quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Correria, decisões e medo...

Nem percebi que a última postagem foi domingo e já estamos na quarta. Desculpem, pois surtei completamente essa semana.

Estou repleta de "problemas" no trabalho, na realidade não são problemas e sim situações irremediáveis, um tanto de cansaço das pessoas, outro tanto de esperança de uma vida diferente, um pouco de preocupação, muita ansiedade e isso tudo se transformou em uma mistura nitroglicerinada que explodiu dentro de mim.

Por tudo isso, ontem fiz meu pedido e pretendo ser removida para Londrina. Tudo certo não fosse um colega mais antigo que está em dúvida e na mesma situação minha. Se ele resolver também pela remoção precisarei esperar até o final do ano, mas parece que dessa vez não tem volta... somente parece, porque não confio muito nas minhas decisões e isso é até engraçado.

Dessa vez está documentado o pedido, o que já é um grande passo para quem nunca tinha tido a coragem de colocar no papel.

O Pedro Henrique é contra a mudança. O Renato parece que entende ser inevitável. A Izabel está conformada, mesmo porque talvez tivesse que ir de Cornélio Procópio para Londrina todos os dias para fazer faculdade.

Enfim, a intenção é sair de uma casa de quase quinhentos metros quadrados e passar a viver em um local com no máximo oitenta metros quadrados. Será que consigo? Vou chegar ao cúmulo do minimalismo? Conseguirei minimalizar minhas coisas nessa proporção?

Surtada completamente! Preocupada!  A única certeza que tenho é que preciso movimentar minha vida nesse sentido! Chegou no limite minha acomodação e somente um grande movimento trará algo diferente.

Desculpem mais uma vez pela demora e torçam por mim!

domingo, 28 de outubro de 2012

Tecnologia, consumo e desemprego

Essas mudanças tecnológicas todas me tiram do sério e é por isso que estou bastante nervosa nos últimos tempos, não é a tireóide não!

Lembro da categoria dos bancários, normalmente era a melhor remunerada e com o maior destaque na sociedade. Com os caixas eletrônicos e outras tecnologias de atendimento virtual, verificou-se uma diminuição na quantidade de empregados nessa área, bem como uma derrocada salarial, sendo que os valores recebidos hoje pela categoria são infinitamente menores que aqueles pagos antigamente.

Toda essa corrida por desenvolver novas tecnologias e novos produtos tem como maior objetivo a diminuição do custo dos produtos, entretanto gera desemprego, gera extinção de toda uma categoria de trabalhadores, além de deixar muitos e muitos à margem do mercado do trabalho por conta da impossibilidade de acompanhar e até mesmo aprender como funcionam esses novos meios de produção.

Algumas culturas agrícolas que geravam muitos empregos foram mecanizadas, outras estão sendo mecanizadas, por exemplo o corte de cana. Quanto à este último concordo que não é trabalho para ser humano realizar. Um cortador de cana tem "vida útil" pouco superior a trinta anos, entretanto fico me perguntando o que será feito desses trabalhadores que muitas vezes são analfabetos.

Pois é. Mudamos o modo de produção que era feito para gerar mais produtos e terminava por gerar mais empregos e, por consequência, movimentava a economia através do consumo que era inclusive incentivado. E agora?

Talvez migremos para um sistema diverso do capitalista, onde as pessoas sejam mais cautelosas em relação ao consumo, deixando a "ilusão" do ter cada vez mais coisas para supostamente encontrar a felicidade. 

Já estamos caminhando rumo à modificação dos hábitos, deixando de produzir adrenalina das compras por impulso e passando muitas pessoas a um consumo consciente e somente do necessário.

E como ficará a grande massa desempregada? Não sei!

Aprendi a "datilografar"- para quem não sabe datilografar é utilizar a máquina de escrever de forma correta -, fui obrigada a utilizar máquina elétrica e após uma máquina de escrever eletrônica, depois fui coagida a utilizar o computador e os programas para mim serviam apenas para "datilografar" meu serviço. Depois veio o acompanhamento por computador dos processos e atividades. Há algum tempo trabalho com processo digital no sistema do Paraná e agora mudarei para o PJ-E, sistema nacional.

Olha, é muita mudança para quem veio da máquina de escrever Olivetti ou Facit. E o pior é que essas mudanças vem acompanhadas de alterações salariais (falta de reposição por mais de seis anos, sequer considerando a inflação, apesar da Constituição prever essa reposição de forma anual) e essas alterações atingem diretamente os cargos das pessoas com quem trabalho, com retirada de funções gratificadas e isso gera uma menor remuneração, ficando cada vez mais a carreira pouco atrativa.

E lá vamos tentando adequar o consumo à essas novas realidades tecnológicas e financeiras. O que acontecerá daqui para frente? Parece que antigamente tínhamos possibilidade de sonhar, esperar tempos melhores. Hoje em dia a vida vem atropelando e a cada dia uma novidade nem sempre boa, dificultando planos e até dificultando a forma de trabalhar, pois constantes as mudanças e sequer sendo dado um tempo razoável para adaptação.

O que acontecerá daqui para frente? O que acontecerá com a multidão de desempregados criada pela tecnologia? O que acontecerá com todos nós em termos de consumo?

É preciso antecipar, no mínimo e na medida do possível, mudanças em relação ao consumo. 

Pense nisso!!!

sábado, 27 de outubro de 2012

Desculpas...

E lá venho eu com vontade de ficar resmungando. Quero fazer muita coisa, olho muita coisa por fazer, penso em organizar, penso em sistematizar, penso em levantar da cadeira, penso em tanta coisa e termino o dia sentada, pensando em tudo que poderia ter feito e não fiz.

Ainda não sei se é uma fase ou se sou assim mesmo. Não é minha tireóide, com certeza, pois os exames apontaram que está tudo normal.

Estava meio estressada nos últimos dias e dizia para as crianças:

- Se eu começar a gritar, ignorem, é minha tireóide que está descontrolada!

Fui ao médico e não há nada errado com ela, dessa forma não tenho mais desculpas para surtos psicóticos e nem teria antes porque o hipertireoidismo não causa isso, bem sei, apenas me deixa apática e não neurótica.

Vou tentar fazer alguma coisa nesse exato momento, considerando que muito há a ser feito, já é final de ano e estou deixando mais um ano passar com a desculpa de que é início de ano e nada funciona antes do Carnaval, já é metade do ano e nada mais pode ser programado, já é final de ano e não há tempo para mais nada.

Atitude! É disso que estou precisando!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Desapego emocional...

Estou demorando para publicar os comentários, pois gosto de responder a cada um dos questionamentos que surgem por aqui. Então, tenham um pouco de paciência comigo que estou em uma fase de mudanças e está bem complicada a administração do tempo, prejudicando até mesmo o surgimento de idéias que possam ser concatenadas em uma postagem.
 
Recebi em um dos comentários as seguintes perguntas: Como você se desapega? Como pratica o desapego emocional de pessoas? Quais os critérios?
 
Difíceis respostas, talvez até impossíveis. Cada pessoa tem uma forma de lidar com outros, uma maneira de depender emocionalmente e até financeiramente de outras pessoas, um jeito de lidar com os relacionamentos e tudo isso vai ser determinante para o desapego.
 
Certa vez me envolvi em um relacionamento complicadíssimo e de duração maior do que deveria, sendo que perguntava para uma amiga: se é assim, porque não consigo me afastar? A resposta dela foi no sentido de que um relacionamento só acaba quando não há mais nada e se estava dessa forma é porque ainda havia alguma coisa.
 
Passou o tempo, veio a experiência e a consciência sobre o chamado custo/benefício, ou seja, sobre colocar todas as situações na balança e ver se aquela situação toda compensava, conforme sugerido pelo psicólogo da época. Conclui que o custo era muito mais alto do que eu estava disposta a pagar e o benefício era estresse constante, brigas repetidas, divergência grave de opinião e por aí vai.
 
