sexta-feira, 29 de junho de 2012

Projeto 333... uma palhinha somente...

E vamos escrever em português - projeto e não project, afinal estamos fazendo isso por aqui, embora inspirada em Courtney Carver.

Pensei, pensei e decidi deixar os acessórios livres para serem usados. Depois, pensei, pensei e resolvi fazer o projeto como no original, ou seja, 33 peças, incluídos os acessórios, para serem usadas durante três meses! 

Eu me conheço, se acaso ceder no número de peças ou achar boas desculpas já estarei demonstrando para mim mesma não acreditar na proposta e não acreditar no desfecho com sucesso. No primeiro "ano sem compras" não fiz concessão para nenhum item desnecessário ou supérfluo e não farei concessões para o Projeto 333.

Bem, na realidade passei por aqui só para dar uma "palhinha" sobre a viagem que faremos final de semana para Curitiba, de ônibus e acompanhados, eu e Pedro, de muitos colegas de escola dele com respectivas famílias, para assistir ao espetáculo Varekai do Cirque du Soleil.

Decidimos agora levar somente uma mochila - aquela da escola, somente uma mochila para todos os pertences de nós dois. A verdade é que coube tudo que precisamos para uma viagem de dois dias e pela primeira vez na minha vida a necessarie fechou sem que eu precisasse me esforçar, minimalizei até mesmo os produtos diários.

Engraçado como as coisas acontecem naturalmente. Quando fui colocar os produtos diários percebi que praticamente todas as embalagens diminuíram, entretanto, não busquei isso, somente aconteceu.

Há uns quatro anos ou um pouco mais sempre viajo com malas pequenas e uma hora dessas faço um post sobre isso, porque somente levo o que vou usar, sem permitir dúvidas ou vontades, mas dessa vez acho que cheguei quase à perfeição: viajar com uma criança de dez anos levando apenas uma mochila para os dois, repito mesmo correndo o risco de parecer chata.

Será que minimalismo é isso? Será que vamos interiorizando o conceito e aplicando automaticamente?

Tenho uma irmã que viaja com a casa nas costas, toda vez e sempre. Comento com ela da desnecessidade e a resposta é sempre a mesma, a de que pode ter vontade de usar alguma coisa e não ter levado.

Estou empolgada com a experiência e, como sempre, depois relato o que achei.

Só para lembrar da lista inicial do Projeto 333, que começará em 01.07.2012, já troquei a bota preta por um botinão da Mitsubishi, velho companheiro de guerra, já participou de viagens por diversos locais e sempre me permitiu caminhar mais do que eu poderia imaginar de tão confortável que é. Isso não é um publipost, mas fica a dica, considerando que o valor dele é infinitamente mais baixo em relação aos similares e a qualidade é magnífica.

A minha é parecida com essa da foto e comprei na própria concessionária. Pode não ser o calçado mais elegante do mundo, não é essa a questão! Garanto que é o mais confortável que já usei!

Surpresas e conclusões...

Voltarei no domingo ou segunda com o relato final do primeiro "ano sem compras", hoje vou dividir as conclusões e "projeto" para o apartamento.

A vistoria era em outra cidade e no dia anterior a ansiedade já havia tomado conta. Deveríamos chegar às 15h00 e logicamente 14h30 já estávamos lá e tivemos que esperar o marceneiro chegar.

Não rem preço a felicidade estampada no rosto do meu filho! 

Até nosso marceneiro estava feliz, eu dizia que era pequeno e ele ria dizendo que era gggrrraannndddeee - claro! quer valorizar os móveis que vai fazer - ele é ótimo e justo!

E o japonês que acompanhou a vistoria foi um divertimento à parte. Eu dizia para ele que o local onde iria a cristaleira era maior no decorado e ele respondia timidamente que "eles tiraram a porta de entrada e colocaram espelhos".

O apartamento ficou lindo, acabamento ótimo, tudo conforme contrato pelo menos nos itens que recordei, considerando que muitas perguntas que fiz no post de ontem não tinham fundamento.

E como será  mais um projeto, aqui estão as fotos do "bem antes", pois somente receberemos as chaves em agosto!!!


sala                                           sacada                                  área de serviço
                                                                              (em frente porta para sacada)




banheiro                                                                     quarto     
(o outro é do mesmo tamanho)                                       


cozinha                                   cozinha                                   atrás porta entrada

Penso que esqueci de falar que não vamos morar nesse apartamento e ele será usado só de vez em quando ou nem tanto de vez em quando assim, mas não é para o dia a dia, então posso facilmente abrir mão de algumas comodidades.

O desenho original dos móveis previa armários na área de serviço, isso realmente não será possível, não havendo espaço suficiente. Minha irmã faz faculdade de arquitetura e quando mandei o projeto cozinha/área de serviço para análise, ela disse que além dos armários desenhados não cabia mais nada, bem... nem o desenhado coube (rs).

Não há opção de gás, então descartado o aparelho que ficaria na área de serviço e aqueceria os chuveiros.

Analisado o espaço e seguindo algumas sugestões da Adriana quando comentou o post anterior, está tudo esquematizado:

ETAPA 1 -
- dois chuveiros elétricos;
- treze luminárias;
- pedra para aquele "murinho" que separa a cozinha da sala;
- móveis da cozinha e cristaleira (essencial por falta de outros armários e que fica atrás da porta de entrada - no decorado esse local parecia imenso - parecia!).

ETAPA 2 -
- preciso de espelhos e prateleiras de vidro nos banheiros, bem como toalheiro, suporte para o papel higiênico e armários que serão feitos oportunamente;
- box ou cortinas para os banheiros.

ETAPA 3 - 
- guarda roupa para apenas um quarto;
- cortinas para os quartos, no início será utilizado algum material para apenas manter a privacidade e diminuir a claridade (jornal, papel, lençol... rs).

Todas as etapas deverão seguir um orçamento mensal e sem ultrapassar esse valor nem por necessidade supostamente premente, com todos os pagamentos à vista.

Falei sério em cortinas para o banheiro. A Adriana até achou que era brincadeira, entretanto, tive uma lembrança não muito clara de um momento em que uma cortina plástica encostou no meu corpo enquanto tomava banho e a lembrança foi de uma sensação muito boa! Veremos ainda se cortinas ou box de vidro.

As cortinas nos quartos (da sala já tenho) terão que ser colocadas. Pensei que as janelas tinham veneziana, como no apartamento que estou hoje, e quando verifiquei o apartamento as janelas tem apenas vidro.

Não vou precisar de ar condicionado, nem mesmo nos quartos. Estávamos esperando o rapaz da construtora chegar e fomos acomodados na churrasqueira aberta da torre, um calor de mais de 27 graus com sol batendo. Qual não foi a surpresa ao entrar no apartamento e estar completamente fresquinho, pois recebe o sol da manhã! De qualquer forma, se a realidade se mostrar outra tenho aquecedor e ventiladores fora de uso por aqui e irão para lá.

Papel de parede terá que esperar e será a última coisa a ser colocada, isso se resolver colorir as paredes.

Minha mesa de sacada com as quatro cadeiras dobráveis são grandes demais para o local e temos que pensar em uma solução.

Acho que é isso e estamos muito felizes, o que indica que precisamos ter cuidado com as decisões, pois elas não devem ser tomadas quando estamos muito felizes, nem quando estamos muito tristes, é preciso achar o equilíbrio e depois seguir.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dia importante...

Hoje iremos fazer a vistoria no apartamento do meu filho, um misto de alegria e apreensão. Ele comprou na planta, vimos o apartamento mobiliado no showroom, mas daí a ver pronto e sem qualquer móvel, cortina, chuveiro, enfim, totalmente nu, existe uma grande distância, um abismo imenso.

