sábado, 29 de setembro de 2012

R$ 70,00 ou R$ 10,00

Frio de trincar a alma... dilema: chamar um táxi que custa R$ 70,00 ou caminhar quatro quadras puxando a mala e carregando notebook/bolsa para pegar o ônibus que custa R$ 10,00 até o aeroporto, havendo o risco de precisar esperar por 15/20 minutos até que ele chegue.

E sigo pensando, imaginando as duas situações e concluo que o mais confortável seria o táxi onde o motorista abre a porta, fecha a porta, carrega a mala e somente tenho que relaxar, esperando chegar ao destino sem maiores transtornos.

Resultado? Quatro quadras com aquelas rodinhas da mala enroscando nas lindas calçadas de Curitiba e a sorte de chegar exatamente a tempo de pegar o ônibus com ar condicionado. Está certo, confesso que precisei correr um pouquinho para que ele não fosse embora sem mim!

Pequenas atitudes são capazes de mudar o mundo, não é mesmo?

Confesso que a diferença de R$ 60,00 não faria tanta diferença na minha vida financeira, mas fiquei pensando quanta coisa poderia comprar ou até um luxo que poderia me proporcionar com esse dinheiro que em tese já estaria fora do orçamento. 

Pensei também em quantos táxis seriam necessários para levar todas as pessoas que estavam no ônibus, pois a maioria circula acompanhada apenas da própria solidão. O impacto financeiro considerando a totalidade dessas pessoas seria enorme - vinte pessoas, por exemplo, além de vinte veículos poluidores, gastariam R$ 1.400,00 e esse seria um valor a menos a ser poupado ou mesmo gasto com coisas efetivamente necessárias.

Minimalismo também é isso! Analisar os valores gastos, pois para chegar a eles a pessoa precisou trabalhar e deixar de dedicar tempo precioso com outras atividades pessoais, inclusive com familiares e amigos.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Shopping e fuga...

Certa ocasião recebi um convite para ir ao shopping e lá estávamos em três pessoas, paradas na calçada, com um frio de sete graus e sem encontrar um táxi.

Aproveitamos esse tempo para conversar e descobri que a finalidade da ida ao shopping era buscar as roupas compradas pelas duas outras pessoas e elas falavam orgulhosas que haviam gasto R$ 3.000,00. Até observaram que a vendedora foi muito prestativa, pois somente trouxe "peças em promoção", muitos vestidos e outros itens de marca famosa.

Depois disseram que "ainda bem que eu não estava comprando" e poderia então lanchar no local. Nisso minha ficha caiu e falei:

- Bem lembrado, não estou comprando, está muito frio, então vou deixar de acompanhar vocês no passeio!

Fui para casa e lá fiquei quentinha e quietinha.

Penso que deixei claro algum tom de crítica, mas não posso exigir que todos pensem da mesma forma. Minha única atitude é não participar disso e continuar nesse intento de uma vida mais minimalista. 

Impressionante, mais uma vez, como o apelo para o consumo está tão presente na sociedade que vivemos e o jeito é ignorar esses chamados.

Dúvidas não restam que a essas alturas para mim é fácil resistir, entretanto fico pensando como uma pessoa pode organizar um período sabático ou mesmo começar a implantar um consumo consciente quando todo seu cotidiano é direcionado para o consumo.

Não, não é uma tarefa fácil, talvez seja até mais difícil do que se possa imaginar e a única coisa que posso garantir é que após começar, deve-se treinar diariamente para o fortalecimento dessa nova vida e terminamos por acostumar, deixando de ter vontade de adquirir coisas supérfluas e desnecessárias.

Para mim está claro que o pior lugar para ir, pelo menos no início, é o shopping e quando já estivermos fortalecidas o lugar que menos temos vontade de ir é ao shopping.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

E o trato social como fica?

Existem padrões de conduta social que permitem um convívio em sociedade mais harmônico, agradável e leve, ao conjunto dessas regras chamamos de etiqueta.

A pessoa aqui, segundo definição da própria filha, é antissocial e isso em razão de preferir ficar "quietinha em um canto" ao invés de sair badalar, conversar, fazer festa, sair e conviver com muitas e muitas pessoas, isso quando se trata de manter conversas sem sentido.

Sou bem seletiva, talvez até demais. Deve haver algo de produtivo e que traga alegria no convívio com outras pessoas. Conversas vazias e sem sentido não me atraem. Muita futilidade me irrita. Fofocas me afastam. Enfim, quem acompanha o blog deve ententer o que estou querendo dizer.

Esse isolamento leva à algumas situações bizarras quando se trata de convívio obrigatório com muitas pessoas.

Dia desses uma moça veio mostrar uma caixa preta, linda por sinal, repleta de semi joias e alcançou um brinco para que eu olhasse, comentando a loja de origem do mesmo, educadamente disse que era muito bonito, ato contínuo ela perguntou se eu queria olhar as demais peças e respondi:

- Não, muito obrigada, não estou comprando e não quero cair em tentação.

Percebam minha interpretação de que ela estava vendendo as peças e nem é a profissão dela. Impressionante como parece que as pessoas querem contagiar pelo exemplo de consumo desnecessário e a propaganda se manifesta de maneiras para as quais sequer estamos preparados.

Perguntei para outra pessoa se aquela que mostrou as peças estava vendendo e recebi um olhar espantado, até de reprovação, com uma resposta:

- Claro que não. Ela utilizou o horário de almoço para ir até a loja e comprar para ela mesma!

Ficou claro para mim não ter sido muito educada ao recusar olhar os tesouros adquiridos e que para ela eram importantes.

Aqui fica o alerta para aqueles que estão controlando o consumo: prestem atenção nas pessoas e entendam corretamente as perguntas que forem dirigidas.

Fiquei pensando na sanção advinda do meu comportamento e conclui ser somente a reprovação pelo grupo social, logo, não faz diferença para meu momento de vida. Por outro lado, sendo necessário conviver, é preciso ter tato até para não ofender outras pessoas que vivem momentos diferentes.

E quanto à não cair em tentação, na realidade eu estava dando uma resposta socialmente aceitável, pois não tenho a menor vontade de comprar essas coisas, somente estava sem paciência para participar da orgia de consumo e sem a menor condição de falar sobre a desnecessidade da compra, até porque não seria entendida no contexto em que a pessoa escolheu viver.

Será que estou ficando meio E.T.? 

Espero que o minimalismo e o consumo consciente cheguem a um número cada vez maior de pessoas!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Stand by e custos adicionais...

Revisão do carro. Notícia ótima. Pela data em que comprado desnecessário pagar até mesmo o valor do óleo trocado tanto nessa quanto na próxima revisão. Notícia péssima. Meu filho buscou o automóvel, foi fazer um favor para a irmã, havia um buraco na rua e o pneu foi rasgado. O que economiza de um lado, gasta do outro. E, dando uma de Poliana, ainda bem que foi só isso!!!

Já "reclamei" diversas vezes por aqui dos imprevistos e que são eles que atrapalham meu orçamento. E todos temos imprevistos, por vezes até de forma mensal. 

Mais um motivo para economizar - para atender os imprevistos sem entrar no vermelho e também para quitar valores decorrentes de despesas oriundas das coisas compradas.

Estava pensando nos itens já adquiridos e nos valores que temos que despender a mais somente porque resolvemos comprar, comprar, acumular. 

Quatro televisões em casa, todas deixadas em stand by, em modo de espera, consumindo energia elétrica. Microondas utilizados duas ou três vezes por dia, mas vinte e quatro horas esperando ligados na tomada. Máquina de lavar eternamente conectada à tomada e utilizada uma vez por dia e não em todos os dias. Carregadores de computador ou celular também esquecidos ali, grudados na tomada. 

E os exemplos não param, olhe à sua volta nesse exato momento, ande pela sua casa e veja quantos aparelhos estão consumindo energia elétrica! Poderiam estar desligados? O transtorno de tirar da tomada após o uso é muito grande? Seria necessário colocar bilhetes imensos em cada um deles para lembrar de desligar e não mais deixar em modo de espera? O que poderia ser feito?

Encontrei na wikipédia a informação de que aparelhos em modo stand by causam grande impacto ambiental e são responsáveis por 15% do consumo de energia elétrica doméstico.

Cada compra que fazemos não se exaure nela mesma e sempre vem associada à mais e mais custos, mais despesas, mais consumo, tanto para utilização quanto para manutenção, somado ao custo ambiental do uso, limpeza e descarte, isso sem contar o tempo gasto para a aquisição e o tempo que precisamos trabalhar para auferir o valor necessário para a compra. Some a tudo isso também a necessidade de espaço para armazenamento - casas maiores com mais móveis. Termine analisando todos aqueles itens comprados e não utilizados, ainda na caixa ou com etiquetas ou apenas ocupando espaço físico e também mental.

Pensando em todos esses aspectos certamente consumiremos cada vez menos, terminando por consumir apenas o essencial e necessário. 

