quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ser...

"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos".
(Eduardo Galeano)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tecidos lisos e incoerências...

No post "Dicas de Moda, crianças e economia... Será?" coloquei a foto do meu closet relativo às peças do que uso para trabalhar, normalmente ternos e tinha em mente os famosos tecidos lisos complementados com lenços e acessórios, que é realmente o que uso no dia a dia.

Qual não foi minha surpresa ao fotografar outra porta e verificar a profusão de cores e estampas, quase nunca usadas. Basta dar uma olhada:

Isto mostrou duas coisas: 

1) realmente não preciso comprar nada em um ano ou mais 

2) preciso tornar minha vida mais colorida, usando estas peças

Portanto, apesar dos tecidos lisos trazerem maiores opções, devo  passar a usar tudo que me faça feliz e aproveitar tudo que tenho, porque com certeza quando comprei estas roupas devia estar me sentindo ótima!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sessenta dias!


Como o tempo passa rápido!

Sessenta dias desde que deixei de comprar coisas supérfluas e desnecessárias!

O engraçado é que houve momentos em que, pelo condicionamento, cheguei a pensar em desistir ou comprar só uma "coisinha". A sorte é que logo passou.

Para mim, não se trata de economizar, até que porque justo quando comecei o desafio tive que dar conta das minhas férias e do intercâmbio da minha filha, então, lá vai o dinheiro...

Entretanto, somente o fato de saber que não coloquei nada em casa que fosse desnecessário já me traz uma felicidade imensa, uma sensação de poder, de contestar a lógica do consumismo, de saber que posso viver sem muitas coisas que antes me pareciam (só pareciam!) indispensáveis.

Coloquei esta foto para lembrar que um dia posso ficar sem maquiagem e tantos cremes... rs... por ora, é impossível!

PARABÉNS PARA MIM POR ESSES SESSENTA DIAS SEM COMPRAR SUPÉRFLUOS!

domingo, 28 de agosto de 2011

Dicas de moda, crianças e economia... Será?





Todo ano a mesma coisa!

Mudam as estações e mais do mesmo, variações apenas em cores e estampas de roupas, sapatos e acessórios oferecidos nas lojas. Depois, o que é não é vendido, passa a ser oferecido em liquidações e, não muito tempo depois, voltam as mesmas peças como as "sensações do momento" com uma pequena alteração aqui e ali.

Coloque um olhar mais atento e verá que isto ocorre de forma repetida!

Minha avó Adelina trabalhava com alta costura e uma das tendências que sempre observei, não importava qual a moda do momento, era a utilização tanto por ela quanto pelas clientes de tecidos lisos e as estampas ficavam apenas em lenços e acessórios. Olha que ela já tem quase noventa anos.

Tudo bem, ainda assim você precisa desesperadamente ir às compras e uma providência útil é listar o que você realmente precisa, da mesma forma de quando vai ao mercado. Esteja ou não o produto desejado em promoção.

Você não faz lista para ir ao mercado? Pecado! Comece hoje ainda e deixe de trazer os produtos que não precisa e que acabam estragando em sua despensa ou geladeira. Outra dica, jamais vá ao mercado com fome, por favor, porque neste caso você não pega os produtos, eles pulam para dentro de seu carrinho!

Voltando à questão da compra de roupas, dê prioridade às peças de tecido liso sempre, além daquelas de corte atemporal e de boa qualidade. Com uma peça de tecido liso você abre uma série de opções, apenas alterando os acessórios, e vai parecer que tem muitas, sempre novas.

Decidindo pela compra, sempre negocie um desconto, não tenha vergonha e todas as lojas possuem esta margem, basta pedir e, muitas vezes, insistir.

Embora os pagamentos efetuados com cartão não possam ter os valores alterados, seja em crédito ou débito, ou seja o valor deve ser o mesmo daquele cobrado à vista, se você fizer o pagamento em moeda corrente normalmente consegue mais desconto, nem que seja apenas o percentual cobrado das lojas pelas operadoras dos cartões. Portanto, sempre existe uma forma de pagar menos!

Poderíamos dizer que um desconto, por exemplo, de 3% para pagamento em dinheiro seria pouco, mas suas finanças devem ser analisadas como um todo e tornando isto um hábito, com certeza verá o resultado ao longo do tempo.

Sempre indico que as compras sejam à vista, em dinheiro, ou no máximo para o vencimento do cartão, sendo que normalmente opto por esta segunda opção para acumular pontos que podem ser trocados inclusive por passagens aéreas.

