domingo, 29 de dezembro de 2013

Dificuldade financeira é engraçada?

Algumas vezes vejo uma pessoa postando no facebook frases do tipo: "não queremos saber quando custa, queremos parcelar!" e compartilha com outros que tem o mesmo estilo de vida. Talvez a mesma pessoa que não confere a fatura do cartão para não ficar depressiva devidamente acompanhada de outra que menciona não poder fazer isso ou aquilo porque não tem dinheiro ou faz alguma coisa dizendo que terá dificuldades para pagar.

Famigerado consumo sem freio! Mais uma vez não tenho nada a ver com isso e cada qual vive com quer. Aliás, já vivi assim, já parcelei, já fiz consignados, já vivi sem ter nada que pudesse agregar patrimônio, meu roupeiro já foi imenso, já tive mais de sessenta pares de sapatos, já, já, já... e fico pesarosa com as pessoas que continuam vivendo dessa forma.

Hoje apesar da dúvidas e tropeços, de um pouco de ansiedade de não consumo por achar que preciso e não consigo comprar, apesar de tudo... fico tranquila ao saber que posso atender todas as minhas necessidades verdadeiras sem depender do estresse da falta de dinheiro e gasto muito menos tempo com compras e arrumações e limpezas e tudo aquilo que envolve encher sua casa de itens desnecessários.

Tem outro post que circula de vez em quando também no facebook que diz: "quem nunca parcelou não sabe o prazer de pagar a última parcela". Pagar a última parcela? Ora, quem nunca juntou o dinheiro é que desconhece o prazer de comprar à vista com desconto ou até desistir da compra por algo melhor.

Essas coisas de consumo desenfreado não podem ser tratadas como brincadeira. É muito sério e estou falando sério! A tensão de viver devendo e sofrer para comprar as coisas não compensa todo o dinheiro que colocamos fora com bobagens. Enfim, fico mesmo feliz por ter saído dessa roda viva que só me trazia preocupações.

sábado, 28 de dezembro de 2013

912 dias e a vaidade indo embora!

No post "Minimalismo e Voto de Pobreza" recebi o seguinte comentário das jornalistas do blog "Políticas e Cutículas":

"Tenho muito interesse nesse assunto. Minha alma tem forte inclinação para o minimalismo. O problema é preciso conseguir conciliar essa postura com minha eterna luta pra ser mais vaidosa. Na minha cabeça, são duas coisas que não combinam nem um pouco rs. Por que é tão dificil para mim conseguir o equilíbrio? Bjo e obrigada pelo espaço."

Pensei muito nisso quando estava viajando, principalmente quando precisei descer para a ceia de Natal e não havia levado nem roupa nem sapato. Depois percebi que tenho apenas uma calça jeans e nenhuma bermuda. Também não tenho vestidos leves para o verão. Sandálias baixinhas já terminaram faz tempo e só tenho duas havaianas. Enfim, cheguei ao limite do cúmulo da falta de vaidade.

Com isso respondo a pergunta sobre o equilíbrio, ou seja, o ser humano tem uma certa dificuldade em conciliar as coisas. Saí do excesso de vaidade e o retrato pode ser visto nas inúmeras caixas com acessórios para a total falta de vaidade que ficou mais evidente quando passei a retirar tudo que não usava, deixei de comprar para terminar o que já tinha e as caixas com acessórios, apesar da intenção feita de usar tudo, continuam quase intactas e consegui usar apenas alguns.

Já andei em lojas, mesmo na viagem experimentei algumas roupas, passei pelo free shop e meu filho mais velho observou "esse ano sem compras não te fez bem!", claro que em tom de brincadeira. Consegui comprar uma maleta para carregar meu notebook, a minha tinha quatro anos e estava toda rasgada e um perfume que se tornou o meu presente de Natal no amigo secreto.

As crianças fizeram compras, rolou desde skate até óculos de sol. Mencionei por aqui que meus filhos não tem que seguir minhas escolhas, embora eu observe com alegria que eles são muito controlados e tenham aproveitado a viagem para comprar aquilo que precisavam por um preço mais em conta. Por exemplo, o skate do Pedro já estava pedindo substituição e a Izabel estava com seus óculos de sol quebrado.

