balde. O maior trabalho até me livrar delas. Ainda bem que hoje tenho apenas quatro vasinhos pelos banheiros e não dá o menor trabalho.

Comprei toda a coleção da Abril do curso de italiano, material maravilhoso que ensina uma pronúncia perfeita! Isto seria bom se a pessoa aqui tivesse um pouco de disciplina para estudo diário, o que não é o caso. Está lá a coleção, falo pouquíssimo italiano e, mais grave, vinha com fitas cassetes e nem tenho mais onde ouvir.

E os porta condimentos! Três porta temperos com oito vidrinhos cada um, local para vinte e quatro tipos de condimentos diferentes! Se eu cozinho? Muito pouco, quase nada! E o que tem hoje são apenas dois vidrinhos - um com orégano e outro com canela. 

Descobri que há um ano não preparo o frango com requeijão e aspargo que é minha única especialidade. Se falo que vou cozinhar, todo mundo que conhece já pergunta: - Aquele frango com requeijão? Agora já nem sei se ainda consigo preparar.

Trabalhando tranquilamente esta semana e quando desço para a Secretaria encontro todos os servidores em volta de sacolas e sacolas de trabalhos feitos com patchwork pela tia de um colega e já confessei minha paixão por este tipo de trabalho. Minha reação física é evidente: meus olhos começam a arder, o que acontece também em shoppings (rs).

Olhei, achei lindo e saí ilesa sem nada comprar apesar da vontade! Chegando em casa comentei com o Renato sobre um porta pratos e talheres que serviria para levar estes utensílios em almoços e jantares onde seja necessário, tendo ele comentado: - Antes você teria comprado!

Teria comprado mesmo, nem que fosse para agradar meu colega! Embora eu não lembre de nos últimos dez anos ter ido a algum evento onde fosse necessário levar pratos e talheres!

Acorda Brasil! O que estava eu fazendo com meu salário durante todos esses anos?

Cristina, Cristina... que mundo é esse que você vivia?

Um mundo meio bizarro mesmo, sem muito sentido, inconsequente e que traz lampejos de loucura até hoje. E vamos que vamos tentando melhorar, nem que seja um pouquinho.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

E os leilões na TV? Compras virtuais e movidas pela emoção!

O cúmulo da solidão deve ser ficar acompanhando os leilões na TV de madrugada (rs)!

Antes de 1999 era meu passatempo predileto. Só via chegar na minha casa: bonecas, tapetes, quadros, etc. Ainda bem que isso passou, porque fiz algumas compras erradas. 

Escolhi e briguei por um quadro do René Bittencourt, confesso que antes do leilão nunca tinha ouvido falar nele e, na hora do leilão, passou a ser a coisa mais importante da minha vida. Pois bem. Quando a tela chegou era tão imensa que precisei colocar no hall de entrada e eram dois apartamentos por andar, sendo que qualquer pessoa poderia levar aquela preciosidade embora. Está comigo até hoje, ocupando uma parede inteira.

Outra vez e outro pintor desconhecido, mas era da escola do Juarez Machado, dizia o leiloeiro. Comprei logo dois. Um já presenteei uma pessoa que gostou e outro fica lá, com aquelas mulheres disformes me olhando.

Tem também as compras virtuais.

Ora! O MAM disponibiliza fotografias ou gravuras, você escolhe, o artista faz cem cópias, noventa e nove são entregues aos colecionadores, uma fica no acervo do MAM e você ainda paga em dez vezes sem juros. Que oportunidade! Bem, os quadros chegaram e um diferente do outro, nada formando uma continuidade visual. Por aí vai...

E quando resolvi comprar em site de compras coletivas. Sorte que as inúmeras bolsas de grife não chegaram, mas os tickets para comida chegaram. Resultado? O prazo de validade esgotou antes que eu pudesse consumir o produto!

Mais interessante ainda foram as inúmeras compras de cd's. Funcionava assim: eu conhecia uma pessoa, ela colocava a música de algum cantor que eu não ouvia muito, depois eu ia lá e comprava todos os cd's possíveis desse cantor, certamente levada pela emoção do momento. 

Hoje mesmo dispensei todos os cd's de Frank Sinatra. Claro que gosto de agumas músicas dele, mas são poucas e eu tinha pelo menos cinco cd's e sem paciência para ouvir nenhum deles, razão pela qual foram para quem gosta de verdade.