Acaso não tenha o dinheiro para pagamento desta forma, o ideal é fazer uma poupança e somente depois adquirir o bem, pois parcelamentos mesmo em cartão são traiçoeiros e trazem uma sensação de disponibilidade financeira que não é verdadeira, considerando que ao somar as diversas parcelas pequenas que você fez, por vezes chegará a um valor que não cabe em seu orçamento.

Atitudes simples! Pequenas mudanças! E, no final, grande diferença em sua qualidade de vida, posto que menos despesas importam em menos preocupações, menos itens para arrumar, menos manutenção e menos perda de tempo com todas as responsabilidades que novos artigos, quando incorporados à nossa vida, nos trazem.

Não se trata apenas de guardar dinheiro ou economizar, o foco é diminuir os itens de consumo, colaborando com a sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente, com a utilização de seu tempo de forma mais racional e deixando de perder este tempo na arrumação das coisas ou mesmo vivendo em ambiente caótico com muitas coisas acumuladas.

Tudo isto diminuiu o stress e traz para sua vida os valores que realmente são importantes: família, amigos, estudos, religiosidade, lazer e tudo mais que lhe traga um prazer verdadeiro.

Podemos, em relação aos itens indispensáveis, também mudar nossa atitude, substituindo marcas, sem perder a qualidade, mesmo no que se refere aos medicamentos.

As despesas com meus filhos também são bastante controladas e sempre procuro explicar o valor de cada brinquedo e a pouca durabilidade que tem, além de incentivar que estes itens sejam comprados com a mesada.

Procuro passar que o dinheiro traz liberdade de escolha, inclusive liberdade para decidir pagar mais e ter a satisfação imediata ou pagar menos e esperar o item chegar ao ser comprado em um site famoso com preços maravilhosos.

Meu filho de nove anos normalmente opta por comprar estes brinquedos no site, e achei engraçada a observação dele sobre a ansiedade para que o item chegue, mas recusa pagar valor maior na loja.

Observei, ao anunciar na família o ano sem compras, que terminei por cometer algumas incoerências.

Simplesmente disse para meu filho de nove anos que ia ficar um ano sem comprar, mas não expliquei todas as regras e hoje ele falou: "Ela disse que ia ficar sem comprar e está toda hora comprando no site"... Ocorre que posso repor produtos de beleza, como maquiagens e cremes, me limitando a isto, e ainda precisava de um creme hidratante e um pó facial!

Tive que sentar e conversar novamente, inclusive explicando que itens essenciais poderiam ser comprados (e que estas prioridades cada qual estabelece conforme o que entende necessário) e que as últimas compras provavelmente durariam até o final do desafio e não mais seria necessário comprar nada até o ano que vem.

Importante com as crianças, e é o método que uso para mim também, não incentivar compras se não tem dinheiro. Assim, devem guardar a mesada para comprar o produto, nada de ir descontando aos poucos da mesada recebida, isto para não criar nestes pequenos seres, desde cedo, a cultura da dívida.

De acordo com o escrito em outro post, com este pequeno a mesada é dividida em quatro partes: "10% para a caridade" e o restante em três cofres "o que quiser", "poupança a médio prazo"- para aquisição de um brinquedo por exemplo, "poupança a longo prazo" que normalmente vai para o banco porque ele diz que quer comprar uma Ferrari...rs

Com meu filho mais velho não consegui, infelizmente, desenvolver um costume de poupança em moeda corrente, mas assim que ele começou a trabalhar, aconselhei e ele aceitou comprar um apartamento na planta. Desta forma, todo mês tem o compromisso financeiro e sabe que tem as chaves para pagar, o que terminou por incentivar a poupança e a ter um objetivo a longo prazo.

Olha, pode ser que eu me torne repetitiva, entretanto, está sendo muito importante falar sobre dinheiro, planejamento financeiro, moda e outros aspectos do consumo, isto porque na minha família sempre foi colocado que dinheiro não era uma coisa boa e depois que passei a trabalhar pude verificar que dinheiro é bom sim, desde que bem administrado.

Até o próximo desabafo!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mudanças, impressões e consequências!





Mudanças são coisas misteriosas!

A sensação é de ir mexendo em um baú de antiguidades contendo coisas necessárias, outras de valor sentimental e também muita tralha física e emocional.

Quando você tira ou modifica algo, outras coisas que você nem imaginava que existiam, surgem e eram muito mais graves do que a superfície da "bagunça".

Por outro lado, parece que o universo vai conspirando e diz: você quer mesmo uma nova vida? Estão você terá! E, se você se esforçar, será melhor que a anterior!

