terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sobre as coisas que adiamos...

Como sofremos pelas coisas que adiamos e sofrimento no sentido de ficar pensando, quem sabe programando, mas nunca definindo ou realizando.

Em 27 de outubro de 2012 eu comecei a tomar informações sobre a renovação do visto americano enviando um e-mail para a agência de turismo. O rapaz responde e envia um formulário imenso com perguntas esquisitas: você já foi terrorista? pretende praticar atos terroristas nos EUA? pretende se prostituir? e por aí foi...

Li aquilo tudo e lembrei do visto anterior onde somente enviei os documentos e recebi por dez anos, mas venceu em 2006 e de 1996 até os dias de hoje muita coisa deve ter mudado.

Recusei preencher o formulário e toda vez pensava naquilo, colocava na lista e não tomava nenhuma atitude concreta para resolver o "problema". Sim, um problema na medida em que você por anos se organiza financeiramente e em determinado momento resolve que agora pode viajar tranquila e os filhos querendo ir para a Disney e talvez eu até goste de lá embora nunca tenha colocado meus pés nos EUA, nem mesmo quando tinha visto, enfim...

Izabel preencheu o DS-160 para nós quatro e foi perguntando apenas uma coisa ou outra, depois imprimiu o boleto para pagamento da taxa (caríssima diga-se de passagem - R$ 368,00 por pessoa), paguei o boleto e fiquei enrolando para marcar os dias, afinal dois dias em São Paulo não estavam nem de perto nos meus planos.

Enfim, fomos e o resto vocês já sabem, muitas risadas, divertimento, comidas saborosas, locais que eu não conhecia, quase uma viagem de férias. 

Tanto no CASV como no Consulado foi tudo muito tranquilo. Eu estava preocupada com a entrevista,  mas o rapaz fez apenas duas ou três perguntas e disse que o visto estava concedido por dez anos.

Registro apenas que para o Consulado é necessária uma foto 5x5 ou 5x7, sendo que a Izabel levou a dela, pagando R$ 8,00, porque trabalha no centro e é fácil encontrar local para fazer, entretanto, eu e Pedro não levamos e tivemos que tirar perto do CASV pagando R$ 20,00 cada um. Chegando no Consulado a foto sequer foi pedida e a instrução para levar decorre do fato de que o sistema pode estar com problema e daí eles precisam, caso contrário a pessoa volta com essa foto caríssima para casa. Como o Renato foi depois já orientei para que levasse a foto para não estressar com o preço, pois é... as pessoas abusam quando percebem que há uma necessidade premente.

Então, qual a razão de adiarmos coisas simples e ficarmos pensando nelas o tempo todo ao invés de tomarmos definitivamente uma atitude?
....

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Bairro da Liberdade - São Paulo

No primeiro dia, depois de sair do CASV fomos direto para a Avenida da Liberdade. Sempre quis conhecer esse local e nunca tive oportunidade nas vezes anteriores.

Adorei! Aquelas lanternas penduradas na rua, o portal vermelho, muitas lojas com produtos japoneses.

O Pedro experimentou o tempurá de sorvete... realmente incrível o sorvete coberto por aquela "casca frita".

Voltamos com sal rosa do Himalaia, chicletes de morango, molho tarê (deveria ser feito em baldes... gosto demais!!!), chá verde, ervilhas com pimenta, faca para cortar legumes...

Quanto ao sal rosa do Himalaia que pode parecer uma compra estranha... rs... é bom lembrar que há cerca de 200 milhões de anos camadas cristalizadas de sal foram cobertas de lava e após por gelo e neve, protegendo o sal da poluição moderna, sendo que alguns acreditam que é o mais puro sal encontrado na Terra. Além disso, possui os mesmos 84 minerais e elementos que encontramos no corpo humano, fazendo com que a consumo de sódio por porção seja muito inferior por porção do que o sal normal considerando que é menos refinado e em peças maiores, somado a isso armazena energia vibracional.

Benefícios incluem: saúde vascular, ajuda na função respiratória, equilibra o pH estável dentro das células, reduz sinais de envelhecimento, ajuda no sono saudável, aumenta a libido, previne caibras, ajuda na hidratação, fortalece ossos, reduz pressão arterial, melhora a circulação e desintoxica o corpo de metais pesados.



Nunca vi uma pessoa tão relaxada em São Paulo como a Izabel. Quando chegamos na cidade ela começou a resmungar sobre risco de assaltos e outras coisas, mas quando tivemos que deixar no hotel bolsas e celulares parecia que ela não temia mais nada. Depois do assalto ela ficou com medo de levarem o aparelho novamente.

O celular não pode ser levado no Consulado e por via das dúvidas também não levamos no CASV, foi a melhor coisa que fizemos! 

Percebi, então, que precisamos de tão pouco para "andar na rua": dinheiro, cartão de crédito/débito, identidade e só. 

Porque será que carregamos bolsas enormes e cheias de coisas? Alguns podem dizer que precisam de coisas no trabalho e eu responderia que essas coisas (maquiagem, escova de cabelo, escova de dente, creme dental, etc) poderiam ser deixados no trabalho e não levados diariamente.

Certo que eu precisaria da carteira de motorista, documento do carro e chave do carro, mas daí posso concluir também que preciso de uma bolsa muito menor e não aquela que carrego.

Você leva muita coisa na sua bolsa? O que poderia ser minimalizado?




domingo, 28 de setembro de 2014

Dona Preciosa - Restaurante - São Paulo

Para ficar pelos dois dias exigidos para conseguir o visto americano, reservei hotel que pelo googlemaps era relativamente próximo aos dois locais - Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto e Consulado Americano -, ou melhor, próximo de um deles e distante do outro.