E eu? Está difícil! Realmente preciso de algumas coisas, entro nas lojas e só vejo lixo, acho que tudo é mal costurado ou mal feito e que não vale a pena entulhar o roupeiro com porcarias. Entro em lojas com produtos de melhor qualidade e as peças não caem tão bem quanto valeria a pena levar para a casa.

A situação está complicando no momento em que você não tem mais como se arrumar adequadamente em determinados lugares e não consegue repor aqueles itens que usava antes, sendo que muitos foram doados e outros acabaram.

E o mais interessante de tudo isso é que realmente não faz falta. Não me importei em usar vestido emprestado da Izabel na noite de Natal e a sapatilha velha estava bem confortável. Eu não precisava de nada novo, de um vestido natalino ou uma sandália com brilhos. Estava feliz na ceia e as pessoas, mesmo que olhem ou comentem, não importam!

A bipolaridade da vida. Eu preciso, mas eu não quero. Há coisas mais importantes a fazer que perder meu tempo em loja. Prefiro uma casa com menos itens para organizar e limpar. Adoro saber que posso viajar e até decorar minha casa sem preocupações financeiras. Por outro lado, eu bem que gostaria de achar um pouquinho da minha vaidade que fui perdendo ao longo desses dois anos e meio ou para ser mais exata ao longo desses novecentos e doze dia que já se passaram desde que iniciei o primeiro ano sem compras.

Como encontrar o equilíbrio? Será medo de retornar ao consumo "inconsciente" que me impede comprar o que preciso? Realmente preciso de alguma coisa?

Estou feliz assim, mas há algo me incomodando, não consigo identificar muito bem o que seja...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Buquebus e ônibus - Buenos Aires x Montevideo

Difícil, hem? Foi assim, compramos passagem pela Seacat de Montevideo para Buenos Aires, ida e volta porque após alguns dias em Bs As deveríamos retornar para o Brasil por Montevideo. A passagem incluía ônibus até Colonia Sacramento de onde saía o barco e pegamos esse ônibus no Terminal Três Cruzes.

Na ida tudo foi festa, na volta o pessoal parecia meio maluco para sair do barco a fim de procurar o ônibus que retornava a Montevideo. Todo mundo se empurrando. A maior confusão. Encontramos nosso ônibus, nos acomodamos e... "fedor de xixi e coco" nas palavras do meu filho. Quase duas horas de viagem em um ônibus fedendo. Está certo que não estávamos tão cheirosos assim porque saímos do hotel em Bs As de manhã e não retornamos para o quarto, fomos ao parque Teimaken e de lá direto para o porto. 

Sem banho após torrar no sol no parque. Chegada em Montevideo quase uma hora da manhã. Dessa vez seguimos a dica recebida aqui no blog e viemos para o Ibis.

Laranja! Parede laranja! Cortina laranja! Porque será que os uruguaios tem fixação nessa cor?

Amanhã vamos para casa embora por pouco tempo porque logo virá outra viagem internacional e dessa vez para o Rio Grande do Sul.

Cansada e com o objetivo da viagem atingido: muitos passeios, convívio em família e utilização do cartão de crédito somente para pagamento dos hotéis e passagem para Bs As, o restante foi pago com pesos argentinos que haviam sido comprados em novembro e uma pequena parte com reais.

E logo voltaremos com assuntos que estão fervilhando na minha cabeça e que estão mais afetos ao objetivo do blog que não é sobre viagens.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Trinta e oito graus... e na sombra também insuportável

Natal em Buenos Aires, temperatura trinta e oito graus centígrados. Hoje somente saímos do hotel para almoçar porque realmente está insuportável, além do fato de estar tudo fechado. Nada de zoológico, jardim japonês ou qualquer outra coisa. Quem viaja deveria levar isso em consideração, entretanto precisávamos de um dia de descanso depois de uma semana sem parar de caminhar o dia todo.

Amanhã vamos ao Parque Teimaken, um zoológico enorme, lembram? E depois retornamos para Montevideo e no dia seguinte ao Brasil.

Cansada e feliz. Quatro pessoas que se vêem pouco tempo durante o dia a dia estão há uma semana juntos e com poucas rusgas. Isso é ótimo!