Muitas situações estão se delineando desde que deixei de comprar, percebendo melhor que a lógica do consumo extrai das pessoas valores e prioridades, preocupadas que estão nos bens que possuem ou desejam e que, no final, não lhes trazem a almejada satisfação, pois quanto mais olham estes objetos, mais esquecem de si mesmas, de sua essência, deixando-se levar pelo "marketing" e sempre por novos objetos que surgem, tornando os anteriores, no seu modo de ver, obsoletos, exigindo sempre a aquisição das últimas novidades, quando poderiam muito bem utilizar com qualidade aqueles que já possuem.

O consumidor se tornou um objeto e somente sente insatisfação pelas próprias conquistas, deixando de enxergar que são belíssimas e suficientes.

Participei da reunião de condomínio e estranhei o fato de alguns dos moradores, não era um só não, menosprezar o lindo prédio que moramos, dizendo que não poderíamos fazer alguma coisa - não lembro o que - porque não morávamos e não tínhamos as mesmas condições dos moradores do prédio de luxo que fica na esquina. Seria cômico se não fosse trágico!

Estamos em um edifício com vista privilegiada, área de lazer maravilhosa, os empregados que cuidam da manutenção são de uma atenção até exagerada com a gente e, ainda, assim alguns moradores se sentem inferiorizados por não residirem naquele outro, da esquina.

Que mundo estamos vivendo! Não basta ter uma casa para morar, não basta que ela seja linda, não basta que tenha todas as comodidades de um condomínio moderno! É uma triste constatação, mas precisamos encará-la de frente e rever os valores que estabelecemos para nossa vida e para nossa família.

Bem, mas fugi do assunto, porque queria contar apenas que o universo está conspirando a meu favor desde que passei a focar em coisas mais importantes que o consumo desenfreado e desejos sem sentido que apenas reforçam uma lógica capitalista que traz infelicidade e insatisfação.

Absolutamente tudo no meu dia está caminhando de uma forma quase osquestral, sem nenhum instrumento desafinando e isto pareceu surreal no início, depois percebi que veio do fato de manter o foco no que importa e relaxar frente às coisas do mundo.

Ontem tinha 37 audiências, isto mesmo, trinta e sete, divididas entre o período da manhã e da tarde, meu filho de nove anos fazia questão da minha participação nos jogos da escola e expliquei a dificuldade, informando de que compareceria, mesmo com atraso.

Não se sabe porque milagre do destino, estava liberada às 14h20 e fui para o colégio. Chegando lá encontrei o pequeno sentado em um banco, tinha sofrido uma torção no pé que resultou em ida ao pronto socorro, radiografia, imobilização e impossibilidade de jogar futebol. Bem, fiz tudo isso, exatamente quando ele mais precisava de mim, levei-o para casa e consegui retornar ao trabalho a tempo de verificar a última audiência que seria às 15h42.

Tinha também o sonho de manter todo o meu trabalho em dia, certo que existe o prazo de trinta dias para entregá-lo, mas odeio última hora e detesto ver os papeizinhos indicando o que tenho que fazer. Sonho também realizado, não há nada pendente, nem necessidade de anotações!

Agora temos o processo eletrônico em fase de implantação e confesso que minha sala estava uma bagunça e eu pensando: li em algum blog que basta você tirar cinco coisas por dia. E quem disse que eu fazia isto? Então, nosso processo eletrônico apresentou problema que eu não podia resolver e alguém tomou meu lugar junto ao computador, virei para a bagunça de papel e pensei em tirar cinco coisas, resultado foi que tirei todas aquelas que não mais me serviam e o local ficou super organizado.

Entretanto, se quisermos criar confusões é muito fácil. Não sei se vocês perceberam o que estava virando este blog: uma miscelânea, vários focos que não permitiam à pessoa saber exatamente o objetivo dele.

Ontem resolvi mudar esta situação! Este blog é para sentimentos e experiências pessoais do ano sem compras, também para os sentimentos que estão em ebulição e providências que estão sendo tomadas em todas as áreas de minha vida.

Logo, vocês podem observar que estou retirando as receitas, exceto aquelas em que sentimentos foram expressados, sendo que todas as demais, com declarações amorosas ou não, passarão a constar de novo blog http://saboresimperdiveis.blogspot.com/ assim, quem quiser receitas é só ir para lá.

Pelo jeito eu estava criando desorganização, quando o que mais pretendo atualmente é organização em todos os níveis.

Tenho muitas outras coisas para contar que ficarão para o próximo post, mesmo porque descobri que tenho uma seguidora muito especial, minha filha, e ela solicitou posts mais breves!

Até mais!




domingo, 21 de agosto de 2011

Alguém me salve dos florais do verão...