Fico imaginando quanto tempo gastaria para desligar todos os itens que não precisam ficar ligados na tomada consumindo energia e quantos ficariam desligados para sempre, pois sequer são usados. Você já pensou nisso?

Só não esqueça aqueles que já vem com a advertência: não deixe desligado por mais de dez minutos sob pena de desconfigurar, como é o caso daquele aparelho de tv a cabo!

O consumo desenfreado somente pode demonstrar uma coisa: desequilíbrio interno. Será? Se estivermos equilibrados gastamos energia com supérfluos e desnecessários tanto imateriais como materiais?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Alerta para nós brasileiros!

Recebi esse comentário de uma leitora de Portugal e transformei em post para que não fique escondido no "rodapé". É um grande alerta sobre nossos hábitos atuais. Agradeço os elogios quanto à forma de consumo consciente que estou desenvolvendo, mas sempre alertando que muito ainda tenho que melhorar.

"Qrda Ziula:

Na minha aula de yôga, tenho uma «coleguinha» brasileira casada com um piloto inglês que vive aqui em Lisboa. Como eles passam dois meses por ano no Brasil, acabamos por falar muito daí e daqui. Da última vez que conversámos, ela disse-me que o que mais a tinha impressionado na sua última estadia aí, era a «febre» de consumo que o Brasil estava a atravessar: todos querem ter tudo e das melhores marcas. O que nos fez pensar na situação que nós, aqui em Portugal, vivemos entre 1996 até 2008. Tal como os nossos vizinhos espanhóis, nós, portugueses, achámos TODOS que estávamos ricos para SEMPRE!

Embora talvez em níveis diferentes dos vossos, tanto os espanhóis como os portugueses, éramos povos que até aos anos 60-70 tínhamos vivido a pobreza, a fome e o desespero totais, ao ponto de emigrarmos massivamente para a Europa mais rica. Até 1974, em Portugal, havia muita pobreza, fome mesmo, pessoas nas ruas pedindo «esmola», descalças, quase esfarrapadas (eu tenho essa imagem fixada na retina como uma referência indelével!), um índice de analfabetismo vergonhoso e muitos bairros de barracas (favelas) dentro e fora da cidade grande que duraram até ao limiar do século XXI!

Assim, como não perceber o desejo de consumo desenfreado, sistematicamente incentivado e desenvolvido pela publicidade do sistema bancário dirigido a todos os cidadãos? Como não optar por nos endividarmos a um prazo de 40 anos por uma grande casa própria, de preferência novinha e pronta a habitar, nos subúrbios evidentemente? E, a esta dívida (mas seria mesmo uma dívida ou um investimento?), acrescentar outo crédito para mobilar a casa e outro para comprar pelo menos um carro, talves dois, e outro ainda para passar férias em Cancun e já agora também (e porque não se nos era tão facilmente «oferecido»?) para comprar as compras de Natal ou adquirir os bens necessários ao novo ano escolar das crianças?

Um povo inteiro (mais do que um, claro, porque neste barco estamos todos os países dos sul da Europa)deslumbrado com o que todas as gerações anteriores nunca até ali tinham tido ou sequer imaginado poder vir a TER (não a SER), completamente «impreparado» para as armadilhas do dinheiro «fácil», na medida em que o analfabetismo funcional permanece altíssimo?!

Assim é uma demasiadamente grande parte da realidade que agora vivemos: com as pessoas a terem de entregar em hasta pública as suas casas e, apesar disso, a terem de continuar a pagar uma imensa dívida ao banco, muitos dos quais sem emprego nem perspectivas de o voltar a ter; com tantas e tantas crianças a dependerem das refeições escolares para se alimentarem devidamente em cada dia, com milhares idosos a terem de repartir com filhos e netos, muitas vezes contra vontade, as suas parcas reformas!

Por tudo isto, parece TÃO mais do que IMPORTANTE o papel que deténs na comunidade em que vives: alertar as pessoas, o maior número possível de pessoas, para o que se está a passar convosco. Para porem os olhos em nós ou no Chile, por exemplo, um país que nos escreveu a nós, portugueses, uma carta coletiva afirmando isto mesmo: não nos deixemos levar pelo consumismo que nada é mais fácil do que a adesão ao supérfluo que, contudo apenas nos proporciona uma alegria efémera e descompensadora.

Temos de nos focar nos valores essenciais e viver o dia-a-dia com o máximo de alegria e de simplicidade possíveis. Afinal cada dia é-nos dado uma única vez. Como podemos então desperdiçar este bem tão precioso? Tu sabes de tudo isto muito mais e melhor do que eu, querida Ziula! Continua pois mostrando aos outros como se vive uma vida melhor!. Bjs, mts."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vida minimalista

Você já pensou no que é um estilo de vida minimalista? 

É simplificar ao máximo, reduzir ao essencial tudo que faz parte da sua existência, efetivamente deixar na sua vida somente o essencial.

Dívidas ruins representam dor de cabeça, pois além do dinheiro "rasgado" você terminou por trazer para sua casa mais e mais coisas que dependem de manutenção, organização, além de causarem distração desnecessária no seu cotidiano. 

Pessoas à sua volta cujo relacionamento não seja satisfatório, quando todas as providências já foram tomadas para mudar, toda sua tolerância já foi usada e não adiantou, representam desconforto, irritação, frustração e infelicidade.

E-mails em excesso, listas de discussões profissionais ou não, redes sociais, representam tempo desperdiçado e que poderia ter sido utilizado em atividades que pudessem trazer efetivo prazer e evolução pessoal.

Armários e gavetas cheias de coisas que não são utilizadas devem ser "destralhadas", o feng shui já fala que tudo que não estiver em movimento representa energia parada e pode estagnar sua vida em todos os setores. Ainda, o que não serve  mais para você pode ser muito útil para outra pessoa, pode ser doado, vendido, reciclado, emprestado, a fim de que seu trabalho diário em casa seja minimizado e seu ambiente não fique poluído visualmente.

Casa bagunçada, com coisas atiradas, faz com que a depressão se instale, a insatisfação se mostre, a irritação apareça e, finalmente, a total falta de reação se instale. Matenha ambientes limpos e sua energia pode ser direcionada para o que realmente importa - bons relacionamentos, qualidade de vida, evolução espiritual, afinal, o que se leva dessa vida são as coisas imateriais, todas aquelas materiais ficam por aqui mesmo!

Trabalho realizado sem qualquer metodologia somente vai cansar e não será produtivo. Reduza ao máximo as distrações, programe ao máximo o que deve ser feito e faça logo, ficando com a mente liberada para outras atividades.

O "ano sem compras" terminou por me levar à uma consciência maior sobre todas as atitudes. 

Economizar não representa ser sovina. Economizar e deixar de consumir desnecessários e supérfluos leva à uma maior preocupação ecológica, inclusive com a forma de descarte dos produtos que uso. 

As relações familiares e também as amizades ficaram mais fortalecidas, pois o tempo que era gasto com pesquisas de preços e compras agora é destinado para ficar com quem amo e até fazendo coisas gostosas na cozinha para uma bela refeição em família ou com amigos.

A eliminação de tralhas, embora seja um processo constante, começa a diminuir, considerando que novas tralhas param de entrar e o tempo utilizado em organização diminui muito. 

Pensando mais sobre a vida, a alimentação começa a se equilibrar e se torna importante, diminui a ansiedade com reflexos em hábitos nocivos que tinha, por exemplo, parar de roer as unhas ou fumar.

E, com mais tempo e uma maior reflexão, você percebe quanta tralha mental existia e vai buscando, mesmo que devagar, livrar-se dela também, mantendo somente o que nos leva aos objetivos traçados e a uma vida melhor, deixando de adiar atitudes, passando a executar as tarefas com maior precisão e rapidez com o objetivo de poder se dedicar também ao que foi estabelecido como essencial.

Para mim está parecendo um caminho sem volta. 

Jamais quero voltar à loucura de uma vida não minimalisma. Depois dos constantes destralhes, da simplificação, com manutenção apenas de objetos essenciais, comunicados virtuais importantes, além de eliminar relacionamentos prejudiciais e tudo mais que pudesse trazer "poluição" mental totalmente desnecessária na vida, somente encontrei situações mais benéficas e passei a viver de forma mais significativa.

Claro que não estou no estágio ideal, se é que ele existe, pois é um processo para uma vida inteira, no qual devemos nos empenhar diariamente.

Então, minimalizar significa ter menos coisas e também realizar menos atividades, preferencialmente realizando aquelas que dão prazer e, acaso não seja possível fazer somente essas últimas, realizando as obrigações de forma mais rápida e eficiente, deixando tempo para realizar aquelas feitas por puro prazer, diversão ou crescimento pessoal.

Precisamos parar de pensar em consumir, não precisamos de tantas coisas para encontrar a felicidade e compras não resolvem qualquer problema, pelo contrário, criam problemas financeiros a curto, médio ou longo prazo. 

Outra coisa, não precisamos estar ocupados o tempo todo, não precisamos estar "on line" vinte e quatro horas por dia, precisamos sim é de tempo para nos desenvolvermos como pessoas conscientes, felizes e completas.

