sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Outras vantagens da viagem sem passeios através de agência de turismo

Ontem contei das vantagens econômicas ao fazer os passeios turísticos por conta própria, mas existem inúmeras outras.

Vendedores ambulantes não incomodam, no máximo é oferecido no ônibus ou na praia os tais Biscoitos Globo e amendoim com casquinha de biscoito.

Não há horário marcado, você pode sair e voltar no horário que bem entender.

Poder ficar quanto tempo quiser em cada local, mais ou menos conforme o interesse e sem precisar ficar com guia gritando, chamando e observado o horário.

Desfrutar dos passeios sem precisar de relógio ou celular para verificar horários.

Alterar o roteiro ou programação, parar para almoçar ou lanchar quando quiser. Sentar na calçada e olhar o movimento sem compromisso.

Encontrar turistas na mesma situação e encontrar soluções junto com eles sobre que transporte pegar ou locais a visitar.

Conviver mais com as pessoas que moram no local, conhecendo assim um pouco mais da realidade.

O metrô faz com que você se livre do estresse do trânsito, é muito rápido e sem sinaleiras e sem buzinas e sem carros importunando, tendo sempre o mesmo tempo de trajeto não importando o horário. De lambuja ainda aparecem músicos e seus instrumentos para colorir a viagem.

Tirar seus filhos da "bolha" e fazer com que tenham mais segurança no ir e vir sem deixar com que fiquem no conforto de um táxi que nada acrescenta. No final da viagem meus filhos já davam informações sobre linhas do metrô que as pessoas deveriam embarcar e até dos ônibus que levavam em determinados lugares.

Nesse último aspecto, é certo que procuramos proteger nossas crianças de tudo e de todos, mas ninguém sabe o dia de amanhã e precisam aprender a se virar em todas as situações, buscar soluções, não tem medo do contato social. 

Quando do primeiro trajeto o Pedro ficou branco de medo porque pegamos uma linha de ônibus que passava pela comunidade da Rocinha, o ônibus lotou, estudantes da idade dele entraram pela porta traseira (não pagam transporte) gritando, um empurrava o outro e depois prestando atenção na conversa deles falavam sobre o "fulano e sua erva" entre outras coisas, foi realmente assustador a princípio, entretanto essa é a realidade daquelas crianças. 

É muito bonito você contar para seus filhos que determinadas crianças não tem escola perto de casa, que precisam pegar transporte coletivo lotado, isso e nada é a mesma coisa porque não há a vivência. Outra coisa é você permitir que eles vejam com os próprios olhos essa realidade, isso sim é educação e experiência.

O trajeto mencionado também oportunizou que eu conversasse com um morador e, curiosa, perguntei se realmente a Rocinha era tão perigosa, na vã esperança de que ele me dissesse que com a pacificação feita pela Polícia Militar isso tudo estivesse melhor. O morador contou que no começo do morro está tudo tranquilo, mas lá para cima... continua na mesma... 

Andamos sem celular, sem nada chamando a atenção, com uma máquina de fotografia "sem graça", com pouco dinheiro, com o mínimo que pudesse nos identificar como turistas e com isso, como já contei, não passamos por qualquer situação perigosa.

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