Ontem precisei ir ao shopping fazer apenas duas coisas: buscar uma calça jeans do Pedro que tem nove anos e estava com uma calça porque a outra, de tão curta, eu já tinha feito virar bermuda; a segunda, um cartão para minha filha que vai fazer intercâmbio.

Mantive o objetivo, entretanto, aquelas vitrines cheias de peças florais me deixaram atordoada, eram bolsas, sapatos, vestidos, camisas todas com aquelas flores miudinhas, maravilhosas!

Tentarei esta semana achar alguma coisa em meu guarda-roupa, porque manterei o ano sem compras, mas a tentação foi intensa, embora não irresistível! Somente me recordo da camisa que aprarece na foto, mas deve haver outras peças!

E depois, antes de terminar o desafio, ainda teremos a coleção de inverno.

Penso que o apelo ao consumo que vemos em jornais, revistas, vitrines, internet, poderia ser menos intenso... enquanto isto não acontece, somente a persistência me salva.

Um ótimo final de domingo para todos!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Título de (Des) Capitalização

Havia uma empregada do banco lotada no PAB (posto de atendimento bancário) instalado no local onde trabalho e todo mês ela pedia que ajudássemos porque tinha que atingir a meta exigida por seu empregador e eu, normalmente, recusava.

Em determinada época, eu disse para ela que estava tudo bem e que poderia pegar R$ 300,00 da minha conta e fazer um título de capitalização, sendo que a única explicação que recebi deste título foi que concorria a prêmios mensais, era ótimo e outros elogios.

Conferindo hoje o extrato bancário verifquei um crédito de R$ 307,09 e não recordava mais do que era. A tal empregada já aposentou e aquela que se encontrava no PAB ficou de averiguar a que se referia o crédito. Telefonou para mim na hora do almoço e informou que era resgate automático de título de capitalização feito há três anos.

Ou seja, o banco ficou com meu dinheiro durante três anos e pagou R$ 7,09 a título de juros e atualização monetária, muito menos que a poupança, confirmando a atendente atual este fato e vendo minha indignação disse:

- Eu iria oferecer outro título de capitalização, mas acho que você não tem interesse!

Não tenho interesse, mesmo! De verdade! E esse post é apenas um desabafo para tentar aplacar minha indignação, embora a culpa tenha sido minha ao não solicitar todas as informações necessárias à aplicação!

A palavra hoje em dia é uma só: ATENÇÃO !!!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Telemarketing, celular e assinaturas !


Estou aqui novamente! Isso decorre de uma fase calma no trabalho, com tudo em dia pela primeira vez na vida.

Com o tempo disponível consegui cancelar a assinatura de um jornal, tendo tomado a decisão calcada no fato de que são R$ 31,60 por mês, totalizando R$ 379,20 por ano para um material que não tenho aproveitado, considerando que todas as informações que preciso tenho conseguido na internet. Fiquei impressionada com a atendente que rapidamente fez o cancelamento e não pediu muitas explicações, o que é raro!

Outra providência tomada também neste momento foi o bloqueio de ligações de telemarketing junto ao Procon e cadastrei tanto o telefone fixo como o celular, sendo todo o procedimento muito rápido.

O telefone fixo porque normalmente recebo ligações diárias para renovar revistas e pode ocorrer de estar mais frágil e acabar cedendo ao apelo! Brincadeira, mas é um incomôdo e não adianta pedir para retirar o telefone porque as empresas não retiram, somente o Procon procede ao bloqueio.

Quanto ao telefone celular em razão da ligação das operadoras e inclusive da minha operadora oferecendo um plano melhor, sendo que a última vez que aceitei a conta veio o dobro do que vinha. Ora, se o plano é vantajoso poderiam implantar de imediato e não precisariam perguntar!

Algum tempo atrás fiz a portabilidade do meu celular, trocando de operadora para ser a mesma dos meus filhos, o que diminuiu em muito o custo das ligações, e passei a usar telefone prepago que permite o controle absoluto dos valores gastos e auxilia na compulsão de usar o celular. Antes usava celular até para pedir para abrir a porta de casa, hoje já não uso tanto pela limitação dos créditos - sempre coloco pouco !

Por hoje é isso!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Desapego!

 

Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.

E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: "Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas."

É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.

Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.

Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.

Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos.

Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.

Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.

E como reagimos? Será que estamos fazendo algo - na prática - para combater esse estado de coisas?

No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.

Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, jóias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.

Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.

E diga para si mesmo: "Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente".

Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.

Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...

Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.

Mas, há também os que se fixam em pessoas. Vêem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado.

Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.

Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas.

É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.

Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.

Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório.

Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.

Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados.

Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?

Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos.

Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.

Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...

E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida.

Pensando dessa forma, aos poucos a criatura promove uma auto-educação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta.