Lembre sempre: o que é essencial varia de pessoa para pessoa. Encontre o seu essencial, o seu limite para o minimalismo, porque de nada adianta seguir receitas ou pessoas, é um aspecto bastante subjetivo a ser descoberto a cada dia. Assim, seu essencial hoje, amanhã poderá parecer desperdício.

Vá devagar e sempre, pois cada dia reserva uma nova descoberta nesse caminho do minimalismo! 

domingo, 23 de setembro de 2012

Economizar!!! Inclusive espaço virtual...

Há mais de dois meses descadastrei os e-mails de propagandas e agora também estou com todos os marcadores do blog organizados e minimalizados... O que acharam dos novos marcadores?

Falta retirar mais algumas coisas da barra direita desse espaço, deixando somente os blogs que atualizam com mais frequência e alguns outros poluidores do visual devem ir embora, mas é trabalho para outro dia, bem como faltam imagens em muitos posts e nesse caso está difícil porque gosto de utilizar imagens que criei e não tenho relacionadas a todos os posts.

Mais ainda, impossível entrar no "ano sem compras" e não economizar! Como disse para a Marisa, pode ser que não verifique este fenômeno nos primeiros tempos, mas com o desenrolar do projeto é uma consequência natural!

Você deve estar pensando que isto é o óbvio, mas eu duvidei!

Passei a pensar que fazer compras é como cavar um buraco, vamos tirando terra, ou seja, tirando dinheiro da conta e o "buraco" financeiro vai ficando imenso, podendo virar um poço ou bater em uma pedra, neste último caso quando chegamos no limite de não ter mais de onde tirar o dinheiro.

Ora, se começamos a quitar as dívidas, a começar por aquelas de juros mais altos - cartão de crédito parcelado, por exemplo -, vamos recolocando terra (dinheiro) dentro deste buraco, aos poucos. E, na medida em que não temos dívidas e os juros param de sair na forma de porções e mais porções de terra, certo que já é o primeiro passo para não fazer água no poço nem chegar na pedra.

Continuando no intento, à medida que paramos de tirar terra, esta vai se acumulando por não estarmos comprando supérfluos, primeiro na forma de poeira (moedas) e depois na forma de muita terra (dinheiro em valores significativos) - economias.

O dinheiro que não gastamos vai se acumulando e quando percebemos o buraco está fechado e até formando pequena montanha, visível até para os desavisados.

Processo lento e que depende de muito estudo, organização, controle tanto financeiro como emocional, mas posso garantir que em determinado ponto a gratificação de olhar para cima, enxergando montanhas, é imensa, mesmo porque paramos de olhar para o escuro do "fundo do poço" e tudo fica mais colorido.

Neste ponto, já é possível realizar antigos sonhos que pareciam impossíveis!.

sábado, 22 de setembro de 2012

Quadro de desejos...

Recebi alguns e-mails e um comentário a respeito do texto de ontem, perguntando se o quadro de desejos funciona mesmo.


Depois de assistir o documentário e ler o livro "O Segredo" de Rhonda Byrne adotei o quadro de desejos,  mas antes disso já havia comprovado a importância de escrevermos nossos sonhos e traçarmos nossos objetivos através de listas e escritos mesmo esparsos, o que permite termos em mente o que queremos e não nos perdermos no caminho.

Encontrei dia desses um caderno onde escrevi em janeiro de 1994 "esse ano passo no concurso para a magistratura" e em 08 de julho de 1994 estava tomando posse. É mágica? Claro que não, persisti esse ano no objetivo, tomei providências e além de escrever, com certeza pratiquei atos que levaram a isso, mas achei interessante encontrar esse papel.

Tenho uma memória não confiável, então decido algumas coisas e já no dia seguinte não lembro o que era, assim as listas são importantes e ter tudo escrito, tudo perto do olhar, facilita para que eu me mantenha focada até atingir o objetivo.

Ontem ainda falamos sobre a importância de perder um tempo e listar os objetivos. Você já fez isso? Ainda não! Então pare um minuto, escreva tudo que você deseja para sua vida em um papel e coloque-o em um local visívil diariamente ou mesmo escreva com batom no espelho. 

O que é importante para sua vida hoje?
O que é importante para sua vida daqui um ano, dois anos?
O que precisa mudar?
Como você quer que seja?
O que está te distraindo? 
Quais as atitudes vai tomar para eliminar a distração?
Como fazer para se alimentar melhor? Cardápio? Lista de compras?
Como fazer para começar ou manter os ambientes organizados?
Como ter relacionamentos melhores?
Como agir para que seu trabalho seja mais produtivo e satisfatório?
O que te traz felicidade?
O que deve ser eliminado ou acrescentado no dia a dia para ter qualidade de vida?
Quais os sonhos que você tem? Como é possível realizá-los?

Escreva afirmações sem nenhuma palavra negativa. Dizem que o cerébro entende primeiro a palavra negativa e tudo se realizada através do pensamento. Jamais diga ou escreva: não estou doente, o correto é afirmar "estou saudável". 

Também observe que devemos pensar/escrever como se tudo já houvesse ocorrido. Você está doente? Escreva - estou saudável. Você quer ficar rico? Escreva - sou rico. Você quer ser organizado? Escreva - sou extremamente organizado. E siga nesse sentido.

Depois de tudo elencado e à vista para manter o foco, tome atitudes em prol desses objetivos, pois de nada adianta escrever, pensar, delinear e deixar de tomar atitudes, pois nada cai do céu, é preciso trabalho, é preciso esforço e é preciso atitude proativa, tomar as rédeas da situação e tomar todas as providências necessárias para que seus sonhos e objetivos se realizem.

A impressão que tenho é que temos muito tempo por assim dizer ocioso, mesmo depois de atender nossos compromissos profissionais e familiares. Talvez, somente talvez, tenhamos medo de dedicar tempo à nós mesmos, medo de encontrar algum lado que nos desagrade e que temos que enfrentar alguma dia, por outro lado talvez exista um lado apaixonante que desconhecemos pela falta desse contato e dessa dedicação aos nossos próprios interesse.

Vamos às listas, como diz Maria e depois, mais importante, vamos à ação!!! 

Vamos mudar e encontrar uma vida mais significativa!!! 

E vamos trocando experiências e sugestões e formas de viver melhor!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Decida hoje!!!

Noite com muita chuva, esperando fim do mundo e acordada desde às 04h00.

A Izabel ontem resolveu ler um artigo que mencionava como estavam errados os cientistas da Nasa, pois o mundo terminaria essa noite, às 02h45, quando um asteróide se chocaria com a lua e haveria duas possibilidades: a lua se chocar com a terra, efeito sinuca segundo meu filho mais velho; o clima da terra mudar abruptamente tornando a vida ainda mais difícil.

Brinquei com o Pedro, perguntando se o mundo ia realmente acabar e ele respondeu:

- Já consultou os "nasistas"?
- Para que consultar os nazistas? O que eles sabem do fim do mundo?
- Os "nasistas", mãe, aqueles que trabalham na Nasa.

Expliquei o que era nazista e que trabalham cientistas na Nasa, pensando que a conversa ficaria por isso mesmo.

Pois bem. A Izabel dormiu comigo e de madrugada o Pedro pula para minha cama dizendo estar com medo. Raios, trovões, muita chuva, barulho, vento e ele pergunta:

- Será que a lua já explodiu? Quero ver a lua explodindo!
- Que horas são?
- Quatro horas.
- Então pode dormir que o mundo não vai acabar, deveria ter explodido mais cedo!

Que coisa é essa de anunciar o fim do mundo? Penso que no momento em que isso acontecer não vamos nem ver nada, como os dinossauros não devem nem ter desconfiado do que morreram.

Bem, mas o texto de hoje era sobre decisões. Mudanças para serem vividas antes que o mundo acabe.

Em todo o qualquer processo o mais difícil é decidir pela mudança de hábitos, de postura, de vida.

Muitas vezes estamos insatisfeitos com o rumo das coisas e ficamos pensando como poderiam ser diferentes. Acredite! Tudo pode ser diferente e só depende de você! Ocorre que vamos deixando para depois.

A lista de terça-feira? Está dormindo em berço esplêndido e somente será retomada hoje, sexta-feira. Pura procrastinação quando tudo já poderia estar pronto e nenhuma preocupação, pelo menos com aquelas coisas, mas resolvi protelar e não fiquei em um "dolce far niente", fiquei pensando no que tinha que fazer, sem nada realizar.

Espero que eu tenha aprendido a lição dessa vez, pois muitas e muitas oportunidades se apresentaram, achei que tinha interiorizado o conceito e que isso me levaria à ação. Ledo engano! Precisamos de muitas e muitas falhas para chegar à efetiva ação e o que me desanimou na segunda e terça-feira é que fiquei realmente cansada fisicamente, realizei e cumpri muitas tarefas, mas fiquei muito cansada e estou em férias, logo, não deveria ficar nesse estado.