A surpresa ficou por conta do restaurante do outro lado da rua: Dona Preciosa e a construção parecia uma daquelas antigas mercearias argentinas. Rua Rio Grande, 130, esquina com Morgado, Vila Mariana.

Esperamos o horário do almoço e lá fomos. Tijolos e piso de ladrilho hidráulico mantidos da antiga mercearia que por ali funcionou durante quarenta anos e que pertencia à Dona Preciosa. Adoro essa homenagem ao local e às pessoas. Isso faz com que as memórias não se percam e o passado seja preservado. É preciso conhecer o passado para traçar o futuro. Realmente esse tipo de iniciativa me emociona!

A coisa toda não ficou por aí, os armários da antiga mercearia também estavam lá, apenas com uma demão de tinta a manter a aparência original.

Pratos inéditos para mim! Simplesmente maravilhosos.

Entrada "puff de mandioca", quadradinhos de purê de mandioca para serem mergulhados em molho roquefort.

Izabel escolheu um filé mignon com arroz, couve com um sabor que eu jamais havia experimentado, farofa e feijão preto com muito louro como aquele que minha mãe fazia. Dividi o prato com ela e sequer deu tempo para a fotografia... rs

Pedro foi de tartar de salmão com salada de folhas verdes. Nem digo nada! O garçon ficou olhando aquele quase adolescente pedindo aquele prato diferente. Enfim...













Sobremesa: "Vol au Velt de amêndoas"(talvez seja assim que se escreve)... nem falo nada... só deixo a foto...













Voltamos no dia seguinte para o jantar, pois era muito prático e muito próximo do hotel, além de maravilhoso e com preços bem justos.

Entrada: bruschetta com tomates cereja e mel... foto depois do início da comilança...













E lá foi o Pedro experimentar o Steak Tartar com salada verde e batatas rústicas. Também sem fotos... por falta de tempo!

Eu e Izabel dividimos um bife ancho com batatas rústicas e legumes crocantes cuja foto foi tirada já no meio da refeição e não ficou bonita, razão pela qual não é colocada por aqui. 

A sobremesa simplesmente fantástica: banana crocante com sorvete e doce de leite.













Dessa vez resolvemos experimentar os drinks. Izabel pediu um coquetel alcóolico "surpresa do barman", perguntei para ela se isso estava no cardápio e ela disse que não... rs... e olha que ele caprichou no coquetel feito com morango e champagne. Eu pedi um coquetel não alcóolico com capim santo, lichia e limão. O Pedro foi de abacaxi com coco. Todos simplesmente deliciosos.
 

No segundo dia um dos sócios, Gill Carneiro, veio conversar com a gente porque o gerente havia comentado com ele que já tínhamos ido ao local no dia anterior. Pessoa muito amável, aliás todos no local pareciam ter a intenção de que nos sentíssemos em casa.

Achei linda a atitude da garçonete quando percebeu que o Pedro (ou a Izabel sei lá... rs) havia derrubado o drink da Izabel em cima do celular dela, ficou aquele climão e nem dois segundos depois ela apareceu com outro drink igual e conseguiu tirar um grande sorriso da Izabel que talvez fosse impossível nessa situação!

Amei tudo e voltarei quantas vezes for a São Paulo. Foi uma experiência única para três pessoas que estavam exaustas da burocracia exigida, cansadas da viagem de ônibus e ficaram felizes tanto com os pratos e drinks quanto com o atendimento dispensado e cheio de carinho.

Obrigada a todos e parabéns pelo conjunto da obra!!!

sábado, 27 de setembro de 2014

E a bagunça na cozinha...

Vou fazendo mercado, jogando as coisas no dia a dia e tudo vai ficando com uma aparência nada arrumada. Então, domingo foi o dia de dar um jeito no caos da minha cozinha.

Aqui não precisa falar muito, pois é olhar as fotos para ver que minha casa nem sempre é arrumada e isso me incomoda!

ANTES.
 

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ANTES











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E as pequenas coisas que foram se aninhando nos locais errados voltaram para seus próprios lugares!

Qual a parte de sua casa que está precisando de uma arrumação?

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A neura da gaveta não terminou...

Em 20 de julho desse ano escrevi um post sobre a organização da casa e mencionei a gaveta com utensílios maiores, inclusive colocando divisórias plásticas.

Pois é! Não deu certo!

Domingo estava preparando almoço e não achava de maneira alguma um utensílio que estava escondido embaixo dos demais.














A solução foi liberar a última gaveta da cozinha, passar os panos de prato para ela e dividir essas "tranqueiras" em duas gavetas.
 

A gaveta das facas e outras coisinhas continua sempre razoavelmente arrumada.










E vamos ver se dessa vez dá certo!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Destralhe... é preciso vigiar...

E como as coisas brotam! Por mais que você deixe de consumir, por mais que você mantenha a organização, por mais que você ache que não há nada para destralhar... lá estão as tralhas esperando...

Aqui foram os DVD's de musicais e filmes. Escolhi a pessoa que conheço que mais gosta de cinema e ela saiu feliz com o presente. Nem aparelho de DVD tenho mais, então ficava pergunta sobre as razões para manter a caixa. Aliás, qualquer dúvida quanto a isso foi dissipada quando minha filha observou que qualquer coisa que se procure tem no youtube ou no netflix. Boa decisão! Mais espaço e menos coisas...

Depois foi a vez de sair catando cabides. Tenho birra com cabides diferentes e por isso há tempos comprei no atacado todos os cabides, de todos os roupeiros, iguais e de acrílico. Descobri com o tempo  que cabides diferentes brotam dos lugares mais estranhos e vão se alojando no guarda-roupa. De tempos em tempos eu preciso tirar esses cabides diferentes que normalmente vem da lavanderia. Roupas não usadas e roupas que não servem mais...













