quinta-feira, 29 de março de 2012

Débito...

Estou em débito com todos vocês que acompanham o blog. A vida complicou, fiquei meio injuriada com o "ano sem compras" sem entender muito bem como entrei nesse desafio. Penso que é mais ou menos o que diz outra amiga blogueira: sou "novidadeira" e entrei nessa canoa furada.

Não precisamos ficar um ano sem nada, nunca mais faço intenção de ficar um ano sem alguma coisa. Não, não esperem isso de mim.

Isso quer dizer que desisti? Não, não desisti! Continuo sem comprar!

Não tenho mais liquidificador nem batedeira, ambos estragaram, mas algumas coisas considerei essenciais como já mencionado em outro post, como quatro jogos de lençol, um aparelho de ar condicionado e a troca de carro. Agora estou negando a compra desses dois eletrodomésticos e nem eu sei porque, considerando que são essenciais. Vou acabar comprando - repito essenciais para uma casa - entretanto, esperarei mais alguns dias embora não todos que faltam para o término do desafio.

Meu mau humor deve estar transparecendo com tanto "não" que escrevi acima, embora eu acredite que nem seja mau humor de verdade, talvez um pouco de decepção com minha falta de atenção que acarretou uma situação extremamente desagradável hoje que por muita sorte não foi pior e não teve consequências mais graves.

Pretendo na realidade é passar essa experiência: precisamos ser equilibrados em tudo o que fazemos. É difícil? Quase impossível! Mas há de ter um meio termo, sem que precisemos tornar nossa vida uma abstinência em relação a qualquer coisa, sem estabelecer regras imutáveis. 

A vida é dinâmica demais, é inusitada demais, sempre trazendo surpresas, imprevistos e toda sorte de acontecimentos que, por vezes, esculhambam toda a programação feita.

Então, vamos andando sem compras de desnecessários e supérfluos, sempre buscando um caminho intermediário, sempre buscando um meio termo, sem radicalizar nada.

Sei que assumi o desafio e, como sou extremamente teimosa, chegarei ao final da forma como prometi. Também sei que quero achar outras maneiras de viver sem estabelecer coisas malucas e sem sentido, pois acredito que é possível depois desse "trauma" achar uma forma mais saudável de vencer minhas próprias limitações!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Difícil...

Tudo certo... comecei o desafio em 01.07.2011... embora não tivesse feito muitas compras, também não estava preocupada com elas... ternos e mais ternos... preto com preto... e a vida corria razoavalmente bem.

Passados os florais do verão, aos quais resisti bravamente, chegam agora phytons, burgundys, verde, cores apagadas, atemporais e lá vamos resistindo! Mas, qual a razão mesmo para essa abstinência?

E vamos ao blá, blá, blá do "ano sem compras" que pode ser lido em inúmeros posts desse blog.

Vamos fazer uma pergunta diferente, só para variar, qual a razão de querermos tanto uma roupa nova? Quais os motivos que nos levam a ficar doidas por novas estampas e novas cores, sendo que de novos não tem nada?

Já observei que todas as coisas anunciadas como novidades já estão no guarda roupa, compradas há muito tempo atrás e, caso bem conservadas, ficam lá olhando a cada estação.

Só não lembro da phyton...

Talvez tudo isso faça parte do movimento da vida, da beleza que tem uma peça nova, seu caimento, ausência de marcas de lavagem, nenhuma bolinha, parece até engomada (aquela goma que nossas bisavós faziam com maizena, lembra?). 

Seria a solução passar novamente a engomar? Isso é apenas uma brincadeira, pois é claro que na correria de todos os dias não haveria tempo para tanto cuidado, não saberíamos mais como faz e sequer tenho conhecimento se os tecidos de hoje em dia suportam esse tratamento.

O que sei é... nada sei! Quais as respostas, quais as razões, quais os motivos para tanto consumo e mesmo a felicidade sendo efêmera (aquela satisfação da sacola no shopping de que já falei), parece que preenche um pedaço da vida.

Para aqueles e aquelas que acompanham o blog posso garantir uma coisa: um ano é muito tempo para ficar sem moda! Embora eu esteja resistindo, percebi que essa questão de tendências ou seja lá o que for, traz um certo colorido à vida e estimula a imaginação.

Por enquanto, imaginação e criatividade com meu próprio guarda roupa apenas!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dias de compras e quase trapaça...

Meu filho mais velho precisava de roupas, constatação feita quando percebi a gola da camisa usada para trabalhar toda puída, um horror! E, as mulheres sabem como os homens podem ser desligados quando se trata de roupa, é aquela coisa de abrir o guarda roupa pegar qualquer coisa - somente distinguindo o que é para sair e o que é para trabalhar.

Para sair, mês passado eu já tinha dado um jeito. Uma nova calça jeans, duas camisas xadrez e um sapatênis. Ora, filhos crescem e não mudam o modo de vestir nem quando já possuem uma profissão, sendo necessária uma orientação e até imposição de peças de estilo diferente.

Para trabalhar parecia que estava tudo bem. Camisas sociais, ternos, sapato preto. Até que percebi a gola antes mencionada.

Ontem providenciamos uma calça esporte fino, um cinto preto e duas camisas. Hoje, ele resolveu comprar, ou melhor, eu chamei para ir até uma loja muito boa que estava em liquidação. Resumindo, saiu de lá com um calça jeans, duas camisetas pólo e uma camisa.

Um parênteses: para mim homem de camisa de manga curta é o fim, camisas somente podem ter mangas longas, mesmo que estejam dobradas.

Voltando ao assunto, a última loja vendia roupas masculinas e femininas. Quando chegamos na parte da calça, o vendedor falou que não estava com desconto, mas levando três calças pagaria apenas duas.

Lá foi meu filho experimentar e não achava a segunda e terceira calça. Eu, sentada, esperando, divagando, até que perguntei para o rapaz:

- A terceira calça pode ser feminina?
- Claro.

Ponderei com meu filho:

- Eu não estaria comprando, já que a terceira calça não é paga.

Ao que ele respondeu:

- Experimente então!

Somente aí me percebi da trapaça. É claro que eu estaria comprando e, mais, estimulando a compra de uma segunda calça pelo meu filho sem qualquer necessidade, o que me fez desistir da trapaça.

O mais interessante aconteceu depois que decidimos levar somente uma calça, pois o vendedor informou que apenas uma estaria com desconto de 30% e no início da venda havia dito que não teria desconto algum.

Registro o fato para que possamos perceber as armadilhas do consumo.

Chegando em casa meu filho mencionou que ele estava quietinho e eu havia estimulado sair fazer compras e também estimulado sua compulsão. Olha, até pode ser verdade, mas o fato é que não ele não poderia mais continuar com aquelas roupas, nem trabalhar com roupas estragadas, já era hora de mudar e cuidar melhor de sua apresentação.

Apenas alertei que, depois de todas as compras feitas, tudo que for comprado a partir de agora já pode efetivamente ser considerado compulsão ou desnecessário.

Enfim, não trapaceei embora tentada a fazer isso!