sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Experiência compartilhada - empréstimo consignado

A Gabriela vendo que esse espaço foi abandonado na semana que passou mandou por e-mail o seguinte comentário que vou dividir com vocês apenas retirando as referências profissionais:

"Oi, Ziula! está sumida,  tudo bem?

Hoje fui almoçar com uma colega de trabalho, coisa que não fazia há tempos, pois os horários não batem e fiquei em estado de choque com as contas que ela me apresentou.

A colega ganha mais do que eu pois tem 19 anos no cargo e, além disso, o marido também tem um excelente cargo. Considerações à parte das defasagens salariais no governo federal, podemos dizer que  em tese a família tem uma boa renda mensal, mesmo com o marido pagando uns 15% do que ganha acordado de pensão para a ex-mulher e dois filhos.

Só que não! Ela me contou que o marido tem desconto de 4 mil reais por mês de empréstimo consignado e já "esticou" a dívida. Ou seja, o desconto mensal era ainda maior. E eu fiquei argumentando que não era possível, não era possível, mas eu nunca posso falar nada sobre dinheiro com ninguém pois sempre falam que eu "tenho dinheiro" porque eu não tenho filhos! Aí ela foi me falando de todos os gastos da família, realmente estrondosos, mas não fez nenhuma menção à "corte de gastos".

Também me falou de vários colegas (que eu conheço só de nome) com empréstimos consignados de R$8.000,00 por mês, bem como uma outra colega que conhece também com o mesmo valor descontado mensalmente e que também "esticou" a dívida.

Eu fico imaginando quanto foi o valor que essas pessoas pediram de empréstimo para estar pagando uma parcela desse tamanho e por prazos longos, "esticados" (ou seja, renegociou para abaixar o valor e aumentar o prazo).

Uma vez eu peguei um empréstimo consignado no valor de R$20.000,00 pois ia viajar para o exterior e queria limpar totalmente meu cartão de crédito antes de ir, quitando parcelas e valores que ainda iam ser debitados, de forma que eu pudesse usar todo o limite do cartão de crédito no exterior, caso fosse necessário. A prestação era 950,00 mensais, acho que era em 24/30 meses. Quando recebi o adiantamento do 13º junto com as férias eu fui lá e quitei o empréstimo consignado. Nem sei se economicamente falando era o mais rentável a fazer, mas só de pensar de ficar sendo descontada me dava nervoso.

Eu ainda argumentei com a colega que o marido iria ganhar uma outra parcela em futuro próximo, mas parece que já está comprometido pois o marido realmente trabalha fora da cidade e precisa dormir fora. Anteriormente (eu já falei no blog dos gastos dessa colega com salão de beleza para ela e as filhas) eu já tinha sugerido que ela cortasse a empregada doméstica (R$1.400,00)já que as filhas são adolescentes e podem ajudar e o marido almoça na rua ou dorme fora, para que sobrasse algum dinheiro para ela própria, mas ela também acha que é imprescindível. Aí encerrei meu repertório de conselhos pois não saberia mais em que cortar, porque, como não tenho filhos, eu "tenho dinheiro". Ah, ela me disse que o marido diminuiu a pensão da ex-mulher em R$300,00 para "sobrar algum dinheiro para ele".

Ainda falei com ela que olhei por acaso no MSN dinheiro que colocando um valor mais ou menos de R$580,00 por mês na poupança que já tivesse R$10.000,00 em vinte anos seriam R$300.000,00, mas ela também não tem nem esse valor que considero pequeno para depositar (bem menos que 5% do salário líquido dela).

E eu achando que gastava demais e ficando constrangida em comentar no blog enquanto vocês falam de economias diversas. Perto das coisas que ouvi da colega e também do que ela disse de outras pessoas eu sou supercomedida e agora entendo porque o banco fica loucamente me ligando me oferecendo produtos e empréstimos diversos e eu nunca quero nada. Desde que entrei no cargo eu coloco valores na poupança. No início era 50%, depois caiu para 10% e tudo que entra a mais como 13º e restituição de imposto de renda. E é sempre na poupança porque não entendo de nada e não quero me preocupar.

Eu acho que essas pessoas cheias de empréstimos consignados chegaram ao "fundo do poço" pois o que deveria ser uma opção para emergências virou um saldo negativo no salário mensal por um prazo tão longo e tão alto que inviabiliza qualquer investimento, planejamento e mesmo o dia-a-dia. Será que tem alguma salvação?

Um beijo para você!"

Pois é... a situação da família relatada não é exceção no meio onde convivo, pois muitas pessoas vivem assim... de consignado em consignado...

A menção feita ao pagamento antecipado do empréstimo consignado pela Gabriela é realmente a atitude que as pessoas deveriam ter: houve uma emergência, precisou pedir esse dinheiro com juros mais baixos do mercado, recebeu um outro valor, vai lá e quita com desconto porque sempre vale a pena.

Certa feita precisei comprar um carro com certas "facilidades" para diminuir minhas dores na coluna e realmente não havia poupança, dinheiro sobrando e nada que pudesse ajudar, somente uma dívida com um apartamento em construção que a cada dia me levaria mais dinheiro porque a construção estava sendo feita pelos próprios moradores e ainda faltavam elevadores, isso sem contar todo o acabamento. Enfim, não era efetivamente um bom negócio e eu precisava realmente do carro.

Resultado? Consignado no valor que faltava para a troca do carro. Já de posse do carro comecei a procurar alguém para comprar o apartamento e logo apareceu uma pessoa. Dinheiro do apartamento para quitação do consignado e o restante do valor imediatamente aplicado na compra de um terreno. Foi o que eu pude fazer e foram as melhores opções na época porque eu não ficaria pagando um consignado, mais uma obra dispendiosa por muito tempo... com certeza surtaria antes!!! rs

Penso que para qualquer empréstimo feito deve haver uma estratégia para quitação antes do prazo e além do pagamento da parcela mensal deve ser buscado economizar outros valores para esse pagamendo antecipado e não ficar vivendo como se não houvesse amanhã só porque o banco disponibiliza valores a juros baixos, até porque juros são juros e sempre representam dinheiro jogado fora e que poderia ser utilizado no seu orçamento mensal.

Alguém por aqui já fez uso de consignados? Como foi a experiência?
 

nnnnn
 

domingo, 26 de outubro de 2014

E os recebimentos... pode uma pessoa não saber?