Tempo de rever a questão do tal porta-retrato. Em Cornélio eu tinha muito espaço. Aqui em londrina mantenho alguns poucos com fotografias queridas. Logo, o restante que estava sobrando foi para doação e olha que ainda não enfrentei uma caixa onde tem mais alguns...










E assim o que não me serve mais vai indo embora!

Você costuma destralhar?

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pequenos grandes detalhes...

Ontem recebi um convite:

- Vamos no shopping com a gente comprar um colchão?

- Claro, inclusive o marceneiro me ligou pedindo o telefone de vocês para passar o orçamento da cama e do painel. Achei linda a cama japonesa, mas vocês mediram a parede da cama e lembraram que ela tem uma parte reta e duas chanfradas, uma de cada lado?

- Não, a gente passou a medida do colchão que queremos para o marceneiro e ele falou que ficará quinze centímetros a mais de cada lado... mas não medimos!

- Melhor então medir para verificar se o projeto é possível e também para ver se o colchão cabe na parede reta.

Começamos a rir e fomos para o shopping pedir orçamento de colchão king e queen. 

Na mesma loja de colchão onde fui ver o da Izabel, antes de resolver lavar, os vendedores vieram com a mesma conversa. Falei que era treinamento! E o pior não foi isso, quando saíamos da segunda loja de colchão a vendedora veio correndo, estava de salto a criatura, para nos dizer que a gerente autorizou o mesmo preço para os dois tamanhos desde que o negócio fosse fechado naquele exato momento. No meio do corredor? Agradecemos e seguimos nosso caminho. Só por Deus!

E por falar em coisas bizarras, esse visto americano também parece meio bizarro. Se eles recusam apenas 3% (três por cento) dos pedidos, não há razão de fazer a pessoa ficar dois dias em São Paulo ou outra cidade onde tenha consulado. Um dia para entregar a documentação, que inclusive poderia ser enviada pelo correio ou até e-mail, e outro dia para passar por uma entrevista!

Isso adiou minha decisão de tirar o visto por mais de três anos. O meu venceu em 2006 e nem tinha coragem de renovar, entretanto como quero viajar preciso desse famigerado. E lá vamos nós hoje à noite para chegar em São Paulo amanhã de madrugada e passar por todo procedimento, sendo que somente é possível estar de volta no sábado de madrugada.

Espero que novamente seja concedido o visto de dez anos, embora tenham me falado que para a renovação, a partir do momento em que você faz a coleta das impressões digitais, não há mais necessidade de toda essa burocracia.

Adriana! Estaremos na sua terra! Quem sabe vamos jantar amanhã... rs!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ração e espaço...

Já contei por aqui que comprava ração para meus três cachorros no supermercado até descobrir que comprando em casas especializadas economizaria, no mínimo, a metade do valor.

Comecei comprando sacos de quinze ou vinte quilos, sendo que a ração vinha solta dentro daquela enorme embalagem. 

Então, o jeito foi pedir para os vizinhos embalagens para armazenar de forma melhor.

Depois descobri outra marca que, embora seja vendida em sacos de quinze quilos, tem em seu interior embalagens menores de um quilo.

Isso fez com que todos os potes fossem para doação e sobrasse espaço no armário com os novos saquinhos.

domingo, 21 de setembro de 2014

A razão das coisas...

Mário Sérgio Cortella, filósofo, mencionou em uma de seus palestras que foi Secretário de Educação do Estado de São Paulo, sendo responsável por todos os professores do Estado e, embora nunca tivesse alfabetizado uma criança, coordenava todo o trabalho dos professores responsáveis por essa tarefa.

Eu gostaria muito de saber quais foram os critérios utilizados para chegar à conclusão de que ele pudesse chefiar uma equipe direcionada à alfabetização, por exemplo.

A cada dia nos é exigida maior produtividade, cada vez mais se fala em gestão de pessoas, você busca informações específicas quanto à sua área de trabalho e somente encontra aqueles textos e vídeos que representam um padrão a ser utilizado em qualquer área.

É preciso dividir tarefas, aumentar a produtividade, padronizar procedimentos, motivar a equipe, trazer maior qualidade de vida.

Dimensionar, executar, monitorar e adequar. Ok, ok!

E daí? Especificamente o que deve ser feito?
O que já aprendi especificamente, e ainda de forma imperfeita, foi encontrar aquilo que eventualmente se perde na rotina de trabalho. Coisas que vão parar em locais obscuros do sistema, ficam paradas e precisam ser localizadas.

Continua a questão: em relação às pessoas, qual a melhor abordagem? qual a melhor forma de divisão do trabalho? como despertar as pessoas que eventualmente tenham mais dificuldade?

E eu prendo encontrar uma fórmula para trabalhar diferente. É inconcebível que qualquer trabalhador se contente em chegar em seu local de trabalho, cumprir seu horário bem ou mal, esperar ansiosamente pelo final do expediente, e aguardar a morte chegar ou a aposentadoria se aproximar, mesmo porque o que se pode esperar na aposentadoria se a pessoa não viveu com um brilho nos olhos e não criou fatores de felicidade para que sejam aproveitados? A aposentadoria será apenas mais um fardo a ser cumprido durante o dia e a ser enfrentada na insônia da noite.

Tenho visto alguns brilhos nos olhos e isso me anima bastante.

Mesmo sem conhecer o caminho e as respostas é preciso seguir e buscar!

Seguir encontrando pessoas com certeza da própria capacidade, vontade de aprender, objetivos traçados. Buscar motivar as pessoas a ter consciência de que o trabalho é do "todo" e não do fulano ou beltrano. Largar o individual em prol do coletivo.

Diligenciar na busca da melhor forma de orientar, ensinar, até mesmo promover a repetição até que a coisa toda saia perfeita ou o mais perfeita possível. Quem é mãe já ouviu falar do método Kumon e se ele serve para matemática posso garantir que serve para nossas rotinas.