Em relação às compras tudo dentro do planejado. Para o Natal fizemos amigo secreto e foi engraçado. Apenas quatro pessoas e mais ou menos já sabíamos quem tinha pego quem (rs). Mesmo assim rimos muito na revelação e os presentes não foram surpresa porque compramos juntos nas andanças por aqui. Cada qual escolheu o que queria e foi feito como se presente fosse.

Buenos Aires agora somente em abril ou setembro, porque calor nunca mais por essas bandas.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ai meu salto alto!!!

Cada uma que acontece e a gente é obrigada a ver!

A madame toda arrumada "a la casamento", vestido de seda preto e branco, imenso colar prateado, maquiagem, peep toe de salto altíssimo. Atravessa o saguão do hotel acompanhada de uma moça de calça jeans e camiseta, três pessoas (homens e meninos) todos de camiseta e tênis novinhos. Madame destoando completamente dos demais.

Porta giratória vencida e chega ao lado de fora do hotel. Imediatamente tira uma sacolinha da bolsa, remove o chinelinho de dedo e o coloca no pé. Sapato de salto alto para a sacolinha. Pessoal entra no hotel novamente, mas ela, ela estava sem o salto para atravessar o saguão e aguardou perto da porta giratória até que voltassem.

Queria estar no restaurante para vê-la na porta colocando o salto para entrar... 

Só por Deus!!! Como é que existem pessoas assim???

domingo, 22 de dezembro de 2013

Montevideo para Buenos Aires

Economiza daqui e gasta dali, assim estão sendo essas ferias e isso graças à programação feita que permite um pouco de descontração e desligamento.

Mercado del Puerto em Montevideo e lá vem o garçom quando pedimos médio y medio para acompanhar a carne:

- Um copo custa R$ 7,00 e uma garrafa R$ 12,00, vale mais a pena.

- Ok, traz uma garrafa!

Medio y  Medio é uma bebida com metade de vinho branco e metade de espumante. Detalhe: eu não bebo ou melhor quase não bebo e o que consumo nem pode ser tido como "beber socialmente"de tão pouco que é. Pedro não bebe, lógico. Izabel só gosta de vodka. Renato não está bebendo. Então, o que as pessoas queriam com uma garrafa de bebida alcoolica. Era só para experimentar e uma taça seria muito mais do que suficiente! 

Lá saímos com aquela garrafa e já na calçada a famigerada da rolha voou longe, ou melhor, não tão longe e sim no rosto da Izabel. Uma uruguaia sentada em um bar falou para ela que quando isso acontece é porque a pessoa atingida vai casar e ela saiu pelo meio da rua dizendo "não, não quero casar!!!!". Só festa! O primeiro guardador de carros que achamos ganhou a garrafa praticamente cheia, deve ter gostado.

Registo que a comida não estava lá essas coisas e é mais um local típico para conhecer, não para comer. 

Agora recomendo fortemente um restaurante que encontramos próximo ao Shopping Punta Carretas, o Al Forno, o chefe de lá trabalhou em treze ou quatorze países, tem um restaurante em Punta Del Leste e agora abriu esse em Montevideo. Uma experiência gastronômica inesquecível, sabores espetaculares. É caro, mas vale cada centavo. Pedimos um prato inventado por lá que é uma caixa de ferro onde o peixe e legumes são cozidos e tal caixa é aberta na mesa. Sensacional!!!

Também havia aquele ônibus de turismo (disseminou mesmo!) e fizemos todo o recorrido. Passamos pelos pontos principais e descemos em poucos.

Viemos para Buenos Aires hoje e impraticável pelo preço vir direto de Montevideo, tivemos que pegar um ônibus para Colonia Del Sacramento que já estava incluído no bilhete do barco e embarcar no buquebuss em Colonia. Seacat é a mais barata e optamos por ela. As crianças ficaram impressionadas, tiveram exatamente a experiência que eu queria que tivessem: um barco que parece uma nave espacial, com bancos de avião e free shop a bordo, além de um local para lanches.

A chegada em Buenos Aires pelo porto é linda.

