quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sobre coleções e... acumulação...

Sempre fui uma "colecionadora", leia-se... acumuladora...

Certa vez tinha um vaso de violeta e um copo de água era suficiente para regá-las, o que ocorria duas vezes por semana. Bastou pegar algumas folhas e colocar em um copo de água para que criasse raízes, comprar alguns vasos, terra vegetal e em pouco tempo eu precisava de um balde para molhar todas as plantas que "criei".

Havia também as corujas... uma coleção de corujas... cada lugar que ia comprava uma coruja... muitas corujas e uma prateleira e muitas coisinhas para tirar o pó... até que minha mãe falou que quem tinha coleção de corujas não acharia sua cara metade e doei todas minhas corujas, uma para cada pessoa. Bem, ainda não achei a tal cara metade, mas me livrei daquele monte de tralha.

E as bonecas? Já falei delas por aqui e tem fotos de todas elas. Não, não consegui me livrar das criaturas... estão em quatro caixas no roupeiro aqui em Londrina. Atribuía o fato de ter mais de cinquenta bonecas de porcelana ao fato de minha tia ter prometido me dar uma boneca que tocava música e girava e nunca ter feito. Na última conversa a tal tia nem sabia que fim a boneca tinha levado.

Por aí vamos com bolsas, sapatos, roupas e tudo isso somente pode ser mania de colecionar acumular e com esses itens consegui conter a acumulação, tendo atualmente quase somente o essencial.

Resolvi, então, que gosto de canecas. Em cada viagem uma caneca e o resultado são duas prateleiras de canecas, somado ao fato de que minha filha também resolveu que gosta de canecas e sempre ganha canecas de presente.

Como se pode ver a cura total ainda não se apresentou, mas a consciência disso tudo já ajuda a destralhar mais e a deixar de trazer para casa um monte de coisas sem sentido.

Você "coleciona" alguma coisa?

quarta-feira, 22 de julho de 2015

BONITO-MS é maravilhoso!!!

Esse blog não morreu... é como eu já havia comentado por aqui... irá devagar até que eu ajeite algumas coisas pessoais e profissionais fixadas como objetivo e que estão indo como o planejado. É sempre assim, quando priorizados algo temos sempre outra situação que acaba ficando preterida.

Pois bem.

Vim aqui para contar de uma viagem maravilhosa que fizemos. Trocando o consumo de supérfluos por experiências que enriquecem a vida.

Fomos à Bonito-MS e impressionante a expressão do Pedro em determinados locais, não conseguíamos nem falar e a única frase que vinha à mente era "parece de mentira!". A Izabel, apesar de urbana, também se divertiu bastante. Vivemos juntos uma experiência inesquecível e fantástica, com situações que jamais imaginamos.

Pegamos o avião de Londrina para Campo Grande e de lá já havíamos contratado um transfer para Bonito-MS, mais ou menos trezentos quilômetros. Contratamos todos os passeios pela internet. a chegada foi às 13h00 em Bonito-MS e já às 15h00 fizemos uma flutuação no Aquário Natural.

A organização do turismo naquele local é simplesmente inacreditável. Tudo com horário marcado e com horário cumprido. Nada atrasa. Não há filas. O estresse de espera não existe.

Certo que se houvéssemos alugado um carro em Campo Grande e feito o transporte para o local dos passeios por conta própria sairia muito mais em conta, entretanto, com o guia e a contratação do transporte foi tudo mais tranquilo, podíamos ir e voltar dormindo... rs... sem a preocupação de se perder nas estradas de terra ou perder o horário dos passeios.

Não adianta fazer pesquisa de preço dos passeios (praticamente todos são pagos), pois os valores são tabelados e centralizados em único sistema.

Já no segundo dia visitamos a Gruta do Lago Azul e a Gruta de São Miguel, dali saímos para o almoço e trilha na Estância Mimosa para tomar banho nas diversas cachoeiras. Foi o melhor almoço de todos, somente comparado ao almoço da Fazenda do Rio da Prata que fomos no último dia, aliás esses dois locais pertencem ao mesmo dono. O doce de leite, arroz doce, canjica com amendoim... foram uma surpresa à parte.

Na Fazenda do Rio da Prata também fizemos flutuação. É um passeio lindo e surreal ver rios e nascentes de águas tão claras e com tantos peixes.

Eu somente não recomendaria o combo no Porto da Ilha. Você fica lá o dia todo, o almoço é péssimo, os armários para guardar as coisas tem portas quebradas e tudo sai com um horrível cheiro de mofo que te acompanha no caminho de volta. Nesse caso o interessante é fazer o passeio de bote e ir embora. Fizemos o passeio em um caiaque inflável para duas pessoas (não lembro o nome), stand up, bóia cross... mas o interessante mesmo, como eu já disse, é o bote para doze pessoas que passa por diversas corredeiras.