Podemos errar e é preciso admitir o erro de cada um. Acaso não errássemos não aprenderíamos. Aprendemos a andar, caindo. Sim, podemos errar quantas vezes forem necessárias para aprendermos. Não podemos ser corruptos, prevaricar, manter algum favorecimento a alguém de fora que nos seja caro, mas podemos sim errar. Perder o medo de errar é o primeiro passo e esquecer eventuais rótulos.

E justamente em razão de erros que cometi, de outros que não cometi, de acertos desvairados na concepção de algumas pessoas, eu já fui rotulada. 

Já recebi rótulos médicos, cujo termo não vale a pena citar, mas a partir dele comecei a agir conforme as informações que tinha respeito da doença e foi uma fase negra. Quando recebia uma crítica, simplesmente respondia que era doente e ponto. Até que por uma felicidade do destino consultei outro profissional e já fui dando o diagnóstico. A primeira coisa que ele pediu foi que eu retirasse o rótulo, que rótulos de nada servem e que eu não tinha doença alguma. Devagar, com paciência e observação fui alterando comportamentos. De médico e de louco todo mundo tem um pouco, mas passei a ter mais paz de espírito, menos desculpas e mais qualidade de vida.

Talvez algum de vocês já tenha sido rotulado. 

Pois bem, é hora de esquecer o rótulo que receberam de um médico, de um familiar ou de qualquer outra pessoa com quem tenham convivido durante algum tempo. Esqueçam os rótulos. Você é o que é, você é capaz de coisas que jamais imaginou e você pode sim ser feliz em qualquer local e você deve ser feliz em qualquer local. Você merece trabalhar em um local onde tenha brilho nos olhos e onde se sinta feliz. E a felicidade deve ser em relação ao que está fazendo, às pessoas com quem está convivendo e logicamente pelos benefícios que esse trabalho traga para sua vida.

Com a libertação do "rótulo" é possível trabalhar de forma diferente e ir ao encontro da satisfação.

Bem, e esse assunto acho que ficará por aqui algum tempo, permanecerei lendo e estudando... mas... considerando que estou de férias a partir de segunda-feira quero voltar os assuntos do blog para o que sempre falo: organização da casa e financeira, destralhe, minimalismo, controle das finanças.


sábado, 20 de setembro de 2014

Gente que sabe...

Ainda estranho um pouco as pessoas curiosas.

- O que foi que a "fulana" fez para você?
- Nada, foi uma decisão puramente necessária.
- Está bem, então agora fala o que ela fez.

Restou-me rir, não responder e escutar duas horas de histórias. Na medida em que você se torna um ouvinte atento penso que a pessoa esquece a própria curiosidade pela certeza do acerto de todos os seus atos e esses acertos devem ser contados, exibidos, alardeados.

E continuo ouvindo também outras pessoas. Nossa! Sabem mais da minha vida do que eu mesmo. Ouviram falar que... depois que... e sequer questionam se é verdade. Bem, nem adiantaria porque eu responderia de forma evasiva rs.

Aí vem aquela vontade de falar tudo que sei em relação aos outros e o ensinamento do meu querido psicoterapeuta prevalece: guardar silêncio. Assim eu faço, guardo silêncio e apenas sorrio ou faço uma expressão mais grave dependendo do fato relatado.

Tenho certeza de que a vida seria mais leve se cuidássemos mais da nossa própria vida e deixássemos que os outros cuidassem de seus problemas. Podemos ouvir, talvez dar um conselho se for solicitado, entretanto, essa curiosidade desmedida não leva a lugar algum, até porque a pessoa quer saber por mera curiosidade e não para prestar alguma forma de ajuda.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pavor da própria existência...

Alguns dias são mais difíceis, principalmente aqueles onde a vida nos mostra sua própria finitude e já não sabemos mais se choramos pelo outro ou pelo nosso próprio destino.

Um grande amigo, daquele de todas as horas e para as todas as situações. Anos sem encontrar. Notícias do seu estado de saúde: aposentou e pouco tempo depois teve um AVC. Cadeira de rodas e nesse estado vi uma única vez. E hoje novamente o vi, já caminhando, apoiado em uma bengala, lado esquerdo paralisado, rosto quase sem expressão. Saí correndo e não consegui nem cumprimentar. 

Covardia? Talvez, mas fiquei imaginando como ele se sentiria ao me ver chorando de forma tão descontrolada. Uma tristeza imensa, uma dor tão grande que já não sabia se chorava por mim ou por ele.

Antes de seguir a profissão que o levou à aposentadoria, era profissional da noite. Cantava em bares, cantava na noite, de uma alegria que parecia infinita e que parecia que ia acompanhá-lo pelo resto da existência terrena.

E ao vê-lo de longe, apoiado na bengala e amparado por outra pessoa, senti um pesar inexplicável ao saber que jamais ouviria "My Way" ou "New York, New York" cantadas por ele.

E ao vê-lo de longe, apoiado na bengala e amparado por outra pessoa, senti uma tristeza profunda causada pela visão da realidade de muitos que deram a vida pelo trabalho e, quando poderiam finalmente sei lá fazer o que, estão no mesmo estado.

E ao vê-lo de longe, apoiado na bengala e amparado por outra pessoa, senti um pavor imenso do possível futuro destino meu, de outras pessoas que me são próximas. Senti um pavor da própria existência e um medo quase incontrolável.

E ao vê-lo de longe... eu ouvia o passado... e ele cantando "My Way".

Antes de tudo isso acontecer ... encontrei com outra pessoa e naquele encontro, enquanto falava ele com outras pessoas,  também com a bengala ao lado da cadeira, pude perceber as mãos trêmulas, a face branca parafina, um certo olhar perdido parece que dizendo "eu queria tanto isso e minha saúde está dessa forma!".