Amanhã conto o que achamos e qual foi a reação dele. Estou aqui novamente me preocupando com filhos! Nesse ponto minhas emoções não tem conserto.

Para cumprir a promessa que fiz a ele terei que comprar, mas somente compras necessárias e essenciais para tornar o apartamento habitável. 

Já temos camas, mesa com quatro cadeiras, tapete para colocar sob a mesa, microondas, todos os utensílios que uma cozinha precisa (afinal, quem precisa de mais de duas panelas!), toalhas de banho e rosto, roupas de cama, banquinhos para cada banheiro e um para a cozinha, cortinas para a sala,  sofá, rack, tv, geladeira, fogão, mesas laterais para o quarto, uma mesa para sacada com quatro cadeiras com almofadas para sacada (nem sei se haverá espaço na sacadinha) e até um espelho de corpo inteiro, além de alguns enfeites.

Vou fazer a cozinha, sempre a última coisa que me preocupava nas casas onde morei, mas que hoje sei que móveis na cozinha são essenciais e indispensáveis.
Então, além disso, preciso fazer um levantamento de luminárias, chuveiros e tenho algumas dúvidas:

- espelhos e prateleiras no banheiro são essenciais?
- devo optar por chuveiros a gás e utilizar essa facilidade do condomínio comprando aquele aparelho enorme que fica na área de serviço ou colocar chuveiros elétricos considerando o pouco uso?
- box é necessário ou cortinas cumprem bem esse papel?
- ar condicionado aqui em casa é essencial, será que vou precisar por lá?
- vale a pena colocar papel de parede para deixar mais bonito?
- cortinas nos quartos tem alguma função além de decorar?
- preciso de pelo menos um armário no quarto ou posso optar por outro móvel mais barato, pois preciso guardar somente roupas de cama e toalhas, existe alguma forma alternativa que não seja um móvel?
- armários no banheiro são essenciais?
- após fazer e pagar a cozinha, devo estabelecer algum cronograma? Quais são as prioridades?

Aceito sugestões até porque estou meio confusa entre a felicidade pela conquista dele, a euforia de um local que é da família e a necessidade de manter o foco no "minimalismo".

Se alguém tiver indicações de locais ou sites para compras com preços que compensem (unindo qualidade e valor), fico agradecida desde já, lembrando que o novo "ano sem compras" continua sendo para itens desnecessários e supérfluos. Tornar o apartamento habitável é completamente necessário para podermos utilizá-lo quando necessário.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gosto mais de mim ou de você?

Acordei pensando nessa música do Roberto Carlos, pode?

Não sei se gosto mais de mim ou de você...

Certas pessoas caminham pela vida nessa dúvida. Local de trabalho cheio de papéis desnecessários e itens que não são usados, casa bagunçada, nenhuma maquiagem (aqui já explico!!!), desleixada com roupas, enfim, quando estamos falando de dias "normais" vemos um total descaso por si mesmas.

Entretanto, quando anunciada uma visita de alguém que supõem superior ou a quem querem impressionar, lá vão essas pessoas esconder papéis nas gavetas do trabalho, deixando tudo com "cara" de ordem, arrumam a casa novamente escondendo objetos e demais tralhas, colocam a melhor roupa e mesmo não acostumadas a usar qualquer maquiagem, aparecem maquiadas lindamente!

Uma pausa para explicar o que quero dizer sobre maquiagem. Tem pessoas que usam diariamente cremes, base, delineador, batom, etc, porque sentem precisar daquilo para a própria alegria, para o próprio bem estar. Sentindo-se bonitas para elas mesmas! A observação feita acima é direcionada para as pessoas que somente fazem isso a fim de apresentar imagem diversa para outra pessoa e penso que isso não é saudável.

A quem devo agradar? Quem devo amar primeiro? Com quem devo me preocupar? Quais são minhas prioridades?

Quando me preocupo tanto com os "outros" é uma indicação de que essas preocupações estão no meu inconsciente e devo trazer para minha vida diária? Será que esses movimentos direcionados ao exterior deveriam ser observados e utilizados para melhorar o interior? Acaso a pessoa tome essas atitudes diariamente em sua vida, será ela mais feliz?

É um texto cheio de perguntas, não críticas, vez que tenho tentado e talvez até conseguido direcionar todas as atitudes que tomo primeiro para minha própria pessoa e depois para a felicidade dos que me estão próximos, sendo que remotamente posso fazer alguma coisa para os "outros", mas conscientemente sabendo que quero agradar e não em forma de movimento inconsciente!

Isso se aplica aos cuidados pessoais, do local de trabalho e da casa, não tendo qualquer relação com atos de caridade, pois esses devem nortear a vida de todos e voltados ao bem de todos!

E havia encerrado o texto no parágrafo anterior, fui caminhar e fiquei pensando: toda vez que você aponta o dedo para uma pessoa não pode esquecer que existem três dedos apontados para você mesmo.

Havia escrito para uma situação específica que presenciei em relação à terceira pessoa e concluí na caminhada que nos dois dias da semana onde tenho mais contato com o público, eu me arrumo, maquio, escolho combinações, às vezes até ajeito o cabelo com mais carinho, sendo que nos demais dias ando um tanto mais desleixada e sem me proporcionar tantos cuidados.

Então, Ziula, vamos lá mudar esse condicionamento, cuidar mais de si mesma em todos os dias e que esses cuidados sejam em razão de amor próprio e não para "agradar" ou "impressionar" os outros!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ai que nervoso!!!

Se me permitem, vou fugir do tema do blog, estou precisando falar sobre isso!

Novamente abriu a Vara do Trabalho de Londrina para remoção e mais uma vez não sei o que faço.

Pedro Henrique tem intenção de morar por lá. Renato quer continuar por aqui, onde tem escritório. Izabel já não mora comigo e para ela não importa onde moro, porque está vindo apenas visitar e a distância entre as duas cidades é de apenas 60 km.

Aqui em Cornélio Procópio tenho uma empregada que cozinha maravilhosamente bem, um filho mais velho que me ajuda e dá carona diariamente tanto para mim quanto para o Pedro, além de fazer o café à noite e por muitas e muitas vezees faz o jantar.

Certamente o custo de vida é bem menor, até por ter menos opções de lazer, embora desfrutemos do lazer em Londrina mesmo.

Lá em Londrina é difícil achar uma faxineira, que dirá uma empregada que venha diariamente!

Ou seja, por mais que eu pense não consigo encontrar boas razões para ir embora. Queria morar em uma cidade maior, com mais opções de lazer (mais próximas!), oportunidades de fazer cursos fora da minha área e também na minha área, aumentar meu círculo de amizades.

Por outro lado, tenho um filho de dez anos e precisaria de uma pessoa de confiança que cuidasse dele, aqui em Cornélio tenho meu filho mais velho e também a babá, aquela que foi dispensada em dezembro, mas sempre vem quando preciso.

Ainda em relação o meu filho menor, três vezes por semana ele almoça com o pai e com o tio, o que não seria possível morando em Londrina, faz futebol duas vezes por semana e a escola é próxima da minha casa, podendo fazer o deslocamento até caminhando e sozinho. Quanto às aulas de guitarra, levo até o local e depois ele vem ao meu trabalho para ir embora, não preciso ir buscar. E, temos aulas de inglês duas vezes por semana, sendo necessário levar e buscar, o que é feito por mim ou pelo meu filho mais velho.

Finalmente, em sete anos aproximadamente acredito que posso me aposentar e nesse caso não preciso ficar ligada a nenhum local, posso ficar entre Cornélio e Londrina, dependendo do que resolverem meus dois filhos mais novos (Pedro e Izabel), ou em qualquer outro lugar do mundo - sonho em morar na Itália um tempo, especificamente em Castagneto Carducci, na  região da Toscana, Província de Livorno, local que amei!!!