No post "Como está sua vida financeira nesse exato momento" prometi que daria notícias da pessoa em recuperação. Falei novamente no post "Compradora compulsiva".

Hoje vim aqui para contar mais um pouquinho. 

A proposta era que eu ajudasse e monitorasse débitos, créditos, conta corrente e assim fui fazendo, costumo cumprir o que promete e vou até o final com essa pessoa, até que ela realmente esteja equilibrada, com dinheiro indo para a poupança e todas as contas pagas, inclusive empréstimo com juros mais baixos que foi feito para salvar a situação momentânea.

Estavam proibidos os presentes, mas a pessoa terminou por comprar um único no mês, com uma boa justificativa e ainda dizendo que o presente foi comprado com valores extras que tinha recebido.

Conferi o extrato e vi que a conta continua negativa, a pessoa retruca que a conta não está negativa... daí tenho que explicar novamente como funciona o extrato e solicitar que nenhum outro gasto seja feito. Está certo que o presente não causou grandes estragos na programação, mas poderia ter sido evitado.

Além disso, constatei ontem que, apesar do acerto que tem com outra pessoa de pagamentos semanais, os valores não estavam sendo depositados desde setembro.

Quando comunico o fato, após análise do extrato de outubro e solicitação do extrato de setembro, ouço um grito "como é que não percebi isso???"... bem, olhem o ponto a que as coisas chegam... a pessoa combina o recebimento, acredita que os depósitos estão sendo feitas, inclui o valor no orçamento, paga contas acreditando que o combinado foi cumprido e... há dois meses o acordo não era cumprido.

Respirei fundo... procurei paciência e calma... pensei que realmente nunca ninguém ensinou o que era uma conta corrente, o que são débitos e créditos, que não se pode confiar cegamente em ninguém, que é preciso conferir lançamentos... e expliquei que tudo deve ser monitorado, fiz uma nova planilha, bem como o levantamento dos valores que devem cobrados da pessoa que não cumpriu o compromisso... agora é esperar para ver o que acontece...

Você já deixou de conferir valores que deveriam ser depositados em sua conta? Teve algum problema com isso?

sábado, 25 de outubro de 2014

Compradora compulsiva...

Mais uma vez a Andrea nos lembrou que o primeiro passo para resolver um problema é admití-lo.

Naquele post em que falei da pessoa que sequer tinha noção das próprias dívidas, juros bancários e número de parcelas de empréstimos feitos, ressalvei o fato de que jamais alguém ensinou a criatura a manter uma planilha, a controlar gastos e a somente comprar alguma coisa se realmente tivesse dinheiro e necessidade.

O parâmetro era uma mãe compulsiva, daquelas que atendia todo e qualquer desejo de forma imediata, tanto aqueles desejos pessoais como aqueles desejos dos filhos. Não importava se havia dinheiro, o que importava é que havia crédito e se instituições bancárias já não cediam mais, bastava procurar um agiota e complicar ainda mais a situação.

Agora, no momento em que a pessoa:

- procura na internet sobre a forma de controlar o orçamento
- consequências da compulsão por compras e forma de controlar essas  compras
- minimalismo
- controle da vida financeira
- recebe ajuda e explicações de outras pessoas
- busca informações sobre destralhe e organização, realizando esse destralhe e percebendo o quanto de dinheiro colocou fora em coisas sem sentido...

passa a ter uma responsabilidade enorme sobre seus atos de consumo dali para a frente.

Podemos admitir que até aquele ponto ela repetia comportamentos apreendidos, realizava compras por carência e para se sentir aceita socialmente, entretanto depois de tanto ler e buscar ajuda percebe que a saúde financeira traz saúde física, bem estar, diminuição de estresse e nesse ponto certamente não optará mais pelo sofrimento causado por dívidas e ausência de poupança.

Enxergar a própria realidade e, sendo ela ruim, mudá-la... todo mundo quer ser feliz e viver em paz!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Experiência compartilhada - o problema que surge quando os sonhos são realizados...

A Fernanda deixou esse comentário que me chamou muita atenção porque passei pelo mesmo processo dela ao realizar alguns sonhos:

"Nunca tive grandes problemas, nem contas em atraso. Sempre consegui pagar tudo e sempre tive poupança. Já zerei minha poupança algumas vezes, para compra de imóvel, de carro, etc, quer dizer, compras que estavam sendo planejadas com o dinheiro da poupança (nestas épocas não comprava nada desnecessário, porque tinha um objetivo que era juntar todo o dinheiro que pudesse para efetuar estas compras). O problema é que após a realização desses objetivos (carro, imóvel, etc) comecei a gastar mais do que deveria gastar porque achava que se meu salário dava para pagar as minhas contas e às vezes ainda sobrava para a poupança eu poderia gastar. Só percebi isto quando comecei a ler blogs sobre destralhe, ano sem compras, compras desnecessárias e vi que estava gastando dinheiro com besteiras e que este dinheiro poderia ter sido economizado para outras coisas. Claro que estes gastos não eram nenhuma fortuna mas de pouquinho em pouquinho deveriam fazer uma soma boa. Percebi também que o meu cartão estava cheio de parcelas tipo, parcela 02/03, parcela 05/10, parcela 01/04, de várias compras parceladas, com valores baixos cada, mas que ao somar já perfaziam uma boa quantia, na maioria das vezes de lojas de roupas, sapatos, bolsas, perfume, artigos para casa .., excetuando seguro do carro, compras de remédios que sempre faço e são inevitáveis, coisas para minha filha e mais algumas coisas necessárias.
 

Enfim, comecei a tentar diminuir estas compras para reduzir o valor do cartão e sobrar mais dinheiro para colocar na poupança. No início não deu muito resultado por causa das várias parcelas a vencer. Porém, no mês passado, tive a grata surpresa de ter tido uma redução considerável no meu cartão de crédito, isto porque colocando poucas coisas no cartão, pagando as outras coisas à vista e com o vencimento das tais compras parceladas, a tendência é realmente o valor a ser pago no cartão diminuir.
 

Já para a próxima fatura, a qual estou monitorando pela internet, espero que o valor fique ainda mais baixo que a do mês passado.

Meu objetivo agora é parar de comprar besteiras (já estou comprando muito, muito menos), destralhar a casa (o que estou fazendo, mas é um processo muitíssimo demorado), resolver algumas pendências médicas de minha filha (tipo cirurgia, finalizar calendário de vacinas, etc), continuar pagando academia e continuar colocando o dinheiro extra na poupança.
 