Então, o que posso dizer hoje, após ter feito a opção de ficar sozinha, é que nossa auto estima deve estar muito elevada, devemos nos amar acima de tudo, não depender de outras pessoas para nada, seja emocional seja financeiramente e enxergar as coisas como elas realmente são.
 
As pessoas não mudam porque a gente quer ou aconselha. Se houver uma mudança será em razão única e exclusivamente de um movimento interno e por vontade própria. Logo, você tem que aprender a ouvir desde o início e ouvindo certamente se envolverá menos ou mais, mesmo que a princípio pareça difícil não se envolver por estar apaixonada, mas é mais fácil evitar transtornos maiores no início.
 
Depois que iniciou o relacionamento, e aqui levei as perguntas para o campo de relacionamentos amorosos, é preciso analisar o quanto você está disposta a ceder, a aceitar, a suportar, pois se a pessoa é muito diferente e tem muitos "defeitos" (defeitos no sentido de coisas e comportamentos que você não aceita) o correto e saudável é se afastar o mais rápido possível, em busca de um viver melhor.
 
A dificuldade está em algumas pessoas que não conseguem ficar sozinhas, por várias razões, e terminam por aceitar qualquer tipo de relacionamento. Isso é um perigo para sua saúde mental.
 
Concluindo, para minimalizar relacionamentos e se desapegar é preciso inicialmente muito amor próprio, atividades que possa realizar sozinha, amigos que possam ajudar e, principalmente, ter a consciência de que por vezes é melhor ficar sem relacionamento amoroso do que viver em uma roda viva de confusões e infelicidade.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dica de compra... se você precisar comprar... CASHOLA

A Izabel ficou "maluquinha" quando encontrou aqui na cidade um porquinho igual ao da Adriana, aquele famoso que conta moedinhas, o problema é que custava mais de oitenta reais, então a compra foi abandonada.

Dia desses encontrei um site chamado CASHOLA que oferece descontos em diversas lojas cadastradas, tem promoções, coisas grátis, opção de compras coletivas, competições e cashback, sendo que nesse último caso você procura o site parceiro e no Cashola indica quanto você receberá de volta para gastar quando, onde e como quiser.

Pois bem. O cofre de porquinho não tinha cashback, mas o preço estava ótimo - R$ 49,90 já incluído o frete e chegou direitinho, no prazo combinado.

Quando comprei o liquidificador esse mês também utilizei esse site para direcionar para outra loja e recebi como cashback R$ 2,50.

Hoje o Pedro precisou comprar uma chuteira. O preço no site da loja e através do Cashola era o mesmo, com o diferencial de que o direcionamento pelo Cashola propiciou o cashback de 3% do valor pago.

Esse não é um publipost, mas se você tem necessidade de comprar alguma coisa, vale a pena pesquisar, seja para encontrar preços menores, seja para receber algum valor de volta.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mostra pedagógica e mudanças...

Primeiro deixa eu contar uma coisa engraçada. Quando voltei na academia, acompanhada da Izabel e do Pedro, esse último do alto dos seus dez anos e preocupado com o comportamento que eu teria com o professor aconselhou:

- Mãe, a professora falou que quando uma pessoa é mal educada com a gente devemos ser bem educados, porque daí a pessoa fica com vergonha!

Izabel também estava preocupada, considerando que tenho fama de, no mínimo, ser MUITO brava.

Bem, tive que manter a postura esperada pelas crianças e deu tudo certo, embora eu me sentisse como se estivesse me "fingindo de morta" com aquele sorriso falso.

É isso,  controlar impulsos, desejos e vontades sempre traz bons resultados.

Relatado o fato, chegamos à mostra pedagógica do Pedro que está cursando o quinto ano, antiga quarta série.

Fiquei feliz ao ver os trabalhos feitos sobre o consumo e a reflexão proposta às crianças quanto ao consumismo exagerado. Professores e outros empregados da escola foram entrevistados sobre a relação com o consumo, valores que conseguiram economizar e o objetivo dessa economia, formas de gastar menos com o lanche, tudo isso demonstrando a preocupação com o consumismo se espalhando e a formação de uma nova cultura voltada ao consumo consciente.

Todos os trabalhos foram feitos utilizando muito material reciclado e alguns voltados à consciência da necessidade de preservação do meio ambiente.

A mudança está aí, escancarada, rondando nossas casas. E você o que está fazendo em busca de um consumo consciente? Quais os sonhos você pode realizar economizando valores ao invés de fazer empréstimos? Comece hoje! Comece agora! Sonhe grande, sonhe pequeno, mas tenha sonhos e tome atitudes para realizá-los o mais breve possível!

Fotos da mostra:










terça-feira, 23 de outubro de 2012

Academia, esteira, ioga e outros assuntos...

Recebi muitos comentários no post "Qual a possibilidade de virar cabide ou já virou cabide?", então resolvi responder por aqui.

Parece que sou muito disciplinada, mas as aparências enganam. Tenho muita dificuldade em levar qualquer coisa adiante. Dessa forma,  a atualização diária do blog, o consumo consciente, o "ano sem compras", dentre outros, foram situações que me surpreenderam pela continuidade e persistência.

Analisando tudo que foi dito, vou voltar para a academia na quarta e falarei claramente sobre meu objetivo - caminhar na esteira. Bloquearei qualquer tentativa do professor em dizer alguma coisa, aliás ele teve a capacidade de mentir para o dono da academia e para minha filha que não me mandou embora e não posso responder pelos atos de pessoas que usam mentiras para se defender, somente posso responder por mim.

Quero caminhar, acompanhar meus filhos na academia, deixar de achar desculpas para não fazer exercícios regularmente. Salientando que embora não suporte aquela música alta da academia estou disposta a passar por essa experiência.

Por outro lado, não abandonei a idéia da compra da esteira.

Gostei da idéia de treinar minha determinação e também daquela de fazer outras atividades enquanto caminho na esteira, pois fico em casa atirada em algum canto e assistir um filme ou ouvir uma música mais calma enquanto caminho certamente trará bons resultados, mesmo que o uso seja por vezes menos intenso. 

Tem dias que não saio caminhar porque está frio demais, quente demais, chuvoso demais, apenas chuviscando e nesses dias seria ótimo não parar o exercício. Existem outros dias em que as crianças também não vão para a academia por um motivo ou outro, então seria mais uma possibilidade de me exercitar.

Conversei com meu filho sobre a compra e ele também pensa ser inevitável virar cabide, mas complementou dizendo que todo mundo precisa ter uma para passar pela experiência.

Mesmo assim, envidarei esforços para que não vire cabide e comprarei usada para que o prejuízo seja menor, para que algum desiludido possa passar  sua esteira para outra pessoa, para diminuir o impacto ambiental e para praticar o consumo colaborativo.

Sobre o consumo colaborativo já criei há algum tempo, desde que a Lud fez o bazar, um grupo no Facebook onde as pessoas da cidade podem vender seus itens usados que não mais utilizam e realmente tem um efeito ótimo. 

Muitas das minhas coisas já estão circulando por preço inferior àqueles praticados nas lojas, possibilitando às pessoas a aquisição de bens em ótimo estado e de ótima qualidade por um preço bastante acessível, além de impedir que vão parar no lixo e também trazendo algum retorno para mim que já recebi diversos valores de volta e que haviam sido gastos em coisas que não usava mais.

Voltei a pensar na idéia de voltar a fazer ioga,  somente preciso analisar meus horários, pois com nova filha em casa, um filho pequeno e um filho mais velho que caiu de bicicleta ontem e teria morrido se não estivesse de capacete, somado ao trabalho e mudança para a segunda Vara do Trabalho que será instalada em dezembro, com necessidade de treinamento em Curitiba, está tudo bastante confuso e trabalhoso. Seriam essas mais algumas desculpas para protelar a volta?