Realmente não sei qual a dúvida que tenho sobre ficar em Cornélio, entretanto, toda vez que abre Londrina entro nesse dilema! Tenho vontade de ir, mas acredito que não tenho razões para ir!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cinco dias...

Faltariam apenas cinco dias para terminar o "ano sem compras" e eu deveria estar fazendo planos mirabolantes a essas alturas do campeonato.

Lembram que até comecei uma lista? Dias atrás olhei o sapato que queria comprar e fiquei pensando com o que usaria, concluindo que não combina com quase nenhuma peça que tenho. Quanto à calça preta, acredito que as que tenho aguentem mais um ano e acaso não suportem, procurarei uma e falarei por aqui.

Dessa forma, não tenho nenhum plano de compras, até porque embarcarei em mais um "ano sem compras" agregando aos trës primeiros meses desse novo ano o "Project 333".

Jamais imaginei no início que suportaria tanto e uma amiga até comentou que não acreditava que eu chegaria ao final do desafio.

Tantas coisas aconteceram, tantas coisas mudaram, cheguei a tantas conclusões sobre meus padrões em relação à muitas coisas e não somente em relação ao consumo, que vale a pena permanecer mais um tempo em abstinência agora não mais me impondo e sim já acostumada, com objetivos pessoais ainda maiores.

Nesse caminho encontrei o minimalismo, fiz muitas amizades, consegui desapegar de tantos itens em relação aos quais me parecia impossível viver sem, reduzi o consumo dos necessários e essenciais às compras quando realmente não existe outra possibilidade, descobri o prazer de voltar a cozinhar e deixei de sair para lanchar/almoçar/jantar em restaurantes com tanta frequência. 

E, acreditem, mudei o padrão de consumo de pelo menos duas pessoas muito importantes para mim, não havendo uma mudança imposta e sim uma alteração de comportamento por ver meu exemplo, discutindo e argumentando comigo o porque de não ter comprado determinado item.

Assim, sem partir para exageros e sem privações extremas, priorizando somente o que é realmente indispensável, vamos vivendo na minha casa cada vez mais felizes e equilibrados.

domingo, 24 de junho de 2012

Não daria para esperar (banheiro)

A intenção era de que os itens do banheiro fossem retirados no prazo de trinta dias, mas não foi possível esperar com essa bagunça horrível, então aproveitei o sábado de manhã e com toda a boa vontade para desapegar fiz a limpeza, sem dó, sem piedade.

O primeiro texto mostra a quantidade de coisas.

Olhem a bancada da pia totalmente limpa:


Foi difícil tirar algumas coisas, mesmo assim elas saíram e somente permaneceram aqueles cremes/maquiagens e demais itens que efetivamente utilizo.


O armário embaixo da pia estava assim:


E agora contém apenas o que é usado e alguns produtos para reposição:


O que retirei:


Remédios que foram para a caixa que aproveitei para organizar e tirar os vencidos

Produtos com data de validade ultrapassada


Maquiagem que não uso, embora muita coisa venha sendo tirada durante o "ano sem compras". Pensei em deixar o blush, mas não uso blush ... e se tiver uma vontade imensa? Um dia compro outro!


Produtos ainda dentro do prazo de validade e que não uso.


Coisas que não pertencem ao banheiro e já foram para o local correto.


Lixo. Cigarrilhas cubanas no banheiro? Odeio o cheiro e nem sei porque guardei esse presente de grego. Embalagem de shampoo vazia, cápsula de kinder ovo e fone de ouvido todo melado. ??????



Aqui uma descoberta interessante. Meu filho pequeno usa meu banheiro, apesar de ter o dele, e estava "esquecido" quanto à existência de enxaguante e fio dental. A saboneteira seria descartada, pois utilizo praticamente desde o início do "ano sem compras" sabonete líquido (o que curou a mania de sabonetes de diversos formatos). Logo, utilizei a saboneteira para deixar em destaque esses dois produtos na bancada da pia. Resultado? Retorno do uso pelo pequeno.




Sempre terminamos por acertar em alguma coisa que não houve previsão inicial!

Agora é só manter a atenção e ir retirando o que vencer ou deixar de ser usado!

sábado, 23 de junho de 2012

Epifania

Tive uma epifania ou a minha epifania da desnecessidade de consumo exagerado ao ler o blog "The Minimalists". Em um dos textos, não lembro o link de acesso, o autor contava sobre a morte de sua mãe, a linda casa onde morava, adornada com artigos de muito bom gosto e cheia de lembranças passadas.

Algumas dessas lembranças estavam guardadas em caixas devidamente lacradas e acondicionadas embaixo da cama. Retirando as caixas do local, verificou o conteúdo, constatando tratar-se de trabalhos escolares de quando ele era bem pequeno. Concluiu que sua mãe não precisou a vida inteira acessar aquelas lembranças para manter o amor que tinha por ele.

Diz, então, aquele autor que nossas melhores lembranças estão gravadas em nossas mentes e jamais poderão ser subtraídas, não havendo necessidade de itens materiais ocupando espaços que nos distraiam ou tomem tempo para outros objetivos efetivamente importantes.

Inicialmente ele pensou em alugar um barracão ou armazém para guardar o que era de sua mãe e, depois de encontrar as caixas, simplesmente resolveu digitalizar alguns papéis, fotografar outros - papéis e objetotos -, depois colocou todos os itens em circulação.

Pois bem. Essa história teve um impacto muito grande em mim, fiquei triste, angustiada e vivi o sofrimento desse autor como se fosse meu. Fiquei imaginando a dor sentida ao tomar a decisão de se desfazer de tudo.

Também analisei tudo que tenho e imaginei a dor que vou causar aos meus filhos quando morrer se voltar a ter um padrão de consumo absurdo ou não conseguir fazer um grande desapego em relação às coisas que já possuo.

Esses itens materiais podem ser supostamente importantes para mim, eles acham que é importante para mim, mas para eles não tem o menor sentido e ficarão naquela situação de pensar em desrespeito à memória de um ente ao colocá-las fora - vendendo ou doando ou na situação de guardarem tudo como um jesto de amor.

Mais uma razão para uma vida mais leve, com menos coisas, pois viveremos mais livres e não deixaremos preocupações para outras pessoas.

Estou novamente pensando nos outros? Pode até ser, mas julgo essa minha preocupação procedente e não uma forma de ceder às vontades/desejos/aspirações/anseios alheios.

Parece tétrico e sem fundamento fazer essas colocações por aqui, apenas considero que se trata do meu momento de vida e das minha reflexões, sendo importante dividí-las com outras pessoas até para que apontem se estou seguindo no caminho certo ou me façam refletir sobre novos rumos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Minimalismo (2)... esse projeto é simples (banheiro)

* Post retificado quanto às datas

Dia 12 de junho comecei com a cozinha e depois publiquei um post sobre duas gavetas da cozinha e que tiveram o conteúdo despejado em uma caixa. Assim que passar trinta dias prometo colocar uma foto do que sobrou. Hoje ri muito, meu filho mais velho foi lá e pegou duas facas de churrasco (coisa de gaúcho gremista) e disse "minhas facas não vão fora, não!!!". E nem era fora, tudo que sobrar vai para doação.

Ontem, dia 21 de junho, resolvi fazer o mesmo no meu banheiro e olha que pensei que ele estava muito organizado e somente com itens essenciais. Ledo engano! Não bastou uma caixa, foi necessária uma banheira inteirinha... olha a foto:

Depois de olhar tudo reunido percebi a desnecessidade de muita coisa ali armazenada e também muita coisa que está na "casinha" errada por não pertencer ao banheiro. Mesma promessa: quando completar um mês eu coloco a foto da banheira e espero que sobre muita coisa para mandar embora!