Não posso esquecer das bonecas, sim são mais de cinquenta bonecas de porcelana que agora se encontram em caixas, praticamente enterradas! Quando eu era criança adorava uma boneca da minha tia, parecia porcelana, tinha as mãos finas e você dava corda para ela dançar. De tanto que eu gostava a tia disse que me daria uma, mas foi aquela coisa de adulto prometendo para criança sem compromisso. Logo, a promessa não foi cumprida e em determinada época comecei a comprar, colecionar e também ganhei algumas bonecas de porcelana, chegando ao ponto de não ter onde guardar. Parei quando percebi que já não tinha mais tanto interesse.

Digno de registro o encontro que tive com esta tia mês passado:

- Cristina (ela me chama assim), a tia vai deixar para você um colar de pérolas barrocas, com brilhantes e uma flor de madreperóla!
- Tia, eu quero aquela boneca, não quero colar não!
- Bem, vou ver se acho, mas não sei mais onde está!

Senhor! Sofri tanto por esta boneca, esperei tanto por ela, colecionei "n" bonecas sem achar nenhuma igual e agora ela não sabe onde está!!! Viu como era uma promessa para não ser cumprida??? Portanto, é preciso muita atenção e cuidado com o que dizemos para as crianças a fim de evitar problemas psicológicos futuros.

Nessas horas, apesar das pequenas crises de abstinência que estou tendo, agradeço ter entrado no "ano sem compras", pois somente desta forma consigo detectar o que e como aconteceu o consumo na minha vida e até tirar o que não faz mais o mínimo sentido manter, deixando de me apegar tanto a coisas e lembranças.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Macaco olhe seu rabo!

Acordei agora pensando em uma pessoa que só diz "não consigo" referindo-se às comidas calóricas que diariamente ingere mesmo precisando emagrecer, além disso vive no vermelho e continua consumindo compulsivamente qualquer tipo de produto que apareça.

Lembrando disso conclui "nossa como tem gente que insiste em não mudar", que resiste tomar qualquer tipo de atitude diferente, sempre se escondendo, por vezes com olhos cheios d'água, na sua suposta incapacidade, no famoso "não consigo", sem ao menos tentar um passo em direção a algo que possa tornar a vida melhor.

Feitas todas as divagações, simplesmente olhei para mim mesma e disse "macado olhe seu rabo".

Pois é, toda vez que criticamos alguém por atitudes tomadas, existe uma atitude nossa que precisa urgentemente ser eliminada. As pessoas são espelhos de nossos atos.

E onde entra o macaco? Certa vez um advogado escreveu em uma petição a expressão, em letras diferentes do resto do texto, negritadas, a fim de criticar a outra advogada que havia também cometido um erro e voltou-se contra ele. Sei que processo não é para esses ataques deselegantes, de qualquer forma foi engraçado e até hoje brincamos com a frase.

Siga a frase, Ziula, e vá buscar alguma forma de parar de fumar!

Agora a pessoa aqui vai traduzir e verificar como funciona o cigarro eletrônico, pois se critico alguém que não para de comer e comprar é porque tenho coisas mais graves para resolver em relação à minha vida. 

Fui ao médico, ele receitou um medicamento caríssimo para controlar este vício e eu recusei comprar por dois motivos: o preço e, o mais grave, já tomei outro medicamento uma vez que me fez passar quase trinta dias sentada no chão chorando, os efeitos colaterais foram gravíssimos.

Na realidade eu queria fazer o curso para parar de fumar na Igreja Adventista do Sétimo Dia que dizem ser ótimo e conheço diversas pessoas que obtiveram resultados, ocorre que nem sei onde procurar esta ou qualquer outra ingreja evangélica.
 
Faz tempo que estou tentando negociar com a teimosia que existe em mim "um ano sem cigarro", no mínimo, mas vence o conhecido cigarro.

Então, vou lá ler as instruções em inglês e uma hora conto o que aconteceu com este vício horroroso que tenho!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Para que servem as revistas de moda...

O título desse post era o real, aquele que eu pensava em escrever até ter uma grande surpresa! E me surpreendo comigo a cada dia!

Tenho acompanhado o blog da Jojo - Um ano sem Zara - e no início não estava conseguindo apreender as razões pelas quais me seria útil.

Bem, a Jojo está no ano sem compras e faz postagens diárias sobre o que usa aproveitando as peças que tem no guarda roupa. Como já escrevi para ela, havia pensado que com aquelas roupas o ser poderia ficar a vida inteira sem comprar nada, só que essa conclusão adveio de uma análise superficial.