Estamos hospedamos a menos de uma quadra das Galerias Pacífico e de lá o Renato inventou que tínhamos já que "matar" a Casa Rosada que a Izabel não conhecia. Caminha que caminha debaixo de um sol de trinta graus. Acho que não tenho mais pés, mas valeu a surpresa! Fizemos uma visita guiada pela Casa Rosada que eu nem sabia ser possível. O salão branco é uma coisa de outro mundo. Branco, dourado, lindo!

Descansando um pouco e vamos ver o que a noite me reserva! E por falar em gastar... fui seduzida novamente no hotel: não estava incluído o café da manhã e havia uma mesa servida no hall quando chegamos, ao experimentar as delícias terminei por aceitar a proposta de up grade feita pelo recepcionista... apenas quarenta dólares por dia para ter o café da manhã para os quatro e ainda uma sala especial onde se pode comer "snaks" praticamente o dia todo(rsrsrs) e ainda internet grátis (caso contrário teria que pagar quinze dólares por dia).

E o hotel foi um sonho realizado, afinal é Natal: eu sempre quis me hospedar no Sheraton e cá estou!

p.s. fotos só quando estiver com meu computador... 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Montevideo

Novamente sem acento porque nao estou usando meu computador e nem sei como funciona esse teclado.

Viemos na quinta-feira, acordando as 04h00 para pegar o aviao que saia as 06h00 e chegava em Montediveu as 15h30. Literalmente uma viagem cansativa! E como o pessoal aqui caminha demais desde a chegada ate agora nao paramos de caminhar, minhas pernas ja estao amortecidas.

O susto ao chegar no hotel. As meninas por aqui indicaram alguns hoteis, entretanto eu queria perto do centro e acabei reservando pela internet mesmo. O taxista ao parar em frente fez a seguinte observacao:

- E um hotel de quinta, mas foi reformado.

Quatro pares de olhos assustados olhando a fachada! Chegamos na recepcao e a moca ja preenchendo a ficha:

- Podemos olhar o quarto antes? - Havia combinado com as criancas que perderiamos uma diaria e procurariamos outro hotel acaso fosse horrivel.

Quarto limpo, sem carpet, hotel efetivamente recem reformado, cheiro de limpeza, encanamento do banheiro que nao retornava cheiro. Na realidade achei uma coisa meio vintage, meio decadente moderna. Fala serio, eu gostei muito da decoracao!

Sem cafe da manha. A moca da recepcao falou qualquer coisa em cem dolares para cafe da manha continental (media luna com presunto e queijo, uma xicara de cafe com leite, pao integral e geleia, acompanhados de um copo de suco). Fomos no mercado e estamos preparando nosso proprio cafe, sendo que a linda Izabel ganha cafe na cama porque nao levanta!!!

A vantagem e que passei a comer menos no cafe da manha. Sou uma ogra para comer em hotel. Entao, ja tenho a garantia de engordar menos.

E o banheiro do hotel? Um show a parte que merece fotos por aqui quando conseguir postar: chao com azulejos alaranjado bem forte que sobe pelas paredes. Hoje de manha fui tomar banho e comecei a ficar apavorada: minhas maos estavam roxas, meus pes estavam roxos. So depois me dei conta que era o reflexo do alaranjado na minha pele. Ri sozinha!!!

Amanha vamos para Buenos Aires.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Parar de consumir...

Recebi um e-mail hoje à tarde e por sorte bem no momento em que terminei meu trabalho.

"Gostaria de receber ajuda para parar de consumir e traçar um plano estratégico para ficar sem comprar.Aguardo resposta e agradeço desde ja."

Respondi rapidamente e resolvi transformar em post e dessa forma não passarei em brancas nuvens hoje.

"Boa tarde!!!

Só existe uma fórmula: PARAR e parece simples, mas não é. Se você leu os posts do início do blog já percebeu que até seis meses após ter iniciado o ano sem compras eu ainda tinha "crises de abstinência" com todos os sintomas pertinentes (taquicardia, sudorese, etc).

Estamos acostumados a consumir sempre e a consumir mais, mesmo quando não precisamos de nada para sermos mais felizes. Uma sacola de compras somente traz felicidade ou aparente felicidade e satisfação quando realizamos as compras. Quantas vezes chegamos em casa e nem abrimos a sacola ou nem tiramos a etiqueta?