Ai, ai... também nunca mais faço texto dizendo que terminei de arrumar meu guarda roupa, porque ele parece um ser vivo em reprodução: quanto mais eu tiro de coisas para doar, trocar e vender, mais coisas aparecem como que por encanto, penso que ficam mais visíveis e assim elas tem a oportunidade de pedir para ir embora para local onde sejam aproveitadas!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Organização ou desapego?


Sempre gostei de ter tudo organizado, herança do período em que morei com minha avó em Porto Alegre, e do tempo em que vivia andando naqueles sites que vendem "organizadores" de todos os tipos, comprando também esses materiais em todo e qualquer catálogo que me era oportunizado olhar, também estudava, comprava livros e assistia todos os vídeos possíveis com todas as formas de organização que poderia ser imaginada por um ser humano.

Quando fiz meu closet dos sonhos em 2010 comprei inúmeras caixas pretas com pesponto branco, o que permitiu organizar todas as minhas coisas e localizá-las considerando que cada caixa possuía uma etiqueta identificando o conteúdo.

Gastei um bom dinheiro nas caixas e já falei por aqui que hoje tenho muitas e muitas delas vazias. 

Com meu conhecimento atual, certamente eu tiraria tudo que não quero para somente depois verificar o que precisaria de espaço de armazenamento e esse infelizmente não é o primeiro ensinamento daqueles que se dispõem a ensinar como organizar uma casa ou posso estar sendo injusta, considerando que somente presto atenção e apreendo o que me interessa no momento.

Também já falei dos cabides - comprei 150 cabides de acrílico e hoje muitos e muitos estão vazios.

Quando paro a pensar no tempo e dinheiro perdido, quando essa sensação quer trazer uma tristeza, logo me conforto dizendo que nada ocorre antes do tempo e somente podemos respeitar as decisões passadas, pois naquela época era o melhor que podíamos a fazer.

Depois que passei a ter contato com os princípios de uma vida simples e do minimalismo, o que somente veio no decorrer do "ano sem compras", tudo é questionado e as perguntas resultam em respostas que para mim são muito produtivas, sempre levando à escolha das melhores opções dentre aquelas disponíveis e sempre considerando aquelas com menos gastos em coisas desnecessárias.

Um parênteses. Passei anos com um colega mostrando como era controlado, dando aulas de economia para todos nós, até achando engraçado ou até rindo de nossos (meus e de outros colegas) deslizes financeiros. 

Pois é. A vida ainda não tinha mostrado tudo para ele! Casou, agora teve um filho e a esposa passará a trabalhar meio período. Quando ele contou, o primeiro pensamento foi de que as despesas tinham aumentado e as receitas estão diminuindo, tendo feito o comentário na hora.

Fiquei pensando como desenvolvi um raciocínio financeiro, capacidade que me faltava totalmente e os fatos diários relativos à economia passavam totalmente despercebidos. Além disso, percebi o quanto temos mania de criticar ou zombar de pessoas com realidades diferentes até que a mesma realidade bate à nossa porta.

Voltando à organização e minimalismo, tenho a dizer que as pessoas que pretendem se aventurar por uma vida sem tantos itens não precisam ter medo, pois minimalismo não significa abrir mão de tudo e sim viver com o que é essencial conforme critério pessoal de cada um. Assim, para alguns é possível viver em uma casa sem sofá e para outros pode ser essencial meia dúzia de almofadas sobre um sofá.

A questão toda é identificar claramente o que você necessita para ser feliz e controlar seus desejos de ter tudo que o mercado oferece, porque sinceramente você não precisa de tudo que é oferecido.

Com certeza é necessário fazer um desapego intenso antes de iniciar qualquer movimento de organização, evitando novas compras desnecessárias, seja aquelas de roupas e outros itens de uso pessoal, seja aquelas supostamente necessárias para organizar o que se tem.

Desconhecemos no início por onde devemos começar, considerando eventual confusão instalada em tantos aspectos ou mesmo em tantos cômodos diferentes, mas basta um único movimento para que tudo comece a se encaminhar como que por mágica.

Por exemplo, uma gaveta, depois outra gaveta, uma pequena prateleira e vamos avançando mesmo que em passos de tartaruga, mas vamos avançando!

É fácil? Não, com certeza é um exercício com mais conteúdo emocional do que possa supor nossa vã filosofia, embora muitíssimo gratificante.

A despedida quando se refere a uma pessoa é muito difícil, imagine então o conteúdo emocional que muitas coisas possuem para você e comece a treinar suas despedidas diárias que tornarão sua vida menos carregada de itens materiais e emocionais, tornarão você mais leve para aproveitar o que realmente interessa.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Project 333 - Divagações sobre o minimalismo

Poucos dias para iniciar um período com poucas roupas, sapatos e acessórios! Ainda despreparada para ser minimalista, mas no caminho de uma vida mais simples.

De qualquer forma, tudo isso me parece estranho e pouco confortável se analisado sob o enfoque da minha pouca experiência no assunto.

Meus paradigmas são de consumo, estou ainda condicionada a ter muitas coisas, apegada a muitas lembranças físicas do passado e que não tenho condições de abrir mão por enquanto.

Desde o início do "ano sem compras" vejo as pessoas me olhando de forma esquisita e muitas fazendo piadinhas sobre minha decisão. Não, isso não me afeta e também não me afasta dos objetivos que tracei, entretanto, o risco é concluir que essas pessoas tem razão e que o mundo do consumo é mais atrativo do que o mundo do não consumo.

Penso que dificilmente isso ocorrerá, ou seja, jamais voltarei a ter o mesmo comportamento e acaso volte próximo ao que era antes, certamente o resultado emocional não será nada agradável, será uma espécie de fracasso em relação a um objetivo maior de busca da felicidade, de mudança radical de comportamento para servir de exemplo para meus filhos e família, bem como para outras pessoas que precisam também de ajuda e conscientização através do exemplo e troca de experiências.

As dúvidas que surgem especificamente em relação ao Project 333 são até infantis, por exemplo, o que as pessoas pensarão ao constatarem que estou vestindo as mesmas roupas todos os dias. E não podemos ignorar o fato de que as pessoas prestam muita atenção nos outros e principalmente nas mulheres com as últimas tendências da moda.

Boa! Vou deixar de ser assunto!

Por outro lado, serei assunto pejorativo? Acharão que enlouqueci ou pensarão que empobreci?

Como se pode perceber, tudo isso que penso e depois chego à conclusão que não tem importância, realmente não tem qualquer sentido. Não podemos deixar que as pessoas ditem como devemos viver, vestir, comer ou morar.

Desconheço se até hoje vivi a vida que eu queria viver ou se vivi conforme as expectativas que colocaram em mim desde a infância. Sempre fui a mais inteligente, a que foi bem sucedida, aquela que tem o melhor carro e uma imensa casa (quando vi minha casa pela primeira vez e decidi comprá-la o sentimento que tive foi de que estava em um filme de hollywood).

Hoje parece engraçado, porque vivemos em três pessoas em uma casa imensa, que exige cara manutenção e todo esse espaço parece bizarro, pelo tanto que amadureci e pelo sentido que as coisas materiais estão tomando na minha vida.

Confesso que já senti culpa pelo padrão de vida que tinha, pensando em todos aqueles desafortunados que desfilam pela vida sem chances (isso é matéria para outro post, porque conclui que chance e oportunidade é você quem faz). Atualmente, a culpa passa longe e sei que tudo o que conquistei em termos materiais foi devido ao meu próprio esforço e mereço tudo que tenho.