Ou seja, amar sem exigir nada em troca.

Texto retirado do site http://www.reflexao.com.br/

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Resolvi não mais dar conselhos!


Pensando no flamingo cor de rosa no meio da sala, mencionado pela Marina em um de seus posts, encontrei mais um monstrengo em meio às minhas reflexões.

Tirando coisas e mais coisas, refletindo sobre isto e aquilo, deixando de visitar templos de consumo, acabei por me deparar com um defeito muito esquisito, talvez advindo da profissão.

Você conhece uma pessoa que tem solução para tudo, que sabe tudo, que dá conselhos sobre todos os assuntos e, por vezes, até parece um livro de autoajuda, afastando as pessoas com este comportamento?

Pois é. Esta pessoa sou eu. Basta alguém dizer que tem um problema e eu venho com a solução óbvia para mim, como se fosse fácil a pessoa executar e, muitas vezes, parecendo desprezar o sofrimento tão intenso de quem conta o problema e que lhe impede de chegar ao termo tão razoável que sugiro.

Resolvi, então, acrescentar um desafio ao ano sem compras de supérfluos ou coisas desnecessárias. A partir de hoje e até terminar o ano sabático, não vou mais dar conselhos, vou economizar os conselhos também e usar a energia mental que gastava neles para buscar cada vez mais meu aprimoramento pessoal.

Certo que as pessoas que vem ao blog o fazem de livre e espontânea vontade, por simples prazer ou em busca de alguma sugestão, entretanto, não há nada particular ou exatamente direcionado para o problema que lhes aflige, não podendo ser considerado conselho e sim experiência de vida.

Registro a verdadeira intenção de ficar em silêncio toda vez que a pessoa vier até mim contar um problema, adotando uma postura empática de simples ouvinte e nada mais.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mágica do cartão de crédito e do parcelamento!


Simplesmente adoro tomar café na padaria! Neste local encontro casais com ou sem crianças, idosos, pessoas solitárias e as conversas que escuto são as mais variadas. Sim, escuto!, ao contrário do que ocorre quando vou à praça de alimentação do shopping ou outros locais badalados onde se reúnem jovens.

Ontem chamou atenção um senhor com aproximadamente setenta anos que conversava com senhora da mesma idade. Ele falava que seu dia foi muito especial, pois tem um blog e recebeu um e-mail de uma moça informando que utilizaria seu post para aula na faculdade. Pelo que entendi, ele é médico. 

Estava feliz também porque comprou para si um presente de Dia dos Pais. Contava ter adquirido um GPS que, além de indicar a localização, permitia gravar músicas e filmes, vindo inclusive com suporte para o painel do carro. A maravilha disto tudo também consistia em não ter pago frete, parcelamento em seis vezes e entrega ocorreu em três dias!

Cartão de crédito e internet realmente são mágicos!

Minha filha solicitou meu cartão de crédito emprestado para uma compra e ligou eufórica: Mãe, cartão de crédito é mágico!!! Quero um também!!!

Pode até existir esta magia e esta euforia toda, entretanto, necessário aprender desde cedo que esta mágica reflete no mundo real.

Fiquei me perguntando se o senhor da padaria fez uma pesquisa de preços, porque mesmo na internet há diferença de preços e o valor do frete  muitas vezes está embutido no valor do produto. Sempre uso o buscapé ou outros sites de pesquisa para comparar os preços e encontro coisas inacreditáveis, diferenças de até 30% ou 40%.

Quanto ao parcelamento, demorei muito tempo para perceber minha irritação mensal que esta facilidade trazia. Comprava alguma coisa raciocinando que se o preço à vista era o mesmo à prazo, valia a pena parcelar, sem perceber que estou há cinco anos sem reajuste e que o parcelamento não faria diferença, exceto para que lembrar todo mês que tinha comprado determinado produto e esquecer esta compra quando ia fazer outras. 

Resultado: irritação e ansiedade para que as doze parcelas mensais terminassem logo, além de surpresa ao somar todas as compras feitas em parcelas pequenas que resultavam em grande valor e perda do referencial das despesas mensais!

A mágica deve ser desvendada desde a primeira utilização do cartão, como naqueles programas que contam a forma de fazer o truque! E nossas crianças e adolescentes devem ter consciência de que o mundo virtual traz consequências para o mundo real. 

Utilizar cartão de crédito é fantástico, fácil, rápido, desde que saibamos o tanto que temos que trabalhar para suportar todas as contas mensais e a necessidade de ter um controle absoluto dos gastos para poder quitar a fatura do cartão sem parcelamento.