Quanto à hidro, acho muito trabalhoso aquela coisa de trocar de roupa, tomar banho, apanhar frio no inverno, o que me faz desistir.

Decididos os rumos próximos, vamos programando os mais distantes.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Qual a possibilidade de virar cabide ou já virou cabide?

Finalmente resolvi ir para a academia hoje. Tenho que levar o Pedro Henrique duas vezes por semana na natação e depois buscar, mais duas vezes por semana no inglês. Izabel vai para a academia praticamente todos os dias. 

Então, uniria o útil ao agradável e ao invés de ficar em casa enquanto eles fazem essas atividades eu faria esteira na academia.

Cheguei ao local super animada, brincando com a atendente e o dono da academia, dizendo que estava ali obrigada, mas iria fazer caminhada. O dono já conhecia meu histórico de saúde e falei que era somente a caminhada.

Pedro Henrique foi para a piscina. Eu e Izabel para as esteiras, uma ao lado da outra. Liguei o aparelho e veio um professor determinando que eu saísse dali. Falei que somente faria esteira. Ele mandou ir para a bicicleta. Pensei que a bicicleta não faria mal. Enquanto pedalava mantendo 47 RPM conforme determinado pelo professor, fui explicando que tinha duas cirurgias de coluna, três hérnias de disco, aracnoidite provenidente de uma eletromielografia, espondilolistese, espondilolise, enxerto ósseo e que somente poderia fazer caminhada.

O professor determinou que eu pedalasse dez minutos. Cinco minutos depois e coluna já doendo resolvi parar. Veio o professor e constatou que eu não aguentava a bicicleta. Falei que estava doendo e que somente faria caminhada. Nesse ponto, após não me ouvir desde o início, ele determinou que eu fosse embora e voltasse outro dia, pois ele iria falar com o dono da academia.

A moça que estava na bicicleta ao lado ficou olhando e rindo. Avisei minha filha e fui embora. Na saída passei pelo dono da academia e falei que o professor havia me mandado embora, ele pediu que eu esperasse, mas aquelas alturas eu já estava chorando e falei que não poderia esperar.

Fiquei chorando mais de uma hora, me sentindo humilhada, frustrada e tudo mais que se possa imaginar. Afinal, sei que tenho sérios problemas de saúde, mas já cheguei avisando, fiz a matrícula e avisei que somente faria caminhada.

Bem, não pretendo voltar para a academia e as crianças estão dizendo que quero comprar uma esteira elétrica por pura birra. Eu entendo que não é birra, só não quero mais me sujeitar a esse tipo de coisa e sempre pensei em ter uma esteira e sempre ouço deles que vai virar cabide. 

Sou bastante chata e não saio para caminhar quando está muito quente nem quando está muito frio nem quando está chuviscando. Será que em casa, com o ar condicionado ligado, existe alguma possibilidade de efetivamente utilizar a esteira? Eu preciso realmente fazer exercícios para não correr o risco de parar de andar.

Responda, por favor, qual a possibilidade de virar cabide? Já virou cabide antes da compra? Estou sendo birrenta?

domingo, 21 de outubro de 2012

Razões para ser minimalista

Ouvi esse final de semana que se todos pararem de gastar a economia para e isso causaria desemprego. Nada mais errado! As pessoas precisam consumir até para a própria sobrevivência, considerando que não vivemos mais na roça e não há possibilidade de produzir sequer o que consumimos em termos de alimentação.

Então, não existe a menor possibilidade da economia parar mesmo que todos resolvam fazer períodos sem compras ou optem por uma vida minimalista.

Precisamos na realidade é manter um consumo consciente, onde a qualidade seja priorizada para que os bens adquiridos tenham maior durabilidade, diminuindo com isso o impacto ambiental e até o financeiro, pois compraremos menos itens.

Impressionante como vemos anúncios de queda de juros e os governos incentivam a aquisição de dívidas por exemplo para a aquisição de casa própria, gerando assim uma falsa sensação de que a pessoa tem dinheiro e pode gastá-lo, quando a realidade já mostrou que estamos longe disto, basta analisar a inadimplência.

O comportamento correto é: tem dinheiro, compre; não tem dinheiro, evite qualquer gasto, principalmente aqueles que envolvem financiamentos mesmo com juros baixos. Faça uma poupança, reserve valores e depois realize seu sonho.

More em casa menor, aproveite todos os produtos comprados até o final, evite comprar se ainda tem do produto em casa, tenha um carro se esse for necessário, mas mantenha em mente que não precisa ser o melhor ou o maior e sim aquele que tiver o melhor custo-benefício. Se for o caso, utilize transporte público, aliás adoro transporte público nos locais que oferecem esse serviço de forma prática, por aqui, cidade do itnerior, ainda não é possível.

Quanto à casa, certamente casa menor traz menos manutenção, tem menos espaço para novos itens e isso ajuda a não comprar.

Tinha eu a mania de manter estoque de produtos para utilizar quando àquele em uso estivesse acabando. Hoje em dia consegui dominar esse costume e somente compro quando efetivamente terminou, o que implica em menos coisas para guardar e menos trabalho para limpar os armários.

Através de um consumo consciente e que priorize a qualidade com certeza teríamos valores sobrando para outras experiências e realização de outros sonhos, o que permitirá a continuidade da circulação de valores, mas agora em produtos e serviços que agregem qualidade de vida e não mais em itens que vão para o lixo em prazo talvez até curto, prejudicando o planeta.

Todo problema desse consumo desenfreado que está por aí tem como causa a dificuldade das pessoas em controlar seus desejos em todas as áreas. É preciso ressignificar o consumo, pensar antes de comprar, fazer uma opção de vida com menos coisas e mais relacionamentos/experiências efetivamente gratificantes, com isso todos teremos mais qualidade de vida e mais sentido em tudo que fazemos.

Pense na economia de tempo quando paramos de buscar mais e mais itens "da moda". Pense na economia de dinheiro quando consumimos somente o que realmente precisamos. Pense na sustentabilidade quando deixamos de criar mais e mais lixo. Pense no desenvolvimento tecnológico quando todas as indústrias descobrirem que a maioria das pessoas está priorizando qualidade. Pense nos tantos e tantos sonhos realizados quando deixamos de comprar "porcarias"  para buscar algo significativo. Pense em toda a disposição que você adquire quando deixa de gastar energia com bobagens.

No início, apenas pense!!! Depois, tome uma atitude!

sábado, 20 de outubro de 2012

Como se livrar do que incomoda...

Muitas vezes nos deparamos com atitudes que nos incomodam e mesmo assim permanecemos fazendo as memas coisas em uma tentativa de manter nossa rotina e nossa vida como está. Ocorre que determinados aspectos podem e devem ser mudados.

Tomemos por exemplo o consumo desenfreado. A pessoa entra em uma loja e encontra alguma coisa que está em promoção, outra pela qual se apaixonou, outra que "pode vir" a ser útil, mais uma que pode demonstrar o quanto é poderosa por ter comprado e assim vai adquirindo coisas e mais coisas desnecessárias. Isso precisa mudar!

Como fazer?

O primeiro passo é adquirir consciência do quanto essa situação está nos prejudicando financeiramente ou mesmo em questão de espaço, conservação, arrumação, manutenção. Parece que ao chegar em blogs de organização ou consumo consciente você já tenha trazido para o campo da mudança seus hábitos de consumo, caso contrário estaria em outros locais que estimulam o consumo a exemplo dos blogs de moda, maquiagem, decoração.

Depois busque pessoas que tenham um bom relacionamento com o consumo, que pratiquem o consumo consciente, que já não façam mais compras compulsivas. As experiências dessas pessoas podem nos ajudar e muito. Saber como passaram de um padrão de consumo a outro pode nos indicar caminhos mais fáceis de seguir.