Saúde, idade, velhice... como envelhecer dignamente? Como evitar tudo isso? 

Realmente preciso mudar muito mais coisas do que eu havia imaginado...


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Uma noite de rainha...

Mais uma semana em Curitiba para participar da 4a. Semana Institucional. Semana toda de palestras, oficinas, debates e pela primeira vez na vida não estou aborrecida. Pretendo tirar de cada momento um aprendizado e consegui ontem com louvor, inclusive o término estava previsto para às 18h00 e ocorreu às 20h00 sem que que tivesse qualquer surto.

Sem surto e muito pelo contrário, a última palestra foi sobre qualidade de vida e bem estar, talvez fossem coisas que já soubesse,  mas é sempre bom repensar e tentar planejar a aplicação. Quem sabe consigo com essa vontade toda de mudança que estou.

Vim com a programação pronta para todos os dias. Retirados os compromissos profissionais, ontem era dia de ir para o shopping às 18h00 e fazer aquilo que faço uma vez por ano... rs... cabelo e de lambuja faria as unhas também. Saindo às 20h00 não foi possível e vim para o hotel.

Chego no quarto e a chave está desmagnetizada. Volto até a recepção e o rapaz está escondido no segundo balcão, balançando a cabeça, rindo, movimentando os dedos no celular. Bingo! Só pode ser facebook... Dito e feito... Estava sem pressa e muito calma... Decidi testar quantos minutos ele ficaria naquele transe... Três minutos e isso porque as colegas dele voltaram do intervalo. Só consegui dizer "celular é fogo"... Uma das colegas falou que comunicaria o gerente e estava envergonhada. Será? E o celular dela? Comentou ainda que era proibido, mas quando o gerente ia embora todos usavam. Não existe mais um sub-gerente, chefe de equipe, líder ou seja lá que raio for, para coordenar a equipe?

Bem, entro no quarto e ligo para recepção que me transfere para o restaurante e ninguém estava nesse local. Ligação retorna automática para a recepção. O rapaz do celular diz "pois é, o garçom deve ter saído, quer que eu peça sua comida" e eu respondo "se o garçom saiu e não tem ninguém lá, quem irá preparar meu prato".  Relógio já apontava 20h15.

Espero, espero, espero meu "salmão teriyaki com crosta de gergelim"- único peixe do cardápio e eu queria peixe porque já havia comido carne vermelha no almoço. Resolvo tomar um refrigerante do frigobar e está quente.

Recepção novamente e a moça pergunta se o frigobar está ligado na tomada ao que respondo "está sim e meu prato não chegou e pedi há uma hora"... "ok, vou verificar!". Meu prato chega dez minutos depois e o frigobar foi esquecido pela moça talvez do celular também.

Aí está meu prato e observem bem o gergelim ou carvões de gergelim como queiram, olhem também aquela gordurinha branca no salmão que denuncia não ter sido grelhado como informava o cardápio:

Esse lindo prato resultou na noite de rainha! Passei muito mal, a noite inteira no trono e fiquei pensando se fosse uma criança que normalmente é mais "fraquinha" para comida!!!

Como percebem uma porção de comunicações ao gerente e, antes que pudesse falar com ele, chego no café da manhã e não havia uma só mesa sem alguma coisa "usada" em cima. A atendente pergunta se quero que ela monte uma mesa... e quase respondi que a essas alturas eu estava precisando de alguém para lustrar minhas ferraduras porque não sabia até quando iria aguentar. Entretanto, apenas sorri e apontei para a mesa escolhida. "Oh! Essa mesa já está montada, vou apenas retirar as coisas usadas!"... Sorri novamente e olhei para a mesa cheia de farelos, restos de frutas e respingos de café... tudo isso visto com lentes de aumento por todos os fatos anteriores.

Mesa arrumada e sempre fico nesse hotel pela facilidade de acesso ao local dos eventos - só atravessar a rua na transversal e já estou lá rs... esquina com esquina.

Servem sempre um sonho com doce de leite ou creme de baunilha coberto com açúcar de confeiteiro que é simplesmente fantástico e fico esperando sempre que venho para comer um ou dois, porque mais seria exagero calórico imperdoável.

Pois é! Já sabem ou presumem! Não havia sonho! O sonho acabou ou nem havia sonho! E lá vou eu agora para mais um dia de debates...

domingo, 14 de setembro de 2014

Ainda por aqui...

E vamos ver qual será o futuro do blog... está realmente muito pesado, mas espero que em breve tudo se resolva.

A semana que passou foi pesadíssima no trabalho. Muitas decisões, readequações, idéias, reuniões, conversas e tudo mais que possa tornar o tempo mais produtivo.

Cheguei à conclusão que, acaso eu obedeça o tempo regulamentar e não vá para a prorrogação, tenho mais cinco anos de trabalho profissional. É... o da casa me acompanhará pelo resto dos meus dias rs.

Então, se tão pouco tempo falta, eu quero muita coisa diferente. Quero tentar uma nova forma de gestão. Quero aprender mais sobre gestão de pessoas. Implementar mudanças. Mais produtividade em menos tempo. Equipe toda mais motivada. Que todos sintam mais prazer em desenvolver suas atividades. Cada qual descobrindo seu talento e talvez até fazendo somente o que gosta.

Muitas ideias. Muitos planos. Muito estudo. Troca de informações. E assim tentando formatar alguma coisa concreta que possa ser implantada... Assim... ficou difícil aparecer pelo blog... vamos ver se consigo conciliar as duas coisas... 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Momento sagrado...

Meu horário de almoço é sagrado! Sem celular, sem atendimento, sem distrações.

