O que seria minimalismo? Talvez viver com o essencial, sendo esse essencial diferente para cada pessoa, mas uma coisa é igual para todo mundo: a necessidade de se livrar das tralhas.
É a caneca lascada. Tão bonita! Veio de Buenos Aires. Pois é, vai é juntar bactérias na parte danificada.
É o prato com rachadura. Se jogar fora vai ficar faltando uma peça no jogo. E dá-lhe bactérias.
É a embalagem do "prato executivo". Preta. Feita de plástico. Com divisórias. Seria muito útil para guardar uma refeição completa sem que os alimentos se misturem. Quem fará? Ninguém! Só ocupa espaço.
É o pote de geléia vazio que a louca lavou até não poder mais. Retirou a etiqueta. Secou vigorosamente. É lindo. Facetado. E vai servir para que mesmo? Para deixar a prateleira mais cheia de tralhas.
É aquela camiseta furada. Uma escolha que te deixou feliz. Durou pouco. Quem sabe os furos desapareçam se ela ficar ali pendurada para sempre. Impossível. Então, para que ocupar espaço?
É a outra camiseta cheia de bolinhas. Era linda! Minha mãe lavou na máquina. E porque você não lavou à mão? Eu não lavo roupas. E as bolinhas e o aspecto surrado são a marca e o sinal de que deve ir embora.
É a alpargata que foi usada em muitas festas. Cerveja. Chuva. Resultado? Cheiro péssimo. Tem algo para deixá-la mais perfumada? A essas alturas a resposta é não. E lá vai ela para o destralhe.
É o chinelo preto de borracha que não sei de quem é. Mas não posso jogar fora porque não é meu. Também não é de ninguém da casa. Será que alguém virá buscá-lo. Passados meses e a campanhia não é tocada por alguém em busca do calçado. É hora de ir buscar um dono.
É o enfeite de Natal guardado no armário errado. Dias e dias esperando que ele se movimente até o lugar que lhe é destinado. Nada. Ele não sai do lugar. Pega a escada, pega o enfeite e ele é guardado junto com os demais. Mais espaço liberado e cada coisa em seu lugar.
E nesse ritmo quase romântico de tão lento que é... vamos tirando uma coisa aqui e outra ali e ficando mais leves. A casa fica mais leve. Menos trabalho. Mais prazer em olhar o que se possui e que efetivamente é usado.
Pouco espaço mental ocupado com aquilo que queremos fazer e não temos vontade/coragem/forças porque encontramos esse gigante dentro de nós que faz um trabalho de formiguinha, trabalho contínuo e persistente que traz grandes resultados!
Comece você também! E nem precisa ser em busca do minimalismo, tente pensar que está somente organizando sua casa, seu local de trabalho, seu carro...
É verdade, e por vezes a gente guarda cada coisa inútil... das que mencionastes ai, barbaridade né....
ResponderExcluirPotes, embalagens, isso se guardei um dia foi um ato isolado, meu padrão é não juntar, mas minha mãe e irmão tem esse hábito inerente neles... nem sei quem dos dois que ganha, mas são parelhos Meu irmão tinha parado só porque coloquei uma vez tudo no quarto dele, mas agora deve estar juntando de novo... se eu ver vou por de novo..rs
Tem muitas pessoas que tem um dom e fazem dessas coisas artesanatos para venderem, bem válida a ideia de quem se dispõe, trabalhos escolares também, se bem que não sei se hoje em dia, mas creio que o computador, ainda que tenha a impressora 3d já no mercado, ainda não substituiu essa parte, muitos devem usar pra isso, a mãe guarda pra dar pra professoras amiga dela, meu irmão para devolver para a pessoa que vendeu, muito disso vem de uma feira onde tem todo sábado, mas deixa acumular pra levar e dai que é o problema.
Mas eu já tive "ferro velho" de guarda-chuvas no carro, eu para quebrar guarda-chuva é só tocar no negócio, nenhum resiste ao meu uso, um absurdo como tenho raiva desse negócio e como deve ser recíproco deles comigo, já tive tanta tranqueira no carro, e um dia limpei tudo e nunca mais juntei. Tinha até revista do time azul no meu carro, pra ver como junta coisa sem a gente querer.
E como isso é uma constância, esses tempos tirei alguns sacos de lixos aqui, lixos pois era papel inútil, coisas usadas e etc. Depois um saco de roupas estragadas, podia usar em casa mas eu não gosto de andar com trapos em casa, a roupa tem que ser confortável mas não precisa cair aos pedaços né...
No trabalho, o que está comigo tento organizar mas é muito muito papel , pastas e pastas, caixas e caixas, essas coisas não dá pra fazer nada, em casa estou tentando sem muito sucesso guardar formato digital.
Quanto às tralhas sempre tomo cuidado e mesmo assim sempre acho uma ou outra por aí... a vigilância tem que ser constante mesmo!
ExcluirVocê ainda tem a vantagem de não ter um marido por perto. Seria outro acumulador de tralhas, mesmo que fosse importante para ele, seria tralha para você. Rsrsrsrs.
ResponderExcluirAqui em casa não aguento mais achar volante de loteria em branco, preenchido, tampas de garrafa não sei pra que, livros antigos já lidos e relidos, camisetas surradas porém macias e confortáveis. Coleção de canetas, tanta coisa que não me interessa, mas...fazer o quê né. Tem que respeitar o outro.
Caneca lascada é fatal, toda casa tem uma. Será que é apego?? E que poder tem os copos de requeijão??? São ótimos pra tudo!!! E resistente os danadinhos...
E que toalha de banho enxuga melhor que aquela bem velhinha??? E o pijama velhinho, que delícia!
Os jovens podem rir agora, mas um dia saberão do que estou falando. A vida é mesmo surpreendente.
Feliz de quem consegue frear, espontaneamente, o consumo desvairado de
supérfluos.
Beijos querida.
Zilda, com dois filhos e administrando também a bagunça deles sei bem do que está falando. Já mencionei até que falei sobre tralhas do Pedro e ele me explicou por A mais B que eram importantes para os experimentos diários... rs...
ExcluirNão tenho mais canecas lascadas... rs... agora coloco fora sem dó...
Minhas toalhas de banho estão todas velhas, mas estou esperando acabar afinal nunca vi toalhas serem lavadas com tanta frequência como aqui em casa...
Beijos
Fazer um pouco de cada vez facilita mto. Ontem arrumei umas coisas, após protelar por dias, dai me animei pra fazer mais hoje. Realmente o primeiro passo é o mais dificil, depois tudo vai se encaminhando.
ResponderExcluirBjssss
Difícil começar e depois percebemos que era tão simples.
ExcluirBeijos