Também procure pessoas que estejam à sua volta e que podem auxiliar nesse intento, que tenham hábitos diferentes e que possam te levar a passeios diferentes, por exemplo.

Além disso é preciso persistência. Nada muda se você ceder um pouquinho aqui e outro ali. Persista e não faça concessões, procure novos programas, altere seu modo de viver. Por exemplo, se precisar realmente comprar alguma coisa, tenha uma lista e fique restrito à ela, não compre nada que possa ser barato ou estar em liquidação, priorize qualidade e somente inclua na lista aquilo que você não possa viver sem.

Tenha consciência de que não é fácil mudar, pois você já repete esse comportamento há muito tempo. Por outro lado, mantenha-se firme no propósito que traçou e vá vencendo um dia de cada vez até que novos hábitos positivos estejam tão arraigados como os antigos que eram prejudiciais.

Mude e seja mais feliz!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

E por falar em roupas... dismorfia!

Tinha eu a mania de comprar roupas que "escondessem" minha enorme barriga. Gente! Eu não tenho barriga, pelo menos não uma barriga que precise ser escondida, muito pelo contrário. Com um metro e cinquenta e dois, pesando 51,80 kg (estava assim hoje pela manhã), certamente não sou uma pessoa considerada gorda e antes nem chegava aos 50 kg.

Só que eu achava que era gorda e agia como uma pessoa gorda, comprando roupas próprias para pessoas gordas, certo que não todas as roupas, mas a maioria, principalmente blusas.

Isso que eu sentia tem um nome: dismorfia, um dos transtornos relacionados com a imagem corporal que ocorre quando as pessoas tem uma preocupação excessiva com um defeito em qualquer parte do seu corpo, seja real ou imaginário, sendo um transtorno obsessivo-compulsivo.

Penso que curei mais esse transtorno! Percebi que estava diferente na loja quando fui comprar o vestido  e pedia para a vendedora roupas mais justas com a desculpa de que me impediriam de engordar. Só agora pensando no fato é que concluí ter ocorrido uma mudança interna.

Com quinze anos fiz duas cirurgias de coluna e fiquei com três cicatrizes imensas, mais de cem pontos, e a partir daí passei a usar maiô na praia, mas não bastava ser maiô, tinha que cobrir as costas e as cicatrizes.

Passado o tempo e quase quinze anos depois, conseguir voltar a usar biquini, embora ainda goste de ficar mais coberta.

E não foi somente essa situação. Nas minhas incursões no closet constatei peças de numeração maior à que uso, outras compridas demais, outras que escondem tudo que eu achava que não gostava, principalmente a barriga. Parei de implicar com a costas e passei a implicar com a barriga.

Em certas ocasiões, quando distraída no shopping e seduzida pela beleza que a vendedora-comissionada dizia que eu era possuidora, comprava coisas e mais coisas para depois chegar em casa e verificar que "marcavam" exatamente o que eu queria esconder ou eram grandes demais para que combinasse com qualquer outra peça criando harmonia.

Pode ser que usasse as compras para tentar me apresentar melhor no trabalho e eventos sociais, o que terminava por não ter muito efeito. Do trabalho não podia fugir, enquanto que dos eventos corria como o diabo da cruz!

Talvez esse transtorno tenha causado uma certa fobia social que me acompanha há muito tempo e esse será o próximo defeito a ser atacado, com um empenho maior em participar de festas, eventos, reuniões. Vamos ver o que acontece!

Outra coisa que chamou atenção em relação às compras foi a observação da vendedora de que sou muito organizada, conclusão a que chegou em razão de que todas as peças que experimentava eu colocava novamente de volta ao cabide como tinham chegado ao provador, sendo que normalmente as pessoas deixam tudo atirado.

Bem, tenho mania de organização, mas será que estou exagerando?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Compras do mês...

Já falei por aqui que esse não é um blog de ausência de consumo e sim de consumo consciente, dessa forma compras necessárias são totalmente permitidas.

Não sei se falei em algum post ou comentário que praticamente todos meus vestidos de verão foram embora, seguiram seu caminho. Vestidos de malha que após mais de cinco anos deixaram de ter o caimento ideal ou não mais serviam para o corpo que tenho hoje.

Precisava de um ou mais vestidos leves, para assistir televisão, ficar em casa, ir ao mercado e não passar calor. Andei em todas as lojas que uma pessoa possa imaginar e sempre acompanhando minha filha que precisava de alguma coisa, aproveitando para ver se achava o vestido ou os vestidos que pudessem substituir àqueles que foram passear.

Somente no dia que saí sozinha e fui em uma loja que há anos não frequentava é que achei UM vestido exatamente com as características propostas. Ele não era muito barato, talvez um pouco salgado se comparado com àqueles que eu comprava antigamente para essa finalidade, mas ficou lindo e sempre tenho no armário um vestido preto e branco com estampas geométricas.

Então, o objetivo foi alcançado e exigiu tanto esforço que dá preguiça de procurar os outros vestidos, pelo menos mais dois. Logo, se eles me encontrarem tudo bem, caso contrário deixarei de ir atrás.

No mesmo dia procurei a calça preta. Durante todo esse tempo sem comprar aquela que eu tinha foi para a costureira algumas vezes trocar o zíper, estava feia e "engordei" deixando o caimento sofrível. Mais uma necessidade. Chegando na loja constatei que nenhuma preta servia e comecei a pensar nos garçons que sempre usam calças pretas. Encontrei uma chumbo maravilhosa, justa e que combinava com muitas peças. 

Saí do preto, aliás estou cada vez mais evitando roupas totalmente pretas. Afinal, se durante o Projeto 333, o qual cumpri apenas 45 dias e não 90 dias, eu queria um arco íris, certamente devo partir para outras cores.

E o liquidificador! Lembram que comprei um de R$ 50,00? Pois é, durou pouquíssimo tempo. É essencial. Então, dessa vez parti à procura de informações. Tenho um amigo que sempre indica os melhores produtos. Então, ele indicou um de R$ 1.500,00 e outro de R$ 90,00. Comprei o último e vamos ver quanto tempo dura!

Assim vou caminhando, pensando, analisando e deixando de praticar aquele consumo desenfreado. Somente saio em busca do que preciso e faz falta!!! Espero que continue assim!!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Você quer segurança?

Estava pensando nas coisas e relacionamentos em relação aos quais não conseguia "desapegar". Fotos, livros, objetos, pessoas e uma infinidade de pensamentos.

De certa forma tudo isso me trazia uma certa segurança mantendo um elo com o passado, sendo foi importante durante muito tempo para que eu não perdesse minha âncora há tanto tempo firme em seu lugar e sem me deixar navegar à deriva. Sim, eu estava presa a certas armadilhas com a desculpa de não esquecer quem eu era e como eu cheguei naquele determinado ponto da vida.

Tudo que passei, todas as coisas que me cercam, a infinidade de ensinamentos que estão guardados para serem usados assim que necessários, algumas pessoas que fizeram e outras que ainda fazem parte da minha vida, foram importantes para que eu chegasse onde estou, mas não precisam ficar indefinidamente ocupando espaço físico e mental, pois já cumpriram seu papel.

Essa suposta segurança prometida pelo passado, coisas e pessoas é totalmente ilusória. A única segurança que temos é nossa própria pessoa acompanhada de nossos medos, necessidades, angústias, alegrias, incertezas nesse exato momento e nada mais se faz necessário.

Aceito estar só atualmente, no sentido de não ter nenhum relacionamento amoroso, pois nenhum relacionamento insatisfatório é capaz de me trazer a paz e tranquilidade que vivo. Não preciso " ter alguém"  para me sentir completa. Fico feliz quando vejo casais vivendo em harmonia, entretanto somente formarei um casal novamente com alguém que acrescente paz e não com alguém que traga qualquer tipo de tumulto emocional para meu viver.