Está certo que comer batata doce todo dia não pode ser considerado tão sagrado assim. Sagrado seria uma coisa divina, quase intocável, maravilhosa e batata doce todo santo dia é para adoçar o cérebro. É a dieta: um carboidrato, muita carne, legumes e às vezes verduras no almoço. Três semanas nesse ritmo. Não, não observei significativa perda de tempo, entretanto observei um aumento de energia ao parar de consumir meus doces e três ou quatro carboidratos no almoço.

Voltando ao sagrado! Sinto um nervoso quando vejo as pessoas almoçando com o celular ao lado do prato ou levantando nervosas para atender o famigerado que está tocando na hora da refeição.

Uma coisa é certa: se for morte, quinze minutos a mais não farão diferença para sofrer e programar o que fazer dali para a frente. Se for doença, ou a pessoa já está no médico ou precisará marcar consulta, logo não faz diferença. Se for qualquer outro problema, certamente quinze minutos pode ser até o tempo de repensar.

Nada de atender telefone quando está comendo! Isso é o que faço! Pessoa atendem e voltam à mesa com os olhos vermelhos, esbugalhados, sorridentes, seja lá o que for... e parece que a refeição delas já não tem o mesmo sabor e o mesmo prazer.

Prazer com batata doce? Ora, se isso vai me sustentar e me animar... que seja!!!
 
E essa regra tem exceção? Ainda não encontrei, mas se encontrar venho por aqui contar.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Vou contar uma coisa...

E essa coisa que vou contar talvez nem seja tão segredo assim...

Acredito nas pessoas quando vejo brilho nos olhos, sorriso no rosto, atitude desafiadora de todas as possibilidades.

Já ouvi essa semana "você quer passar atestado de louca?", isso ao comunicar uma decisão que tomei. "Sim, eu quero! Eu quero o diferente! Eu quero o novo! Eu quero outra realidade". 

Chega de marasmo, de sempre a mesma coisa todo dia. As pessoas tem muito potencial e se a chance está aí e se a pessoa está disposta a enfrentar todo o caos e se as palavras indicam que a luta não parece perdida e quer ir para a batalha... sim, eu quero ficar à frente de tudo isso e bancar toda a situação!

Vou ganhar? Vou perder? Não importa! Simplesmente a força que tenho vai ser canalizada para que cheguemos todos onde queremos chegar ou mesmo apenas para que trilhemos juntos o caminho em direção de algum lugar.

Quer saber de outra coisa? Eu estava quase entrando em depressão com a quantidade de coisas para resolver e com o tanto de coisas profissionais para fazer... agora, após diversas decisões... parece que sai renovada... não importa se é para provar para mim mesma... não importa se é para provar para os outros... mas tudo será melhor do que era antes!!!

Não quero saber do óbvio... quero saber do novo... mesmo que eu não saiba o que esse novo pode acarretar... se de tudo o novo não der certo... eu sei que posso desfrutar para sempre da felicidade de ser a pessoa que abriu portas sem medo, que criou a oportunidade e que deixou outras pessoas irem em busca de seus sonhos...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pinguins e lembranças de viagem...

Era uma vez dois pinguins pretos. Vieram para o primeiro apartamento alugado em Londrina e viviam felizes em cima da geladeira. Na mudança para o apartamento do Renato, um deles quebrou e o outro ficou solitário no apartamento alugado perto da escola do Pedro e depois aqui no nosso apartamento.

Certo dia o pinguim preto solitário ganhou uma companheira vermelha e algum tempo depois um companheiro branco. Pronto! Serão somente esses três pinguins. Não quero uma casa cheia de pinguins de todos os tipos e cores, nem com gorro, nem com cachecol, nem estilo sei lá o que.

Aproveitei quando fui buscar o pinguim branco para ver se encontrava molduras prontas. Não sei se já falei por aqui, mas as lembranças de viagens que ainda tenho e são de papel eu queria colocar em molduras e espalhar pela casa.

Duas molduras não muito grandes e os dois papéis usados embaixo dos pratos em um restaurante peruano no Chile viraram pequenos quadrinhos e eu adorei o resultado. Restava saber onde colocar.

Coloquei acima da máquina de café, no cantinho de café e... não gostei... ficando os quadrinhos de café junto com os pinguins.

Depois troquei de lugar e acho que o resultado foi um pouco melhor.
 

Tenho papéis um pouco maiores para emoldurar, só não sei como ficarão nas molduras prontas ou se é melhor mandar para uma molduraria e fazer sob medida. Uma hora penso nisso!

Você já reaproveitou alguma coisa assim?

domingo, 7 de setembro de 2014

Vermes...

Todo ano tomamos remédio para vermes. Não, não foi sempre assim. Começou quando o Pedro era bem pequeno e alguém - professora ou médico - informou a necessidade na frente do menino. Agora é um assédio total. Uma vez por ano ele começa a exigir que eu compre o remédio e que todos da casa tomem. Quando há recusa ele conta as histórias mais horrorosas sobre o que acontece com quem não faz isso e os possíveis vermes que podem criar moradia nas pessoas.

Pois bem. Lá fui eu comprar o remédio e não tinha me dado conta da quantidade de lixo reciclável que ele gera. O tratamento completo é composto de três comprimidos, somente assim pega todos os "bichinhos". Absurdo é que cada comprido vem em uma embalagem do tamanho daquelas de remédio que vem duas ou três cartelas. Nove caixas aqui para casa, nove bulas, nove enormes cartelas com um único comprido.

Será que tomar é tão necessário assim?

sábado, 6 de setembro de 2014

Casa minimalista...

Uma casa minimalista para mim é aquela onde não há uma desorganização visual que me cause estresse, irritação e me faça não gostar do ambiente onde estou.Também seria um local aberto com poucas coisas à vista.