Hoje concluo que pouco importa o período da vida - trabalho, férias, licenças -, é preciso manter o foco e, se for necessário, cansar, desde que cumpridas todas as tarefas, pois somente quando terminamos pelo menos as mais importantes é que conseguimos realmente relaxar.

Quando tomamos decisões não basta o pensamento e a análise racional, precisamos criar uma obrigação no sentido da mudança, tomando atitudes que realmente tragam resultados e aí entra o lado emocional da coisa toda, nossa dificuldade em aceitar a própria mudança, nossos bloqueios e nossa crença no quanto é difícil uma mudança efetiva.

Os projetos somente serão realmente implantados e realizados quando tivermos a "obrigação" interna de realizar as tarefas e associarmos os atos tendentes a alcançar o objetivo.

Enquanto estivermos procrastinando, deixando para depois, apenas pensando, nada mudará, nada será diferente, permanecendo a mesma angústia do pensando na mudança sem ação.

A decisão de parar de gastar somente se concretiza quando você deixa de comprar, deixa de colocar dinheiro fora. Esse é óbvio? Claro, mas conheço muitas pessoas que dizem "gostaria tanto de parar de gastar" e no minuto seguinte estão adquirindo uma camisa nova porque precisavam muito para sentir felicidade. Onde está a felicidade? O que estou fazendo para encontrar a verdadeira felicidade?

Queria muito uma casa arrumada. E lá jazem caixas com tranqueiras e lá vem mais compras de desnecessários e lá vem a aceitação de presentes ou doações que entulham a casa toda.

Eu preciso me alimentar de forma saudável. Nossa que maravilha essa intenção! Maravilha seria se deixasse de comer tanto açúcar, farinha e sal, os três pós brancos que acabam com nossa saúde. E como resistir a essas guloseimas? Ora, se não consegue efetivamente resistir, pelo menos diminua o consumo, deixando para uma vez apenas na semana. É difícil? Certo, então no máximo duas vezes, ok?

Lá venho eu dizendo que preciso ler. E porque não começa? Não tenho óculos e não enxergo. Então, porque está desde maio esperando para tomar uma decisão de arrumar os óculos? Maio??? Quando chegou maio, o mês da primeira tentativa de solucionar o problema, muito tempo há havia se passado desde que os óculos deixaram de servir.

Ora, ora, ora, pare de procrastinar, Ziula. A vida passa e passa rápido, correndo o risco do mundo acabar e você ainda não ter encontrado o seu local de paz! Passe para a ação!

Vamos para as listas novamente. Fazer uma lista de tudo o que quero fazer, de todos meus sonhos e essa lista pode até crescer, mas tem que ser colocada em prática, mesmo pequenas ações são melhores do que a letargia.

Fazer com que suas ações levem ao caminho sonhado e não permitir que sonhos sejam somente sonhos. Sonhos podem e devem ser sua realidade.

Tenha um quadro de desejos em local visível, aliás por falta de um, tenho dois. Tenho meus quadros, talvez eles estejam sendo subutilizados e sei que eles funcionam, então serão revitalizados e trarão ainda mais resultados. 
Um passo de cada vez ou muitos passos de uma só vez, não importa, o que importa é caminhar. Levante daí! Saia do computador! Desligue a televisão! Que tal uma música relaxante para começar a destralhar e também a criar objetivos reais que levem à felicidade?

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que fazer com pessoas não minimalistas?

Procuro manter a casa razoavelmente organizada e exijo dos meus filhos que colaborem. Essa exigência é feita através de conversas e, acaso não as conversar não resolvam, tenho outros meios coercitivos que podem não representar aqueles mais indicados, mas são usados efetivamente sempre com a advertência de que se trata da minha casa.

E quando vou ficar na casa de outra pessoa,  mesmo que por poucos dias?

Bem, daí depende da intimidade e da liberdade que a pessoa me conceda.

Certa vez fui visitar minha irmã, entrando no banheiro para tomar banho visualizo mais de dez shampoos e condicionadores, todos utilizados parcialmente, alguns mais outros menos. Não tive dúvidas, fui colocando shampoos em frascos respectivos, fazendo o mesmo com os condicionadores, reduzindo a quantidade de frascos drasticamente e deitando no lixo os demais que restaram vazios.

Na vez seguinte, antes mesmo que eu entrasse no banheiro, minha sobrinha saiu correndo, fechou a porta e quando consegui adentrar o recinto encontro inúmeros frascos de shampoo e condicionador no lixo. Rimos muito, mas a lição foi apreendida e quando chego atualmente não tenho mais que organizar ou ver alguém correndo para limpar o ambiente.

Minhã irmã é uma linda e minhas sobrinhas são duas lindas! Temos um ótimo relacionamento e elas de certa forma também buscam um local organizado, embora tenham algumas dificuldades para manter tudo. Todas estudam, não tem empregada, o apartamento é grande, precisam cozinhar em horários estranhos, por exemplo almoçando às 14h30. Então, entendo toda a dificuldade e meus atos de destralhe na casa delas tem o único intuito de ajudar quem quer ser ajudado.

Fossem outras pessoas, teria que ficar recolhida à minha insignificância.

O texto de hoje foi inspirado por uma leitora muito querida que encontrou a casa do namorado totalmente bagunçada e perguntou o que deveria fazer. Até brinquei, antes de saber que era a casa do namorado, para que ela corresse se pudesse e nunca mais voltasse, sendo que se a casa fosse a dela deveria arrumar o quanto antes, pois visitas poderiam chegar.

Na realidade, o que temos que entender é o ritmo de cada pessoa, o grau de discernimento que ela tem, os desejos para a vida e o estado evolutivo em que se encontra. 

Nada pode ser imposto, porque não vai funcionar. As pessoas mudam com o exemplo e quando estão preparadas para a mudança, é um longo processo que não pode ser exigido.

Seria muito fácil se certas pessoas pudessem ser simplesmente afastadas de nossa vida. Isso é possível quando se trata de pessoas estranhas à família de sangue, jamais quando estamos convivendo com pessoas de nosso círculo familiar e sobre os quais não temos a ascedência que temos sobre os filhos.

Quando se é sozinho, ou se tem poder de mando da casa, tudo flui com maior tranquilidade. Caso contrário, é necessário encontrar um ponto de equilíbrio.

Em um primeiro momento você pode conversar sobre a necessidade de organização e de não manutenção de itens desnecessários/supérfluos, pois natural que as pessoas que vivem sob um mesmo teto se preocupem com a felicidade dos demais. 

Confesso que jamais seria feliz em um local bagunçado, aliás já tive essa experiência por ocasião de um relacionamento e não foi nada gratificante, tanto que a pessoa não mais faz parte do meu círculo de relacionamentos e continua mantendo sua casa de forma caótica.

O exemplo é muito importante e digo isso de "carteirinha". 

Após iniciar o "ano sem compras" meu filho mais velho começou a observar meus hábitos e também a alterar os hábitos que tinha, certo que de uma forma mais lenta. Meu filho mais novo não precisou mudar nada e todos que acompanham o blog já sabem da forma maravilhosa como ele lida com o consumo. Minha filha está em casa há pouco mais de trinta dias e já está apresentando mudanças bem claras, deixando de consumir quando não tem absoluta certeza se realmente precisa de alguma coisa ou se deseja a ponto de abrir mão de alguns valores que lhe são repassados.

Quanto à organização, essa é exigida aqui em casa, mas se você não puder agir da mesma forma, relaxe. Depois de relaxar e entender a limitação do outro, estabeleça alguns locais como sendo "seus" e, conversando calmamente, explique que quer aquele local arrumado e que ninguém pode invadir esses pequenos territórios. Quanto ao restante da casa, relaxe e aceite! Com o tempo e vendo como estão os "seus espaços" as demais pessoas tendem a buscar locais organizados e destralhados.

Na mesma esteira, você pode parar de compras, de trazer tralhas para casa, pode mudar seus hábitos alimentares, afinal, você pode decidir sozinho o que fazer da sua vida.

O exemplo e mais os comentários sobre o que mudou na sua vida depois que as atitudes de consumo passaram a ser mais conscientes, depois que o minimalismo começou a ser implantado, são muito importantes para que os demais iniciem também uma vida melhor. Passe seu conhecimento para aqueles que estão à sua volta e garanto que é contagioso.

Busque também não ser tão radical e deixe espaço para ceder em prol da convivência harmônica, sempre é claro sem se afrontar e sem desrespeitar os seus conceitos.

É, como se pode observar, não há fórmula mágica! 

Tudo na vida é questão de escolha. 

Você escolheu ser minimalista, mas pode ser que aqueles que vivem com você não tenham feito a mesma opção. 

Você pode optar por ceder, por contagiar pelo exemplo, por aceitar, por arrumar a bagunça alheia, por impor organização e também por ficar afastada das pessoas que não tem mais jeito em relação ao seu modo de vida!

Surreal ou irritante?

