terça-feira, 5 de março de 2013

Páscoa e consumo consciente

Semana passada cheguei a colocar um Ovo de Páscoa no carrinho do mercado, mas achei muito desaforo e devolvi... o preço é um abuso!!!

E você perguntaria: e a magia da Páscoa? E as crianças?

Conscientização acontece sempre na hora certa. 

Conscientize seu filho sobre essa exploração!

Encontre outras maneiras para comemorar a Páscoa, talvez artesanato, talvez um piquenique, talvez um almoço que as crianças ajudem a fazer, talvez uma cesta de Páscoa feita pelas crianças onde o coelhinho deixe chocolates normais. 

Como se pode perceber, não sei muito o que fazer, mas precisamos começar a quebrar essa tradição que somente aumenta nossas despesas, dívidas, saldo do cartão de crédito e depois é chocolate por todos os cantos, pois as crianças sequer dão conta de comer todos que ganham, se comerem tudo ficam doentes e, mais, o chocolate é o mesmo independentemente do formato.

Deve haver alguma forma de manter a magia da existência do coelhinho, controlar o consumo e impedir o abuso das indústrias. Você tem alguma idéia?

Olhe o comparativo de preços... e... tome uma atitude!!!
 

6 comentários:

  1. Eu te devolvo uma pergunta: e as crianças precisam mesmo deste monte de ovos, que sequer dão conta de abrir e comer? Fui criança nos anos 80, apesar de não sermos pobres, tb não esbanjávamos nada, ainda mais em tempos de inflação galopante, como era. Lembro que ou minha mãe comprava um ovo grandinho (cerca de 500g, talvez) para a família ou meu avô materno dava um ovo de uns 300/350g para mim e outro para meu irmão e isso tinha de ser dividido entre os 4 (meus pais, meu irmão e eu; meu avô era diabético). Tínhamos almoços deliciosos, não pela comida, pq nem me lembro, mas pelas pessoas.
    Minhas melhores memórias e lembranças sempre tem casa cheia e família reunida e sequer me lembro se ganhávamos 1 ou 10 presentes (ou ovos de páscoa), então, acho que nós, adultos de hoje, devemos parar de nos preocupar em preencher com materiais a convivência, que dá trabalho e requer muito mais paciência e traquejo do que ir a uma loja, física ou virtual, e comprar algo.

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    1. Li, com certeza não precisam. Já houve época em casa que a cesta de Páscoa cheia de ovos ficava rolando por mais de seis meses e olha que eu não havia comprado quase nada, apenas alguns parentes que aparecem em datas festivas que queriam fazer bonito traziam muito e muito chocolate...

      Precisamos realmente ressignificar datas como Páscoa e Natal passando a comemorar o que realmente representam.

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  2. Se o negócio for tão somente o consumo de chocolate, é uma coisa que vale a pena.

    Mas o problema está na "magia" de abrir o ovo e ver o que tem dentro!

    Uma vez num evento da Expo-Money, assisti uma palestra onde o cara, que tinha (ou tem, não sei, faz tempo que não vejo o programa) um quadro no fantástico onde falava de como economizar. Pois bem, na tal da palestra a dica dele era mais ou menos assim: ou comprar pós-páscoa, mesmo os quebrados ou dar vale-ovo, para usar pós páscoa. Muito engraçado, mas que na prática não funcionam muito, ao menos pelo que notei os preços não reduzem pós-páscoa lá muita coisa não.

    No meu tempo e falar isso me assusta, mas enfim, é a vida, o que eu mais gostava na páscoa era abrir o ovo para comer os bombons que vinham dentro. Fora isso era o TAMANHO do ovo para abrir e ver os bombons de dentro. Por fim o coelhinho de chocolate. Fora isso, o ovo em sí não gostava.

    Hoje cada ovo vem com um brinquedo ou acessório prévio. Não precisa mais ter toda aquela surpresa. Tu olha ali no cartaz, o número x tem o brinquedo que quer e pronto. Ou outro vem caneca ou vem relógio, alguma coisa vem. E mesmo assim, confesso que como o lado infantil da gente nunca morre, já comprei um ovo porque ele tinha formato de bombom gigante e já comprei outro porque vinha um mini aqua play. E nem fiquei triste pois brinquei até estragar , era de qualidade inferior aos de antigamente. Ou eu desenvolvi uma técnica destrutiva. Em todo caso não me arrependi.

    Mas pensando no preço, é bem abusivo mesmo, gasta-se muito mais que comprar em chocolate, se o objetivo for o chocolate em si. Que pra mim nunca foi, era o tamanho, o formato, o que vinha dentro na surpresa do que vinha. Depois passou a ser coisas que me remetiam aos tempos de antigamente.

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    1. Adriana, bem isso... você terminou por lembrar do coelho que eu sempre ganhava - orelhas maciças e corpo oco... rs... era tão gostoso sentir a diferença ao morder um ou outro pedaço... rs...

      O problema todo é essa exploração que a cada dia parece piorar...

      Precisamos ir pensando...

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  3. Uma experiência que tive em relação à páscoa foi juntar um grupo de amigas e nós mesmo confeccionamos os nossos ovos de páscoa. Foi uma tarde divertida, de muita conversa e que rendeu boas risadas. Para quem não tem habilidade, pode até comprar forminhas de bombons mesmo e caprichar nos enfeites em cima deles (flocos de arroz, confenti, castanhas ...). O que não está dando mesmo é nos subtermos a preços abusivos dos ovos por uma simples "tradição". Assim trocamos os preços abusivos e algo totalmente comercial com uma tarde gostosa e de bastante criatividade!!!

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    1. Durante dois anos fizemos dentro da minha casa 5.000 ovos de Páscoa de 200 gr, com bombons, lindos ... 10.000 ovos de Páscoa em dois anos, acredito que cada um saía por R$ 2,00 e conseguimos doação de todo o material necessário. O chocolate era muito bom (Harald hidrogenado) e não tinha aquele gosto de "guardachuvinha" que gruda no céu da boca... rs

      Essas reuniões são maravilhosas, pena que em relação ao trabalho voluntário as pessoas tenham pouca persistência. No primeiro ano tivemos mais de 50 pessoas ajudando, no segundo ano precisei até pagar uma pessoa para fazer... então, a solução foi parar, considerando que a intenção, além de dar alegria para as crianças carentes, era desenvolver a solidariedade, fraternidade e não conseguimos que isso ocorresse.

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