Essa semana uma pessoa que se tornou próximo perdeu um ente querido...
Queria muito estar presente para tentar consolar. Ok! Sei que não há consolo, mas talvez a presença possa fazer alguma diferente.
Parei o carro em frente ao local do velório e somente senti duas pernas totalmente paralisadas. Liguei o carro novamente e fui embora. Já havia tido um dia de enxaqueca após receber a notícia.
Hoje encontrei com a pessoa que lá estava trabalhando para manter a cabeça ocupada.
Não me é dado o dom de consolar as pessoas. Sofro junto. Minhas lembranças afloram e lá vou contando histórias de como era engraçada minha bisavó, iluminado meu avô, talentosa minha vó, elegante e equilibrada minha outra avó. Todas pessoas que já não estão nesse plano físico.
Também ouvi de como era importante esse ente querido para a pessoa e as lembranças que ora faziam rir e ora chorar... situação que sempre acontece nesses momentos tormentosos.
Fiquei pensando na minha própria finitude e na importância que damos para as pessoas em nossa vida. Também veio à mente a forma como certas pessoas se relacionam com bens materiais e aquelas para quem eles são importantes perdem uma vida correndo atrás de adquirir aquilo que não lhe trará qualquer lembrança reconfortante quando acabar.
Perder tempo com o que não é essencial é perder aquilo que realmente importa na existência: relacionamentos e experiências.
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