Resolvi analisar todas as postagens dela e verifiquei que as roupas se repetem de forma diferente. Por incrível que pareça terminei por mudar meu jeito de vestir e recebo elogios sobre as cores, ousadia e combinações.

Meu imenso guarda roupa com peças das mais variadas épocas e cores sempre me restringiu, terminando por optar pelo preto com preto e preto, com pequenas variações. Tiradas aquelas roupas que não tinham mais condições de uso, seja pelo estado ou pelo momento de vida, ficou mais claro o que tenho e possível pensar melhor.

Depois da Jojo consegui ver que posso usar calça verde água, camiseta branca, jaqueta rosa choque e sapato rosa choque. Terminei por vestir camiseta roxa, saia branca, sapato rosa com fivela bronze, brinco rosa e colar bronze. Inusitado e surpreendente, pois antes não conseguia combinar cores tão diferentes e nem tinha coragem para isso.

O blog retrata o estilo de pessoa bem mais jovem que eu e, apesar de ter me ajudado muito, eu precisava de referências para minha idade e meu estilo de vida, mais formal.

Pensando em toda esta mudança resolvi pegar todas minhas revistas de moda, recortar as imagens de roupas que me agradam e colar no meu álbum de moda que contém dicas para arrumação de mala conforme o tipo e duração da viagem, fotos de roupas que gosto, indicações de guarda roupa básico, enfim, tudo que achei e me interessei sobre moda.

Havia quatro prateleiras de revistas no quarto preto...

Surpresa! As revistas que lá estão refletem apenas minha adoração por decorar, aquelas de moda já haviam partido para outro local e fiquei realmente aliviada, considerando que eram muitas e muitas revistas, sendo o propósito de cinco revistas por dia, tirando o que eu queria e jogando fora o restante, iria tomar minhas férias por completo. 

Livrei-me disto e vou ficando com as referências visuais da internet que não ocupam espaço físico!

E o tempo que sobrou? Aproveitei para organizar os documentos para a declaração do imposto de renda evitando ficar estressada na última hora.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Primeiro dia sem babá...

Hoje é o primeiro dia que a Dona Laura não vem, porque o restante do aviso prévio será indenizado.

O Pedro Henrique já está com nove anos e ainda tinha babá, na verdade eu acho que a babá era minha.

- Dona Laura, me traz um café!
- Dona Laura, faz um bolo de chocolate!

E assim caminhava a humanidade, eu pedindo e a Dona Laura me servindo todas as noites, sim, eu tenho uma moça que trabalha durante o dia e Dona Laura vinha à noite para "cuidar do Pedro".

Ocorre que o Pedro Henrique já vai para a casa dos amigos, inclusive dormir, os amigos vem aqui e não estava mais fazendo sentido manter uma pessoa à noite para atender meus desejos e assistir televisão comigo.

Ela começou aqui em casa quando o menino tinha menos de dois anos, saiu e voltou. Naquela época eu dava aulas na faculdade, frequentava aulas de filosofia, saía para jantar fora, às vezes viajava em finais de semana.

Hoje em dia é do trabalho para casa e de casa para o trabalho, sendo que toda vez que saio Pedro Henrique vai comigo. Logo, não tinha qualquer lógica manter situação injustificável.

Não bastasse isso, ela estava trabalhando durante o dia em outra casa e à noite na minha, estando visível o cansaço físico e clara a impossibilidade dela pedir para sair em razão do grande apego que tem com o pequeno, ficando sob minha responsabilidade solucionar esta situação.

Quero apenas deixar registrado meu agradecimento a este anjo que passou pela minha vida e espero continue fazendo parte dela, porque inclusive pedi que viesse visitar e eu sempre que possível farei o mesmo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Livros sobre dinheiro!


Como prometi ontem, apesar de não estar descansada como imaginei, vou listar os livros que tenho em casa sobre educação financeira para você e para toda a família, inclusive crianças.

Depois de rir muito da quantidade e de não lembrar especificamente do que li, consegui juntar todos os livros. A única coisa que sei é que os ensinamentos que eles contém ficaram, muita coisa aprendi e coloquei em prática. 

Concluo que foram bons investimentos feitos antes do "ano sem compras" e foram valores cuja aplicação foi mais proveitosa que aquele monte de revistas que eu comprava e sequer lia porque tinham basicamente propagandas.