O que eu poderia sugerir é que simplesmente você parasse, mesmo com todos os incômodos que envolvem essa mudança de hábitos de consumo.

No início fiz uma lista com todos os itens que me eram permitidos, constando também os proibidos, e por muito tempo andei com essa lista na bolsa e por muito tempo precisei consultar para ver se podia realmente levar aquele item para casa.

Os itens permitidos basicamente eram comida, remédios, material de limpeza, ou seja, aquelas coisas essenciais sem as quais sequer "vivemos". Roupas, sapatos, acessórios, enfeites e qualquer coisa para a casa, presentes (eu costumava comprar muitos e para todos) eu deixei somente reservado para meus filhos.

Enfim, é isso mesmo... parar!!!

O blog me ajudou muito porque assumi um compromisso sério e público, penso que seria uma boa idéia para você. Acompanhar blogs de pessoas que estão nesse caminho do não comprar também é ótimo.

Estou por aqui se você precisar de alguma coisa.

Abraços

Ziula Cristina

p.s. não sei se você tem dívidas nem o tipo de dívida caso as tenha. Assim, se precisar de ajuda nesse sentido, por gentileza, especifique e podemos pensar juntas uma forma de você voltar ao "azul" da conta."


E você, que já controlou o consumo, como agiu?

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Dívidas? Você tem dívidas?

Acaso a resposta para o título desse post tenha sido positiva só posso dizer uma coisa: esqueça as dívidas, simplesmente não pense nelas, ignore seus débitos até ter conseguido avaliar o que você tem.

Dívidas são provenientes de um grande sentimento de insatisfação, de não plenitude, de falta de algo que sequer sabemos o que é. Esse vazio tende a ser preenchido com coisas e mais coisas, não importa de onde o dinheiro saí e pouco importa se temos ou não dinheiro.

Então, é necessário buscar a causa da insatisfação. Minha mãe era compulsiva e eu fiquei assim. Meu pai era econômico demais e então quando comecei a trabalhar resolvi ter tudo que não podia alcançar quando morava com ele. Meu marido me irrita e por isso saio buscar compras e atenção em lojas.

Não, não era nada disso. Não era para buscar desculpas porque sinceramente elas não importam! Não importa como chegamos ao fundo do poço em dívidas ou compensações. Na realidade é primordial sair dessa energia deletéria porque ninguém é feliz vivendo no limite da tensão que acúmulo e dívidas trazem para a vida.

Pare agora e não estamos aqui falando que deve deixar de gastar para economizar. Essa fase do jogo já passou. Vamos para a fase seguinte, afinal não queremos ficar atrasados nessa brincadeira que é a vida.

Deixe de se compensar, deixe de comprar e isso não é para sempre, isso é apenas um momento. Chegamos em determinado ponto em que é imprescindível avaliar o que temos e podem ter certeza de que se dermos esse tempo de avaliação das nossas posses certamente concluiremos que já temos demais e muito mais do que necessitamos para viver.

Cesse toda e qualquer compra e volte suas energias para dentro da sua casa (está certo que o esforço nesse sentido vai levar você para dentro de sua alma, mas daí já é assunto para outro post).

Volte-se para seu lar. Comece com uma gaveta. Destralhe. Recorde. Chore. Avalie o que ainda lhe fala ao coração. Jogue fora o que não lhe traz bons sentimentos. Doe o que ainda pode ser usado, mas que não lhe serve mais.

Agora uma porta de armário. Depois uma prateleira. Não, não sejamos insanos de destralhar um cômodo inteiro de uma vez só, seria perda de tempo e paciência. São anos e anos de acúmulo. Décadas de tralhar acumuladas. Tenha paciência e faça uma pequena parte de cada vez e termine essa parte.

Entendi... já analisamos a casa toda, ficamos somente com as coisas que realmente nos falam ao coração, roupas que nos fazem sentir bem, sapatos que não machucam, utensílios domésticos que efetivamente são usados, tudo tem uma função e um lugar.

Muito bem! Quanto tempo demorou? Seis meses? Um ano? E as dívidas? Agora que você parou esse tempo todo de entulhar sua casa de coisas, tem tudo no lugar, está perdendo menos tempo com arrumações e limpeza, volte lá no reino das dívidas e veja como o dinheiro brotou na conta enquanto você acalmava seu coração!