Você já verificou o custo para parcelar sua fatura de cartão de crédito quando paga apenas o valor mínimo exigido? Pois é, somente posso dizer ATENÇÃO e amor próprio, considerando que o dinheiro que você gasta vem do seu trabalho e as horas gastas em trabalho são subtraídas do convívio com a família e do lazer. Então, vale a pena trabalhar tanto, para ganhar mais, para gastar desenfreadamente?

Para finalizar, senti a felicidade do senhor ao ver seu post utilizado em aula na faculdade de medicina! E ao escrever aqui, tenho a pretensão de poder ajudar outras pessoas, além de estar me ajudando por ter um compromisso que não é mais somente meu... o ano sem compras! 



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crianças e compensações...


Lembrei hoje de uma situação e da forma como a compensação em presentes está arraigada nas pessoas, cabendo àqueles que se predispõem à quebra de paradigmas alterar o rumo dos condicionamentos.

Certa vez fui ao salão de beleza fazer luzes nos cabelos e levei meu filho de nove anos. Não tinha me dado conta que o procedimento era bastante demorado, exigindo aproximadamente três horas. E, desta forma, lá ficou o menino durante todo este tempo sem nada para fazer, sequer televisão ou revistas havia no local.

Por ser uma pessoa completamente diferente, lá se deixou ficar, sem reclamar, sem resmungar, somente sentado no sofá, talvez pensando no tempo que estava perdendo.

Quando terminei, a moça que me atendeu elogiou o comportamento dele, observando que as crianças normalmente não tem tanta tolerância. Sugeriu a mesma moça que ele merecia um presente, referindo-se a um brinquedo e por pouco não aceitei a sugestão, mas lembrando do ano sem compras e da compulsão que em mim deve ter sido desenvolvida na infância, disse a ela que ele teria sim um presente: quando chegássemos em casa eu o beijaria todinho desde a cabeça até a ponta do dedão do pé!

Passamos em uma loja onde tomo café e novamente a mesma sugestão de presente para ele e a mesma resposta quanto à compensação.

Chegamos em casa e cumpri o que prometi! Muitos beijos e muitas risadas, nos divertimos muito, porque teve direito a cócegas e gargalhadas.

Precisamos compensar, se é esta a palavra, nossos filhos pelas boas atitudes, com certeza. Entretanto, esta compensação deve vir na forma de carinho, amor e ternura, jamais em brinquedos ou outras coisas compradas, porque somente a atenção é que não tem preço e deixa marcas para toda a vida!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Relatório de viagem ... ou ... como estou orgulhosa de mim mesma ... ou ... viajar sem usar cartão de crédito ...





Dez dias sem usar cartão de crédito, nem eu acredito !!!

Superei todas as expectativas que tinha em relação ao meu poder de abstinência de consumo e o próximo passo será parar de fumar, pois se posso controlar estes aspectos, posso controlar também meu vício ou doença - tabagismo. Talvez até consulte um pneumologista, mas isto é matéria para outro post.

Foi impossível viajar para outro país sem qualquer compra, mesmo porque temos sempre uma certa saudade dos lugares onde andamos e para aplacá-la podemos trazer um pedacinho de cada canto para nosso dia a dia, mas pode ser um "pedacinho" mesmo, uma pequenina coisa de pouco valor financeiro ou uma peça para ser usada quando queremos nos sentir glamorosas.

Assim, poucas coisas, todas dentro do limite estabelecido para a viagem, que não foi ultrapassado, e sem colocar a mão no cartão de crédito. Isto me deixa feliz porque ao receber a fatura não haverá todas aquelas compras que normalmente eu sequer lembrava a que se referiam e me traziam somente ansiedade.

Fiquei em dúvida com uma peça de artesanato, feita de madeira, representando um casal dançando, estilizado e parecendo um quebra-cabeça. Passei por ela na cidade de Cusco, depois no aeroporto e comentei com uma turista que prontamente respondeu "se está em dúvida, não leve". Novamente em Lima estava o casal, muito colorido, olhei e deixei por lá mesmo, isto porque fiz a pergunta "como me livro disto um dia?" e cheguei à conclusão de que seria difícil incorporar à decoração e muito mais deixar de tê-la junto à mim após realizar a compra.

Simplificar, não ter coisas desnecessárias, encher sua cabeça de lembranças boas e das sensações, sabores, sentimentos e cheiros dos lugares onde passamos, isto é o que importa, ser feliz e ter um referencial do que nos trouxe felicidade. Buscar sentimentos bons para utilizar em horas difíceis, guardar na alma torna o momento eterno, sem que precisemos de um objeto.