O Pedro fez uma consulta e o médico pediu que ele pensasse se queria ou não fazer o procedimento, vez que não era por assim dizer "essencial", entretanto ele ficou tão incomodado que resolveu se submeter, assumindo todo o risco, inclusive o de uma pequena dor ao tomar a anestesia.

Demorei para marcar, queria que ele tivesse absoluta certeza e, em um belo dia no início de setembro, ligo para marcar o procedimento e a secretária solicitou que eu passasse perto do dia 20 para pegar a guia para que a Unimed autorizasse, pois bem hoje lá fui às 13h30 e recebi a informação que o horário de almoço das secretárias era das 12h00 às 14h00.

Às 14h00 lá estava eu no consultório e uma delas disse que a outra estava no intervalo para almoço, perguntei a que horas voltava, recebendo como resposta a secretária que me atenderia voltando de uma sala com a escova de dentes na mão e dizendo que somente iria atender depois.

Durou a odisséia até às 14h30 quando a moça se dirigiu para o balcão de atendimento e me olhou com aquela cara entendiada de "o que você quer justo nesse horário?", sendo o diálogo mais ou menos assim:

- Vim buscar a guia para Unimed para autorizar o procedimento do Pedro.
- Olha, eu não tenho essa guia e também não é importante porque só tem horário para dezembro.
- Senhora, eu marquei para outubro.
- Qual dia?
E lá vou eu para a agenda do celular, e informo:
- Dia 02 de outubro, às 16h45
Ela puxa a agenda de má vontade e fica passando as páginas.
- É mesmo, está marcado e o médico veio na terça, mas não deu tempo de fazer a guia.
- Eu preciso autorizar e semana que vem não consigo passar.
- Na realidade nem sei qual o procedimento que o Pedro precisa fazer...
- Basta você olhar o prontuário dele!
- É mesmo!  Mas o doutor somente vem no sábado e não entendo porque ele já não deu a guia quando da consulta, então vou te dar um exemplo dos códigos para você ver como não consigo fazer.
- Senhora, não vamos perder nosso tempo com exemplos, eu passo no sábado e você pergunta o código para o médico.
- Não esqueça de que somente estou aqui até 11h30!
- Muito obrigada!

O que é isso? E a cara de descaso da criatura? E a má vontade para prestar o atendimento? E o sapato de salto que ela usa quando ele está atendendo e fica batendo o tempo todo? Porque ela não fica sentada quando o médico está no consultório? Qual a razão de pessoas despreparadas serem colocadas para atender o público?

Essa jovem senhora, sim é uma mocinha, me fez sentir como que vivendo em um quadro surreal, borrado e sem sentido. 

Vamos ver se no sábado ela entrega o documento!

Mãe e férias, palavras incompatíveis!

Estava aqui à toa, depois de acordar às 09h30 o que é um pequeno milagre, considerando que acordo às 06h30 para preparar o café da manhã das crianças.

Ora, como diz Adriana, férias são para descansar e hoje foi o dia de descansar pela manhã, pelo menos acordando mais tarde e um dia sem que eu faça o café não vai matar nenhuma das criaturas que habitam minha vida e dependem do meu tempo para isso e para aquilo.

Ser mãe é maravilhoso e não consigo imaginar minha vida sem esses seres que me escolheram, entretanto, existe uma hora em que você quer um tempo sozinha, em que você quer um tempo para descansar, em que você quer um tempo para não fazer nada, em que você quer um tempo sem aquele grito maravilhoso "mmmãããeeee!!!!".

Mãetorista, mãecozinheira, mãearrumadeira, mãeajudante, mãecarinho, mãemassagem, mãetabuada, mãelição, mãetocarente, mãetodoente, mãeprovedora, mãe... de todos os tipos ou mãe simplesmente amor incondicional!!! 

E não tem mãeférias, porque mãe não tira férias dos filhos, exceto quando viaja sozinha, o que ocorre raramente e pelo período de dez a quinze dias e nem assim pode considerar férias de filhos, porque telefone, facebook, e-mail sempre estão presentes para lembrar a existência desses seres maravilhosos que tanta falta fazem quando estou distante.

E não bastassem os filhos, ainda o trabalho impõe interrupção das férias para participação em atividade obrigatória durante cinco dias. 

Não, não estou reclamando, somente pensando onde fica aquele espaço onde nada fazemos, onde nenhum compromisso temos e onde nossas energias são efetivamente recarregadas. Também pensando o que seria essa ausência de compromisso e se ela existe, pois tem coisas que precisamos fazer diariamente mesmo que estivéssemos "sem fazer nada".

Logo, essa divagação toda não me levou a lugar algum! Isso é engraçado, pois quando comecei a escrever pensei que ia achar espaço para a vida ideal, em algum lugar bucólico, onde a dinâmica da vida restasse amainada e apenas conclui que esse lugar não existe ou talvez apenas exista quando estamos lendo um livro em silêncio ou assistindo um filme em total concentração, ou nem mesmo assim.

Alguém achou esse lugar que estou procurando? Se encontrou, por favor mande o mapa.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Escolhas financeiras e filhos

Passamos o sábado no shopping, matando o tempo enquanto meu filho mais velho corria no parque para depois ir nos buscar.

Não foi a melhor escolha, com certeza! Poderíamos ter ido para o parque também, mesmo que somente para olhar a paisagem e tomar água de côco.

Entretanto, a Izabel adora uma loja e como é um prazer para ela, não me custa nada olhar araras e mais araras. Ela buscava um vestido longo, justificando que nunca teve um e olha que ela não tem nenhum vestido, quando queria usar algum pegava um dos meus, só que nem mesmo ela quis mais meus vestidos velhos e eles foram descartados, somente restando aqueles usados para trabalhar, com corte mais clássico.

Pois bem! Lá foi ela e achou o vestido, preto com branco, animal print e com algumas flores para quebrar a estampa principal, no valor de R$ 139,90. Disse que amou o vestido, mas somente levaria se eu pagasse a metade, caso contrário iria "pensar" porque não queria gastar toda a mesada.

O certo é que a mesada dela é superior ao valor do vestido e concluí que a paixão não era tão grande assim, caso contrário ela faria o investimento sem pensar. Ato contínuo recusei pagar a metade e o vestido ficou na loja, até mesmo em razão de um item que compramos no final de agosto e avisei que somente faria outra compra para ela em outubro.

Pode até parecer maldade, mas o certo é que precisamos estimular nossos filhos para que façam escolhas conscientes e se o caso for economizar, o certo é que vão economizar o dinheiro deles e não vou deixar que gastem o meu. Afinal, já estabeleço mesada em valor compatível com as necessidades.

Existem alguns filhos acometidos de "pão-durismo" quando se trata do dinheiro que ganham, seja mesada ou salário, e a minha é mais ou menos assim com a mesada, alguns itens somente vão para o guarda roupa porque são pagos por mim ou pelo pai e acredito que as escolhas de consumo somente serão realmente boas, hoje e no futuro, se a pessoa tiver disponibilidade para gastar o próprio dinheiro.

Outro problema relacionado às pessoas que tem dificuldade em gastar o próprio dinheiro é que terminam por prejudicar quem está mais próximo, seja exigindo valores para gastos que poderiam custear, seja pelo fato de que não sentem prazer em adquirir nenhum item, nem mesmo aqueles necessários ou que tragam algum prazer, além de criticarem de uma forma não delicada as aquisições feitas por outros membros da família ou amigos, exigindo de todos economia por vezes sem qualquer fundamento.

E aí entra meu filho mais novo, econômico até a alma, sofre quando vai no mercado junto comigo porque acha a conta alta demais, tento explicar que são itens necessário, que é importante se alimentar bem, manter a casa limpa, e ele continua achando que gastamos demais e temos que economizar até no mercado. Também critica a irmã que gosta de uma "lojinha" e fica perguntando porque ela precisa de mais uma camiseta, por exemplo, se tem tantas em casa. Por outro lado, quando se apaixona não economiza mesada e ainda procura me presentear e também presentar os irmãos.

Posso elogiar tanto um quanto o outro, pois com esses comportamentos certamente não sairão gastando o dinheiro que eles não tem nem ficarão endividados, da mesma forma que o irmão mais velho que recusa terminantemente o cartão de crédito que o banco quase impôs a ele e nem pega talão de cheques, utilizando apenas saque nos caixas eletrônicos e cartão de débito, sabendo cada centavo que recebe e cada centavo que gasta, além de pagar as despesas antes da data do vencimento.

Todos eles quando realmente fazem uma escolha financeira que entendem imprescindível sentem felicidade e jamais sofrimento, buscando itens que atendam as necessidades do momento ou mesmo um prazer e aguardando a oportunidade certa para comprar qualquer coisa, sem a ansiedade do consumo e sem fazer qualquer compra por impulso.

E lá vem a frase da minha avó: "a virtude está no meio", ou seja, precisamos estimular nossos filhos a fazer escolhas conscientes, sem estimular o "pão-durismo", sem estimular a "gastança" desenfreada, e dessa forma eles aprendem a manejar adequadamente o dinheiro que chegar às mãos, exercício importante e necessário para a vida inteira.