Buscando a segurança em coisas, relacionamentos e lembranças somente tive insatisfação e de certa forma um caminho atravancado na medida em que deixava de dar atenção àquilo que realmente poderia me trazer contentamento.

Logo, não encontrava segurança e também estava impedida de seguir em frente, ficava ali olhando toda aquela bagunça generalizada, de certa forma sofrendo e ficava imobilizada.

Hoje percebo que não importa o conforto dessas " bengalas", elas não me traziam segurança e é melhor andar mesmo que em uma corda bamba do que se apegar à algo que não signifique felicidade e paz de espírito.

A verdade é uma só: quanto mais temos, mais medo temos de perder. Então não devemos ter nada? Nem relacionamentos, nem posses, nem memórias? Claro que devemos! Somente devemos priorizar tudo que deixamos nos cercar, assim conseguimos pelo menos diminuir esse medo, estresse, preocupação e até depressão.

No momento em que praticamos o desapego vamos ficando mais leves, com menos compromissos e com mais tempo para as prioridades reais que estabelecermos no caminho de uma vida mais significativa.

Dúvidas não restam de que a vida não é segura, pelo menos não 100% do tempo, mas podemos trabalhar no sentido de uma vida com menos incertezas e menos insegurança, para tanto basta olharmos para nós mesmos, nos esforçarmos pelo nosso desenvolvimento pessoal e esse nunca, jamais, alguém poderá nos tirar.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Destralhar é um processo...

O mais interessante nesse processo todo em que me envolvi é que ele não termina. Minimalizar é um processo. Consumir de forma consciente é um processo. Destralhar é um proesso. Manter o essencial é um processo.

Já pensei que chegaria em um ponto ideal. Já escrevi por aqui que havia "terminado" a organização do meu guarda roupa. Pensei que havia "terminado" outros projetos.

Hoje tenho conclusões diferentes. Não tenho mais a pretensão de "terminar" em termos de organização, porque criei a consciência de que aquilo que é importante hoje, em termos materiais, amanhã não fará mais o menor sentido.

Vou trabalhando diariamente, controlando alguns impulsos e liberando outros de forma gradual, ponderada e muito consciente.

Terminei por acostumar a analisar a importância de cada objeto, atitude, relacionamento. É importante, fica! Não é importante, vai! Era importante e não é mais, vai! Até hoje não encontrei nada que precisasse voltar e isso é bastante significativo.

Na correria do dia a dia, acaso não mantivermos a vigilância, podemos correr o risco de perder o objetivo, esquecer tudo aquilo que nos propusemos fazer. Então, temos que manter a atenção nessa nova forma de vida para não voltarmos aos antigos e arraigados hábitos.

É preciso manter o guarda roupa apenas com o essencial, a casa organizada com poucos itens expostos, retirar tudo que não utilizado em uma base regular, o e-mail somente com correspondências importantes.

Minimalizar para viver melhor! E a vida segue e a cada dia precisamos de menos porque vamos nos reprogramando, desconstruindo, mudando...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Apelos de consumo

Todo dia recebemos apelos de consumo. Propagandas. Necessidade dos filhos. Necessidades próprias. Marketing. Pensamentos. Desejos. Vontades.

O diferencial está em ceder aos apelos, consumir exageradamente, preocupar-se em ser valorizado pelo ter ou resistir ao que é desnecessário/supérfluo, consumir conscientemente, saber que é mais importante as conquistas para aprimoramento pessoal, intelectual ou emocional.

É preciso mudar o foco e saber que não precisamos disso ou daquilo para sermos aceitos.

Logicamente não precisamos andar por aí vestidos como mendigos ou morar em um local sem nenhum conforto ou andar em um veículo sem conforto. Claro que não!

Precisamos priorizar aqueles itens que nos trazem conforto, evitam estresse, nos deixem felizes.

Um exemplo pode ser a tesoura na cozinha. Sempre tenho uma tesoura para abrir embalagens e teria muito mais trabalho se precisasse usar uma faca, afora o risco que isso causa. 

Também o box do banheiro. Relutei em colocar no apartamento do meu filho, mas estava impossível ter que secar todo o banheiro após cada banho e ficar pensando antes de tomar banho na trabalheira que teria.

E poderia citar "n" exemplos somente para demonstrar como devemos prestar atenção nas coisas que consumimos e a utilidade/durabilidade que elas tem.

A cada dia as propagandas ficam diferentes, as liquidações acontecem cada vez mais cedo, as tentações estão cada vez mais irresistíveis. Enfim, as pessoas responsáveis pelo estímulo ao consumo desenvolvem novas técnicas e os desavisados terminam por comprar produtos que sequer precisam.

Quando adquiri aquele liquidificador barato aprendi a lição. Durou muito pouco. Foi como se tivesse pego R$ 50,00 e simplesmente rasgado. Assim, não vale a pena comprar coisas baratas e de qualidade duvidosa. Precisamos aprender a esperar, adquirir o que talvez seja mais caro, mas que tenha uma durabilidade maior e com isso colaborar com a preservação ambiental.

Outra atitude importante é manter somente o que realmente usamos e fazer destralhes constantes daquilo que não precisamos, com isso deixando espaço e tempo livres para o que realmente importa.

Procurar atividades que tragam um prazer mais duradouro, crescimento pessoal e mais conhecimento.

Viver de forma mais simples. Procurar minimalizar posses, pensamentos, relacionamentos e tudo que não seja essencial! Como seria?

domingo, 14 de outubro de 2012

E o mundo vem e te vira de cabeça para baixo...

E quando você resolve se acomodar vem a vida e exige que alguma decisão seja tomada, não adianta resistir e nada fica acomodado para sempre.

Tenho uma grande dificuldade em tomar decisões, afinal sou do tipo seis no eneagrama e por obra do acaso a Marisa, diretora da Vara do Trabalho, também é. Afinal, os opostos ou os semelhantes se atraem?

Estamos, eu e ela, desde janeiro de 1999 na mesma Vara do Trabalho e temos sempre os mesmos problemas, as mesmas dificuldades, a mesma rotatividade de pessoal, o mesmo volume de trabalho, a mesma impossibilidade de deixar tudo como queremos, durante todo esse tempo.

Poderia ter ido para qualquer cidade do Paraná, poderia ter permutado para Santa Catarina, poderia ter persistido no concurso para o Rio Grande do Sul.

Nesse caso do Rio Grande Amado tive alguns dissabores nos dois concursos em que passei na primeira fase, logo no início da carreira do Paraná, e por duas vezes minha inscrição definitiva foi indeferida, a primeira por não juntar uma certidão negativa da Justiça Militar e a segunda por não juntar uma declaração de que estava de acordo com os termos do concurso. Não me insurgi, não insisti e não fui para perto da família que hoje está há 1.000 km de distância.

Enfim, eu poderia ter feito muita coisa, mas me acomodei em Cornélio Procópio, naquela vidinha um tanto bucólica, aliás hoje é bucólica por opção própria, entretanto em outros tempos já foi bem agitada e nem um pouco significativa se querem realmente saber.

Nos últimos tempos minha dúvida ficava em ir para Londrina ou não e acabei ficando por aqui, talvez em breve entre no mesmo dilema.

Só que a vida pode até dar um tempo, embora isso não signifique ficar parada para sempre. Ela, a vida, depois vem exigir uma resposta imediata e não há como resistir.

Trabalhávamos com autos físicos feitos de papel, o TRT do Paraná criou os autos digitais e estávamos ainda nos adaptando a esse sistema, trabalhando com autos físicos e os novos no sistema eletrônico. 

Criaram a Segunda Vara do Trabalho de Cornélio Procópio que será instalada em dezembro e a exigência é de que funcione no sistema do PJe - Processo Judicial Eletrônico unificado nacionalmente.

Pois bem. A Primeira Vara funcionará com autos físicos, autos eletrônicos no sistema do Paraná e autos eletrônicos no sistema nacional. A Segunda Vara receberá apenas autos pelo sistema PJe.