Entretanto, em prejuízo da segunda idéia, precisei "compartimentar" minha cozinha/corredor/área de serviço. A cozinha fica à direita exatamente na entrada do apartamento e era possível visualizar junto a área de serviço. Não tem um santo dia onde eu não precise estender roupas e separar o lixo reciclável para depois levá-lo embora. Então, a coisa toda ficava assim e à mostra:

Mais uma vez lembrei que para que se estabeleça a ordem é necessário o caos e essa lembrança certamente me servirá para outras situações:
 

E, finalmente, tudo ficou lindo, arrumado e a bagunça temporária de roupas/lixo devidamente escondida de mim:













Sinceramente não consigo ficar em paz com uma casa caótica e não há solução efetiva de organização da área de serviço para que ela fique vinte e quatro horas por dia arrumada.

Espero que assim a cada dia fique tudo menos estressante. Tenho problema com bagunça e passo o tempo todo colocando alguma coisa no lugar ou arrumando alguma coisa. Posso ter algumas outras coisas mais importantes a fazer, mas quando vejo coisas atiradas ou desarrumadas perco o foco e parece que isso me chama a tentar colocar ordem. Com a área de serviço escondida será menos uma distração.

Os objetos decorativos são poucos, logo há poucas coisas que preciso reorganizar e limpar nesse aspecto. Não quero mais um ambiente entulhado.

Está parecendo, até que eu mude de ideia, que não tenho móveis que não sejam essenciais, por exemplo, as poltronas e mesa da sacada já foram embora e substituídas por única cadeira o que deixa mais aberto e fácil o ambiente na hora de lavar e tenho que lavar todos os dias em razão dos cachorros. Somado a isso, o Taylor, aquele lindo buldogue francês, não se acertou com as tais poltronas e não resistir comer o estofamento todos os dias, sendo que tal fato também me causava um certo estresse.

Certa feita eu tinha uma coleção de "bibelôs", pecinhas pequenas que causavam gastura só de lembrar que tinha que tirar o pó. Hoje tenho apenas uns poucos objetos maiores fáceis de limpar.

Tenho priorizado a cada dia a qualidade em vez da quantidade. Tudo que mantenho é porque efetivamente gosto e me trazem boas sensações.

Como você decide o que fica na sua casa?

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

E o campo energético que fui formando...

Torneira elétrica estragada há meses, bem antes de começar o inverno. Eletricista que tem paciência com ela pegou um vírus e somente agora está curado. Ficou de vir ontem, tive que sair, pedi para vir hoje e não podia.

Ontem mesmo contratei outro eletricista para trocar as famigeradas tomadas. R$ 40,00 para troca de três tomadas já compradas. O outro menino queria R$ 60,00. Diz o Pedro que é tão fácil que faria de graça. Peço para o profissional que veio olhar a torneira e pela dificuldade do local - atrás das gavetas - informa que tem que trocar todo o aparelho e não vai mexer. Ora, é somente a resistência, como aquelas de chuveiro, que queimou, fácil de trocar. Enfim... continuo sem água quente.

Fogão em curto há mais de sessenta dias. Fica fazendo aquele barulhinho de quando acende automático, de tempos em tempos "tec... tec...". Sem paciência para a assistência especializada... O jeito é desligar da tomada e ligar somente quando preciso usar.

Ar condicionado da sala não gela mais. Técnico semana passada vem e diz que não sei usar o controle. Explica como se estivesse falando com uma "E.T." e finjo que entendo. Estranho o fato de que antes conseguia ligar sem maiores problemas... enfim... finjo estar conformada e ele vai embora após mexer na máquina na laje técnica e diz que está tudo bem e o aparelho funciona um dia. No dia seguinte... nada, nada, nada!!! Ligo novamente e ficam de vir hoje.

Confesso ter ficado assustada porque certo dia o aparelho vazou muita água no meu papel de parede. Comentando o fato o rapaz fala "é o problema da instalação que foi feita antes de colocarmos o aparelho e não foi feita por nós!", respondo que falei para o chefe dele que naquela época poderia ter quebrado tudo novamente e refeito a instalação, que esperei um ano para colocar os espelhos e papel de parede. O moço sorri e manda que eu espere!!! Senhor!!! Melhor não pensar nisso agora... cada problema no seu tempo certo e eu não pedi para colocar no papel que eu autorizaria refazer o serviço.

O vidro e a porta da área de serviço foram comprados e pagos em 01.08.2014 com prazo de entrega inicial de 15 dias e depois a vendedora falou em 25 dias. Ok. Prazo máximo 26.08.2014 e até quarta-feira, 10.09.2014 não tive qualquer notícia. Mando e-mail e recebo resposta de que havia chegado na sexta-feira anterior. Então? Porque não me ligaram ou fizeram algum contato? Dizem que a instalação será feita hoje... esperemos...

Até aqui só coisas materiais e devagar a gente resolve... se precisar quebra tudo e se precisar compra outra vez certo que com dor no coração... mas... o que não tem solução... solucionado está, não é mesmo???

Só que o bicho pegou mesmo no trabalho. 

Quando cheguei em Londrina o ano passado já havia uma moça designada para minha assistente. Não estava treinada e começamos juntas. E a coisa foi indo muito bem. De vez em quando ela se queixava de dor nas costas, mas ia levando, colocava alguns suportes na cadeira para tentar aliviar a coluna. Eu reticente para chamar outra pessoa porque gosto muito de trabalhar com ela e esse contato constante não é com todo mundo que consigo ter, isso sem contar que o serviço é bastante complicado e técnico.