Como tudo na vida, escolhas financeiras também dependem de treino e quanto antes esse treino começar, melhor!

Compra necessária...

Para viajar precisei procurar alguns documentos. Visitei a caixa onde estão documentos, contas pagas e outros comprovantes. Tudo separado em envelopes devidamente identificados, entretanto a "estética" da coisa toda não me agradou, inclusive pelo tempo que precisei para verificar a descrição de cada envelope e pensei em organizar em pasta com divisórias.

Alguém por aí utiliza essas pastas? Realmente facilita ou é apenas um delírio de alguém que pretende consumir mais um item de organização?

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mundo maravilhoso da leitura...

Preciso urgentemente voltar a enxergar! Já consultei e providencei a troca das lentes, tudo devidamente contado aqui.

Isso foi em 25 de maio desse ano e os novos óculos com lentes atualizadas não funcionaram e eu fiquei passiva frente ao fato até a data de ontem quando, finalmente, resolvi colocar lentes multifocais pela bagatela de R$ 550,00. 

É muito dinheiro por um par de lentes,  mas talvez seja a única forma de conseguir efetivamente usar os óculos, cuja armação foi mantida. 

Explico: com lentes somente para perto eu pegava autos físicos (de papel) para trabalhar, sendo que para ler o processo precisava de óculos, para escrever e ler a tela do computador não precisava de óculos; em casa pegava alguma tarefa para fazer que dependia de escrita no papel, com a tv ligada ou com crianças por perto, cada vez que era chamada pelas crianças ou olhava a televisão não enxergava absolutamente nada.

O Pedro anda lendo muito e não por exigência minha, lê realmente porque gosta. Quando viajamos esse mês no primeiro aeroporto ele já pediu um livro e compramos o volume 6 do DIÁRIO DE UM BANANA, todos os anteriores já haviam sido devorados. Bem, o livro não chegou ao final da viagem e também foi consumido todinho!

Na volta ele pediu outro livro e, embora economize com muita coisa, muita coisa mesmo, não tem a menor preocupação com dinheiro ou gastos quando se trata de livros.

Solicitei ajuda para a vendedora da livraria, que aliás estava discutindo desavergonhadamente com um colega de trabalho em pleno ambiente laboral, para que indicasse algo que ele pudesse ler. Ela indicou outro livro semelhante à série que ele já havia lido, inclusive com desenhos e ele respondeu que já tinha idade para ler "algo mais..." fez uma expressão séria e não terminou a frase, deixando pairar no ar que queria algo mais intelectual, mais difícil.

Falei então, do alto da minha ignorância, que ele deveria ler  GUERRA DOS TRONOS. A vendedora quase infartou:

- Isso não é livro para crianças, nem mesmo para adolescentes, é um livro para adultos, é realismo fantástico, tem muita violência e até pornografia!!!

Fiquei com cara de tacho e me achando a pessoa mais desinformada da face da terra, embora agradecendo que a moça estivesse ali para não permitir que entregasse esse livro para uma criança de dez anos. Depois de resolvida a situação com a compra de PIRÂMIDE VERMELHA, até achei engraçado, mas na hora não foi nada hilário, não.

Pois bem. Isso tudo para demonstrar a necessidade de voltar para o universo dos livros, até porque o Pedro está encantado, contando cada pedacinho da história, descobrindo que os egípcios faziam pinturas representando o corpo inteiro para garantir na reencarnação viessem inteiros, com todas as partes, evitando a falta de alguma que não aparecesse no desenho e por aí vai!

Dez dias para receber os óculos prontos para uso e desde já solicito indicação de livros para essa nova fase!!! 

Aliás, livros eu não deveria ter incluído no "ano sem compras", pois certamente representam investimento em cultura, magia, diversão, sabedoria, sonho... e todas as demais palavras que nos levem a uma nova dimensão.

Já discorria Carnelutti, na obra Arte do Direito, sobre a existência humana em dois "mundos": o físico, ao qual está atrelado nosso corpo e vaga este no compasso do tempo, sem possibilidade de regresso e também um mundo metafísico, onde somos capazes de viajar rumo às lembranças de um passado já experimentado ou em direção a um futuro ainda não realizado, apenas imaginável, tudo com a velocidade do pensamento.

Os livros permitem acessar esse mundo metafísico, como aliás todo tipo de leitura, seja na internet e até em e-mails que recebemos, o que inclusive ocorreu hoje em uma mensagem de leitora conseguiu me arremesar para diversos locais, aflorando diversos sentimentos, inclusive contraditórios, mas sempre belos.

Torçam para que eu volte a enxergar o suficiente para ler!

______________

Mudando de assunto - podem até deixar de ler (rs).

Verificando a lista para hoje com acréscimo de alguns itens, temos que o dia foi bem mais tranquilo, embora não tão produtivo em termos de atividade (fiquei muito tempo com as crianças, brincando com elas ou somente deitada com elas), tendo realizado as seguintes tarefas:

- publicar novo post no blog, responder e-mails, comentários e desabilitar verificação de palavras

- ler os blogs que gosto e assistir a alguns programas de televisão que adoro

- ir até o trabalho para participar do chá de bebê de uma servidora

- levar Izabel até a farmácia para comprar remédio para dor de cabeça e depois tomar sorvete

- matrícula do Pedro na natação

- agendamento da revisão do carro

- troca do caderno de anotações da cozinha, passando os dados fixos para o novo caderno

- retirada de itens pequenos, acumulados e que não deveriam estar ali, dos balcões e potes de enfeite da cozinha

- retirada de rodos, vassouras e cabos de vassoura que não estavam sendo utilizados

- escrevi toda a tabuada, colocando fora de ordem em papel, para as crianças estudarem e aqui tive que rir de mim mesma: toda vez escrevo a tabuada do 2 ao 10 diversas vezes em papel e toda vez que tem que estudar outra vez, escrevo novamente. Isso era quase que insano! Agora escrevi em dez folhas de papel, com ordens diversas, vou tirar fotocópias e não precisarei NUNCA MAIS repetir a escrita. Consegui ser racional, não é mesmo? Quanto tempo para descobrir isso!


Ainda falta para essa semana:
- buscar quadros da Izabel
- levar Izabel ao banco
- pagar mensalidade guitarra
- lista de tarefas para Emília
- organizar marcadores do blog e acrescentar fotos nas postagens sem imagens
- arrumar quarto do Pedro
- organizar papéis que estão na entrada da cozinha

- avisar a Emília sobre cesto de descarte
- fazer pesquisa de preços de item solicitado por outra pessoa 
Estou anotando para verificar quanto tempo demoro para vencer essa lista!

Bolsa Prüne Animal Print

Porque não tenho um bolsa Prüne animal print? A razão, na realidade, é uma só, porque não preciso.

Estávamos passeando pela Calle Florida, ainda em Buenos Aires, a loja toda da Prüne em liquidação. Liquidação! Queima de estoque! Preço ótimo pela cotação do peso e ainda com desconto! Eu precisava desesperadamente daquela bolsa.

Adentramos a loja e os meninos encontraram um imenso sofá em frente a um jardim que ficava nos fundos da loja e brincaram:

- Pode olhar e comprar tudo que ficaremos por aqui!

Olhei, analisei, experimentei, verifiquei no espelho e aquela bolsa era espetacular. Um pouco diferente daquela da foto, mas era linda!

Chamei os meninos e fomos embora, eu com a desculpa de pensar e voltar depois! Pois bem, voltamos e perguntei para os meninos se deveria levar a bolsa, o Renato só fez uma careta que significava "para que?" e o Pedro já verbalizou "você não precisa de mais uma bolsa". Fomos para o hotel sem a bolsa!

Em outras épocas não teria nem pestanejado para comprar, mas lembrei da bolsa xadrez da Burberry acompanhada do trench coat da Burberry, peças raramente usadas e que custaram uma pequena fortuna. Lembrei da outra bolsa comprada em Buenos Aires há anos e que raramente é usada. Lembrei de todas as demais bolsas já doadas, vendidas ou por vender.

Que bicho é esse que fica me cutucando quando o assunto é bolsa ou sapato? Nem quero saber! Tenho mesmo é que deixá-lo sem alimentação e de repente um dia ele vai embora.

Ao chegar em casa, não senti falta da bolsa e resolvi contar a história para que possamos perceber juntos o quanto de inútil pensamos e desejamos trazer para casa, exigindo mais espaço para guardar e mais tempo para manutenção, além de deixar nossa conta com alguns dinheiros a menos somente pelo prazer da compra e não pela necessidade de real.

Percebi que tudo que eu queria era andar com a sacola branca da loja onde eles colocam as mercadorias e isso é muito engraçado, pois essa sacola seria a primeira a ir para o lixo ou iria para a gaveta das sacolas de lojas que nunca são usadas e não tem qualquer utilidade.

Fica a reflexão!