O hotel que ficamos era bem bonito, com piscina aquecida, mas com café da manhã meio fraco e sem muitas coisas gostosas, de qualquer foram valeu a pena... Wetiga Hotel... com reserva feita pelo Decolar.
 
Deixo aqui algumas fotos 





































domingo, 12 de julho de 2015

Destralhe... até que enfim voltou...

Já estava com saudades de um destralhe. Os dias vão passando, um pequeno período de desânimo e hoje finalmente saiu o destralhe do quarto do Pedro.

Ficava pedindo para ele olhar e nada. Pedia para olhar junto e nada. Aproveitei, então, que ele estava assistindo televisão e tirei todos os cabides e fui mostrando um a um para ele. Separei uma pilha de roupas que ficaria e uma que iria embora. Acreditem! Havia roupas com etiqueta.

Esqueci de tirar fotos do antes, mas para terem um ideia eu não conseguia mais guardar as roupas de tão entulhado que estava. Quanto ao esquecimento penso que foi a falta de treino mesmo... rs...

Quando estava em fase de separação:
 


Roupas que saíram:













Cabides que sobraram (28 para ser mais exata) e já contei por aqui que prefiro as roupas em cabides porque quando coloco em pilhas para tirar uma camiseta todas demais ficam desarrumadas:













Roupeiro arrumado e o grito do Pedro: - Mãe, você tem problema! Está tudo separado por cor!
 

Percebi então que o menino só usa preto, azul marinho, cinza escuro, branco, vermelho e tem uma camiseta roxa perdida.

E olha que raramente compro roupas para ele. Como aconteceu isso? Essa quantidade toda? São roupas que ganha de aniversário, roupas que ficam para ser usadas um dia e nunca são, roupas que outros parentes compram...

Realmente, é preciso uma vigilância constante!

terça-feira, 7 de julho de 2015

E o consumo novamente...

Hoje conversando com uma senhorinha e ela contou o que faria com um dinheiro que havia recebido:

- Ziula, cuido dos meus netos, quer ver as fotos?

- Gostaria muito!

- Olha esse bebê é irmão desse menino de nove anos. Cuido dos dois porque minha filha é meio... Adoro cuidar dos meus netos. Já disse para o mais velho que se desse certo receber minha dívida iria comprar para ele um PS3 (aparelho de vídeo game)... Sabe como é... a gente não quer que eles fiquem doentes por causa de uma coisa dessas!

- Como está o trabalho?

- Ah! Minha filha! Não consigo mais trabalhar, então faço uma faxina aqui e outra ali, às vezes ganho R$ 30,00 ou R$ 50,00 ou até mesmo um saco de arroz pelo serviço. Meus netos não passando fome é o que conta, não é mesmo?

- Com certeza! Que bom que a senhora consegue trabalhar mesmo que seja um pouco. Vá com Deus e que tudo dê certo com sua família!

E fiquei ali sozinha... pensando no vídeo game... na criança que ficaria doente acaso não o ganhasse... na senhora trabalhando doente... no dinheiro da dívida que seria gasto de forma tão sem sentido... 

À noite, conversando com meu filho mais velho e lá tinha ele uma história parecida, uma conversa com uma pessoa muito simples que tem como remuneração um salário mínimo.

- Renato, vou comprar um PSP (vídeo game portátil), aliás ... vou comprar dois... um para cada filho porque eles não sabem dividir!

- Meu irmão teve um e usava muito pouco porque eles querem mesmo é uma tela grande para jogar.

- Então, vou comprar dois tablets...

- Olha, eu não gosto de tablet para acessar a internet, não consegui acostumar.

- Pois é, o jeito vai ser comprar dois notebooks, um para cada um.

- Mas você já tem um notebook.

- É meu e não empresto para meus filhos, eles podem estragar.

- Ah! Tá!

E assim vão as pessoas mais simples atendendo desejos infantis que poderiam ser ponderados, explicados... atendidos conforme a situação da família melhorasse e somente talvez atendidos.

Fiquei pensando novamente quantas vezes fazemos as coisas para os filhos na hora errada, no momento financeiro incorreto e como também pisamos na bola.

A vida caminha e a consciência do que é certo vai se modificando... às vezes para melhor... às vezes para pior...

Entendo que temos responsabilidade com o estudo... estimular... propiciar cursos... boa escola e faculdade... depois eles deveriam ir buscar o próprio caminho e com as próprias pernas...