.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mudar vale a pena!

Chega uma hora em que precisamos parar. Segurar a vida um pouquinho e verificar o que temos. 

Os relacionamentos estão satisfatórios? Convivo com quem me traz mais felicidade do que desgosto? Quais as atitudes que devo tomar para melhorar as relações que mantenho? Há alguém de quem preciso me afastar para ficar mais feliz? Existe uma pessoa que vale a pena me aproximar?

E a minha casa? Está arrumada de forma com que eu me sinta bem? A bagunça me incomoda ou simplesmente me é indiferente? Acaso eu não esteja me importando com o caos, devo me perguntar o que está acontecendo internamente? Minha casa está muito organizada e nesse passo estou deixando de viver mais próxima dos meus familiares tendo em vista o tempo que demoro para limpar e deixar tudo no lugar?

A vida financeira me traz paz ou confusão mental? Ter dívidas me incomoda? Economizar demais está afetando minha qualidade de vida e daqueles que me cercam? Preciso realmente consumir milhões de coisas para me sentir bem?

O trabalho me traz prazer ou só estou "cumprindo hora" esperando a aposentadoria? Posso melhorar minha qualidade de vida me relacionando melhor? Algumas atitudes seriam suficientes para que eu possa produzir melhor e com mais prazer? É isso que eu quero para a minha vida pelos próximos cinco anos?

Qualquer época do ano é ótima para fazermos um balanço da própria vida, mas parece que quando um novo ano se aproxima estamos mais motivados, os ares são diferentes, a motivação fervilha.

Mesmo que tenha conseguido responder todas as perguntas acima e tenha visualizado um lindo caminho diferente não tente planos mirabolantes. Posso dizer de carteirinha que planos mirabolantes não funcionam, pelo menos não para mim.

Estabeleça um aspecto, apenas um aspecto, e trilhe caminhos diferentes até que o novo hábito se instale. Passe para outro ponto que precise ser mudado e assim sucessivamente. 

Vinte e um dias para cada hábito ser mudado? Sei lá, tem costumes que são mais fáceis de incorporar e outros são extremamente difíceis. Respeite seu tempo sem deixar de tentar buscar o que realmente vai trazer uma vida mais feliz.

Mude nesse exato momento, mude um pequeno hábito pernicioso, controle um pequeno impulso que lhe traz consequências desagradáveis e terá dado um grande passo para uma existência plena.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Saudades

-->
 Esta noite não dormi assolada por uma saudade daquelas que doem de verdade.

Dizem que a saudade é a presença da ausência e a falta de alguns seres que já partiram para a espiritualidade me fizeram chorar muito esta noite.

Senti a ausência, neste plano físico, da Bisavó Cotinha, sempre sorrindo e mais ainda quando ganhava cestas com guloseimas; da Bisavó Waldomira, ou simplesmente Bisa, companheira na solidão e nos problemas da minha adolescência; do Avô Atílio, com seu radinho sempre colado ao ouvido, cujo volume ele somente aumentava quando seu time fazia um gol; da Vó Altiva, com sua bondade, preocupação e empenho em sempre fazer alguma coisa de bom para a família; do Vô Aristides, meu mentor, mestre e conselheiro para todos os problemas da vida; da Lazona, cujo silêncio esclarecia todos os mistérios da vida e da morte, da bondade e da maldade, sabia quando uma colega de asilo iria partir juntando as mãozinhas e apontando para o céu alguns dias antes da partida, conhecendo as pessoas pelo olhar e somente permitindo aproximação daquelas que sentia possuíam um bom coração; do Luis, também do asilo, que no início das visitas dizia palavrões e não saia do quarto com medo de ser assassinado, sendo que com o tempo passou a fazer poesias belíssimas para esperar a visita e confraternizava, juntamente com os outros, quando havia algum jantar diferente; do Enrico, amigo de todas as horas, companheiro das minhas dúvidas e até nos momentos mais difíceis conseguia enxergar algo engraçado na situação; do Tchê, meu cachorro, que dormia roncando ao lado da minha cama, somente levantava quando tinha certeza de que eu iniciaria meu dia, cantava quando a Emilia pedia e sabia, bem antes de qualquer sinal que um humano poderia sentir, quem estava para chegar e sentava-se à porta para esperar; da Ana Ghisi, colega de concurso, tranquila, espiritualizada, com quem tinha um almoço marcado e o universo impediu.
Posso ter esquecido alguém, mas estas eram as causas desta noite!
Deve ser este sofrimento todo que me faz viver hoje tão próximo das pessoas que penso acrescentam amor e felicidade à minha existência, aproveitando-as ao máximo enquanto estamos no mesmo plano. 