Um parênteses: nem sabia que o blog estava exigindo a verificação de palavras para os comentários e já desabilitei essa opção, tudo conforme sugestão da Marina, confessando que sofro muito quando tento comentar blogs que exigem essa verificação, pois quase não consigo distinguir as letras que vem "amontoadas"... Então, voilá!!!, podem comentar à vontade e sem sofrimento!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Listas... e mais listas...

Já escrevi pelo menos dois textos sobre listas que ainda não publiquei. Representam o que eu pensava sobre listas e sobre teorias aprendidas em outros blogs sobre listas.

Então, ao invés de divagar, resolvi colocar em prática na segunda-feira, dia 17 de setembro.

Acessei a internet até 08h30 da manhã e depois elaborei lista de atividades que deveriam ser realizadas no dia de hoje, considerando que há tempo de sobra em decorrência das férias.

Consegui realizar as seguintes atividades:

- mandar emoldurar os posters de filme que trouxe para a Izabel colocar no quarto

- marcar dentista para Izabel e Pedro - registrar data e hora no celular com alarme

- fazer medição para colocar lentes multifocais nos óculos, fiquei espantada com o valor de R$ 550,00 cobrado somente em relação às lentes, pois mais vez utilizei a armação que já tinha. As lentes anteriores custaram em torno de 15% desse valor, mas não consegui usar porque não enxergava direito e tinha que ficar tirando e colocando os óculos que tinham lente somente para perto.

- marcar consulta com Dr. Augusto - registrar data e hora no celular com alarme

- guardar sapatos

- marcar consulta Dra. Fávia para Izabel

- marcar consulta optometrista para Izabel - registrar data e hora no celular com alarme

- limpar e-mails do trabalho

- conferir cartões (meu e o que o Renato usa) e lançar os dados na planilha de setembro

- conferir conta corrente e lançar os dados na planilha de setembro

- fazer a soma parcial da planilhas com valores dos cartões e dos débitos em conta corrente

- solicitar suspensão das férias e fazer inscrição para semana institucional

- acessar o site da companhia aérea para antecipação do horário do vôo de volta da semana institucional

- ir ao mercado

- organizar bolsa

- arrumar meu quarto e organizar os papéis que estão guardados nele

- responder comentários e e-mails que chegam pelo blog 

- atualizar o blog à noite com essa postagem

CREDO!!!! Cansei. Chamam isso de férias? Quanta coisa eu fui adiando e quanta coisa consigo fazer em um só dia!!!

E essas ficaram para terça e quarta, sendo acrescidas de outras decorrentes daquelas realizadas:

- buscar quadros da Izabel

- marcar revisão do carro

- retirar vassouras e rodos estragados

- levar Izabel ao banco

- verificar horário para natação do Pedro

- pagar mensalidade guitarra

- tabuada Pedro e Izabel - costumo fazer folhas e folhas com os números para que eles respondam

- lista de tarefas para Emília

- organizar marcadores do blog e acrescentar fotos nas postagens sem imagens

- arrumar quarto do Pedro

- organizar papéis que estão na entrada da cozinha

- avisar a Emília sobre cesto de descarte

- fazer pesquisa de preços de item solicitado por outra pessoa

Percebi que com a lista fiquei mais focada, concentrada e sabendo exatamente o que deveria fazer, inclusive realizando algumas atividades em sequência porque tinha conhecimento do que precisava ser feito, caso contrário seria adiada até que viesse novamente à mente.

Volto amanhã à noite para verificar o que consegui realmente fazer!!!

Boa noite!!!

Quanto custa uma viagem para Buenos Aires?


 Espero não tenham estranhado três postagens em um mesmo dia como ocorreu ontem e isso ocorrerá em outros dias. Tenho certos objetivos dos quais não abro mão e aqui no blog pretendo um post por dia, podendo falhar talvez um dia da semana e, como viajei semana passada, estou em atraso e tentando correr atrás do prejuízo.

Como solicitado em comentários e também através de e-mails, farei uma breve exposição sobre os valores gastos em viagem de sete dias à Buenos Aires.

Ano passado viajei sozinha para o Peru e com todas as mordomias possíveis. Fechei um pacote com tudo incluído, agência buscando no aeroporto, levando para o hotel e vice-versa, passagens de ônibus e avião para diversas cidades, inclusive Cuzco, passeios de barco nas Ilhas Ballestas e sobrevôo sobre as linhas de Nazca, enfim somente tive que me preocupar com alimentação, exceto o café da manhã que por sinal foi ruim em todos os hotéis. O período foi de sete noites e nove dias, sendo o valor do pacote R$ 4.000,00 e levei R$ 2.000,00 para os gastos, evitando usar cartão de crédito.

Pois bem. Coloco os valores da viagem anterior para que vocês possam ter uma idéia da diferença quando organizamos tudo por conta própria, os passeios são muito mais baratos e, acredite, temos capacidade para fazer tudo sozinhos, basta perguntar na rua qual o ônibus ou linha de metrô que serve determinado local, utilizando táxi em último caso, embora em Buenos Aires seja muito em conta andar de táxi.

As passagens aéreas não foram muito pensadas ou programadas em razão do tempo. O Renato resolveu participar da maratona há três ou quatro meses e, para não perdermos a oportunidade, compramos logo que feita a inscrição para a corrida sem esperar promoções. Entretanto, acaso você tenha tempo vale muito a pena esperar as promoções anunciadas de tempo em tempo pelas companhias aéreas.

As passagens minha e do Pedro, incluídas taxas de embarque, ficaram em R$ 1.443,75 e a do Renato em R$ 932,12, saindo de Londrina. Lembrando que um dia antes de viajar  recebi e-mail com promoção de passagens ida e volta para Buenos Aires, saindo de São Paulo, por menos de R$ 400,00.

Hotel o mais simples possível e sete diárias totalizaram de R$ 1.596,00. Somente voltávamos para o hotel à noite e saíamos bem cedo, logo não compensava ficar em um hotel excelente somente para dormir e tomar banho.

O café da manhã era simplesmente espetacular e no nome do hotel era Regente Palace, com reserva e pagamento através do site Decolar, pois acaso optasse pagar diretamente no hotel ficaria em torno de 10% mais caro.

Até aqui tudo foi pago com o cartão de crédito sem qualquer parcelamento, pois não há nada mais chato que voltar de viagem e ficar pagando valores mensais do que já passou.

Não utilizei cartão de crédito durante a viagem e levamos R$ 2.500,00 para os gastos todos, desde alimentação, transporte inclusive do hotel para aeroporto e vice-versa, passeios e eventuais compras, sendo aproximadamente 6.000 pesos com a cotação na época da viagem.

Quando levamos dinheiro é mais fácil controlar as despesas, pois quando chegou no último dia havia sobrado apenas o dinheiro do táxi para o aeroporto e isso evitou compras por impulso em final de viagem, sendo que a falta de tempo no freeshop evitou mais uma vez a utilização do cartão de crédito.

A viagem para três pessoas totalizou R$ 6.471,87 ou R$ 2.157,29 por pessoa, valores bem diferentes do ano passado. Acaso tivéssemos feito reserva mensal de valores durante um ano precisaríamos deixar de gastar R$ 539,32 mensais para três pessoas ou R$ 179,77 mensais por pessoa.

Fomos em ótimos restaurantes e cafés, fizemos maravilhosos passeios, sem a intermediação de agências de turismo. Poderia alguém argumentar que com agência é mais cômodo, mais tranquilo e mais seguro, mas conseguimos fazer tudo sozinhos e a preços bem mais razoáveis. Agora, se você é marinheiro de primeira viagem, é aconselhável que vá com agência mesmo.

Antes de viajar fiz uma exaustiva pesquisa na internet, inclusive de linhas de metrô e de ônibus que serviam a cidade e região metropolitana, o que facilitou em muito andarmos tranquilamente por lá, pesquisa que posso disponibilizar aos interessados, é só pedir!

(a pesquisa foi disponibilizada a pedido nesse post "Pesquisa - Buenos Aires")

Um parênteses. Sempre que viajava comprava um guia de turismo da cidade ou cidades que iria visitar, mas como deixei de comprar revistas e livros, pregando que tudo estava na internet, precisei provar isso também na viagem e a premissa era totalmente verdadeira, embora um ou dois endereços não estivessem corretos, pois os estabelecimentos haviam mudado de local.

Voltando aos passeios, lembro de ter viajado certa época com todos os passeios já fechados, ocorre que não suportei tanto sobe e desce, razão pela qual tentei cancelar um ou dois passeios e não foi possível, logo, mais uma razão para ir fazendo as visitas conforme sua capacidade física permitir e sem compromisso já agendado.

VALORES DE PASSEIOS:

1) A entrada no zoológico de Buenos Aires era de 47 pesos por pessoa e o Pedro não precisava pagar, utilizamos metrô a 2,5 pesos por pessoa para cada trajeto. Oferecido pelas agências apenas city tour no valor de 85 pesos ou 270 pesos com almoço, sendo que nesse caso se pode conhecer a cidade a pé ou mesmo com transporte público.

