segunda-feira, 4 de março de 2013

Encontros arranjados pelo universo

Hoje encontrei uma pessoa que pouco conheço, mas parece que faz parte da minha vida há muito tempo. Coisas da vida. Tenho dessas coisas, simpatizo quando vejo e antipatizo na mesma proporção. Não sei se é energia. Desconheço se tem relação com vidas passadas. O fato é que o primeiro sentimento é aquele que perdura por muito tempo. 

Certo que posso deixar de gostar da pessoa ao conhecê-la melhor ou passar a gostar mesmo com a antipatia inicial, embora tudo isso leve um tempo talvez bem grande.

Não sei porque cargas d'água caímos no assunto de arrumação de casa. Ela contou que havia feito um destralhe em outubro ou novembro, em um feriado, e esse final de semana ela e mais três pessoas que moram na mesma casa resolveram fazer outro. Cinquenta peças de roupas, no mínimo, foram para doação. Sapatos ela nem sabe quantos tem. E por aí vai!

O que achei interessante foi o sentimento que ela expressou ao se deparar com tantas coisas que não usa:

- Me senti pequena, frívola.

Utilizou outras palavras que não recordo e também ponderou que a questão não era unicamente financeira. 

Comentei sobre o fato de algumas pessoas sempre precisarem de roupas novas em cada evento ou reunião que comparecem e que talvez isso nos tenha levado a consumir no passado, ou seja, somente para atender a um apelo do grupo.

Falei para ela do "ano sem compras", do blog e das tentativas em viver melhor, sendo que ela estava realmente interessada. Sim, a gente percebe! Quando comento com algumas pessoas vejo algum olhar irônico ou expressão de "para que isso? tá louca!", mas ela não. 

Encontramos também mais uma coisa em comum: ela está ficando sem empregada doméstica.

Vejam como realmente está havendo uma mudança de mentalidade, como as pessoas estão começando a se preocupar com o consumo consciente e como essas pessoas estão se aproximando das maneiras mais inusitadas.

E você? Já teve alguma experiência assim? Como são as pessoas que estavam à sua volta antes da mudança e como são aquelas que estão se aproximando?

8 comentários:

  1. Tenho tido muitas experiências assim... É fantástico.Tenho certeza que é o universo conspirando a meu favor!

    Tenho encontrado muitas pessoas que pensam como eu e outras que dizem admirar meu estilo de vida e que até resolveram mudar os seus próprios estilos, para levar uma vida mais leve e simples!

    A sensação é muito boa!

    Bj

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    1. Paula, que o universo continue assim e nos preserve em momentos em que é preciso conviver por obrigação com pessoas diferentes e nos mantenha serenas para não sair dando lições de moral (rs)

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  2. É realmente interessante ver como esses encontros e aproximações acontecem. Chega até a emocionar. Realmente atraímos o tipo de pessoa que de alguma forma tem relação com quem somos ou buscamos ser. :)

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    1. Mariana, quando falo da lei da atração às vezes as pessoas sorriem incrédulas, mas é isso mesmo, basta observar e não precisa nem acreditar!

      Mantenhamos o pensamento firme em nossos objetivos, tenhamos desejos em nossos quadros de desejos, anotemos tudo que queremos que a vida nos traga, tenhamos ações nesse sentido e o resto o universo se encarregada.

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  3. Essa questão é curiosa.

    Eu já simpatizei de cara com pessoas que não mereciam e já antipatizei com pessoas que depois se tornaram meus amigos. Não confio muito no meu critério mais, deixo ver o desenrolar da coisa.

    Pessoalmente ainda não tive esse prazer de conviver com semelhantes..rs, mas o contrário faz rir, só não deixar se envolver.

    Por falar nisso, hoje almocei com minha ex-colega de trabalho, consumista de carteirinha, que já chega rindo dizendo que não tem mais conta nas lojas, só nos cartões de crédito. Depois que saiu foi trabalhar com um político e pelo visto não deu certo. Ela resolveu abrir um escritório com uma amiga e disse que gastou com móveis e tal e que agora está economizando. Disse que esperava que fosse verdade e prometi ir lá ver onde é e ouvir as histórias ou estórias, não sei o termo correto, que ela sempre tem pra contar sobre essas coisas..rs. Hoje falou de um empréstimo que a mãe dela fez, pegou 4 mil e para pagar 60 x 300 reais. Ironizei dizendo "então tu já tens uma cliente né?", ela riu dizendo que ia ver isso certo, que era um absurdo.

    Empréstimo é roubada, quem precisa disso tem que tentar não precisar. Eu já devo ter falado aqui de uma propaganda que nunca mais vi, acho que retiraram do ar, que diziam que com uma mesma parcela de empréstimo ele ao invés de comprar uma tv velha comprava uma moderna. Eu prefiro TV velha à conta. Tem até a vantagem de poder sonhar com as pessoas que lá aparecem, nas novas os detalhes aparecem e o bonito nem é tão bonito assim.

    Controlar consumo é antes de tudo respeito à si mesmo. Pois pegar empréstimos de valores que se multiplicam por uma besteira qualquer que não seja caso de saúde ou de sobrevivência, não compensam.

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    1. O importante é não se deixar envolver nem seguir exemplos de pessoas que tem uma visão de mundo diferente da nossa.

      E nem fale em empréstimos... fiz alguns durante minha existência, quem não os fez? Mas nunca deixei de quitar até a terceira parcela... rs... e olha que foram feitos para pagamento em 36 meses... rs... empréstimo me dá nervoso!

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  4. Às vezes noto que, de fato, as pessoas até acham estranham quando você fala de consumo consciente, da grande quantidade de gastos desnecessários (independente do quanto de dinheiro ganhe ou tenha na sua conta) e de como acumulamos itens diversos. Contudo, quando estas pessoas percebem que não gastar com estes itens também pode proporcionar a sobra de dinheiro para outras atividades (viagens, passeios ou simplesmente não ter dívidas acumulando) acabam ficando com o sentimento mesmo de: como ela consegue? Contudo, como todo processo de mudança, é lento, sujeito a recaídas mas que em algum momento acaba por proporcionar bem estar e vontade de continuar.

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    1. Perfeito!!! Concordo com tudo que você disse e mesmo o que eu antigamente consideraria recaída, hoje em dia tomo como experiência para não repetir.

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