quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cabides e desconstrução...

Penso que já falei por aqui: quando substitui os cabides de R$ 1,99 por cabides de acrílico precisei simplesmente comprar 150 cabides.

Ora, ora, eu deveria ter feito a troca após o "ano sem compras", só que eu nem sabia que um dia teria a intenção de ficar 366 dias sem adquirir nenhuma roupa, sapato ou qualquer outro supérfluo!

No momento percebo que estou desconstruindo meu guarda roupa. Parece que a maioria das coisas que eu gostava, usava e me sentia linda, já não fazem mais parte da minha pessoa. E lá sobram cabides e mais cabides... vazios.

Realmente é preciso muito cuidado com as compras por impulso, com amigas, pelo preço baixo, pelo deslumbre inicial, por carência, para agradar sua gerente favorita da loja de roupas, enfim, muita cautela com qualquer produto que não seja necessário e essencial, bem como com qualquer produto pelo qual haja uma paixão aparente.

Costumo brincar com minhas amigas que iniciam um relacionamento, logo tem alguns problemas, e dizem "estou sofrendo por amor", sempre digo "você não está sofrendo por amor, é apenas paixão!". Certo que paixão é algo que dá passa, mas sobram algumas dores de cabeça, algumas frustrações e no caso das roupas e outros itens de uso pessoal sobra a sensação de que desperdiçamos tempo e dinheiro naquilo que logo, logo, não fará mais nenhum sentido.

O problema desse processo todo do ano sabático é essa "desconstrução" do que pensamos ser, do momento em que paramos para analisar tudo que temos adquirido e muitas, muitas coisas parecem não fazer sentido. 

Até aí, tudo bem! Já listei o que nunca mais compro, já sei o que nunca mais o quero, entretanto, o momento mais "traumático" do processo ainda não surgiu e surgirá quando eu puder comprar novamente, pois terei que descobrir no que me transformei em termos de consumo e mesmo de moda/estilo.

Vamos andando!

2 comentários:

  1. Esse é o principal problema: comprar por impulso. E em algum momento eu arriscaria dizer que todo mundo cai nessa. Deve ter alguma exceção, mas é raro. A pessoa tem que ser controladíssima.

    E a mídia quando quer fazer comprar por impulso não poupa esforços, coloca numa compra coletiva algo agradável como um restaurante notoriamente famoso pela metade do preço e dai vai ter várias pessoas comprando por comprar, ou uma liquidação em loja, aquelas filas de dobrar quarteirão com pessoas que são entrevistadas e nem sabem o que vão comprar mas alguma coisa qualquer que esteja "barato". Esse "barato" é muitas vezes o nosso erro. Pq uma coisa cara dói no bolso e valorizamos, cuidamos, o "barato" é barato e até justificamos que foi "barato".. só que de barato em barato... daria uma boa poupança para algo realmente importante.

    Mas é difícil, muito difícil. Ainda mais com o "dinheiro" que não tempos , leia-se "crédito fácil", ai a coisa desanda pra valer!!

    abraços!

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    1. Bem, depois de quase um ano encontrei seu comentário sem resposta... rs... e ainda bem que as coisas melhoram e as compras por impulso são quase inexistentes, digo quase porque perfeição não existe!

      Abraços

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