Vamos lá!

- DINHEIRO NÃO DÁ EM ÁRVORE

Dinheiro Não Dá em Árvore ajuda os pais a ensinar administração financeira aos filhos, com exercícios e exemplos que podem ser seguidos, trazendo meios para diferenciar "querer"e "precisar".

Falta também sobre: o poder da internet, a tática dos anunciantes de TV e ebay (site de comércio eletrônico)

- OS SEGREDOS DA MENTE MILIONÁRIA

Autor: T. Harv Eker
Editora: Sextante

Indicado para aqueles que andam no "vermelho", ajudando a pensar sobre as razões pelas quais a pessoa desenvolveu "o seu modelo de dinheiro" que, segundo o autor, é um conjunto de crenças que cada um de nós alimenta desde a infância e que molda o nosso destino financeiro, quase sempre nos levando para uma situação difícil. 

Traz indicações para que possamos substituir uma mentalidade destrutiva pelos "arquivos de riqueza" e indica princípios fundamentais, tais como, você deve controlar o seu dinheiro ou seu dinheiro controlará você; a administração das finanças é mais importante do que o tanto de dinheiro que você tem; a motivação para enriquecer é importante, pois se possuir raiz negativa (medo, raiva ou necessidade de provar algo a si mesmo), o dinheiro nunca lhe trará felicidade; gastos excessivos decorrem da insatisfação com a vida.

Este livro contém também ensinamentos sobre um método eficaz de administrar o dinheiro, permitindo estabelecer a remuneração pelos resultados e não pelas horas trabalhadadas.

Traz a noção de que é necessário poupas e investir ao invés de gastar, porque assim o dinheiro trabalha para você tanto quanto você trabalha para ele.


- FIQUE RICO, MESMO COMEÇANDO TARDE

Autor: David Bach
Editora: Cultrix

Em Fique Rico, mesmo Começando Tarde, David Bach dirige suas palavras para aqueles que esqueceram de economizar, protelaram ou foram desviadas desse objetivo pelos percalços da vida, inclusive trazendo exemplos brasileiros.

Não importa sua idade, o livro mostra que você S pode ficar rico mesmo começando tarde, utilizando princípios como Gastar Menos, Economizar Mais, Fazer Mais e, principalmente, VIVER MAIS. Para alcançar esse objetivo o livro traz plano testado e aprovado.

 

- A CIÊNCIA DE FICAR RICO

Autor: Wallace D. Wattles
Editora: Best Seller

Esse livro ensina transformar pensamento em atitudes e foi citado no filme O Segredo, como uma referência.

- PAI RICO, PAI POBRE
Autores: Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter 
Editora: Campus

O livro explica como o investimento, imóveis, ter o próprioO li negócio e usar táticas de proteção do patrimônio podem levar à independência financeira. 



- VOCÊ PODE REALIZAR SEU SONHO
Autor: John C. Maxwell
Editora: Thomas Nelson Brasil

O autor ensina que dez perguntas são o suficiente para você mudar a sua vida, sendo necessário fazer as perguntas certas e encontrando as respostas corretas você realizará seu sonho.


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Acrescentei este último livro "Você pode realizar seu sonho" porque não resisto a um livro de autoajuda e sempre é mais fácil reorganizar as finanças quando se tem um objetivo.

Certo que você não precisa sair por aí, insanamente, comprando todos estes livros, pois existem sites na rede que possuem resumos e até permitem baixar o livro gratuitamente. Ainda existe a opção de ler artigos na internet, o que importa no momento é que você se informe, estude e descubra qual o melhor caminho para melhorar sua relação com o dinheiro.

Promessa feita, promessa cumprida!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Educação financeira

Cada pessoa é única, com caminhos jamais trilhados por outro ser e interesses diversos.

Lógico que nossos pais não ensinaram tudo. Até pouco tempo atrás sequer falávamos de educação financeira, então o que acontecia era simplesmente tomar modelos de família e estes nem sempre são os melhores, sendo preciso desenvolver mecanismos próprios e uma relação diversa com o dinheiro.

Minha jornada começou com muita terapia e milhares de livros de autoajuda. Meu cunhado Victor Hugo, pessoa por quem nutro tremenda admiração pela trajetória seguida, não gosta de livros de autoajuda, ao passo que eu preciso dessa forma de escrita.