2) No Bioparque Teimakén a entrada era 95 pesos para adultos e 74 pesos para crianças, utilizamos ônibus metropolitano a 15 pesos por pessoa cada trajeto. As agências oferecem o passeio por 270 pesos por pessoa, então ao invés e gastarmos 354 pesos no passeio para os três, gastaríamos 810 pesos.

3) A visita guiada no Estádio do Boca Juniors a entrada era 30 pesos por pessoa e se quiser somente a entrada 10 pesos por pessoa, utilizamos ônibus urbano a 2 pesos por pessoa para cada trajeto, aproveitando para conhecer o bairro La Boca, Caminito e museus próximos a esse local. Aqui também somente oferecido city tour.

4) No Zoológico de Lujan 130 pesos por pessoa mais 550 pesos o táxi, sendo esse o valor total para levar, esperar e trazer de volta para o hotel - aqui valeu a pena porque estávamos em quatro pessoas. Para quem está sozinho vale a pena ir por agência que cobra 400 pesos por pessoa. Em quatro gastaríamos 1.600 pesos e gastamos 1.070 pesos.

As agências oferecem também passeios para o Tigre , Delta e Parque de La Costa, com valores médios de 300 pesos por pessoa, mas o trajeto pode ser vencido com ônibus metropolitano a 15 pesos por pessoa, sendo que não sei informar o valor do passeio de barco que não fiz porque achei muito bucólico para o Pedro e a entrada do parque porque não deu tempo.

Os demais passeios geraram despesas somente com transporte e alimentação, conforme valores já colocados acima para metrô e ônibus, quanto ao táxi dependia do percurso a ser feito e eles usam taxímetro.

Impressionante foi o Pedro que já no segundo dia conhecia todas as linhas de metrô e nos guiava nos túneis até o local correto. Foi engraçado e ao mesmo tempo providencial. Ele dizia temos que pegar o Diagonal Norte e havia dois túneis - Retiro e Constituição -, quando perguntei qual dos dois ele disse que era Retiro, chegando até a plataforma descendo pelo túnel do Retiro estava escrito com letras garrafais (rs) Diagonal Norte. Penso que ele deve ter feito um raciocínio tipo jogar vídeo game, só pode!!!!

Para o deslocamento aeroporto/hotel o valor era de aproximadamente R$ 70,00/90,00 para cada trajeto, sendo que havia a possibilidade de transporte urbano muito mais barato, mas o cansaço não permitiu. Existem vans que saem do aeroporto com o mesmo preço dos táxis.

As compras dos meninos foram por eles custeadas, inclusive aquelas feitas pelo Pedro que levou seu próprio dinheiro. Eles optaram por camisas e camisetas, além do Pedro ter comprado um tênis, e somente fizeram compras porque eram itens necessários e em valores muito mais baixos. Como exemplo, o Pedro gosta das camisetas da Vans e Echo que aqui no Brasil custam R$ 120,00, lá pagou o equivalente a R$ 40,00 e o Renato além de duas camisetas precisava de camisas sociais, comprou duas pelo valor total de R$ 140,00 e de ótima qualidade. Minhas compras se resumiram a R$ 100,00 em meias Silvana e R$ 200,00 em freeshop para os chocolates e maquiagem para Izabel.

O Renato ainda pagou metade da passagem, pois a outra metade foi presente de aniversário e pagou um terço das despesas, o que ajudou a diminuir o valor que gastei.

Os restaurantes são muito baratos, qualquer coisa como R$ 30,00/40,00 por pessoa e não consigo em viagem, em razão do café da manhã que demoro mais de hora para terminar, fazer mais do que uma refeição (almoço ou jantar), somado ao fato de consumir media luna com café durante os passeios e outros pães doces.

Esses valores são bem razoáveis para uma semana de férias e foram bem melhores do que o ano passado, o que significa que é possível melhorar cada vez mais nossa forma de lidar com o consumo.

domingo, 16 de setembro de 2012

Casa minimalista...

Um dia ainda consigo ter uma casa minimalista, embora atualmente isso pareça muito distante. Como ser minimalista vivendo em uma casa imensa, cheia de locais pouco frequentados e repleta de escadas? Só sendo ninja mesmo!

Sala de visitas? Bem, existe uma que mais parece um salão de festas, aliás a pessoa que construiu a casa idealizou que esse local não teria móveis e seria realmente um local para dançar, pode? Logicamente coloquei sofás, poltronas, aparador, mesa de centro e mesa lateral, além de alguns objetos decorativos.

Muita coisa foi embora, mas daí a ser uma sala minimalista falta muito! O interessante disso tudo é que logo que mudei recebia muitas visitas, fazia jantares e as crianças também chamavam amigos, sendo que hoje em dia isso raramente acontece.

É certo que procuro manter tudo limpo e organizado na medida do possível. Bem sei que algumas fotos que postei por aqui geraram dúvidas nas pessoas sobre o que entendo ser organizado, pois o meu organizado estava uma bagunça etiquetada e precisei rever conceitos, bem como reavaliar a utilidade e necessidade de muita coisa que mantinha por puro apego emocional.

Continuo a remover todo o desnecessário e é um processo longo, árduo até! Ora, estamos condicionados a ver muitas coisas como essenciais e muitas delas representam apenas alguma demonstração de poder ou uma forma de elevarmos nossa autoestima, restando perguntar para que e para quem devemos mostrar tudo isso, gerando uma vida cheia de afazeres inúteis, organizando coisas inúteis, limpando inutilidades.

Os lugares em que foi possível fazer um destralhe maior me trazem uma certa calma, tranquilidade e a certeza de que esse é o caminho correto para minha paz interior e para que possa ter tempo para outras atitudes mais importantes e que tragam mais satisfação.

Atualmente vivo menos estressada pois menos objetos estão a exigir atenção e a me distrair. As gavetas da cozinha são um exemplo, já não perco mais tempo procurando o que preciso, considerando que somente mantive o que uso, somado o prazer de olhar uma gaveta organizada onde todos os itens são facilmente identificados.

Organização é capaz de trazer uma calma imensa, menos coisas tornam o local mais bonito, mais fácil de limpar.

Sinto que o processo está se desenrolando no sentido de ter o mínimo de coisas possíveis e, como já dito, o possível de cada um é completamente diferente.

Móveis não usados estão seguindo para pessoas que façam bom uso deles. Pontos de cor em diversos lugares, evitando qualquer coisa mais espalhafatosa ou com tons gritantes que agucem os sentidos como um "susto". 

Toda a correspondência encaminhada para o devido local - pasta, lixo, banco ou bolsa. 

Priorizar itens de qualidade, penso que todos lembram do liquidificador de R$ 50,00 que comprei durante o "ano sem compras" por ser essencial, quando voltei de viagem ouvi falar que ele está soltando pedaços de plástico, primeiro eu caí na gargalhada, mas depois parei para pensar que poderia ter investido em um item de qualidade e é isto que vou fazer. Certo que o prejuízo financeiro foi pequeno, entretanto não resta dúvida de que haverá mais um descarte na natureza de um objeto danificado e não ajudei com a sustentabilidade com esse meu ato de economizar valores.

Se você ainda está começando o processo, lembre-se que a pretensão de fazer tudo de uma única vez pode resultar em um verdadeiro desastre e em arrependimento sem fim. Vá com calma! Uma gaveta por vez, um cômodo por vez ou até um objeto de cada vez, tudo conforme seu ritmo, respeitando suas limitações e suas dificuldades com o desapego. 

Você não precisa amanhecer minimalista, pois o minimalismo é um processo e precisa ser assim para que os conceitos sejam interiorizados e se torne um modo de vida, caso contrário será apenas uma onda passageira difícil de manter.

Desenvolva o seu conceito de essencial, de necessário e vá retirando tudo que seja supérfluo, tudo que lhe dá trabalho sem lhe dar prazer visual, lembrando sempre que cada item deve ter seu lugar ou como costumo dizer por aqui "sua casinha", dessa forma será facilmente localizado, facilmente guardado após o uso e com possibilidade de ficar sempre organizado.

Mesmo que você tenha passado a casa toda, feito todo o processo em todos os cômodos, pode ter certeza que voltando aos mesmos lugares achará outras formas de simplificar mais ainda e outros objetos que podem ser retirados, até que tenha somente o essencial.

Para começar "cronometre" o tempo mesmo que apenas quinze minutos por dia. Fiquei impressionada com essa história de cronometrar, pois muitas atividades que ficava evitando foram realizadas em períodos de dez a quinze minutos e eram adiadas porque eu pensava que levaria uma manhã inteira.

Foco e determinação, concentração em única atividade e o tempo vai rendendo de maneira que desconhecemos ou havíamos esquecido. Sou meio "passada" e minha noção de tempo estava totalmente perdida por aí, não sei bem onde e fiquei feliz ao redescobrir o quanto consigo fazer em pouco tempo.

Talvez eu estivesse precisando da "autoridade" de alguém e a do relógio ajudou muito.

É um longo caminho!