Por isso, não deixe para amanhã tudo que você dizer e fazer por outro ser, faça hoje, ninguém tem certeza do que será o futuro ou de quanto tempo é nosso futuro na Terra.
Torne todas as pessoas e seres mais importantes que qualquer objeto, aquisição, viagem ou seja lá o que for, porque no final sobra apenas o que está no coração e o sentimento gravado em nossa alma.
Ame, diga que ama, mande mensagens, cartões, flores, dê carinho, afeto, cuide com todo seu potencial, e tudo isto HOJE! Amanhã, poderás apenas demonstrar sua saudade em um texto e sofrer a ausência em seu coração!

sábado, 14 de dezembro de 2013

Medo ao contrário...

Ouço pessoas dizendo que não conferem extrato bancário e fatura do cartão de crédito porque se isso fizessem iriam entrar em depressão. Outras fazem determinadas "extravagâncias", como uma viagem, e ficam o tempo todo dizendo que na volta terão que fazer um consignado. Brincadeira ou verdade não importa, de qualquer forma as assertivas demonstram um certo medo do futuro e normalmente fundamentado exatamente na escassez dos recursos.

Nossos desejos são ilimitados e como são!

O marceneiro veio entregar o quarto da Izabel e na minha cabeça já estava pago porque o dinheiro estava reservado e lhe foi repassado. Nesse ponto das coisas já criei o desejo de um criado mudo de 70 cm de largura com portas e uma mesa para o outro lado da cama para "trabalhar" no quarto, mesa essa com 78 cm de largura. Orçamento? R$ 1.700,00 e eu disse que ia pensar. Pensei realmente e não tenho necessidade desses móveis considerando que ainda há espaço sobrando nos outros armários e ainda há mais espaço se eu continuar o destralhe. Desejo descartado.

Lembrei de pedir o orçamento da cozinha, cristaleira e armários para banheiro do outro apartamento que está lá fechado, valorizando é verdade, mas precisa começar a dar lucro. Fechei. Cancelei. Fechei novamente. Cancelei. E o marceneiro já na estrada porque tinha outro serviço em Londrina. Fechei os olhos e fiz o cheque para ele comprar o material, deixei a chave, o endereço e antes do início de 2014 ele colocará os móveis. Já tem dois roupeiros, uma mesa de estudos, uma cômoda e uma mesa com quatro cadeiras. Ficará faltando somente box nos dois banheiros, ou seja, estou quase no final.

A essas alturas vocês devem estar se perguntando onde entra o medo. Pois é. Minha conta é monitorada, pode ser que eu passe alguns dias sem olhar e até já passei dois meses sem fazer as planilhas, mas tudo é monitorado, cada gasto é registrado mentalmente, cada compra é ponderada e sei que posso terminar o apartamento, sei que posso fazer a cozinha, sei que posso colocar o box que cada banheiro precisa e mesmo assim tenho medo de me passar, medo de deixar de economizar.

Somado a tudo isso tem o final de ano e nem preciso entrar em detalhes sobre os gastos que surgem porque em todas as famílias acontece a mesma coisa. Certo que a cada ano tenho menos gastos com Natal e Ano Novo, mesmo assim foge um pouco do padrão.

Então funciona assim: sei que estou equilibrada, que não vou entrar no vermelho nem querendo a não ser que faça alguma loucura e tenho certeza que não vou fazer e ainda assim sinto medo!

Talvez algum resquício do passado consumista me assombre!!!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Serra Gaúcha: Gramado, Canela...

* Dica... em Gramado tem um ônibus de dois andares onde você compra um passe para o dia todo e te leva em todos os pontos turísticos, você desde onde quiser e depois embarca no próximo.
 