Para o ano que vem espero poder focar em outras coisas: resolver pendências minhas (fazer um tratamento para varizes é uma delas), continuar na academia, já ter destralhado muita coisa em casa e começar a fazer o que gosto, que há muito tempo não faço (por falta de tempo, de ânimo, ansiedade, falta de paciência, sei lá): assistir filmes, ler livros, viajar, passar uma tarde numa cafeteria saboreando uma torta e um café ....

Além disso tudo, meu salário é variável. Meu salário depende de alguns fatores, portanto, posso receber mais em um mês e menos no outro. Ou seja, posso algum mês não ter recebido salário suficiente para cobrir meus gastos e terei que lançar mão de outros recursos, portanto, tenho que estar sempre prevenida."

Assim eu fiz: comprei carro, casa própria e depois passei a viver como se não houvesse amanhã. Muitas compras de roupas, sapatos, coisas para casa e por aí vai... Lojas de R$ 1,99 faziam festa ao encher meus armários, vendedoras ficavam muito felizes quando me viam e a vida caminhava com aquela imensa fatura de cartão de crédito com "n" prestações a perder de vida.

Em determinado momento vi que eu tinha um sonho não realizado: ter um apartamento em Londrina, cidade que fica a 60km de onde eu morava e onde eu queria passar final de semana, ir em um dia e voltar no outro. Quando realmente criei coragem, comprei um apartamento na planta para ficar pronto quatro anos depois, já estávamos em 2009.

Coloquei no quadro de desejos em relação ao apartamento: quitado em dezembro de 2009, data em que nada aconteceu... rs... mas como tudo que pedimos ao universo acontece, em maio de 2010 surgiu uma situação que me permitiu quitar boa parte do saldo e continuaria apenas com as parcelas que eu havia aumentado para não pagar "balões" semestrais ou anuais.

Procurei a construtora e, contrariamente ao informado pela corretora na hora da venda, não havia desconto para pagamento antecipado. Fui com meu filho em outra construtora e dei o valor de entrada em outro apartamento, parcelas aumentadas para evitar os "balões".

Assim, ia pagando duas parcelas de dois imóveis diferentes, confesso que não sei se teria essa coragem hoje em dia. 

No ano seguinte, em julho de 2011 embarquei no "ano sem compras" e o resultado foi simplesmente fantástico, pois cheguei em 2014 com a entrega das chaves sem qualquer financiamento, mudei para Londrina, moro em um apartamento e aluguei o outro, fato que me garante uma renda extra que vai diretamente para a poupança.

Vejam que venho há dias falando em não parcelar, entretanto considero os dois parcelamentos que fiz como "dívidas boas", posto que terminei por pagar um valor final em cada um deles que me permitiria vender se precisasse e com um lucro razoável. 

Hoje em dia não está tão bom e as construtoras não estão dando essa margem para lucro, mas continuo pesquisando um bom negócio, porque preciso disso em razão de que após terminar esses dois investimentos, mobiliar os apartamentos, etc, passei novamente a gastar em coisas não necessárias, ou seja, coisas que posso perfeitamente viver sem.

Está certo que continuo poupando, não estou no vermelho, não preciso de valores como terço das férias ou décimo terceiro porque faço provisão anual das despesas, mas... poderia estar muito melhor e vai ficar... estou novamente planejando um período sem compras, talvez até abril do ano que vem quando pretendo viajar com as crianças, o que ainda estou formatando, tanto a viagem como a ausência de gastos.

Realizado um sonho é preciso que se busque outro para não cair novamente no consumismo!!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sobre seguro de vida...

Jamais retirei um carro da concessionária sem ter feito seguro, desde o primeiro foi assim. Sempre pensando no valor que gastei para ter o bem, na preocupação com terceiros eventualmente envolvidos em acidente que eu tivesse causado, na precaução caso quem abalroasse meu veículo não tivesse seguro, na segurança financeira dos passageiros. Reflexões sempre feitas, seguro com valores razoáveis e que me serviu algumas vezes, infelizmente, porque ninguém quer se envolver em acidente.

Na mesma linha de raciocínio, ninguém quer morrer, não é mesmo? Mas... todos um dia morrem! É a única certeza da vida.

Então, porque será que nunca pensei na segurança do meu "casco", na situação em que as pessoas que dependem de mim ficariam caso eu passasse dessa para outra vida? A resposta deve estar relacionada à nossa resistência à morte, à invalidez, à doença e simplesmente evitamos pensar nisso ou programar essa situação.

Assim, vida organizada financeiramente, casa organizada, filhos encaminhados para escola, faculdade e profissão, e tudo está tão perfeito que você passa a pensar em como seria se você não estivesse por aqui.

Comecei a me informar, minha gerente do banco passou diversas informações, entretanto não passou as condições efetivas e valores do seguro. Procurei a empresa que faz o seguro do meu carro e imediatamente recebi a proposta.

Eu já sabia os valores que eu queria deixar, valores para possível invalidez e inclusive valor que será caso pago em caso de diagnóstico de câncer. Ok! Ninguém quer nenhuma dessas situações, mas elas podem ocorrer!

Seguro feito e espero demorar uma eternidade para usar... agora estou tranquila porque sei que as pessoas que amo não ficarão desamparadas e que eu terei uma segurança em caso de algum infortúnio, pois lógico que invalidez ou mesmo doença trazem maiores gastos e talvez até necessidade de cuidados permanentes por outra pessoa.

Vejam bem: quero viver muito e com muita saúde!!! Esse é o meu desejo e com certeza serei atendida, mas se acontecer algo sei que posso ficar em paz com a vida!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Experiência compartilhada - orçamento sob controle ou não...