Logo, a escolha não foi tão difícil, pois preferi trabalhar com apenas um sistema, afinal a intenção é simplificar minha vida e trabalhar com três sistemas ao mesmo tempo não tem nada de simples, pelo contrário, somente exige mais tempo para passar de uma tarefa para a outra e confunde um pouco minha cabeça.

Estou lá trabalhando com autos físicos, utilizando o computador apenas como editor de texto, folheando os autos do processo para fazer perguntas. Depois vou para sentenças e despachos em um sistema digital, consultando os autos na tela do computador. E, finalmente, pelo terceiro sistema precisarei acessar outra tela para os novos autos pelo sistema nacional. É muita coisa para uma cabeça ainda resistente à tecnologia.

Certo que receberei mais processos ou receberei exclusivamente processos novos por um longo tempo, mas não terei que pensar de diversas formas em diversos sistemas durante o dia. Passarei a trabalhar em único sistema somente com as novas ações ajuizadas e a execução (apenas 30% dos processos que entram tem solução, o restante fica em execução por um longo tempo) permanecerá na vara antiga.

Precisei me mexer, sair da minha zona de conforto e agora resta descobrir como funciona esse novo processo eletrônico, vez que ainda não tivemos o curso e é tudo novidade, entretanto como se pode perceber é possível haver uma adaptação gradativa.

sábado, 13 de outubro de 2012

A descontrolada que não tinha consciência...

Lembram do post "Desculpas, biopsia e bagunca" onde coloquei a culpa da bagunça em procedimentos médicos realizados? Pois é, por vezes pensamos que a motivação é uma e na realiade, analisando melhor, chegamos à conclusão de que a causa foi outra.

Eu precisava fechar as planilhas do mês de setembro e estava com medo do resultado - férias, viagens e algumas outras despesas extras. Pensei que havia me passado, embora a conta não estivesse no vermelho. Fechei as planilhas e o resultado não foi tão ruim, mas me deixou insatisfeita, pois concluí que os valores que sobraram não eram o que eu esperava.

Não satisfeita resolvi fazer um comparativo julho/2011 a setembro/2011 e julho/2012 a setembro/2012. Gente!

Pasmem no período de 2012 deixei de gastar em três meses dois terços do salário que recebo em comparação com o mesmo período de 2011. Logo, somente posso concluir que era uma descontrolada e não sabia, pois se é possível não gastar todos esses valores, onde estava indo meu dinheiro?

Iniciei o primeiro ano sem compras em julho de 2011 e ainda havia resquícios de gastos para os meses seguintes, agora já no segundo ano sem compras não há mais esses resquícios e os valores que não foram gastos me deixaram impressionada.

Esse segundo ano sem compras promete!!! Vou prosseguir então no destralhe e na organização, pois a cada dia tenho menos a organizar e destralhar, esperando chegar a um limite razoável para mim em breve e a curiosidade quer descobrir esse limite, bem como qual o valor que efetivamente preciso gastar mensalmente.

Agora fiquei mais do que animada! Anime-se também!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Faça o que deve ser feito... agora!!!

Muitas vezes temos coisas para fazer e vamos protelando. Aquilo vem à mente, deixamos passar, sequer anotamos e esquecemos. Depois volta novamente e o processo do esquecimento se repete. Esquecemos também que isso ocupa espaço mental e atrapalha nossa vida, seja pela constante culpa de não termos feito o que deveríamos fazer, seja pela lembrança repetida e não realizada.

Faça o que deve ser feito, agora!!! Livre-se do compromisso, não protele, não deixe para depois.

Está certo! Concordo que não possa ser feito nesse exato momento, então anote e faça o mais rápido possível, assim que tiver quinze minutos realize sua tarefa e a mente ficará livre para outras atividades, outros sonhos, outros objetivos e até outras obrigações.

Destralhe aquela gaveta, organize aqueles papéis, marque aquela consulta, mude a alimentação, passe a praticar exercícios físicos, comece a ler, simplesmente não deixe nada para depois.

Essa também é uma forma de minimalizar. Minimalize sua mente e deixe nela somente o que é importante.

Pare de protelar! Tome uma atitude! Liberte-se!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Novas compras, para que?

Final de semana precisei atender algumas necessidades da minha filha e lá fomos em algumas lojas. Eu ando sem vontade de comprar nada, entretanto passamos pelo outlet da marca de camisolas e pijamos que uso. Falei para a Izabel que pretendia entrar para procurar um pijama igual ao meu que estava manchado.

Encontrei o pijama, perguntei o preço e a vendedora sugeriu que eu provasse. Nesse meio tempo caiu a ficha: o pijama nem está tão manchado assim, é praticamente novo e apenas sofreu um acidente de percurso, então para que preciso de um pijama novo? Fui embora da loja sem nada comprar e com a Izabel concordando com a decisão.

Quais as razões que nos levam a pensar que precisamos de algo que realmente não precisamos? Para que ter tantas coisas? 

Não, não quero mais aceitar essas imposições de uma mente condicionada ao consumo. Quero mudar e estou mudando. Necessidade é diferente de desejo e esse último deve ser controlado com todas as forças que temos.

Se alguém chegar na minha casa hoje, mesmo após tanto destralhe e nenhum consumo novo, ainda vai perguntar porque tenho tantas coisas e a resposta ainda é a dificuldade do desapego. Estou no caminho do minimalismo, mas ainda não cheguei lá e talvez nunca chegue, é o caminho de uma vida.

A única coisa que sei é que não quero mais perder tanto tempo comprando, organizando, destralhando, limpando, mantendo. Não quero mais ter coisas pela simples aceitação de que estão ali e que um dia poderão ser úteis.

Estou quebrando meus próprios paradigmas, não quero mais nada que possa ser usado de vez em quando ou nunca, pois o que não está em uso realmente não tem utilidade hoje nem no futuro, como também não teve no passado.

Quero cada vez mais e a cada dia conseguir um desapego maior, bem como uma maior capacidade de resitir aos pensamentos de consumo.

Somente dispensando o que está em excesso é que vou encontrando outras situações mais significativas e outros rumos que levem à uma vida melhor.

Todos os dias me desfaço de algo, é um processo constante!

A bagunça por vezes se instala? Com certeza, mas mesmo com ela estou sendo menos tolerante, considerando que não consigo viver em ambientes desorganizados, quer dizer, viver eu vivo, mas não fico em paz.

Busque sua paz! Consiga momentos significativos! Pense sobre seus padrões! Mude!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Viver dá trabalho...

O óbvio ululante: viver dá trabalho! E por isso devemos minimalizar o trabalho que temos com a vida, para isso basta termos pequenas atitudes.

Tirou alguma coisa do lugar, volte para o lugar de origem assim que terminar de usar, pois ao invés de dez coisas para guardar no final do dia não terás nenhuma.

Adquira menos coisas, menos enfeites, menos roupas, menos utensílios para cozinha, menos livros, menos tudo! 

Dia desses eu andava pesarosa com minhas coisas da gaveta da cozinha que foram embora. Parei para pensar. Ora, eu não usava, então porque deveria guardar? Sei, sei, e se eu precisar dessas coisas? Como faço? Ora, compra novamente e confesso que ainda não precisei comprar nada que foi descartado.

Temos é medo de deixar as coisas seguirem seu rumo. Precisamos de pouco para viver, mas não foi isso que nos foi dito quando estávamos na infância, adolescência e mesmo na vida adulta.

Algumas pessoas arrumam malas imensas para viajar porque podem precisar de alguma coisa. Há muito tempo levo pequenas malas com poucas peças, só o suficiente para não passar frio ou calor, apenas duas calças para uma semana, sempre pensando que se faltar até posso comprar. Nunca faltou nada! E geralmente sobra alguma peça sem uso.

