E lá estava eu e não estava lá...

Semana passada, como já falei, estava novamente em Curitiba fazendo um daqueles cursos obrigatórios. Trinta horas semestrais que exigem diversos deslocamentos. Ainda assim está tudo bem, antes eram quarenta horas semestrais.

Pontos positivos? Alguns. Simplesmente adoro minha casa, entretanto essas viagens acabam representando uma brisa na confusão do dia a dia. Acordo e não preciso arrumar a cama, a casa, a louça, a roupa, a sacada dos cachorros. Não preciso organizar nada. Não preciso lavar nada. Não preciso providenciar nada para outras pessoas.

Confesso que fico louca de saudades das crianças e, ao mesmo tempo, sei que elas sobrevivem, sendo um pequeno afastamento positivo para que possam tomar suas próprias decisões sem minha interferência ou opinião.

Havia uma festa e, em tese, eu deveria participar. Dessa vez não consegui, não vi o menor sentido e já vim preparada para não ir: sequer trouxe roupa de festa. Penso que não seria uma boa decisão participar de uma comemoração desse estilo, sem paciência e cansada.

Estava meio antissocial naquela semana. Na quinta-feira após um dia inteirinho de curso cheguei no hotel às 18h30, sequer diligenciei para conseguir um controle para a tv e fui dormir em seguida. Acho que não dormi e sim entrei em coma porque acordei com o despertador às 06h30 do dia seguinte. Doze horas hibernando e eu precisava muito disso.

Fiz alguns cálculos mentais e analisado o primeiro mês do sistema de envelopes cheguei à conclusão de que poderia gastar um pouco comigo e com algumas "coisinhas" talvez não necessárias, mas prazerosas. Desisti já ao me arrumar pela manhã em plena sexta-feira. Comprar o que? Gastar para que? Nem vontade de colocar alguma coisa diferente eu tinha e tanto não tinha essa vontade que sequer trouxe roupas diferentes.

Sem shopping. Sem tentações. Sem compras. Afinal, o mês de abril deve representar uma experiência diferente em termos financeiros, totalmente radical e indo para lojas já vou minar o resultado. Não há razão para boicotar algo tão diferente e que demorei tanto tempo para decidir fazer.

Essa coisa dos envelopes é muitíssimo interessante e quero chegar ilesa no final do mês. Ainda na semana passada fui ao mercado com o envelopinho respectivo, junto com as coisas que estavam na lista resolvi comprar uma "chaleira" - estava por módicos R$ 50,00 e mais um tapete de banheiro - pedido da Izabel. Não sei porque cargas d'água desistir da chaleira e o tapete chegou no caixa sem código de barras e, para não esperar, não quis levar.

No fundo, no fundo, fiquei com medo que o dinheiro do mercado não chegasse ao dia 30 de abril.

Assim vou caminhando...