Mais um comentário, dessa vez da Keila no post "sobre compras parceladas":

"Olá!
O que me ajuda: orçamento mensal, ter uma lista das coisas que quero comprar e planejamento das contas anuais. Não adianta comprar um monte de roupas com o 13º e depois não ter dinheiro para pagar o IPVA.
Uso cartão de crédito para o que preciso comprar. Já que preciso comprar algo, faço no cartão onde posso acumular milhas. As vezes parcelo compras maiores que vão constar no orçamento dos próximos meses. E NUNCA pago somente o mínimo do cartão. É uma regra de ouro para nós.
Ah! Tenho um costume um pouco engraçado: as parcelas não podem passar de dezembro do ano atual. Detesto entrar janeiro com dívida! :)
Parece tudo muito perfeitinho, não é? Mas as vezes falha. E falha mesmo! Aí tem que analisar o que aconteceu e voltar para os trilhos. Mas se não tiver um plano fica difícil voltar para os trilhos. Planejamento é fundamental.
Bjs,
Keila"

Isso me fez lembrar de algumas vezes em que a coisa não funcionou tão perfeitamente e como é possível, quando há o efetivo controle, identificar rapidamente onde "pisamos na bola" e voltar a ter o equilíbrio com a reposição desses valores na poupança se de lá saíram para cobrir a conta ou voltar a economizar aquele valor que sequer foi para a poupança e deveria ter ido.

A provisão para pagamento de contas anuais também é necessária porque dificilmente conseguimos encaixar no salário mensal, sem parcelar, IPTU, IPVA, matrícula na escola dos filhos, material escolar, tudo isso somado às despesas das festas de final de ano e eventuais férias. 

Quanto à essas despesas anuais somente consigo pagar no início do ano, à vista e com desconto, graças ao esforço feito especificamente para esse fim durante o ano todo.

Pagar o mínimo do cartão é o primeiro passo para a insolvência considerando os juros exorbitantes cobrados, por isso falo: se não pode comprar à vista, não compre parcelado, espere e faça uma economia. Acaso precise efetivamente do bem até compre parcelado, isso é muito pessoal, mas tenha claramente delineado se isso cabe no seu orçamento mensal e evite compras por impulso.

Você faz um controle de despesas e receitas? Nesse controle estão incluídas as contas anuais?


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Experiência compartilhada - cuidar do orçamento

A Andrea deixou o seguinte comentário no post "Como está sua vida financeira nesse exato momento?":

"Pra te ser sincera, eu sei exatamente quanto ganho e quanto gasto (desde que comecei a trabalhar, anoto meus gastos), mas eu não tenho controle do meu orçamento. (Bem, vamos dizer que não tinha, porque estou mudando.)

Eu sou (era) do tipo que comprava bastante em parcelas e ficava, "aaah mas essa prestação é pequena, posso fazer", "está em promoção!", "eu vou receber um dinheirinho a mais, posso usá-lo pra pagar isso" e, por último, "vou comprar e, se não conseguir pagar, pego empréstimo no banco". Juro que pensava assim!

Pelo menos, nunca usei limite especial nem paguei mínimo no cartão de crédito, mas eu ainda vivo de pagamento em pagamento. Meu dinheiro dá pra pagar as contas, mas não sobra pra passar o mês. E eu tenho prestações a perder de vista! (Sabe o que é pior? Tem coisa que eu comprei em várias prestações e passei pra frente quase imediatamente porque não me serviu. =/)

Uma das minhas táticas foi quebrar meus dois cartões de crédito. Foi radical, mas eu precisava de um baque. E foi libertador também porque eu saio de casa, olho algo que quero comprar e lembro que não estou com o cartão e não tenho dinheiro, então não posso levar. E simplesmente sigo em frente. Ainda gasto um pouco na internet porque sei o número de cor deles (¬¬'). Sorte que eles vencem esse ano e não desbloquearei os novos, por enquanto".

Penso que essa anotação das receitas e despesas sem obedecer a um orçamento definido é um ato quase que inconsciente de controle de gastos, embora não tenha servido para mim no começo dessas anotações.

Desde que me conheço por gente faço essas planilhas de receitas e despesas, mas somente após o ano sem compras elas serviram efetivamente para controlar gastos e evitar compra de itens desnecessários e supérfluos, antes eram apenas anotações talvez até sem sentido.

Cheguei a comprar um tênis em doze prestações, televisão em dez prestações, e por aí a coisa ia. Quando chegava no final do mês e ia somar todos esses "pequenos valores" o bicho pegava porque muitas vezes ficava acima do que eu recebia, já recorri a empréstimo consignado, cheque especial, etc.

Aliás cheque especial eu abusava com força. Quando entrava meu salário simplesmente cobria o "negativo" da conta e a partir do dia seguinte já começava a "negativar" novamente.

Quebrar os cartões como fez a Andrea é uma boa medida. Outra coisa que pode salvar o orçamento é simplesmente parar de comprar até equilibrar efetivamente as despesas/receitas e as receitas serem superiores ao que se gasta. Feito isso, adquirir o hábito de pagar-se primeiro, isso venho fazendo há algum tempo e é impressionante como você acostuma a viver sem esse valor da poupança. Faço de conta que nem recebo esse valor, como também faço de conta que não são meus os valores extras que entram (restituição de imposto de renda, terço das férias)... 

É uma questão de acostumar a manter uma conexão com sua vida financeira, isso faz com que os gastos sejam mais conscientes e muitos itens deixem de entrar em casa.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O post que não foi - a coisa não estava feia...

Esse post seria de como "meti o pé na jaca" e esculhambei meu orçamento... felizmente minha previsão estava incorreta...

Ainda não tinha conseguido fechar o mês de agosto e setembro, finalizar as planilhas. Motivo? Medo... viagem para o Paraguai com algumas compras, depois Porto Alegre para a formatura, depois São Paulo para o visto... daí emendou outubro com viagem para Porto Alegre novamente e depois Rio de Janeiro... então, bateu o pânico e eu nem queria saber o que gastei.

Conta aparentemente sob controle pois o saldo ainda era "azul", mas... pensei que teria que mexer na poupança e que não teria valores para repor a poupança e outros que deveriam ir para lá não poderiam, o que prejudicaria o plano de colocar todos os valores que não eram salário (ação da TAM, terço das férias, restituição do imposto de renda, etc) na poupança.

Dessa forma eu ia adiando a tarefa e sempre incomodada com isso. Aliás, achei que não fechava as planilhas desde junho de tão assustada e mantendo distância das anotações.

Ontem tomei coragem e enfrentei a situação. Agosto faltava apenas finalizar, setembro precisava de todos os lançamentos e outubro fiz as anotações até o dia 15 (data do último extrato). Qual não foi minha surpresa ao verificar que "devo" pouco para mim mesma dos valores que me dispus a economizar, as viagens estão todas pagas porque feito o pagamento à vista ou para o vencimento do cartão cuja fatura já chegou. 

Assim, mais uma vez gastei energia mental com o que não precisava. Se tivesse sentado já no final de agosto e fechado aquela planilha teria poupado muita preocupação.