Mas, e sempre existe um mas, o que tudo isso trouxe em amadurecimento? Realmente não sei, porque quando comecei a me desfazer das coisas e buscar uma vida mais simples, com mais sentido "humano" - se é que posso chamar assim - essas mesmas coisas pareceram desnecessárias.

Tanto marketing dizendo que eu precisava comprar para ter uma boa imagem, precisava de um carro de "n" dígitos porque tenho uma posição social, precisava de uma casa imensa para mostrar/receber amigos, tudo me levando ao consumo de itens cada vez mais caros e tudo terminando em um vazio emocional imenso.

Bem, voltemos ao que interessa e a pergunta que fica é até quando conseguirei manter os objetivos de simplificar, não me importar com expectativas alheias, viver mais simples e buscar situações/relacionamentos/passatempos que tornem minha vida significativa.

Decidi já faz algum tempo que quero uma vida diferente, que tudo seja diferente de agora em diante e faço um esforço diário para mudar hábitos, buscando novas e saudáveis formas de viver.

E quanto aos outros? Como diz a música: os outros são os outros e certamente ninguém terá um acesso de raiva por eu ter resolvido viver de uma forma não convencional.

Falta muito, talvez uma vida inteira, entretanto, o pouco que eu fizer no dia a dia, se trouxer mais paz de espírito, evolução, amadurecimento e menos preocupação com coisas materiais, terá valido a pena esse exercício absurdo de nadar contra a corrente, não importando para onde os outros querem ir ou querem que eu vá!.

Os outros somente estão atualmente nos meus planos no sentido de poder ajudar a quem precisa, ser útil de alguma forma, praticando a caridade e recebendo a caridade do carinho alheio quando precisar. Afora isso, pretendo viver da forma como acho conveniente, respeitando sempre os limites das outras pessoas, mas nunca me rendendo novamente ao modo como essas pessoas acham que preciso viver.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Crianças e consumo!

Quem acompanha o blog já conhece as peripécias do meu filho mais novo em termos de consumo, ou melhor, de não consumo! Ele vai desde o controle do que temos em casa, o que está para vencer, o que é preciso comprar e faz questão de pagar as próprias compras com sua mesada.

Lá foi o garoto de dez anos para o shopping decidido a comprar dois presentes para colegas que fariam aniversário essa semana, mas sempre há a influência de amigos (é preciso prestar atenção!!! nos desejos reais e naqueles que visam apenas imitar o outro) e havia sido lançado um novo beyblade, uma espécie de pião que você puxa a cordinha e ele gira.

Detalhe: para a brincadeira render é necessário comprar também uma pista, coisa que ele já havia providenciado e sempre que jogávamos eu perdia e perdia e perdia, resultando em muitas risadas e no sentimento de vitória eterna para ele.

Comprado o novo beyblade que abre umas abas quando bate no outro pião, a criatura me chamou para jogar às 07h00 e lá fui eu, só que dessa vez sai vitoriosa em todas as partidas.

O que está havendo?

Simples, o novo brinquedo, com a nova tecnologia, exige uma nova pista que deve ser adquirida. Imaginem a frustração do menino que só sabia questionar as razões para ter comprado!

Aconselhei a analisar a situação, ver se outros colegas também estavam com o novo brinquedo, se tinham comprado a pista (assim poderiam compartilhar) e depois verificar se precisava realmente da nova pista.

Nos tempos atuais ou nem tão atuais assim, pois lembro que começou com meu filho mais velho que hoje tem 28 anos, embora em menor escala, não basta comprar um brinquedo, tornando-se necessária a compra da coleção inteira e também das variações que vão surgindo e os demais ficando obsoletos.

Certo também que não se pode cortar todo e qualquer consumo infantil, deve-se apenas alertar, deixar que a criança invista a própria mesada e analise o que quer realmente fazer, ainda mais quando a criança é tão consciente quanto esse meu pequeno!

Logo, só me resta desejar boa sorte à esse pequeno consumidor que tão enganado se sentiu!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Project 333 - O desespero...

Escrevi esse post na sexta-feira e não iria postar, mas como assumi o compromisso de manter as interessadas informadas sobre o projeto, resolvi resumir e colocar por aqui.

Hoje é dia 15 de junho e ontem decidi aderir a mais um projeto, o Project 333 - 3 meses com 33 peças e as demais do guarda roupa devidamente lacradas.

Pois bem. 

Efeito número 1 - uma enxaqueca horrível que demonstra bem a resistência a assumir esse desafio. Resistência que será vencida por uma simples razão: sou teimosa!

Efeito número 2 - somente enxergo na minha frente um monte de peças que amo e que considero não posso viver sem.

Efeito número 3 - imediata separação de algumas peças! Critérios:

- o que não posso viver sem - calça preta, calça jeans escura, blusa de linha meia manga preta, blusa de linha meia manga marrom;

- o que pode quebrar um galho em eventos formais e no dia a dia - quatro vestidos de corte simples - um bege/marrom, um preto/branco, um preto e outro burgundy/preto/marfim, considerando ainda que pegarei um tempo frio e outro bem mais ameno entre julho/setembro, bem como que podem ser combinados com diversos casacos/lenços;

- o que pode combinar com tudo - jaqueta couro bege escuro (com vestido bege/marrom, com calças preta e jeans, com blusas preta e marrom);

- o que pode me aquecer - trench coat preto, casaco burgundy, casaco cinza e casaco preto bem quente/forrado, esse último porque vou para Curitiba justo no primeiro dia de julho.

Pronto, retirei da parte do guarda roupa de "compridos" todos os demais e coloquei em outro quarto, aquele da minha filha que eu havia conseguido desocupar, mas como ela não mora por aqui, não vai se importar. Não vou fechar em caixas lacradas até por uma questão de ventilação e conservação.

Nesse momento já tenho 13 peças.

- sapatos que combinam com quase tudo - scarpin preto, scarpin bege e scarpin burgundy;

- o que pode colorir? lenços coloridos - lenço cinza/preto/branco, lenço preto/dourado/vermelho, lenço preto/roxo/verde/vermelho.

Senhor! Aqui já temos o total de19 peças!!! E parece que nem comecei, mas a dor de cabeça esá diminuindo.

- terno chumbo escuro - blazer/calça (duas peças - será que posso contar como uma só porque é conjunto?)
- terno marrom - blazer/calça (mesma pergunta...)
- blusa rosa com marrom animal print
- blusa preta para trabalhar

Totalizando 25 peças (contando os ternos como duas peças) ou 23 peças (considerando conjunto)... eita... tá difícil !!!

 - blusa florida (bege, azul)
- blusa preta mais quentinha que pode ser usada embaixo até dos vestidos
- blusa manga curta de linha beringela
- um par de botas

E lá fomos para 29 peças ou 27 peças, pelo já esclarecido acima.

- bolsa preta
- bolsa marrom
- brinco/anel prata (pode ou não contar o conjunto?)
- brinco/anel dourado (pode ou não contar o conjunto?)

Chegamos a 35 peças ou 33 peças ou 31 peças!!! E só temos praticamente roupas para trabalhar! E agora???

Em relação à listagem do primeiro post, retirei a sapatilha preta, colar preto, blusão marrom e o peep toe marfim, acrescentando um vestido todo preto, dois lenços de seda, duas bolsas... acho que é isso, podendo haver uma margem de erro para mais ou para menos.

Bem, as peças estão separadas e vamos verificar se haverá alterações até 01.07.2012. E a dor de cabeça? Passou!!! Mas ainda acho que preciso acrescentar uma pashimina, vamos aguardar!