E a necessaire? Fui diminuindo a variedade das coisas que uso e buscando sempre frascos menores. Logo, ao invés de uma necessaire imensa ou algumas menores, hoje em dia levo uma pequena.

Raramente precisamos de tudo que temos, raramente precisamos de tudo que carregamos em viagens, raramente precisamos de todos os relacionamentos que invadiram nosso círculo pessoal, raramente precisamos trabalhar tanto e nesse último caso o excesso de trabalho é derivado da necessidade de aquisição de mais coisas para sentir-se poderosa, o que não faz sentido. 

Mais trabalho, mais atividades, mais sucesso e mais aceitação pelos outros? Se precisar ter muito para ser aceito é porque o relacionamento não é verdadeiro.

Libere espaço físico e mental. Mantenha apenas o que é necessário e sua vida será mais leve, mais significativa, mais aberta ao novo que realmente faça sentido e traga maior qualidade de vida.

Liberte-se de todos os excessos, deixe a casa organizada, mas uma organização somente em relação aos itens essenciais, todo o resto deve ir fora (doar, vender, trocar), pois é resto mesmo!

Você poderá adquirir algum item acaso tenho mandado embora por engano e for realmente essencial, embora isso dificilmente vá acontecer e certamente não será nada de valor significativo.

Deixe o passado no passado. Torne seu presente mais leve e com menos coisas, abra espaço na sua casa e na sua mente, seja mais livre, não carregue mais nada sobre os ombros.

Quais as coisas você está guardando para o caso de precisar? Você realmente precisa ocupar espaço, perder tempo organizando e mantendo essas coisas? O que acontecerá se você mandar tudo isso embora?

Pense nisso!!! Viva tendo menos trabalho!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Alimentação sem glúten...

Dia desses indiquei um artigo para uma amiga chamado "Cortar o trigo da sua dieta é benéfico",  mas ainda não estava seguindo os ensinamentos em razão de ser uma pessoa que não vive sem pão.

Esse final de semana encontrei, ou melhor frequentei, uma loja chamada Sem Glúten. Logo que entrei fiquei meio frustrada, considerando que não localizei pães para venda, só que a surpresa estava só começando. Depois de perguntar se havia pão a atendente foi abrindo geladeiras e mais geladeiras com pães de todos os tipos. Também havia macarrão, biscoitos e tudo mais que se possa imaginar. Então vamos lá tentar uma dieta sem glúten e agora sem sofrimento.

Não devem ser consumidos alimentos que contenham trigo (farinha, semolina, germe e farelo), aveia (flocos e farinha), centeio, cevada (inclusive café misturado com cevada) e malte (inclusive ovomaltine). Também estão proibidas bebidas como cerveja, uísque, vodka, gin e  ginger-ale, aqui está fácil porque não consumo bebidas alcóolicas, exceto eventualmente um copo de vinho. Devem ser observados os rótulos de todos alimentos, pois devem ter especificado se contém ou não glúten.

Resolvi escrever por aqui para alertar as pessoas e nem sei se conseguirei seguir essa dieta, mas é bom lembrar que "glúten vira cola no intestino e provoca diversas complicações".

Com essas informações em mente vou tentando delinear mais projeto, atualmente sem compromisso de radicalizar, apenas uma tentativa.

Se você já faz dieta sem glúten, conte sua experiência para nos auxiliar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Seja feliz...

A felicidade não está em todas aquelas coisas que você adquiriu e que ainda ocupam espaço precioso na sua vida.

Encontre a felicidade:

- nos bons relacionamentos, familiares ou de amizade, sendo que se não os tiver basta criar, pois você tem o poder de mudar o mundo à sua volta; 
- nos pequenos prazeres diários, tais como, um livro, um filme, uma caminhada, um banho demorado, um pedaço de bolo de chocolate recém tirado do forno, uma brincadeira com os filhos; 
- no trabalho bem feito que traz a sensação de dever cumprido; 
- na tranquilidade de uma conta que não está no vermelho; 
- na paz de não precisar ficar zanzando por aí atrás de novas coisas para comprar. 

Enfim, a felicidade existe em tantas coisas que não dependem de enormes valores gastos.

Ninguém precisa de muito para ser feliz! Inclusive é sempre bom lembrar que qualquer excesso é sempre prejudicial, até amor demais deixa de ser amor para virar obsessão.

Ter poucas coisas, praticar o desapego e o consumo consciente não tornará você uma pessoa pobre, muito pelo contrário, terminará por te levar a trilhar novos e mais significativos caminhos.

Existe tanta gente por aí se debatendo feito mariposa na janela de vidro. Quanto mais tem mais quer e chega um momento em que sequer sabe o que efetivamente quer, pois busca fora de si o que somente pode encontrar dentro e a infelicidade aparece na forma de crises de pânico, insatisfação e excesso de atividades no trabalho ou em busca do poder.

Certa vez, conversando com uma pessoa, perguntei porque estava tão ansiosa e a resposta que recebi me deixou até assustada: "não sei o que fazer com o dinheiro". Ora, ainda bem que não tenho esse problema, pensei eu. E aqui não vai nenhuma ironia. Se dinheiro traz felicidade, certamente ela não vem em forma de ansiedade e outros sentimentos negativos.

Na verdade seria ótimo se todas as pessoas vivessem assim, sempre com menos dependência de itens externos que precisam ser comprados e menos tempo desperdiçado em busca de dinheiro ou outras formas de poder com prejuízo para a paz interior.

Nada podemos fazer para mudar o passado, pois ele está lá, totalmente consolidado. O futuro? É um lugar distante ou o minuto seguinte, mas também impossível fazer uma previsão sólida. Temos apenas o presente e esse sim vale a pena ser vivido, usufruído e aproveitado. 

Então, se você perde seu tempo om o que não pode mudar, deixa de agir no único momento que lhe é disponibilizado, o agora e certamente entrará na roda viva em que a maioria das pessoas está e permanecerá apenas no mundo destinado ao consumo, poder e insatisfação.

É possível ser feliz com o que você tem, acredite! Embora muitas pessoas não tenham essa noção de que as coisas que possuem já são suficientes. 

Se acaso for necessário mudar alguma coisa, procure primeiro a mudança em você mesmo. Tome atitudes visando uma melhor qualidade de vida: destralhe, organize, pare de comprar, elimine relacionamentos perniciosos, alimente-se melhor, faça exercícios, enfim, caminhe rumo à uma vida satisfatória.

Não deixe a vida ir passando sem sabor e cor. Pequenos prazeres são possíveis até mesmo quando você tem a obrigação de lavar uma louça, cante, brinque e aproveite com ou sem companhia na cozinha. Momentos felizes você mesmo pode criar nos lugares mais inusitados.

Deixe o passado, não pense demasiadamente no futuro, dê atenção e valor aos pequenos fatos do dia a dia: uma flor que abriu no jardim, uma frase inteligente ou engraçada do seu filho ou companheiro, uma situação que deveria nos fazer rir e termina por irritar por mal interpretada.

A alegria está ao seu lado! Não se faça de vítima, enxergue o arco-íris em cada momento, tente ver todas as situações com outros olhos ou outro enfoque. Simplesmente seja feliz aqui e agora!!!

domingo, 7 de outubro de 2012

Quarto da Izabel... continuação

Em 24 de agosto marquei um período de sessenta dias para então voltar a mexer no apartamento do Renato e no quarto da Izabel, sendo que as cobertas desse último já haviam chegado.

Consegui manter o "congelamento dos projetos" até esse final de semana, sendo que na sexta-feira o rapaz das molduras veio entregar os quadros para o quarto da Izabel, feitos com posters que trouxe quando da viagem a Buenos Aires.

Prometi que postaria fotos da roupa de cama e também de tudo que fosse sendo adicionado à decoração, então cá estão:








A vida não é linear e não acontece exatamente como programamos, mesmo assim estou feliz pois consegui parar a decoração por quarenta dias e isso para mim é um feito, pois quando começava já terminava tudo em bem menos tempo.