Penso que o resultado decorre do trabalho desses últimos anos. Acostumei a não gastar e termina sempre por sobrar alguma coisa no final do mês e os valores inesperados vão integralmente para a poupança.

Está certo que terminei por gastar nesse período em alguns itens que não posso mencionar como estritamente necessários, mas é preciso também realizar um ou outro sonho de consumo.

Você já chegou a sentir medo e deixar de fazer as planilhas por essa razão?

sábado, 18 de outubro de 2014

Sobre compras parceladas...

Responda: se você não tem dinheiro para comprar alguma coisa à vista, você deveria comprar esse item de forma parcelada?

Minha resposta atual, e já comprei muito parcelado, é "não" e por diversas razões.

A compra parcelada muitas vezes é uma compra por impulso, simplesmente você vê aquilo, olha apenas o valor da prestação e leva para casa. No dia seguinte, outro desejo imediato satisfeito e mais uma parcela. Chegando ao final de um mês, porque não temos mais noção de tempo pela forma como está passando rápido, você estará com seus rendimentos comprometidos e na maioria dos casos sequer tem consciência disso.

Somente quando para ou quando alguém chama a atenção e pede para que sejam somados os valores é que vem o choque de realidade, passando a perceber que os valores das prestações realmente não cabem no seu orçamento, que aquilo que foi comprado nem foi usado ou era simplesmente um desejo de algo sem utilidade ou passou a febre do uso, enfim... compras sem necessidade alguma e conta corrente estourada, orçamento bagunçado e vida financeira que virou um caos.

Uma boa tática para evitar essas compras por impulso é o uso da velha e boa caderneta que deve ficar na bolsa ou no bolso. Passei por uma vitrine ou estou na internet, vi algo que desejo, anoto, pesquiso preço, faço uma provisão de valores, economizo e depois realizo a compra à vista e sempre com desconto, até sites dão desconto para pagamento no boleto.

Adiar sonhos e desejos de consumo é o melhor que podemos fazer por nossa saúde mental. Ninguém vive em paz com dívidas, prestações, pagando juros e isso afeta inclusive nossos relacionamentos mais próximos, pois ficamos nervosas e acabamos descontando inconscientemente nas pessoas mais próximas.

Comigo é comum acontecer de anotar a tal "compra", até realizar a pesquisa de preços, fazer a economia para a compra e quando chega no momento de "fechar negócio" simplesmente a coisa não me interessa mais e o dinheiro vai ficando lá guardado e rendendo juros.

Qual a forma que você usa para controlar as compras? Realiza muitas compras por impulso? E as parcelas somadas cabem no seu orçamento ou não teriam sido incorporadas se fosse um ato consciente?

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Outras vantagens da viagem sem passeios através de agência de turismo

Ontem contei das vantagens econômicas ao fazer os passeios turísticos por conta própria, mas existem inúmeras outras.

Vendedores ambulantes não incomodam, no máximo é oferecido no ônibus ou na praia os tais Biscoitos Globo e amendoim com casquinha de biscoito.

Não há horário marcado, você pode sair e voltar no horário que bem entender.

Poder ficar quanto tempo quiser em cada local, mais ou menos conforme o interesse e sem precisar ficar com guia gritando, chamando e observado o horário.

Desfrutar dos passeios sem precisar de relógio ou celular para verificar horários.

Alterar o roteiro ou programação, parar para almoçar ou lanchar quando quiser. Sentar na calçada e olhar o movimento sem compromisso.

Encontrar turistas na mesma situação e encontrar soluções junto com eles sobre que transporte pegar ou locais a visitar.

Conviver mais com as pessoas que moram no local, conhecendo assim um pouco mais da realidade.

O metrô faz com que você se livre do estresse do trânsito, é muito rápido e sem sinaleiras e sem buzinas e sem carros importunando, tendo sempre o mesmo tempo de trajeto não importando o horário. De lambuja ainda aparecem músicos e seus instrumentos para colorir a viagem.

Tirar seus filhos da "bolha" e fazer com que tenham mais segurança no ir e vir sem deixar com que fiquem no conforto de um táxi que nada acrescenta. No final da viagem meus filhos já davam informações sobre linhas do metrô que as pessoas deveriam embarcar e até dos ônibus que levavam em determinados lugares.

Nesse último aspecto, é certo que procuramos proteger nossas crianças de tudo e de todos, mas ninguém sabe o dia de amanhã e precisam aprender a se virar em todas as situações, buscar soluções, não tem medo do contato social. 

Quando do primeiro trajeto o Pedro ficou branco de medo porque pegamos uma linha de ônibus que passava pela comunidade da Rocinha, o ônibus lotou, estudantes da idade dele entraram pela porta traseira (não pagam transporte) gritando, um empurrava o outro e depois prestando atenção na conversa deles falavam sobre o "fulano e sua erva" entre outras coisas, foi realmente assustador a princípio, entretanto essa é a realidade daquelas crianças. 

É muito bonito você contar para seus filhos que determinadas crianças não tem escola perto de casa, que precisam pegar transporte coletivo lotado, isso e nada é a mesma coisa porque não há a vivência. Outra coisa é você permitir que eles vejam com os próprios olhos essa realidade, isso sim é educação e experiência.

O trajeto mencionado também oportunizou que eu conversasse com um morador e, curiosa, perguntei se realmente a Rocinha era tão perigosa, na vã esperança de que ele me dissesse que com a pacificação feita pela Polícia Militar isso tudo estivesse melhor. O morador contou que no começo do morro está tudo tranquilo, mas lá para cima... continua na mesma... 

Andamos sem celular, sem nada chamando a atenção, com uma máquina de fotografia "sem graça", com pouco dinheiro, com o mínimo que pudesse nos identificar como turistas e com isso, como já contei, não passamos por qualquer situação perigosa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Transporte público no Rio de Janeiro - turismo sem agências...

E realmente fizemos turismo sem utilizar serviços de agências. Alguns criticaram dizendo que éramos loucos, pois muito perigoso se aventurar no Rio de Janeiro assim... utilizando ônibus circular e metrô, sendo que ao relatarmos a ausência de problema apenas disseram "vocês tiveram sorte" e outros mencionaram que "era somente rezar para Deus que nada acontecia!".

Pois bem. Andamos por muitos pontos turísticos sem passar por qualquer situação de perigo. As pessoas foram muito solidárias e estavam sempre dispostas a prestar informações do destino desejado.