E o pessoal do trabalho resolveu fazer uma viagem de final de ano e eu fui de carona. Não palpitei em nada! Milagre, porque sou a pessoa mais palpiteira que existe na face da terra. Fomos praticamente com todos os passeios marcados e isso se mostrou não muito econômico e não produtivo, considerando que tem uma hora em que estamos cansadas e outra em que pretendemos fazer outra coisa. Entretanto, em um balanço geral foi ótima pela convívio, conversas, risadas, passeios e tudo mais!!!

Começamos tendo que buscar os ingressos dos shows - Natividad e Grande Desfile de Natal. Enquanto esperávamos as meninas buscarem os ingressos ficamos em uma praça e a festa foi com uma pistola de bolhas.
 

 

À tarde algumas foram fazer compras e nós (uma amiga e quatro crianças) fomos conhecer o Snowland - primeiro parque de neve das Américas, um parque novo em Gramado com neve de verdade e todos os esportes para neve, além logicamente de lojinhas diversas. As crianças se divertiram muito, mas o frio era intenso e os adultos ficaram lá, congelando e esperando. Caríssima a entrada, começando por quase cento e cinquenta reais por pessoa. Valeu para conhecer!




O show à noite pareceu muito bonito - Natividad - embora tenhamos ficado atrás de um equipamento, não vimos o presépio de atores, o anjo descendo e sequer enxergávamos o telão. Passei um frio danado, embora usando jaqueta de couro.

No dia seguinte passeio de trem pela serra. Aí começou o bicho a pegar com o consumo. Primeira parada da van em um local com várias lojas de malhas de gosto duvidoso - quarenta minutos. Depois uma hora na Tramontina e uma loja de queijos. Finalmente visitamos a praça das flores e andamos em um labirinto de plantas. Até encontramos um cachorro que usava óculos de sol (rs). Almoço maravilhoso.
 
 

Um parênteses para o almoço. O tortéi não estava incluído no cardápio e ainda assim o garçon prometeu trazer. Trouxe ao final do almoço com o molho que pedi, de frango com tomate. Em seguida perguntou se podia trazer com molho de tomate seco, pedi somente um. Quando ele trouxe e experimentei dei um grito. Aliás, a primeira vez que gritei ao experimentar um prato. Gente! Que coisa mais maravilhosa! Logicamente o Pedro ficou bravo e os outros não entenderam o que estava acontecendo (rs). Depois duas sobremesas, afinal estávamos passeando (rs).
Do almoço para a Vinícola Salton embora eu preferisse outras bem melhores foi para lá que nos levaram. Não vale pelos vinhos, mas o local é lindo!






 
 











Passeio de trem com shows de gosto duvidoso também, mas uma paisagem maravilhosa!!!
Fugi do show à noite com medo de passar frio e continuar sem enxergar nada. Perdi o valor do ingresso e aqui a recomendação de não deixar tudo programado até por economia.

No dia seguinte, outro passeio "comprado antecipadamente". A essas alturas o Pedro e a filha de uma amiga desistiram desse passeio e foram fazer raffiting. Dois valores de passeio perdidos, mas eles se divertiram muito mais considerando que a primeira parada de quarenta minutos foi em uma fábrica de cristais onde os passageiros da nossa van foram aplaudidos pelos empregados do local por serem os primeiros a chegar. Sinceramente, me senti uma otária!

Apesar dos pesares, foi interessante assistir o processo de fabricação.















De lá fomos para uma fábrica de chocolates, ver o pórtico da cidade (?????) e depois para um local onde vendiam queijos e outros produtos da região. Visitamos o Mundo a Vapor, mais R$ 17,00 e tudo é pago nessa região. O pessoal foi para o almoço e desistimos do passeio, eu, minha amiga e o filho de outro amiga voltamos para o hotel, levamos as crianças para o almoço e fomos caminhar no centro de Gramado. À noite fomos comer fondue e para quem não conhecia foi um show a parte, nos divertimos muito.
 




No dia seguinte ainda teve quem saísse bem cedinho para as compras (e as compras ficarão para outro post) e isso acarretou o atraso para a viagem para Porto Alegre para pegar o vôo e quase acarretou a própria perda do vôo. E como tudo na vida no final tudo dá certo!