domingo, 1 de março de 2015

Se você não parar... a vida dá um jeito de te parar...

Há muito eu precisava parar de digitar audiências em razão das dores nos braços e mãos, cãibra, formigamento. Vejam bem, tenho uma assistente de sala de audiências para digitar o que as partes e testemunhas dizem, bem como tudo mais que for necessário. Entretanto, sofro de uma ansiedade insana e sempre digitei porque parecia mais rápido, menos estressante, exatamente o que a pessoa dizia sem que precisasse ditar para a assistente o que a pessoa dizia.

Esse nunca foi o melhor procedimento, nem é o procedimento padrão, mesmo porque além de digitar em sala de audiências preciso digitar decisões e a assistente digitaria as atas (depoimentos) e o restante do tempo teria pouca digitação, realizando atividades que exigem menos esforço repetitivo.

Pois bem. Com o pescoço imobilizado pelo colar cervical a dificuldade para digitar aumentou e muito, não restando outra alternativa a não ser ceder e deixar outra pessoa digitar pelo menos as atas. Não está sendo nada fácil pelo hábito de trabalhar diferente, mas o que não tem solução, solucionado está e quero levar essa nova forma para quando finalmente ficar curada.

As dores continuam intensas e imensas. Estou fazendo fisioterapia duas vezes por semana, tomando antiinflamatório com analgésico e trabalhando... nesse passo, as pessoas perguntam porque continuo trabalhando e não tiro licença. 

Muitas são as razões. Não ficar em casa pensando na doença. Evitar trabalho acumulado quando voltar. Dar continuidade às mudanças que estou implementando desde outubro do ano passado. Ver pessoas e conviver com elas.

Também precisei dar o braço a torcer quanto à diarista. Agora, duas vezes por semana, pelo menos até melhorar. Meus filhos ajudando mais em casa. Ou seja, todo o serviço doméstico revisto para facilitar minha recuperação.

Estava há trinta dias sem assistente de gabinete - aquela pessoa que faz as pesquisas, minutas. Nesse ponto até que a doença ajudou porque seriam sessenta dias para que todo o procedimento se concretizasse e já amanhã ele chega.

Digito apenas o inevitável - que não é pouco! - mas ainda assim é menos do que eu vinha digitando. Então, não liguem se eu demorar para voltar e contar novidades. Espero que até o final da próxima semana eu já tenha melhorado bastante, inclusive é o prazo para utilização do colar cervical.

2 comentários:

  1. Eu tive uma professora de educação física, na aula de handebol do colégio, que uma época tinha aparecido com um negócio desses de pescoço.

    Talvez isso tenha sido bom, como diz minha mãe: "tem males que vêem para o bem", dai tu gasta menos energia em tarefa de casa e aproveita ter quem digite por ti nas coisas mais comuns.

    Eu na vez que tinha entrado um estagiário pra fazer as coisas pra mim só faltou cair uma lágrima de felicidade. Fez inúmeras coisas erradas, já fiquei braba, já fiquei apavorada, já defendi. Uma vez com um cliente grande e novo ele tinha ido levar uma peça, já dizendo saber fazer a separação do que ficava lá e do que voltava, e voltou com o negócio protocolado e como tinha faculdade, saia mais cedo que a gente. Pedi pra secretária conferir, pois tinha medo da suspeita e ela tinha se confirmado, na que voltou de cópia tinha o preparo original e uma cópia dele. Imaginei cadeiras voando se nossa chefe tomasse conhecimento e ficamos pensando na desculpa pra sair na manhã seguinte e tentar contornar a situação. Dai de manhã no que abriu fui correr atrás do carinha do carrinho que levava as peças explicando a situação, na outra tarde o guri chega bem faceiro sem imaginar o coração pela boca e a noite mal dormida pra dar uma desculpa pra sair de manhã e ainda correr atrás de onde estava o negócio. Mas certamente foi ótimo, mesmo com a adrenalina eventual. Eu também já fiz inúmeras coisas erradas, vivemos num constante aprendizado, não acho que a pressa por si só seja melhor que essa troca de experiências.

    Esses dias eu tive uma audiência onde a ata tinha tanto erro de português que se fosse uma professora de português ali ficaria de cabelo em pé, e ainda tive que assinar aquilo, pois a juíza queria que a gente assinasse, e em tempos atuais de cada vez mais lugares virando eletrônico, eu pelo menos prefiro assinar mesmo. E uma vez que era eu pela 1, 2 e 5 e tinha mais outras tantas , que meu preposto da primeira virou da quinta, sendo completamente diferentes, uma confusão, dá uma raiva quando querem fazer tudo rápido, tudo bem que não precisa ser como uma vez em região do litoral que nossa audiência era 13 e pouco e sai de lá quase 16h da tarde, pois ele dava sentença já também. E chegar em SP só de noite, mas um meio termo é bom, sempre bom.

    Essa de não ficar em casa achei uma boa, é necessário diminuir o ritmo tão somente, pois estar em contato com trabalho faz a gente se distrair, bem melhor que só ficar pensando em dor e tal. Melhoras!

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  2. Grata pelas partilhas. Que a sabedoria das aprendizagens da vida possa guiar o nosso caminho, as nossas decisões, rumo a uma vida mais consciente e saudável.
    O seu blog é um grande contributo para iluminar o caminho.
    Votos de boas melhoras. Beijinhos

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