Somente descobrimos a integração metrô/ônibus no último dia e isso teria trazido uma economia de aproximadamente R$ 5,00 em determinados trajetos. Por exemplo, pegamos metrô para o Largo do Machado pagando R$ 3,50 por pessoa (três pessoas R$ 10,50), dali pegamos o ônibus para o Cosme Velho pagando R$ 3,00 por pessoa (três pessoas R$ 9,00), tudo a fim de chegar na estação do bondinho que leva ao Cristo Redentor. Nesse caso se tivéssemos utilizado a integração com cartão único teríamos pago apenas R$ 5,00 por pessoa (três pessoas R$ 15,00). De qualquer forma, utilizando o transporte público gastamos bem menos do que se fôssemos com agências de turismo ou mesmo táxi, o que é óbvio.

Vejamos os passeios feitos:

- Forte de Copacabana fomos caminhando porque próximo ao hotel onde ficamos. 

- Barra - ônibus coletivo (1h30 na ida e 2h00 na volta) para buscar kit da Izabel que participaria da Corrida Athenas no domingo

- Centro Cultural Banco do Brasil, Casa França-Brasi, Paço Imperial, Palácio Tiradentes, Conferitaria Colombo - metrô ida e volta

- Tentativa de visita ao Maracanã, ida de metrô, mas estava fechado em razão do jogo FlamengoxCruzeiro, pegamos um táxi para a quadra do Salgueiro (R$ 20,00) onde havia feijoada e samba, de lá um táxi para a estação Saens Pena(R$ 10,00) para pegar o metrô e voltar para o hotel

- Teatro Municipal, Arcos da Lapa, Escada Selaron - ida de metrô, táxi para subir para o Bairro de Santa Teresa (R$ 32,00), porque disseram que a subida pela escada além de penosa era perigosa, sendo que Izabel achou que não era aconselhável subir de ônibus coletivo. O certo que é Santa Teresa é bastante íngreme e com aquele calor não iríamos sobreviver andando... rs... Pegamos o metrô e paramos na estação Largo do Machado, embarcando no ônibus em direção a Cosme Velho para visitar o Cristo Redentor no Morro do Corcovado, voltamos de ônibus para Copacabana

- Para Arpoador e Ipanema fomos caminhando porque era bem próximo

- Voltamos no Maracanã de metrô, saímos da Estação General Osório em Copacabana e desembarcamos na rampa de acesso ao estádio, após isso voltamos para o metrô e descemos na estação que tinha ônibus que levava até a Praia Vermelho onde fomos pegar o bondinho para o Pão de Açúcar, na volta fizemos o inverso - primeiro ônibus e depois metrô até Copacabana.

Gastamos em transporte para visitar todos esses pontos R$ 206,00 no total e considerando três pessoas ou R$ 68,66 por pessoa.

Só para que tenham uma ideia dos valores dos passeios se fossem feitos com agências de viagem:

- um dia no Rio - duração nove horas (cansei só de pensar!) - Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Floresta da Tijuca, Praias, Maracanã, Catedral, Sambódromo, Escadaria Selaron, almoço - R$ 195,00 por pessoa

- Cristo + City Tour - duração quatro horas e meia - Cristo Redentor, Catedral, Sambódromo, Maracanã e Floresta da Tijuca - R$ 110,00 por pessoa

- Um dia no Rio de Janeiro de trem - R$ 300,00 por pessoa

- Um dia no Rio de Janeiro de van - R$ 275,00 por pessoa

- Pão de Açucar mais Catedral Metropolitana - R$ 155,00 por pessoa

E por aí vai...  mas afora o fator econômico existem outras vantagens em não ficar vinculado às agências e coloco por aqui amanhã para que esse post não fique longo demais.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Como está sua vida financeira nesse exato momento?

E nesse horário estou partindo em férias para o Rio de Janeiro...

Aqui uma reflexão: como está sua vida financeira agora? Nesse exato momento você tem idéia se possível realizar algum sonho? Tem alguma poupança? E as dívidas e prestações?

Certa feita pedi para uma pessoa que, após tomar seu café recém coado, sentasse em uma mesa e anotasse todas as suas despesas  mensais fixas, variáveis, prestações, enfim tudo que gastava em um mês, sendo que isso deveria ser feito sem consultas, somente utilizando a memória, entretanto algumas consultas foram necessárias para verificar valores exatos.

O pedido decorreu da verbalização de um empréstimo que fez ano passado e que poderia acarretar alguns prejuízos irreparáveis.
Terminada a tarefa de anotar, solicitei que fosse tudo somado. Depois, foram feitas anotações dos "créditos mensais" com seus exatos valores. Tomados os valores dos créditos e deduzidos os débitos anotados ainda sobrava um valor equivalente a quarenta por cento dos rendimentos mensais.

" Ótimo! Então, você pode resolver aquela dívida que está lhe preocupando em pouco tempo, aquela cujo valor dos juros foi somado,  mas não o valor dela integral."

- Mas... escuta.. vi você guardando uns papeizinhos na carteira e dizendo que não podia jogar fora. Qual a razão?
- Prestações da loja de departamento "x", mas é coisinha pequena, nem vale a pena anotar.
- Vamos lá! Coragem! Precisamos do quadro real!
- Está bem, somando importa no valor "n"- e esse valor era equivalente a 6% do recebimento mensal - Nossa! Nunca imaginei! São prestações pequenas, tem uma até de R$ 18,00.
- É! Pequenas, mas que somadas chegam a esse absurdo em relação à sua renda. Anote na planilha!

- Verifiquei na planilha que tem dois lançamentos, com valores diferentes, referentes à mesma rubrica!
- Assim, ano passado não consegui pagar, então parcelei no cartão de crédito esse ano! E agora tenho o ano passado e esse para pagar, sendo que o mês passado já não paguei o desse ano, somente consegui pagar o cartão.
- Entendi! Pelo menos está lançado!

- Nossa! - diz a pessoa - que absurdo minha conta de luz! - valor de 5% dos recebimentos totais.
- Vamos "ler" essa conta de luz. Pegue esse papel e leia.
- Ah! Tá! Tem o valor do mês passado e desse mês, é que mês passado não paguei, mas nunca deixo cortar a luz.
Vamos para o segundo passo. Abra seu internet banking. 