Como viajei sozinha e preocupada apenas com meu aprimoramento pessoal, incluindo maior respeito por mim mesma ao usar racionalmente os recursos que me são disponibilizados, devagar minha cabeça começou a esvaziar e entrei em estado quase meditativo, sem barulho interno, sem pensamentos que se enrolam uns nos outros e que não conseguimos controlar no cotidiano.

Vejo que a mente se aquieta quando retirada a ansiedade por consumo e a necessidade quase patológica de consumir. A atenção termina por se voltr às sensações, ao prazer visual, à busca de novos sabores e valorização do local onde nos encontramos.

Em outras viagens, antes do ano sem compras, passava mais tempo em shoppings e lojas do que realmente desfrutando do passeio, pois até em museus há o que comprar.

Uma situação que me fez refletir muito foi aquela da compra de presentes de Natal e aniversário para parentes e amigos. Se estou controlando meu consumismo, se não me presenteio mais diariamente, se não busco a felicidade nas coisas, porque abrir exceção para o prazer por coisas que é despertado quando outras pessoas ganham presentes? Porque estimular a necessidade por objetos nos outros?

Pois bem. Nada de compra de presentes de Natal ou aniversário! Como fica o exemplo que pretendo dar para meus filhos quando digo que não estou mais comprando e dou milhões de coisas para as pessoas? Aqui, entretanto, cabe um grande parênteses - e é justamente em relação aos filhos!

É certo que, após dez dias fora de casa, trouxesse chocolates importados e canecas para serem usadas no café da manhã. Presentes de coração e que demonstram carinho, sem excesso de gastos financeiros, somente para eles, pois não vejo muito sentido em viajar e trazer presentes para todos os colegas de trabalho, parentes e amigos, pois o momento é meu, para ser desfrutado de forma que me traga prazer e não preocupação com as pessoas que convivo quando na minha cidade.

Lembrei de uma situação engraçada. Quando viajava para qualquer lugar comprava souvenirs para todos do meu trabalho, lembranças que serviriam somente para mim iam parar na mesa de trabalho ou na casa de quem sequer conheceu o lugar. Um dia, uma das colegas falou que já havia montado em casa uma prateleira chamada "as viagens da doutora". Nossa! Foi como se tivesse levado um soco! E neste momento me dei conta de que momentos íntimos, pessoais, não fazem sentido para os outros e parei de trazer estas lembrancinhas de viagem. Isto aconteceu há muito tempo e hoje somente faço comentários quando perguntada e não mais interfiro na "decoração" da casa de outras pessoas.

Outra questão a ser enfrentada em viagens é o artesanato. No primeiro dia ficamos deslumbrados e quando não fazemos compras neste dia, passamos a observar que as mesmas peças e objetos se repetem em toda a zona turística, com pequenas variações de preços e cores. Também atentamos para a baixa qualidade dos produtos oferecidos que pode passar despercebida no contexto das feirinhas, mas não escapa desta análise quando convivemos com o que trouxemos na mala.

Desta forma, pode-se concluir que vale a pena trazer uma única peça de valor maior, de alta qualidade, a trazer muitas peças baratas de qualidade duvidosa, até porque estas últimas irão para a doação ou lixo antes mesmo da próxima viagem.

Optei por um xale de baby alpaca, feito à mão, todo bordado, que somente havia em uma loja em Cusco, com valor superior àqueles das feirinhas e beleza incomparável.

Este xale é uma peça que poderei usar a vida toda e até deixar de herança para minha filha, ao passo que via turistas comprando por valores módicos: blusas, xales, gorros e outras peças vendidas como baby alpaca e que não passavam de peças de baixa qualidade, muitas vezes sem qualquer traço de lã de alpaca, que encolhem na primeira lavagem e não tem aparência tão bonita, nem mesmo quando novas.

O free shop foi uma experiência a parte. Toda vez que passava em outras viagens comprava todos os cremes em promoção, muitos perfumes e maquiagem. Qual o resultado? Cremes aos quais minha pele não se adaptava, perfumes e maquiagem que excediam a data de validade ou não eram usados. Também ocorria de comprar perfumes para presentes, sem me dar conta de que excediam os valores que eu tinha mente para gastar na alegria dos outros, o que depois acarretava as consequências no cartão de crédito, sendo as principais a ansiedade e o descontentamento com os gastos, além do malabarismo para manter as contas em dia.

Desta vez, muitos chocolates - item do qual não escapo nem no dia a dia, porque sempre tem algum moleque no meu quarto perguntando se tenho algum guardado!

