A Fernanda deixou esse comentário que me chamou muita atenção porque passei pelo mesmo processo dela ao realizar alguns sonhos:
"Nunca
tive grandes problemas, nem contas em atraso. Sempre consegui pagar
tudo e sempre tive poupança. Já zerei minha poupança algumas vezes, para
compra de imóvel, de carro, etc, quer dizer, compras que estavam sendo
planejadas com o dinheiro da poupança (nestas épocas não comprava nada
desnecessário, porque tinha um objetivo que era juntar todo o dinheiro
que pudesse para efetuar estas compras). O problema é que após a
realização desses objetivos (carro, imóvel, etc) comecei a gastar mais
do que deveria gastar porque achava que se meu salário dava para pagar
as minhas contas e às vezes ainda sobrava para a poupança eu poderia
gastar. Só percebi isto quando comecei a ler blogs sobre destralhe, ano
sem compras, compras desnecessárias e vi que estava gastando dinheiro
com besteiras e que este dinheiro poderia ter sido economizado para
outras coisas. Claro que estes gastos não eram nenhuma fortuna mas de
pouquinho em pouquinho deveriam fazer uma soma boa. Percebi também que o
meu cartão estava cheio de parcelas tipo, parcela 02/03, parcela 05/10,
parcela 01/04, de várias compras parceladas, com valores baixos cada,
mas que ao somar já perfaziam uma boa quantia, na maioria das vezes de
lojas de roupas, sapatos, bolsas, perfume, artigos para casa ..,
excetuando seguro do carro, compras de remédios que sempre faço e são
inevitáveis, coisas para minha filha e mais algumas coisas necessárias.
Enfim, comecei a tentar diminuir estas compras para reduzir o valor do cartão e sobrar mais dinheiro para colocar na poupança. No início não deu muito resultado por causa das várias parcelas a vencer. Porém, no mês passado, tive a grata surpresa de ter tido uma redução considerável no meu cartão de crédito, isto porque colocando poucas coisas no cartão, pagando as outras coisas à vista e com o vencimento das tais compras parceladas, a tendência é realmente o valor a ser pago no cartão diminuir.
Já para a próxima fatura, a qual estou monitorando pela internet, espero que o valor fique ainda mais baixo que a do mês passado.
Meu objetivo agora é parar de comprar besteiras (já estou comprando muito, muito menos), destralhar a casa (o que estou fazendo, mas é um processo muitíssimo demorado), resolver algumas pendências médicas de minha filha (tipo cirurgia, finalizar calendário de vacinas, etc), continuar pagando academia e continuar colocando o dinheiro extra na poupança.
Para o ano que vem espero poder focar em outras coisas: resolver pendências minhas (fazer um tratamento para varizes é uma delas), continuar na academia, já ter destralhado muita coisa em casa e começar a fazer o que gosto, que há muito tempo não faço (por falta de tempo, de ânimo, ansiedade, falta de paciência, sei lá): assistir filmes, ler livros, viajar, passar uma tarde numa cafeteria saboreando uma torta e um café ....
Enfim, comecei a tentar diminuir estas compras para reduzir o valor do cartão e sobrar mais dinheiro para colocar na poupança. No início não deu muito resultado por causa das várias parcelas a vencer. Porém, no mês passado, tive a grata surpresa de ter tido uma redução considerável no meu cartão de crédito, isto porque colocando poucas coisas no cartão, pagando as outras coisas à vista e com o vencimento das tais compras parceladas, a tendência é realmente o valor a ser pago no cartão diminuir.
Já para a próxima fatura, a qual estou monitorando pela internet, espero que o valor fique ainda mais baixo que a do mês passado.
Meu objetivo agora é parar de comprar besteiras (já estou comprando muito, muito menos), destralhar a casa (o que estou fazendo, mas é um processo muitíssimo demorado), resolver algumas pendências médicas de minha filha (tipo cirurgia, finalizar calendário de vacinas, etc), continuar pagando academia e continuar colocando o dinheiro extra na poupança.
Para o ano que vem espero poder focar em outras coisas: resolver pendências minhas (fazer um tratamento para varizes é uma delas), continuar na academia, já ter destralhado muita coisa em casa e começar a fazer o que gosto, que há muito tempo não faço (por falta de tempo, de ânimo, ansiedade, falta de paciência, sei lá): assistir filmes, ler livros, viajar, passar uma tarde numa cafeteria saboreando uma torta e um café ....
Além
disso tudo, meu salário é variável. Meu salário depende de alguns
fatores, portanto, posso receber mais em um mês e menos no outro. Ou
seja, posso algum mês não ter recebido salário suficiente para cobrir
meus gastos e terei que lançar mão de outros recursos, portanto, tenho
que estar sempre prevenida."
Assim eu fiz: comprei carro, casa própria e depois passei a viver como se não houvesse amanhã. Muitas compras de roupas, sapatos, coisas para casa e por aí vai... Lojas de R$ 1,99 faziam festa ao encher meus armários, vendedoras ficavam muito felizes quando me viam e a vida caminhava com aquela imensa fatura de cartão de crédito com "n" prestações a perder de vida.