- Qual seu saldo? 
- Meu saldo é "x", mas vai entrar "y", bla, bla, bla!
- Calma! Qual seu saldo efetivo hoje? Quanto você tem na conta ou está negativa?
- Ok - desanimada - está negativa em "z"!

O saldo negativo era equivalente a um valor total dos créditos de um mês mais 10%, ou seja, mesmo entrando todos os créditos ainda assim ficaria 10% negativada no banco, ainda, estava pagando juros de cheque especial sobre todo esse valor e durante o mês inteiro e todo mundo sabe que juros de cheque especial são capazes de levar à insolvência em curto prazo.

- Como será que aconteceu isso?
- Sei lá...
- É que funcionava assim: eu tinha saldo positivo durante quinze dias do mês, depois durante dez dias e depois durante cinco dias... 
- Pois é, aconteceu exatamente assim, você foi simplesmente ignorando os fatos e comprou isso e aquilo sem que tivesse dinheiro, somado aos juros do cheque especial a coisa foi crescendo e agora você está indo para o ponto de não ter dinheiro nem mesmo quando entram todos os créditos, fica tudo para o banco.

Vamos continuar nessa análise do extrato bancário. 

- Quanto você paga de juros?
- Onde que se vê isso?
- Na rubrica "juros" do extrato!

Procura daqui, procura dali e bingo! 10% do saldo devedor é claro!

E a coisa toda não parou por aí. Havia lançamentos de um crédito que o banco fornecesse automaticamente e a pessoa escolhe o número de prestações no terminal, depois os valores vem debitados em conta corrente.

- O que é esse crédito? Porque você o utilizou?
- Sabe como é... a gente não tem dinheiro e daí termina por usar.
- Pois é, mas se a gente não tem dinheiro, simplesmente não gasta, exceto se for alguma emergência fatal... se não dá para comer carne, come ovo... se não dá para comprar o pão, faça o pão em casa que é mais barato... se não tem dinheiro, não tem que comprar mais nada que não seja o estritamente necessário.

E depois vinham taxas bancárias que, no meu entendimento, não poderiam ser cobradas e estavam perdidas no meio dos lançamentos.

Feito o diagnóstico, já era hora de tomar providências!

- Esquecer a dívida que gerou o levantamento, aquela que estava incomodando e continuar pagando os valores mensais dela porque os juros não eram exorbitantes.

- Procuramos um empréstimo com juros mais baixo e foi feito no valor de "um valor total mensal" para cobrir a conta corrente, sendo que o valor da prestação é inferior àquele que vinha sendo pago a título de juros.

- Começar a usar a planilha e ensinei como deveria ser feito do meu modo "tosco". Manter uma caderneta na bolsa, anotar todos os créditos durante o mês, anotar todos os débitos durante o mês, não fazer compras, exceto do que for essencial (comida, remédio), no final do mês somar os valores e ver o resultado anotando na planilha maior.

- Eliminar o cartão de crédito! "mas, vou pagar tudo à vista?", "exatamente, começando pelas fixas e administrando as variáveis que devem ser diminuídas".

- Monitoramento da conta corrente que foi sendo feito também por mim no intuito de ajudar a controlar.

Chegando no final da coisa toda, a pessoa estava pasma, chorou, disse que era uma "m%$#@$##" essa situação a que chegou e não tinha nem ideia de que sua situação financeira era essa. 

Ponderei que somente havia uma culpada na coisa toda e era a própria pessoa, ressalvadas algumas situações pessoais, eu até compreendia como chegou nesse ponto, somado ao fato de que jamais alguém ensinou como verificar ou controlar as despesas mensais.

Bem, esse post já ficou longo demais, a coisa toda teve desdobramentos que vou contando por aqui em outras ocasiões.

Se você teve a paciência de ler esse texto até o final, conte-me quais foram suas reflexões, se você tem ideia das suas despesas/créditos/dividas, como controla seu orçamento doméstico...

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Impressora e fragmentadora...

Em Cornélio eu não tinha problemas com impressora, sempre havia uma disponível e o escritório do meu filho ficava perto. Quanto aos papéis que precisavam ser eliminados - extratos bancários, cópias de documentos, declarações de imposto de renda com mais de cinco anos, recibos, etc - quando mais importantes eram queimados na churrasqueira.

Pois bem. Aqui em Londrina a falta de impressora era um problema. Izabel pagando xerox na faculdade. Pedro com as impressões enviadas para a escola e nem sempre a responsável via, trabalhos que deveriam ser impressos diretamente do portal educacional e por aí a coisa ia, um estresse total. 

De tanto eles falarem, pedirem, implorarem, resolvi comprar a tal impressora, mas a questão era uma impressora com um bom custo benefício e sem estresse de cartucho ou toner, também sem o custo absurdo dessas reposições.

Considerando que tenho uma assessora para assuntos aleatórios e informáticos, terminei por consultar a pessoa que foi buscar informações junto a outra muito antenada na área.

Indicação: Epson L 355, uma multifuncional,  imprime, tira cópias, funciona com wi-fi, tem conectividade com tablet ou smartphone e com tanque de tinta. Para recarregar, coisa que ainda não precisei, simplesmente é necessário comprar um tubo de tinta da cor que terminou e colocar no tanque, somado ao fato de que tal tubo custa em torno de R$ 35,00 dependendo da cor. Prático, rápido e barato!

A tinta que veio com ela deve durar 4.000 cópias e ainda estou esperando para calcular o tempo que vamos demorar para tantas cópias, embora tenha ultrapassado a questão de trabalhos escolares nas impressões. Cópias de documentos, impressão de moldes da internet para fazer bumerangues e aviões, receitas... enfim... só o tempo dirá...

Em relação ao tamanho é perfeita e ainda se incorporou à decoração, pois isso era outro problema: não tínhamos espaço para colocar uma impressora, os quartos já estão com tudo organizado e sem lugar, não temos escritório... logo, ela ficou lindamente instalada na sala e sem "agredir" a visão... rs...

Depois foi a vez da fragmentadora, ou destruidora como diz o Pedro. Terminei por optar por uma Elgin, compacta, pois somente preciso destruir folhas A4 e é só ter um pouco de cuidado na hora de colocar o papel, para que ele não tranque e embole, que ela cumpre sua função. Isso me deu uma paz em saber que os documentos não podem ser reconstruídos, somado ao fato de que não preciso ficar picando com as mãos indefinidamente até achar que estão em tamanho que não podem mais ser colados. Neura? Sei lá! Penso que dados bancários e outros que constam de alguns papéis são muito perigosos para serem jogados por aí de qualquer jeito.