A cada livro sinto uma pequena mudança, uma forma diferente de ver o mundo, alteração de alguma atitude e sempre para melhor.

Depois, acrescentei os livros, artigos, blogs e sites que falam a respeito de educação financeira à estes estudos e tentativas de autoconhecimento, pois percebi que meus paradigmas estavam me levando para caminhos onde não tinha satisfação com os resultados conseguidos com meu salário.

Embora não tenha sido uma constante andar no vermelho, andava mais para azul desbotado!

Agindo da mesma forma que nas outras áreas comecei a ler desesperadamente, na tentativa de apreender alguma coisa sobre dinheiro e principalmente de como funcionava minha relação com a prosperidade financeira.

Conclui que não me sentia merecedora de uma vida equilabrada neste sentido, talvez por uma série de problemas que não cabem aqui ser mencionados por envolver família.
Dei mais um passo e consegui criar dentro de mim outras convicções, retirar o sentimento de culpa (maravilha!) e tornei minha vida financeira mais agradável, com melhores resultados e muito, muito mais satisfatória.

Passei a investir valores em bens que possam me trazer alguma tranquilidade no futuro, senão pelos frutos, pelo menos em razão da certeza de que não coloquei no lixo todo o dinheiro que ganhei ao longo da vida.

Realmente bolsa de valores, fundos de investimentos e outras coisas deste tipo não me atraem, pois tenho muito medo, sou ansiosa e não saberia lidar nem por um segundo com as flutuações do mercado. Então, minha opção se restringe à poupança, imóveis e, lógico, bens que preservem minha saúde ou me tragam grande satisfação - podendo dizer que viagens representam um patrimônio cultural único.

Vim aqui hoje para dizer que é necessário estudo em todas as áreas da vida. Desnecessário ser PHD em economia, psicologia, moda ou qualquer assunto, mas imprescindível estudar assuntos que afetem a vida diária em busca de soluções saudáveis e também na procura de ensinamentos para passar aos seus filhos, justo aquelas lições que nossos pais não tiveram condições de passar.

Estou com livros em três locais e a preguiça me pegou de jeito porque há três dias estou trabalhando demais e quando falo isso é porque é demais mesmo. Logo, amanhã quando estiver mais descansada vou procurar os livros sobre educação financeira que tenho em casa e passo rapidamente as dicas, pois todos eles são ótimos e cada qual ajuda um pouquinho na revisão de suas atitudes perante o dinheiro.

160 dias

Quando a pessoa aqui apaixona, não tem jeito! Nenhum jeito! Nenhuma maneira de ser movida à decisão diversa! Pronto! Apaixonei e troquei de carro!

Os colegas de trabalho estão dizendo que os valores não gastos com o "ano sem compras", foram gastos com o carro e, portanto, este projeto não teria muito sentido. Ocorre que a troca somente foi possível com os valores que não foram torrados em desnecessários e supérfluos durante esses 160 dias, somado a alguns outros que já vinham sendo reservados para tanto.

Tinha eu o costume de fazer esta negociação a cada dois anos, desta vez consegui ficar três anos e meio com o mesmo veículo e o próximo objetivo, veja bem que não é um compromisso como o do "ano sem compras", é permanecer durante cinco anos com o mesmo automóvel.

Penso que estou melhorando em tudo, até mesmo nesta diminuição de ritmo para esses negócios e isto vem antes do projeto assumido com este blog.

Eu sei que a maioria dos economistas fala que automóvel não é investimento e pensando apenas monetariamente, realmente não é. Agora, se pensarmos em qualidade de vida, a coisa muda de figura e no meu caso é investimento sim, principalmente em saúde pois minhas dores nas costas diminuíram e muito com câmbio automático.

Já falei em outras postagens dos diversos problemas de saúde que tenho e não vou repetí-los agora, considerando que já assumi ter transtorno obsessivo-compulsivo (rs) e agora podem pensar que sou hipocondríaca (rs), mas o fato é que sempre ando procurando alternativas para viver bem.

Outro fator importante do controle de gastos, planilhas para verificação da situação financeira, organização e outros métodos que utilizo, é a possibilidade de realização de sonhos sem endividamento e sempre mantendo aplicações/ investimentos que possam render frutos mais tarde.

Este item não estava entre permitidos e proibidos, apenas não havia pensado em trocar de carro no momento em que aderi ao desafio e, sinceramente, não posso considerar desnecessário ou supérfluo.

