Assalto, celular, óculos...

Texto longo e enfadonho... mas preciso desabafar...

A semana foi curta e cheia de emoções. Negativas tais emoções, mas resta aceitar e esperar que tudo se ajeite. Aliás, vocês já perceberem como nada acontece de modo isolado? Ainda bem que temos marés boas também, onde tudo dá certo! Embora precisemos encarar quando as coisas começam a andar esquisitas.

Tive uma segunda bem complicada com um assunto delicado e importante para resolver com uma pessoa. Assertividade e técnica resolveram, pelo menos aparentemente, a situação. Digo aparentemente porque somente o tempo indicará a existência de mudanças a partir daquela data. Pelo menos fiz meu papel e dei meu alerta. 

Foi tudo muito tranquilo, mas o desgaste mental é imenso. A parte emocional fica abalada. Energias ruins acabam sendo absorvidas e eu sou uma esponja para isso. Um cansaço imenso no final do dia.

Bem, segunda e terça audiências o dia todo, somente para coroar a semana. No final da tarde comecei a colocar um serviço em dia na companhia de uma colega. Queríamos terminar tudo porque ambas entraríamos em férias após o feriado de Páscoa. E trabalha daqui, trabalha dali, tudo muito rápido, preciso, trocando idéias e eliminando processos e mais processos.

Nessa onda toda recebo um telefonema da Izabel que estava desesperada e chorando muito. Respirei fundo. Calma, conte o que está havendo. Fui assaltada, o rapaz me deu um soco no rosto, me chamou de vadia e levou meu celular, pelo amor de Deus vem pra casa que preciso de colo!

Ai, ai, ai. Como se faz uma opção em um caso desses? Perguntei muito se estava machucada e ela disse que não machucou, apenas estava doendo um pouco, mas estava muito nervosa. Uma colega ofereceu carona achando que eu estava muito nervosa e que eu deveria largar tudo e ir para casa. Mencionei que estava tranquila porque ela já estava em casa, ensaiei largar tudo e não consegui porque no dia seguinte o sistema estaria fora do ar e quando eu voltasse das férias meu serviço estaria muito atrasado. Difícil decisão tomada somente após nova ligação para ela e perceber que estava mais calma, chip bloqueado, ligação para apple para bloquear o aparelho e estava acessando o icloud na infrutífera tentativa de localizar o celular que logicamente foi desligado pelo assaltante!!!

Chego em casa 20h30 e preciso enfrentar shopping para buscar roupas da Izabel na costureira, comprar os presentes de amigos secreto de Páscoa que ela resolveu participar e, finalmente, comer alguma coisa. Imagina cozinhar com esse clima!!! Só comida pronta mesmo!!!

Quarta-feira acordo às 03h00 e não durmo mais de nervosa com o assalto. Levanto efetivamente às 05h00. Preparo o Pedro para escola, arrumo o que é possível e logo em seguida sou atacada por uma imensa e incapacitante lombalgia. Claro! Meu corpo acumula todas as tensões na coluna. Não conseguia andar e fiquei deitada até o meio-dia.

Taylor pega meu óculos de grau, come as lentes, a armação e inutiliza. Não enxergo mais nada, nem nome de remédios na caixa respectiva e sem óculos não sou nada!!!

Tinha que ir para Cornélio. Renato vai viajar e fazia dias que não o via. Tinha prometido ficar com ele. Ledo engano! Consegui consulta com o optometrista em Cornélio e entre esse profissional e a ótica demorei mais de duas horas. Nem sei como consegui dirigir, mas não podia ficar sem enxergar.

Dez dias para chegar o novo óculos e um provisório (daqueles prontos e não específicos) para quebrar um galho. 

Aproveitando a viagem e vamos em Cornélio verificar sobre o exame prático de direção da Izabel e após convencer o pessoal da agência dos Correios, já fechada, a me entregar a carteira de motorista. Ainda bem que essas duas coisas deram certo e o pessoal dos Correios foi bem solícito e simpático após explicar a situação de urgência para ter esse documento.

Izabel ainda nervosa. Celular emprestado por outro universitário, pois tenho que comprar outro e quero pesquisar bem antes. Renato nervoso com a viagem e querendo atenção. Pedro sozinho em Londrina porque não queria pegar estrada.

Coluna ainda doendo e eu dizendo para ela que sou mais forte que a dor. Ainda não descobri como tenho essa capacidade.

Quinta acorda novamente às 06h00, arruma Pedro para escola, Taylor agora come o cartão da Unimed do Pedro, shopping à tarde com o Pedro que precisava de uma blusa. Taylor no veterinário: alergia e uma unha machucada.

E hoje arrumar malas porque amanhã  vamos para a praia e espero que a próxima semana seja só de descanso, pois estou precisando muito!!!

Realmente não sei de onde tiro energia em determinadas fases menos agradáveis e agradeço sempre à força superior que me faz superar esses obstáculos.

Aqui duas observações:

- Izabel está com medo de ir para o trabalho. Falei para ela que esse medo é normal e anormal seria se não tivesse receio. Mencionei ser necessário enfrentar o medo e que isso nos torna mais fortes, embora eu esteja bastante balançada com o acontecido, principalmente com a agressão física.

- Quanto mais economizo e controlo os gastos, mais despesas inesperadas aparecem. Entretanto, acaso não economizasse não conseguiria alcançar essas compras mais que necessárias. Estranho mundo do consumo.