Vou formatando o projeto e o próximo texto contará com as linhas definitivas que deverão ser seguidas religiosamente pelo período de três meses. Como diz minha filha, se vai aderir, tem que seguir até o final!

domingo, 17 de junho de 2012

Brindes, amostras grátis e afins

Sabe de uma coisa? Muita gente que conheço tem vergonha e não pede desconto, quando tem algo sendo dado como brinde passam longe, enfim, estão tão acostumadas a comprar que esquecem que tem muita coisa que não precisam pagar e o interesse é das próprias empresas estratégia de marketing.

Então, vamos aproveitar!

Fiquei de dar um retorno quanto às amostras que solicitei via internet, já recebi shampoo e condicionador da Tresemmè, sabonete protex e estou esperando diversas outras que pedi.

Existem muitos sites que informam em primeira mão as empresas que estão distribuindo amostras grátis ou brindes e é só fazer o cadastro.

As embalagens de shampoo e condicionador devem durar umas duas ou três lavagens, o sabonete é pequeno e deve durar uma semana. De qualquer forma, é uma despesa a menos, como digo sempre devemos pensar em termos mais amplos e um pouco economizado aqui, outro ali, no final faz diferença, nem que seja para tomarmos café da manhã de domingo naquela padaria que amamos.

Fui ao dentista ontem e meu filho mais novo alertou que minha escova dental precisava ser trocada. Vocês sabiam que dentistas recebem escovas, cremes dentais, enxaguantes bucais, das empresas para distribuir gratuitamente aos clientes? Pois é, descobri ontem e voltei para casa com três escovas, três protetores de escova e duas embalagens pequenas de enxaguante bucal. Olhei as escovas no mercado e totalizariam, somente elas, mais de R$ 20,00.

Chegando no trabalho hoje, comentei com um colega sobre as escovas e, pasmem, ele tem um irmão que é dentista e compra escovas. Cada qual faz o que quer, não é mesmo? Só achei meio sem sentido a compra que ele faz.

Uma pessoa que conheço toma remédios de uso contínuo e gastava quase toda a aposentadoria para poder comprar esses medicamentos. Alertei que o SUS é obrigado a fornecer e ela falou: - mas eu sou mulher de advogado!

O que tem uma coisa a ver com a outra? Não importa a condição social da pessoa! É um direito receber esses medicamentos gratuitamente. História com final feliz, pois teve coragem para solicitar junto ao Posto de Saúde e hoje os valores da aposentadoria são gastos em outras coisas que realmente precisam ser pagos. 
 
Hoje no mercado uma moça distribuindo embalagem pequena de arroz, meu filho mais velho disse:

- Você vai parar para ouvir a tecnologia com que o arroz foi produzido?

Parei sim e ela foi mais rápida comigo do que tinha sido com outra senhora, em seguida me entregou uma embalagem e quando cheguei em casa a Márcia, que trabalha na minha casa, falou que dava para o almoço de dois dias. É, mais um tanto economizado.

Temos ainda as promoções verdadeiras e que para chegar à essa conclusão é necessário comparar e somar os preços: amaciante com esponja, sabão em pó com amaciante ou outros produtos, etc. Basta começar a prestar atenção!

E antes que vocês digam que enloqueci, já venho em minha defesa e posso apenas concluir que estou muito mais saudável mentalmente e prestando atenção em tudo que ocorre à minha volta, coisas que antes me passavam despercebidas.

Sempre lembrando que os produtos com preço mais em conta normalmente estão nas prateleiras mais baixas e eles deixam na altura dos olhos do cliente aquilo que querem vender mais e nem sempre é o mais barato. Não, não vamos deixar a qualidade de lado, mas existem produtos ótimos, com a mesma qualidade daqueles mais caros.

E vamos prestando atenção no consumo diário e necessário!!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Minimalismo... esse projeto é simples!

Enquanto vou pensando no Project 333, comecei no dia 12.06.2012 outro projetinho e coloco no diminutivo porque é muito simples. 

Temos aquelas duas ou três gavetas na cozinha cheias de facas, colheres, conchas, coadores, escumadeiras, etc. Não há pessoa que arrume, nem mesmo a Márcia - que trabalha comigo há quase dois anos - e olha que ela foi a única pessoa que deixei guardar minhas roupas e sapatos, antes dela sempre deixavam no meu quarto e eu mesma guardava ou não.

A encrenca com o guarda roupa é porque tudo deve ser separado com cor, inclusive sapatos, e as roupas que são dobradas devem ter todas o mesmo tamanho. Agradeço o "ano sem compras" por ter me levado à busca do minimalismo, embora eu não saiba se conseguirei ser minimalista mesmo!

Voltando às gavetas, a idéia é simples: tira-se tudo que dentro delas e coloca-se em uma caixa:
Durante trinta dias você retira da caixa somente o que usa e ao final do período descarta tudo que não foi usado.

A idéia não é minha, não sou tão criativa assim, apenas vou estudando formas de resolver o que me incomoda e acreditem: essas gavetas stavam me incomodando.

Então, os créditos vão para Anabela do blog Aproveitar a Vida!

No dia 12 de julho posto por aqui mesmo nova foto da minha caixa e vamos ver se realmente funciona.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Project 333

Estou há 350 dias sem compras desnecessárias e supérfluas, faltando apenas 16 dias para o término do "ano sem compras".

Chegando nessa fase e tendo decidido pela continuidade por mais um ano, certo que eu preciso de um desafio maior. Até aqui já tive crises de ansiedade, conformismo, dúvidas e todas as demais crises que um ser humano em abstinência de compras pode ter, considerando que era um comportamento já arraigado e conhecido, que foi deixado bruscamente.

Pois bem. Preciso de mais um objetivo, porque perderia a graça e o estímulo acaso somente mantido o hábito recente de não comprar.

A blogueira minimalista Courtney Carver criou o Project 333 que consiste em usar durante três meses apenas 33 peças, incluídas roupas, sapatos, bijouterias e jóias, somente excluindo lingerie, pijamas e roupas de ginástica. O restante dos itens do seu guarda roupa devem ser guardados em uma caixa devidamente selada e deixada em local onde você não tenha acesso. 

Ela até menciona que é possível comprar itens de uso pessoal nesse período, desde que retire um daqueles que está sendo usado, mas não vou comprar nada mesmo.

Vou assumir mais esse desafio a partir de 01.07.2012 e penso em separar os seguintes itens (lembrando que a lista completa e correta vou colocar após separar as peças):

01) sapato preto
02) sapatilha preta
03) sapato bege
04) peep toe marfim
05) bota preta
06) sapato burgundy
07) calça preta
08) blusa de linha marrom
09) blusa de linha preta
10) vestido bege
11) vestido preto com branco
12) trench coat preto
13) casaco burgundy
14) calça jeans escura
15) camisa florida
16) camisa rosa animal print
17) jaqueta de couro marrom
18) pashimina
19) calça marrom/terno
20) blazer marrom/terno
21) calça preta/terno
22) blazer preto/terno
23) lenço de seda estampado
24) colar preto
25) blusão marrom
26) vestido burgundy
27) blusa de linha beringela
28) anel dourado
29) anel prateado
30) brinco dourado
31) brinco prateado
32) casacão cinza
33) lenço preto/branco

Essa lista poderá ser modificada à vontade até o final de junho, mas não poderá sofrer qualquer alteração após o início do Projetc 333. Já vi que vou ter que acrescentar uma bolsa ou mais e isso já está me assutando, parecendo pouca coisa para quem sai para trabalhar todos os dias.

Agora já está parecendo meio ousado demais para mim e estou rindo sozinha! De qualquer forma, parece bem divertido até para voltar a ter algumas crises, pois estou muito conformada e acostumada ultimamente.