Fui me acomodando e ela lutando com a coluna... oito ou dez horas diárias sentada... bem sei o que é isso com minhas três hérnias de disco e duas cirurgias de coluna que não me permitem ficar sentada por mais uma hora (e isso é meu tempo máximo!!!), depois de uma hora preciso levantar caminhar, subir e descer escadas, fazer alguma coisa em pé... sentada é o "ó do borogodó" e por isso bem sei a dor que ela sente!!!

O volume de serviço é desumano e cruel. Algumas pessoas acham minha profissão bem glamourosa. Nossa! Você faz isso??? Só não sabem dos equipamentos que não adequados quando se fala em ergonomia, audiências em três dias por semana das 09h00 às 18h00, com intervalos de meia a uma hora, dois dias por semana para dar conta das sentenças da semana, despachos, processos em execução, problemas administrativos, necessidade de horas obrigatórias de curso, atendimento às partes e advogados, prazos que devem ser cumpridos sob pena de processo disciplinar.

Está certo... talvez seja essa a rotina de muitos, senão de todos... mas... decidir a vida dos outros é coisa que me causa muita preocupação e estresse... é a vida de um trabalhador... é a continuidade ou não de uma empresa dependendo de sua solvência... é a dignidade da pessoa humana... é o emprego de outros que continuam trabalhando e precisam do salário para a sobrevivência... são valores que terminam por se chocar e terminam por exigir uma atenção quase sobrehumana... afora outros aspectos estressantes, por exemplo testemunhas que faltam com a verdade pelas mais diversas razões... por religião, por companheirismo, para manter o emprego, por ser sua convicção mesmo o resultado da coisa toda... sei lá... e você vai passando por isso tudo... iniciais de 120 páginas para quem não tem tempo de ler um livro com uma contestação de 200 páginas que também tenho que ler e... não tenho tempo de ler um livro...

Nessa toada toda você precisa ter uma pessoa que realmente auxilie e essa pessoa que estava comigo adoeceu... e preciso de outra pessoa... daí entram aspectos burocráticos que nem cabe mencionar... e essa pessoa próxima ficará até que outra apareça...

Enquanto isso... minha sobrecarga de trabalho está ainda maior... e por aí vai...

Sempre lembrando que amo o que faço, não me imaginando fazendo outra atividade profissional... e vamos tentando superar as dificuldades em todos os campos da vida...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Quanto custa para encontrar um namorado?

Não, vocês não leram errado. Quanto custa para encontrar um namorado? Em valores, não em dificuldades de relacionamento, não em conseguir uma vida social que possibilite conhecer pessoas diferentes e uma troca de olhares, aquela curiosidade e tudo mais que envolve um início de uma grande viagem a dois.

O consumo está muito esquisito, muito esquisito! E existem bens de consumo que nunca sequer passaram pela minha cabeça.

Essa semana ao visitar uma amiga vejo que ela está com um papel na mão e pergunto:

- O que é esse papel? - e já pergunto rindo, talvez por intuição.

- É uma ficha de uma agência para encontrar namorado! Tenho que ir em algum lugar buscar uma ficha de antecedentes criminais porque eles exigem isso, são muito sérios. Também preciso passar por uma entrevista com psicóloga.

- Quanto custa isso???

- Caríssimo. Dois mil e oitocentos reais, mas fiz em dez vezes e ficarei cadastrada por doze meses, já não dei sorte no orkut, nem no facebook, pois só quebrei a cara com as pessoas que encontrei, então quem sabe seja o caminho.

- Com esse valor eu colocava papel de parede na casa toda!!!

- Sei, você já mostrou a foto dos instaladores!!! 

- Bem, até que são bonitos, mas são muito novinhos! Gosto mesmo é do papel e de ver a casa arrumada, já quebrei muito a cara em relacionamentos e estou tão feliz sozinha que tenho até medo de encontrar alguém e acabar com minha paz.

Parece surreal pagar um valor absurdo, buscar antecedentes e encontrar alguém em uma agência de relacionamentos, isso após ir também até um fotógrafo para fazer fotos artísticas.

Está certo, para muita gente já deu certo, para mim não seria  o caminho natural da vida. E, atualmente, existe um caminho que seja natural ou está mudando a cada minuto? Estamos tão ocupados que precisamos esperar que alguém encontre uma pessoa compatível para nos relacionarmos? Sei lá, às vezes penso que sou a errada, pois chegou uma terceira pessoa, devidamente casada, que achou muito normal e natural, sequer fez cara de espanto.

Vamos consumindo o que aparecer e quem sabe um dia seremos felizes! Não, não quero essa premissa para minha vida, não quero consumir assim, ainda espero que as coisas aconteçam da forma mais natural possível, de qualquer maneira, desejo sorte para minha amiga, adoro aquela pessoa e só consegui dizer depois:

- Uma hora você vai perceber o quanto é linda, maravilhosa e independente, nesse momento não vai precisar desesperadamente de um relacionamento, simplesmente porque saberá que o amor próprio é a coisa mais maravilhosa que uma pessoa pode encontrar na vida!!!

Sou contra relacionamentos? Claro que não, apenas acho que as pessoas aparecem na hora certa e ficam pelo tempo necessário para seu aprendizado e esse tempo sozinha tem sido ótimo!

E esse texto pode parecer uma crítica, mas não é. Apenas estou tentando entender como essa coisa toda funciona e quem sabe me convença de ir até essa agência rs!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Destralhe do Pedro...

E a criaturinha usa três pares de tênis e a mãe vê que as duas gavetas destinadas ao armazenamento de sapatos está cheia, mas não quer ser invasiva.

Tudo bem! Compramos uma chuteira nova porque a sua está furada e só existe uma condição: tirar absolutamente todos os pares de sapatos que você não usa.

O resultado está aí:













E o preto a irmã já pegou para usar, era do seu tamanho! Os demais já foram imediatamente para doação.

Como você lida com o destralhe das coisas que não são suas?