Sei e lembro que fiz um post falando que isto era loucura e que o simples pensamento da troca havia sido um ato de desequilíbrio (rs), mas já ali estava decidido porque sei que funciono assim: estou quietinha, meu filho me leva na agência, cada vez com uma novidade, e havendo o encantamento me é impossível resistir, desde que eu não precise criar dívidas. Ocorre que entre aquele post e o momento da decisão a situação financeira deu uma alterada considerável e não havia razão para deixar para depois.

Detesto pagar juros para bancos seja pelo motivo que for. O importante é manter equilíbrio, analisar o possível, sonhar e realizar.

Continuo no ano sem compras de supérfluos e desnecessários, sendo uma superação diária deixar de comprar aquela camisa, aquela sapatilha, aquele enfeite para casa, superação essa que só está me trazendo alegrias e contar aqui o que foi possível fazer me traz grande satisfação, ou seja, realmente vale a pena o trabalho que estou tendo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

10% - Reserva Técnica

Terminei minha organização até onde eu suportei ver tudo no lugar, entretanto reservei 10% para as crises de abstinência.

Acaso tudo estivesse exatamente em seus lugares, o vazio me assolaria de tal forma que realmente não quero descobrir como seria. 

Estou consciente e contente de que tenho transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou distúrbio obsessivo-compulsivo (DOC) e minhas idéias sobre organização tomavam quase todo meu tempo. Na realidade, eu ficava sempre pensando em algum cantinho que precisava ser arrumado e pensava, pensava, uma hora arrumava um pouquinho e não terminava ou arrumava pouco.

Depois que iniciei o "ano sem compras" tomei uma peça da casa por vez e escandalizei, tirei todas as tralhas, organizei outras, coloquei as coisas de cada pessoa em seu cômodo respectivo, deixando sobrar um pequeno lugar, na realidade dois, para aquelas horas em que minha compulsão se manifestar de maneira quase incontrolável.

Entendo que esse transtorno, apesar de presente, não interfere em outras atividades, nem mais incomoda as pessoas próximas. Será? Penso que sim, porque não tenho ouvido reclamações. Pudera! Já coloquei quase tudo que me incomodava para doação ou no lixo.

Associada à organização, certo que tenho um tanto de "fobia social" e este blog está me ajudando bastante, porque eu morro de vergonha das pessoas (trabalho o dia todo com pessoas e ninguém percebe!), de falar em público (dei aulas, fiz palestras e também ninguém percebeu!) e tenho uma preocupação até exagerada pensando que estou sendo julgada, sendo que aqui tudo isso desaparece, facilitando a vida fora daqui.

Não, não preciso de terapia, ou melhor, não preciso de mais terapia do que já fiz a vida inteira. 

Pode parecer exagerado o que estou dizendo, mas é assim que acontece comigo e sempre que estamos conscientes de algum comportamento, o caminho inevitável é a cura e a superação do problema, e eu estou caminhando para esse lugar.

Tudo isso que escrevi se aplica também às pessoas que compram compulsivamente e estava lendo o último post da Marina, chamado Oniomania / Compulsão por compras, onde ela sugere que a pessoa procure a ajuda. 

Penso que para a pessoa procurar ajuda é necessário tomar consciência das próprias limitações e problemas, sem isso fica-se andando em círculos e posso afirmar de camarote que é necessário o caminho em espiral sempre ascendente.

Ninguém tem noção da quantidade de "organizadores" - caixas com divisórias, cestinhos, caixas sem divisórias, cestas, etc - que sobrou após tirar toda a tranqueira. É aquela coisa, você anda em sites de organização e eles falam que se deve ter em casa uma caixa para isto, um cesto para aquilo e as pessoas como eu acabam comprando todas estas tralhas, quando o principal seria tirar as coisas desnecessárias e supérfluas para depois providenciar esses outros itens que acaso se façam necessários.

Portanto, parar de comprar para mim foi um dos passos necessários ao autoconhecimento. Ainda hoje ouvi de uma amiga que não devo radicalizar e devo comprar alguma coisa. Sinceramente? Prefiro passar algumas vontades e continuar nesse projeto, completamente curiosa para saber onde mais ele vai me levar.