Em determinado momento vi que eu tinha um sonho não realizado: ter um apartamento em Londrina, cidade que fica a 60km de onde eu morava e onde eu queria passar final de semana, ir em um dia e voltar no outro. Quando realmente criei coragem, comprei um apartamento na planta para ficar pronto quatro anos depois, já estávamos em 2009.
Coloquei no quadro de desejos em relação ao apartamento: quitado em dezembro de 2009, data em que nada aconteceu... rs... mas como tudo que pedimos ao universo acontece, em maio de 2010 surgiu uma situação que me permitiu quitar boa parte do saldo e continuaria apenas com as parcelas que eu havia aumentado para não pagar "balões" semestrais ou anuais.
Procurei a construtora e, contrariamente ao informado pela corretora na hora da venda, não havia desconto para pagamento antecipado. Fui com meu filho em outra construtora e dei o valor de entrada em outro apartamento, parcelas aumentadas para evitar os "balões".
Assim, ia pagando duas parcelas de dois imóveis diferentes, confesso que não sei se teria essa coragem hoje em dia.
No ano seguinte, em julho de 2011 embarquei no "ano sem compras" e o resultado foi simplesmente fantástico, pois cheguei em 2014 com a entrega das chaves sem qualquer financiamento, mudei para Londrina, moro em um apartamento e aluguei o outro, fato que me garante uma renda extra que vai diretamente para a poupança.
Vejam que venho há dias falando em não parcelar, entretanto considero os dois parcelamentos que fiz como "dívidas boas", posto que terminei por pagar um valor final em cada um deles que me permitiria vender se precisasse e com um lucro razoável.
Hoje em dia não está tão bom e as construtoras não estão dando essa margem para lucro, mas continuo pesquisando um bom negócio, porque preciso disso em razão de que após terminar esses dois investimentos, mobiliar os apartamentos, etc, passei novamente a gastar em coisas não necessárias, ou seja, coisas que posso perfeitamente viver sem.
Está certo que continuo poupando, não estou no vermelho, não preciso de valores como terço das férias ou décimo terceiro porque faço provisão anual das despesas, mas... poderia estar muito melhor e vai ficar... estou novamente planejando um período sem compras, talvez até abril do ano que vem quando pretendo viajar com as crianças, o que ainda estou formatando, tanto a viagem como a ausência de gastos.
Realizado um sonho é preciso que se busque outro para não cair novamente no consumismo!!!
Ziula, é exatamente isso, a falta de objetivo faz a gente relaxar. Mas aconteceu um fato este ano que me fez refletir bastante. Meu pai faleceu, repentinamente... estou tendo trabalho até hoje para organizar as coisas. Tem coisas que poderiam ter sido resolvidas em vida e que não foram e agora vai ser um trabalho danado para resolver e os gastos serão bem maiores. Tudo isso aliado ao que hoje sei depois de começar este ano a ler sobre destralhe, organização, economia ... Tudo isso junto me fez refletir sobre a necessidade de fazer um “pé de meia”. Não só ter um imóvel, um carro ... mas ter um dinheiro guardado para emergências sim e para garantir também que minha filha ficará bem, caso eu falte. Eu trabalho em uma empresa privada. Você sabe, se um dia o dono não quiser mais que eu fique, por qualquer motivo, me manda embora na hora. Se eu tiver alguma coisa guardada para emergências, quem sabe, posso até abrir um negócio para mim. Ou, fazer como você, investir em outro imóvel, quem sabe alugar para ter uma renda. E também deixar algo para minha filha. No outro post que você escreveu sobre seguro de vida, eu comentei que tenho pensado muito nestas coisas e foi justamente após o falecimento repentino de meu pai que eu comecei a pensar mais.
ResponderExcluirPortanto, eu agora também tenho objetivos de longo alcance, se podemos assim dizer, que é me prevenir para o futuro, pensando em mim e em minha filha também, o que acho que vai me fazer pensar duas vezes antes de comprar besteiras e ficar novamente com milhões daquelas parcelas de 1/10, parcela 05/08, parcela 02/12 ... rs....
É difícil ficar sem comprar besteiras. Toda vez que eu entrava em uma loja tinha que sair com alguma coisa nas mãos. Lojas de bijouterias baratas, lojas de utilidades domésticas ... quando não achava nada para comprar, comprava um pote plástico só para não ficar sem comprar.... dizia para mim mesma, pote plástico nunca é demais!
Ficar sem comprar é um exercício diário, uma luta diária e sem objetivos concretos, fica mais difícil ainda. Às vezes me sinto como naqueles programas para viciados, tipo só hoje vou ficar sem comprar ...
Outro objetivo bom também são as viagens ... este também pode ser um objetivo constante e eterno, acho que sempre queremos viajar. Adoro viajar e não quero que as viagens comprometam o meu orçamento. Portanto, planejando, guardando para as viagens, ficamos bem mais tranqüilos ao invés de ficarmos pendurados no cartão, pagando viagem ainda 1 ano após a mesma ter ocorrido.
Oi Ziula, otimo texto, mas nao consegui localizar até onde vai o comentário da Fernanda, o post todo? Eu estou super no vermelho, mas esse mes comprei um imovel, seja o que Deus quiser, mas ja to me organizando para em 1 ano vencer as dividas.
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