Também não havia espaço para a fragmentadora e já no primeiro dia, misteriosamente, ela se aninhou ao lado da mesinha e ali ficou sem incomodar a passagem ou a decoração.

 
E você, qual impressora usa? Acha que a fragmentadora é necessária?

* isso não é um publipost

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Suzanne Marie e Bistrô À La - Porto Alegre


E nem só de destralhe se vive em Porto Alegre. Almoçamos em dois restaurantes na quinta e sexta. Pratos diferentes e comida maravilhosa.

O Suzanne Marie fica na Rua Tobias da Silva, 304, Moinhos de Vento, próximo ao Clube Náutico União. No almoço há um buffet de comida brasileira com inspiração francesa, servido por quilo, no jantar abre apenas uma vez por mês. Saladas, banana com cereais, panqueca com ricota e passas, peixe com alcaparras, lentilha, etc.

Já na entrada você se depara com diversos sofás ao ar livre embaixo de árvores. As mesas são colocadas na parte de cima, onde também é servido o buffet, no porão e até no que seria o pátio da casa, sendo que nesse último local as árvores foram preservadas e é como se estivesse ao ar livre apesar da cobertura que protege da chuva.

As sobremesas são ótimas, um show a parte. O cheese cake de chocolate dizem que é maravilhoso, embora eu tenha provado outra sobremesa de leite condensado com chocolate.

Eles sabem dosar muito bem a sofisticaçao e a simplicidade. 

Fantástico!
 


 No segundo dia foi o dia de à la minuta. No Bistrô do À La, na Praá Maurício Cardoso, 53, Moinhos de Vento, bem próximo ao shopping.

E quem não gosta de à lá minuta? Arroz, feijão, bife, ovo e batata frita servidos em um buffet onde você mesmo monta seu prato e de lambuja ainda recebe na mesa o bife com queijo derretido, batatas fritas e tudo mais que você pedir. O molho do bife, feito do próprio suco da carne é um espetáculo a parte. Além disso, tem saladas e frutas. No final sobremesa, mas não conseguimos chegar nela, esquecemos de guardar um espacinho e comemos demais os pratos salgados.

Com tantas coisas nem provamos o frango e a massa, mesmo porque estávamos ali para o à la minuta.

Tem mesinhas na calçada, no mesmo nível do buffet e subindo uma escada no jardim dos fundos também tem mesinhas ao ar livre em meio às árvores. Para quem quiser pode também almoçar no balcão. Adorei!

Chegamos meio-dia e pouco, horário pouco aconselhável porque o local estava cheio, mesmo assim o rapaz logo arrumou uma mesa no jardim.

Quando fomos acertar a conta, lá estava o seu Clóvis para receber e ele é muito engraçado, quase outro show... rs...
 

*isso não é um publipost!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Confeitaria Max - Porto Alegre

Na quinta-feira de manhã cheguei no aeroporto em Porto Alegre e pedi para minha irmã me levar em um lugar ótimo para tomar café. Fomos para a CONFEITARIA MAX, Rua Coronel Bordini, 129.

É como uma viagem no tempo.  Tem um ar de nostalgia. A confeitaria tem mais de cinquenta anos, a decoração e móveis são antigos, nada daquela coisa de modernizar o ambiente. Simplesmente adorei!

As bolachas de leite com chocolate, bolachinhas duplas de chocolate, bombons, cucas, diversos bolos com receitas alemãs. E a torta de maçã? Igual a que minha avó levava para Lagoa Vermelha quando eu era criança e ela ia nos visitar. Todos os produtos parecem feitos de um jeito antigo. A massa folhada com recheio de creme de baunilha... hum... cada coisa melhor que a outra.

Os salgados também são maravilhosos. A empada tem uma massa que desmancha na boca.

Se você quiser levar de presente as embalagens são super bonitas.



* isso não é um publipost

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Destralhe do quarto da dona da casa...

Aqui continuamos no resultado do final de semana e agora o que aconteceu no quarto da dona da casa.

Começamos com a cadeira ao lado da cama, antes e depois. Essas caixas e álbuns eram as fotografias que ela estava tentando mexer, foram guardadas parte na estante da sala e parte no roupeiro, pois não era hora de mexer com isso:











Passamos para uma porta do roupeiro, aquela que ela falou "imagine se você abrir essa porta!", penso que era um pedido de socorro... rs... e assim, uma porta por vez porque se tirássemos tudo com certeza sairíamos correndo. Havia "camadas" nas prateleiras e assim que saíam as coisas da frente, outras apareciam atrás.


O resultado foi muito bom:
 



E isso tudo saiu dessa única porta:










Depois para a segunda porta:


Terceira porta, atrás da sacola amarela havia outra preta cheia de coisas:



E depois ficou tudo arrumadinho:













Nesse ponto precisamos parar a fim de dar um destino ao destralhe feito até então:
 



O antes e depois de cima do roupeiro:


Quarta porta:
 



Quinta porta e suas gavetas:

 


Tudo isso saiu da última gaveta e que era somente de bijuterias:












Sexta porta e nessa prateleira abaixo dos cabides também tinha duas camadas de coisas, depois ficou apenas com a camada da frente:


Essa era a camada por trás das calças










Terminamos e olhem o destralhe imenso, depois da primeira foto de destralhe paramos tudo para catar as coisas e somente depois partimos para continuação e a segunda foto é o segundo destralhe imenso que foi feito:


Organizar por partes é bom. Você vai colocando as coisas no lugar e depois se acha outras do mesmo tipo, volta e coloca junto com o que foi achado, quando precisar tudo estará em "conjuntinhos" e em um único lugar.  Outro aspecto interessante é que você fazendo cada porta ou cada gaveta, tem a opção de parar quando quiser e ir a um restaurante ou ir para Gramado... rs

Agora os tecidos estão juntos, o mesmo ocorrendo com material escolar, material de faculdade, artesanato, etc.

Todas as coisas retiradas no sábado e domingo estão nas fotos abaixo, sendo que aquelas de sexta já tinham sido levadas. As coisas reaproveitáveis foram para doação ou venda.
 
















Penso que terminamos por enquanto e quando eu voltar certamente haverá menos coisas o que fará com que possamos mexer no que dói mais.