Se alguém tiver alguma sugestão para retirar peças, acrescentar peças e até desistir do projeto, deixe um comentário!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Que tal começar uma poupança?

Juro que tento fazer dieta, só que de vez em quando me encontro comendo uma enorme bomba calórica. Então a dieta não é 100%, mas já rendeu bons frutos, considerando que emagreci quase dois quilos apesar de um sacrifício imenso - bomba calórica x dias de quase jejum.

Economizar é mais ou menos agir dessa forma. Você pode até cometer algum deslize e depois tem que correr atrás do prejuízo, até sacrificando algum prazer momentâneo ou algum sonho mais distante. Logo, o melhor é evitar a "bomba calórica" e comer uma barrinha de cereal.

Vamos voltar ao objetivo inicial que é estimular a poupança, a reserva de valores, a manutenção de importes que possam cobrir imprevistos, realizar sonhos e alcançar objetivos estabelecidos.

O primeiro passo é tomar consciência da sua atual situação e isso você somente vai conseguir se tiver uma planilha onde TODOS os gastos sejam anotados e permita identificar as despesas que podem ser cortadas, eliminadas e aquelas que podem ser apenas diminuídas.

Infelizmente você chegou à conclusão de que está endividado? Como fará para quitar as dívidas?

Para alcançar esse objetivo primeiro precisa parar de gastar. Tome uma caderneta ou mesmo o celular e anote o que você deseja comprar, depois tenha forças para adiar a compra.

Verifique quais as dívidas tem juros mais altos, por exemplo, cartão de crédito e busque junto à uma instituição financeira um empréstimo com juros mais baixos, programando o pagamento. Se a dívida for muito alta, talvez tenha até que vender alguma coisa.

Se a opção de venda for o carro, certamente o benefício será enorme, pois não haverá mais a desvalorização, gasolina, IPVA, licenciamento e seguro, sendo que o valor do bem quitará dívida com juros bastante altos que prejudicam sua saúde financeira. Bem, você é taxista, representante comercial ou tem qualquer outra profissão que dependa de automóvel, então descarte essa opção.

O que mais você tem de valor? Um imóvel que não está usando, um imóvel financiado (avalie se vale a pena pagar aluguel pelo tempo necessário até que as coisas melhorem), jóias podem ser penhoradas. Enfim, busque uma maneira de acabar com toda e qualquer dívida.

Pode demorar, mas aqui já temos todas suas dívidas quitadas ou você não tinha dívidas com o que se preocupar, então continua a pergunta de como economizar.

Voltamos lá pra cima novamente. Planilhas, adiamento de desejos sempre que possível, gastos somente os essenciais e necessários.

Nesse ponto já está sobrando dinheiro. Será? Reserve valores para os impostos e valores que precisam ser pagos anualmente e com isso poderá ter livres o décimo terceiro e o terço das férias, como já comentado por aqui.

Pronto, agora já temos a realidade e podemos listar os objetivos, sonhos e desejos. Vá aportando valores mensais em algum investimento, qualquer que seja, se preferir comece pela poupança que aceita pequenos valores e não cobra taxas nem impostos.

Durante todo esse processo, converse com sua família, faça com que todos se empenhem no objetivo, inclusive crianças e elas ficarão menos frustradas quando não puderem ter aquele brinquedo da moda, pois estão colaborando para que a família toda chegue à uma estabilidade financeira que permita até realizar aquela viagem dos sonhos.

Todos esses procedimentos podem ser iniciados hoje, agora, nesse momento e possuem sim efeitos colaterais no início, tais como, a frustação por não poder comprar algo que deseja, a ansiedade por não "atualizar" de imediato a decoração, o choro de uma criança que ainda não entendeu bem a intenção do projeto todo. Entretanto, a médio e longo prazo, posso garantir por experiência própria, que os benefícios são muito maiores que qualquer dissabor inicial.

Estava pensando no papel perfumado que mencionei em outro post, custava apenas R$ 55,00. Se eu for imediatista, compro no momento em que vi e assim com todas outras coisas que enfeitam vitrines. Considerando "APENAS" R$ 55,00 por mês teria ao final de um ano gasto R$ 660,00. Tomando essa lógica e supondo que a cada semana eu gaste o módico valor de R$ 55,00 ao final do ano terei desperdiçado R$ 2.640,00.

Por isso sempre falo que não podemos pensar no microcosmo diário, é necessário tomar os valores anuais de cada despesa e o que ele representa, além de analisar o que poderia ter sido pago com esses pequenos valores acaso eles fossem guardados.

Tenho uma moça que trabalha na minha casa e há dois meses decidimos que eu arcaria com todo o INSS (parte do empregado e parte do empregador), deixando de descontar. Isso certamente representa aumento salarial. Sugeri a ela que colocasse esses valores em uma poupança e o que ela pondera é que "esse mês ainda não dá". Sempre brinco perguntando como é que ela se virava sem esses valores e a resposta é apenas um sorriso.

Está certo, cada qual faz o que quer com seu dinheiro, mas uma reserva para situações emergenciais, para situações de estabilidade financeira ou realizar sonhos, nunca é demais e não podemos adiar indefinidamente esse passo tão importante a ser dado para nosso próprio bem estar futuro.

Não deixe passar mais um dia sem economizar. Comece nesse exato momento!

Comece como fazem no AAA, ou seja, só por hoje não vou gastar, só por hoje vou economizar diariamente os R$ 5,00 do café e no final do mês vou colocar na poupança, só por hoje não vou satisfazer um desejo imediato de consumo, só por hoje vou adiar a compra desse item, só por hoje... e assim os dias vão passar e você verá o resultado.

E devo utilizar cartão de crédito? Claro! Para gasolina e supermercado, além de outras necessidades desde que necessárias e essenciais, pois eles acumulam pontos que podem ser trocados por milhas. Só não esqueça que o total da fatura deve ser quitado no vencimento, jamais parcelado. Além disso, qualquer pessoa "comportada"  tem apenas um cartão, pois não adianta jogar com datas de vencimento quando se recebe salário apenas uma vez por mês (no caso de quem é assalariado) ou não se tem certeza de quando entrarão valores (profissionais autônomos).

Resista à bomba calórica! Supere seus desejos de satisfação imediata! Persista em seu objetivo! Até mesmo trace um objetivo financeiro, se você não tiver um! Faça de conta que está em uma competição e vamos ver quem vence, se aquele que não dá valor ao dinheiro - fruto do seu trabalho ou aquele que quer viver melhor e sem sobressaltos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Presentes e compras no trabalho...


* Post retificado...

Pegando carona em um comentário da Colorada sobre situações de consumo que ocorrem no trabalho, tenho algumas ponderações a fazer e algumas experiências a partilhar.

No início do "ano sem compras" vivi um dilema quanto aos presentes, podendo citar como exemplo as seguintes  postagens: somente em datas festivas, nenhum presente nem em datas festivas, presentes permitidos porque indispensáveis, presentes somente para quem já recebia antes do ano sem compras.

Desisti dos presentes no trabalho, depois voltei atrás novamente. Contradições, indecisões, mudanças constantes de comportamento, penso que tudo isso é próprio do ser humano e viver diferente não teria a menor graça.

Atualmente presenteio meus colegas sempre da mesma forma: com chocolates e sempre em valor compatível com o que estabeleci para essa despesa.

Como voltei para cozinha, por vezes faço um bolo de chocolate e levo para o lanche da tarde, ou minha filha faz cupcakes e compartilho com todos. Coisas simples e até necessárias (rs), pois não conseguimos, por exemplo, comer um bolo todo antes que ele estrague ou nove cupcakes em quatro dias - unindo o útil ao agradável todos ficam felizes.