Também comprei creme para os olhos - o meu estava terminando, hidratante para o rosto - o que usava já estava muito além da validade, além de uma loção tônica e alguns hidratantes da Victoria's Secret que durarão até a próxima viagem, tudo sem ultrapassar os dez itens permitidos. Passei sem excesso de compras, muito abaixo da cota e sem compras desnecessárias, observando que estas compras estão dentre as permitidas no início do desafio, então nem contam como compras de viagem.

Uma última situação que merece destaque é a bagagem. Embora eu viaje com pouca bagagem, sempre sobram roupas limpas e sempre aumenta o número de sacolas durante a viagem. Desta vez foi diferente, levei apenas uma mala pequena e uma frasqueira, tendo sobrado apenas uma blusinha de lã e uma camiseta sem usar, isto porque quis comprar uma camiseta de Nasca e a usei para voltar para o Brasil. Além disto, voltei exatamente com a mala pequena e uma frasqueira, nada mais! Dois rapazes que fizeram o chek in no aeroporto no mesmo momento até observaram e elogiaram, dizendo que queriam aprender para fazer igual, isto porque cada qual portava uma mala grande cheia e pesada.


Bem, este post está ficando muito longo e melhor ficar por aqui, reconhecendo algumas contradições ao longo mesmo, justificadas por este início de caminho, sempre na busca de uma melhor relação com todos os aspectos da vida.







terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um dia viajando...

Acordei tres horas da manha para o ritual de cremes antes de sair. Cheguei cedo para o chek in e fui direto para o Duty Free. Olha daqui, compara dali e uma sacola com duas barras de chocolate para emergencia e um estojo de maquiagem para bolsa - o que usava ja tinha dois anos, totalmente vencido.

Distraida, ali me deixei ficar ate resolver ir ate a sala de embarque, resultando que quase perdi o voo. Fui a ultima pessoa a entrar. Apesar disto, uma grata surpresa! Em fileira para tres pessoas, apenas eu e outro passageiro, o Erik, que quase me convenceu a trocar as terras de Mario Vargas Llosa pelo Mexico - brincadeira! mas me diverti muito!

Cinco horas de viagem que passaram suavemente, quase nao percebemos.

Na chegada, prometi e cumpri. Viu, Erik! Fumei dois cigarros, uma para mim e outro para ti, considerando que o seu voce ainda demoraria mais cinco horas para desfrutar.

Enquanto aguardava o transfer, puxei conversa com os motoristas de taxi do aeroporto, perguntando uma coisa e outra, dancei com cigarro para todos e um deles ainda disse - a curiosidade matou o gato! Quem mandou ser curiosa!

Check in no hotel somente a partir das 12h30... e la vou eu, caminhar!

Passando em frente a Falabella - em liquidacao - parei para fumar novamente, foi o dia do cigarro. Uma senhora muito bem vestida, com um pouco mais de maquiagem que o recomendavel para a idade dela - eu tinha que alfinetar - comeca a gritar comigo no meio da rua, dizendo que eu estava procurando a morte e um encontro com Satanas. Que recepcao!

Veio a fome! Eu nao queria comer porquinho da india - cuy -, porque vem inteiro no prato, sorrindo para voce! Ai que do! Que do! Que do!

Pedi uma salada caprese e um file de peixe, isto para garantir a ausencia de sorrisos pelo prato.

Entrada em algumas lojas, passeios entre araras, nenhuma sacola, voltei para o hotel e recebi as chaves do meu quarto. Que lindo! Uma jacuzzi para casal, imensa, somente para mim e uma cama gigante. Eu mereco tudo isso! E daqui a pouco vou aproveitar.

Visita a uma feirinha de artesanato em frente ao hotel, apesar da dificuldade para atravessar a rua e, apos, vieram buscar para um passeio pela cidade, passa por aqui, passa por ali e chegamos ao Convento de Sao Francisco e suas catacumbas...

Tudo e osso ou vira osso! O mais bizarro foi a mandala que os arqueologos fizeram no poco onde eram jogados os corpos apos serem tratados com cal - para que nao exalassem mau cheiro e nao criassem insetos - fizeram o desenho utilizando tibias, cranios... bizarro!

A eco chata comecou a reclamar do lixo no local, falando mal das pessoas. Somente quando cheguei a conclusao de que nao adiantaria nada, la fui eu e a guia catar o lixo... deixando o local lindo.

Dispensei um jantar tipico com show folclorico e vou aproveitar a jacuzzi, porque amanha enfrento sete horas de viagem de onibus interestadual ate Nazca. Se a agencia tivesse avisado o tempo... enfim, amanha cedo estou na rodoviaria.

Nao ha pontuacao porque o teclado e diferente. Depois corrijo. Somente queria dar noticias e dizer que por enquanto sobrevivi as compras desnecessarias e superfluas!