Assim caminho eu, ainda sem compras, e cada vez mais consciente! Será?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Operação Natal - Game Over

Venho escrevendo há muito tempo sobre o Natal e agora a "Operação Natal"  foi cancelada, logo não há mais preocupação com ceia e presentes, confesso que ainda faltavam alguns presentes, embora a maioria já estivesse pronta, decidida, empacotada e ficarão em algum lugar guardadas.

Ocorreram contratempos, cada pessoa se atirou para um lado, cada qual com suas razões e eu fiquei! Como minha "família próxima" é composta de três pessoas - eu, meus filhos Renato e Pedro, estando a Izabel no Canadá, resolvemos encontrar outra programa, optando por ficar à beira mar, Costa Norte na Praia dos Ingleses em Florianópolis, em um hotel muito bacana, com custo benefício maravilhoso e um restaurante que dispensa comentários!

É, realmente não adianta tanta programação (rs), pois a vida é cheia de imprevistos, embora nada seja em vão e eu sinta sossego ao saber que estava tudo quase pronto.

Família! Não desisti ainda de fazer uma Ceia de Natal atrasada! Os presentes estão aqui esperando seus donos e logo terminarei minha lista de presentes com aqueles que ainda faltam!

Talvez esta seja a surpresa que o "ano sem compras" reservou para que eu repense esse excesso de programação!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"O Segredo" e "Um Dia Minha Alma Se Abriu Por Inteiro"

Há dias venho pensando no meu "quadro de desejos", utilizado desde que assisti o documentário e li o livro O Segredo de Rhonda Byrne, para quem não conhece pode clicar no nome do livro aqui no post e será direcionado para uma página que explica o assunto e tem algumas partes do documentário para assistir.

Foram horas e horas ouvindo - inclusive deixava passando enquanto dormia, e outras tantas lendo, até me convencer de que realmente o pensamento tem uma força maior do que possamos imaginar nesta correria doida que é a vida, sem tempo para nada.

Mais um tanto enorme de energia gasto para colocar em prática o que foi dito e tudo mudou para melhor, com certeza.

O problema maior que tive foi por ocasião da troca do quadro de desejos de lugar e, de forma extremamente inteligente, prendi na parede com uns adesivos cuja propaganda indicavam aguentar o peso.

Na realidade são dois painéis de metal e é claro que despencaram em cima da mesa de cabeceira de vidro, estraçalhando este móvel, amassando a ponta dos quadros, enfim... aquelas coisas de pessoa que não pensa! Agora está tudo arrumadinho, a mesa consertada e os quadros pendurados com buchas e tudo mais que se fez necessário.

Coloco nos quadros tudo aquilo de desejo e podem ter certeza que não se restringe às coisas materiais, existe vida além da matéria (rs)! E, por incrível que pareça, por mais que achem piegas e fantasioso o documentário e suas dicas, por mais que as pessoas não acreditem, FUNCIONA!

Poderia citar muitas situações que ocorreram comigo, mas ficariam muito pessoais, então vou escrever apenas uma engraçada, pois tudo depende de persistência e mentalização diária, o que consigo em algumas oportunidades e outras não.

Lá vai! Em dezembro do ano passado ou retrasado peguei o extrato da minha conta e coloquei como saldo, à caneta, R$ 2.000.000,00 e você está rindo a estas alturas. Bem, quando retornei de viagem constatei um crédito na minha conta ou cartão de crédito, não lembro bem, de R$ 200,00 pago em razão de um prêmio daqueles sorteios que os bancos/operadoras de cartão de crédito fazem no final do ano. Viu? Funcionou, o erro foi apenas de alguns zeros!

Uma outra dica legal é o livro Um Dia Minha Alma Se Abriu Por Inteiro, autora Iyanla Vanzant, cujo resumo pode ser acessado clicando no nome do livro. Fiz a maratona de quarenta dias do livro pelo menos três vezes e dá-lhe paciência. Agora repassei esta preciosiodade para minha irmã Adelina e espero que ela faça pelo menos uma vez! Viu, Lininha?

O livro contém exercícios diários, sendo uma reflexão e um exercício para cada um dos quarenta dias. Muitíssimo interessante e útil.

Já comentei por aqui minha preparação para chegar ao "ano sem compras" e também "organização perfeita", quer dizer, foram estas coisas que aconteceram, estes sinais que foram sendo dados, que terminaram por levar ao projeto, ao desafio de buscar uma vida mais simples e equilibrada, com a finalidade de viver mais em paz e tranquila.

Cada qual tem seu caminho. Busque! Persevere! E encontre onde você quer chegar.