Para aquelas que evitam a cozinha dizendo que não sabem cozinhar, podem dar uma olhadinha nas minhas receitas em "Receitas de Família" e nunca mais deixarão de fazer alguma coisa, pois não tem como errar (rs).

Lembrei agora de uma audiência que fiz na década de 90 com um juiz paulista e ele questionava se eu utilizava o word star - está certo a história é antiga - e se era fácil, pois ele usava outro programa de computador. E eu inocente e sem qualquer intenção de ofender respondi que era muito fácil e qualquer pessoa menos inteligente, como eu, poderia utilizar... Depois descobri que ele tinha tentado antes e achado difícil (rs). Minha sorte é que ele não era rancoroso! Advogadas cuidado com a língua.

Bem, isso é para reforçar que minhas receitas são fáceis mesmo e qualquer pessoa menos inteligente pode fazer (rs).

Em relação às pessoas que vendem algo no trabalho, elas já sabem que estou no "ano sem compras" e nem oferecem nada, respeitando meu espaço. Quando preciso de alguma reposição de maquiagem ou creme peço diretamente para aquela que vende esses produtos e ela não insiste em outros, limita-se a anotar o pedido e informar aos demais que não estou comprando.

Meu avô sempre dizia que é preciso aprender a dizer "não" e depois de ter aprendido a agir assim, sinto que as pessoas até passam a te respeitar mais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Efeito psicológico!

Terminei ontem  a sessão desapego do guarda roupa e acho muito esquisito o funcionamento da minha mente, pois havia muita coisa que eu não conseguia retirar por não saber o destino que daria.

Depois que criei o grupo no Facebook e pensei em vender os itens que não mais queria, mas estavam em ótimo estado, o desapego foi maior e mais fácil. Estranho perder o encantamento com determinados itens após atribuir um valor financeiro póprio de coisas usadas, tornou tarefa simples deixar o guarda roupa enxuto, somente com peças que efetivamente são usadas e muito.

Minha filha estava por aqui e auxiliou bastante na escolha das roupas/sapatos/bolsas e outros itens que permaneceriam e daquelas que iriam embora, sendo a pergunta feita por ela simples:

- Quantas vezes você usou esse item nos últimos três meses?

Resistente, eu respondia:

- Ainda não fez frio suficiente esse ano para que usasse todas as roupas de inverno!

E ela não desistiu:

- Ano passado, no inverno, quantas vezes você usou?

Bem, fiquei convencida da razoabilidade das ponderações, pois havia peças que durante o inverno tinha usado uma única vez, além de concluir que algumas delas tinham cor  e caimento que não me favoreciam.

O exercício foi ótimo e mesmo que eu não consiga vender todos os itens, certamente eles não voltarão para o guarda roupa e partirão para novo destino sem que eu fique pesarosa ou arrependida.

Confesso que algumas peças me deixaram com o questionamento de "como pude comprar isso?". Teve até um casaco que minha filha observou ser enorme para mim e questionou o porque da compra, sendo a resposta hilária "estava em liquidação" e o pior é que o valor da suposta liquidação não era nada módico.

Atenção com o que comprar foi a lição que mais uma vez reforcei!

sábado, 9 de junho de 2012

Poupança e agora?

Todo mundo deve ter visto que o Banco Central promoveu mudanças nos juros da poupança e atualmente a Taxa Selic está em 8,5% ao ano, o que acarretará que a poupança renderá menos de 6% ao ano. Está ocorrendo a maior queda de juros da história de nosso país, assim o rendimento da poupança será de 70% da Taxa Selic mais a Taxa Referencial sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos.

A poupança sempre foi um "investimento" seguro, próprio daquelas pessoas que não querem correr riscos elevados e não incide imposto de renda sobre os rendimentos, após isso passaríamos para os títulos de renda fixa cheios de impostos e taxas, mas mesmo assim com rendimentos maiores desde que você não precisasse imediatamente do dinheiro, havendo prazo pré fixado para que valessem a pena.

Para que os dois parágrafos acima se mal conseguimos pagar nossas contas? rs

Não podemos ficar alheios às flutuações do mercado financeiro, mesmo que não possamos nos aventurar por ele, considerando que é possível aprender algumas pequenas coisas para nossa vida diária, principalmente a importância da reserva de valores a curto, médio e longo prazo, e também a forma como os juros e taxas bancárias corroem nossa saúde financeira.

Lição número 1 - Inexistente qualquer compra sem juros, não existe pagamento em 12 parcelas sem juros. Se você pesquisar preço de produtos à vista, se aventurar em semi novos, pagar em dinheiro e não em cartão, pechinchar, sempre é possível obter algum desconto.

Lição número 2 - Guarde valores mensalmente e somente depois compre o que deseja, mesmo para testar a intensidade e necessidade desse desejo. Pode ser que uma coisa muito "querida", ficando na geladeira por seis meses, por exemplo, deixe de ser um item que mereça ser comprado.

Lição número 3 - Poupe, economize, coloque valores na poupança, seja R$ 10,00 ou R$ 100,00 por mês, pois pouco importa o rendimento, Taxa Selic e outros índices do governo, o que realmente faz diferença é você não gastar tudo que ganha e ter uma reserva.

Lição número 4 - Aproveite tudo que você já tem, recicle, procure em gavetas e armários, mantenha tudo organizado, pois somente assim será um consumidor consciente e deixará de adquirir coisas que muitas vezes são desnecessárias ou já tem em sua casa, embora em formato diferente.

Lição número 5 - Tenha coragem e invista em imóveis assim que conseguir organizar sua vida financeira. Pode até ser imóveis na planta, você vai pagando pequenos valores mensais, pode negociar para não pagar balões e, no final, já existe o financiamento aprovado pela construtora.  Com o aluguel, por exemplo, você pode quitar grande parte da parcela do financiamento e ainda ganha na valorização imobiliária se quiser vender após ficar pronto, não valendo a pena fazer essa negociação antes da entrega das chaves. Concordo que é um investimento super tradicional, mas no meu entendimento é de pouco risco e por enquanto vou ficando nesse mesmo.

Lição número 6 - Mantenha planilhas de controle de todos os gastos. Analise essas planilhas mensalmente, anualmente e sempre. Compare valores e veja no que pode economizar ainda mais, tudo isso sem prejuízo da qualidade de vida.

Lição número 7 - Planeje suas viagens de férias, pague todas as prestações (se precisar fazê-las) antes da viagem, viaje tranquilo e somente tenha como lembranças, após a viagem, os bons momentos e não os valores a pagar.

Lição número 8 - Faça menos refeições fora de casa e aqui não é a Sra. Sovina que está falando. Esse era um objetivo do "ano sem compras" e, mesmo que eu tenha demorado para implementar, tem sido uma coisa maravilhosa que trouxe outros benefícios familiares. Não tem preço a festa na cozinha com a família, cada qual preparando alguma coisa e todos ajudando, brincando e se divertindo, o que não ocorre com tanta intensidade em shoppings e restaurantes, até porque nesses locais recomenda-se uma postura mais discreta (rs).

Lição número 9 - Venda, doe ou troque tudo que você não usa. As coisas sem uso, segundo o feng shui, deixam a energia de seu lar estagnada e não permitem que a vida flua com naturalidade e prosperidade.

Lição número 10 - Dê educação financeira para seus filhos, converse com eles sobre o destino dos valores que chegam até a família, façam o planejamento conjunto, demonstre o que é possível e necessário adquirir e o que não possa de consumo para se render ao marketing. Sim, com isso estaremos mudando a cultura do consumo desenfreado e desnecessário, além de criar pessoas melhores e com outros valores.

E por hoje é isso! Se eu lembrar de mais alguma coisa, volto depois com outras dicas!