Vamos trabalhando para cada dia ficar melhor o controle do consumo e consumindo somente o necessário, cujo conceito é bastante pessoal!

sábado, 6 de outubro de 2012

Desculpas, biópsia e bagunça

Essa semana tivemos um procedimento com direito à três pontos e uma biópsia. Aliás, seriam dois com pelo menos direito à biópsia, um se salvou e para minha preocupação somente o cisto epidérmico do Pedro foi para exame.
De qualquer forma, deu tudo certo, basta olhar a carinha de felicidade dele na foto acima, indicativo de retorno do exame sem qualquer notícia ruim.

Bem, daí com essa desculpa, duas anestesias, dois procedimentos, eu e ele, ele e eu, em médicos diferentes, conclui que minha casa estava bagunçada ou pelo menos o meu banheiro, closet e quarto. Grande desculpa novamente, considerando não ter surgido esse caos em apenas um dia.

Olhem só que coisa mais inaceitável para uma pessoa a caminho do minimalismo e que sempre se disse organizada:
 
 E bastou usar o método dos quinze minutos para quase tudo voltar ao normal, faltando somente o quarto:
 
Resolvi escrever sobre a situação somente para demonstrar como achamos "n" razões para tentar justificar o injustificável. Se eu tivesse guardado as coisas diariamente, mantido a ordem a cada item usado, certamente não precisaria nem mesmo dos quinze minutos em cada ambiente, pois não haveria o que arrumar.

O mesmo ocorre quando paramos de comprar e esse caminho é seguido mesmo que "quase" rigorosamente, nossas contas voltam a ser organizadas e não precisaremos mais nos preocupar com elas, nossa casa também segue a mesma tendência, pois destralhe com ausência de outras tralhas entrando pela porta levam à tranquilidade de lugar sempre organizado e sem excessos.

E como hoje é sábado fico por aqui!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dia das Crianças e presentes... ou delírios de uma mãe!

Uma leitora sugeriu um post sobre o dia das crianças, inclusive mandando essa linda imagem.

Talvez fosse esperado que eu fizesse uma apologia sobre a desncessidade de presentes no dia das crianças, ocorre que vivo no mundo real e esse por vezes não permite sejam realizados todos os ideais, principalmente quando envolve outras pessoas.

A Adriana seria a primeira a dizer que tenho apenas uma criança de 10 anos em casa, a menina já está com 17 anos e o outro com 29 anos, mas não é bem assim e aqui vem a parte interessante da coisa toda.

Nesse esforço todo por consumo consciente as pessoas aqui de casa já sabem que supérfluos e desnecessários não serão comprados em época alguma, além de se obrigarem, mesmo que através de mensagens não verbais, a analisarem muito bem a compra de qualquer item.

O Pedro e a Izabel tem mesada, cujos valores são utilizados para as necessidades básicas de lanche, passeios com os amigos e até algumas compras de itens que recuso adquirir quanto avalio desnecessários.

Presentes são coisas raras e somente em datas festivas, então tirar o presente do dia das crianças seria desumano e cruel, mas tudo tem um limite e eles analisam o valor antes de pedirem.

Fico observando nas viagens de trabalho as pessoas se obrigarem à uma visita ao shopping ou outras lojas para levarem presentes para os filhos, muitas vezes comunicando a pessoa que ficou em casa que já comprou ou já está levando e sempre avisando os filhos que no retorno trarão um presente. Nunca entendi muito essa situação! Será que preciso compensar meus filhos com presentes pela minha ausência em razão de obrigações do trabalho? Esse presente efetivamente suprirá minha ausência e toda a atenção que deixei de dar por ter que participar de alguma reunião ou evento? A resposta sempre foi não.

Então, quando volto de viagem fazemos um passeio em alguma praça, levanto cedo no domingo seguinte para participar de alguma programação com crianças, saímos para lanchar ou jantar ou até mesmo tomar um sorvete milhões de vezes calórico.

Não, não faço isso somente quando volto de viagem. Essa semana o Pedro quando voltou da casa do pai estava com cara de acabado, talvez cansado, talvez estressado, talvez apenas contrariado com alguma situação que não verbalizou, pois bem, ofereci um café e terminamos tomando um milk shake e um capucino, os dois com muito chantily e logo o humor melhorou.

Não, não faço isso sempre, somente às vezes, pois cuidamos muito da alimentação e evitamos na medida do possível todas essas coisas com muito açúcar e gordura, só que tem horas que até o humor precisa.

Mau humor daqueles que a pessoa não pode nem ser olhada: chocolate resolve! Tudo na medida certa e olha que um bolo de chocolate já me tirou de muitos apuros, depois dele a criança consegue até conversar e resolver o problema que está causando a crise.

Como se pode ver, devemos nos dar para as crianças e mesmo para os filhos adultos por inteiro e o ano todo, não somente no dia das crianças, sempre sem esquecer de reservar um tempo para a própria solidão e para os próprios interesses, caso contrário o mau humor será nosso e ninguém terá prazer em conviver com uma pessoa rabugenta.

Esse texto não é nada do que se esperava e fugiu completamente do assunto, mas a mensagem é uma só para todas as épocas do ano:

- dê atenção ao seu filho, antes que um traficante o faça (brincadeirinha, é que estava escrevendo e veio essa frase), mas dê atenção

- ajude na lição de casa

- mostre interesse pelas vitórias e pelos problemas

- jamais diga que um machucado não está doendo, apenas abrace seu filho, fique em silêncio solidário que signifique estar entendendo a dor

- atenda as necessidades na medida em que aparecerem

- evite estimular consumo desenfreado

- deixe de compensar sua ausência com itens desnecessários e sem valor afetivo

- seus filhos também devem praticar a caridade

- doe seu tempo para seus filhos, sempre

- seja rígido e imponha limites

- exija uma alimentação correta com apenas alguns deslizes saborosos

- saiba quem são os amigos do seu filho e conheça a família deles

- somente diga "não" quando tiver condições de manter a negativa e jamais volte atrás na sua decisão

- se estiver em dúvida um simples "vou pensar" deixa as coisas mais seguras para a criança

- estabeleça uma mesada e controle no que está sendo gasta

- lembre aos seus filhos que é a casa é sua e, portanto, as regras são impostas pelo dono e organização é fundamental, aqui sempre acontecem coisas engraçadas como o pequeno de 10 anos dizendo: "e então onde vou? para debaixo da ponte?" e a de 17 anos responde: "nem ponte tem em Cornélio", mas de qualquer forma eles entendem o sentido da coisa

- sempre que eles forem agressivos é bom ter em mente que algum problema os está afligindo, não discuta, guarde silêncio, apenas abrace para possibilitar que desabafem

- roupa da escola deve ser separada pela própria criança e no dia anterior, inclusive com organização dos materiais a serem levados para a aula

- dever de casa não deve ser feito de última hora para evitar contratempos

- tarefas domésticas devem ser estimuladas e exigidas até como forma de receberem a contraprestação que seria a mesada - todo trabalho deve ser remunerado, não é mesmo?

- algumas tarefas devem ser feitas mesmo fora do combinado, tudo em prol da convivência harmônica

- criança não escolhe o que comer, você faz as compras e tem obrigação de não trazer "porcarias" para dentro de sua casa.

Assim, para encerrar, podemos sim comprar presentes no dia das crianças, obedecendo nosso orçamento, analisando a necessidade até mesmo lúdica do presente, estabelecendo limites na escolha. O que não podemos fazer é presentear diariamente e como forma de compensação por uma ausência proposital ou gerada pelo trabalho.

Com certeza se eu vivesse no meu mundo linear e ideal o correto seria não estimular essas datas! O meio termo que achei foi suspender todo e qualquer presente fora de datas festivas, o que para mim representa um grande avanço!