sexta-feira, 26 de abril de 2013

Surto e como a "suposta" cura deve ser monitorada...

Ontem tivemos uma palestra sobre transtornos mentais (não sei se esse é o termo correto e não vou buscar minhas anotações agora, considerando o pouco tempo para escrever) e a psiquiatra mencionou como a falta de sono pode desencadear a mania/euforia em pessoas diagnosticadas com transtorno bipolar.

Pois bem. Já não lembro se falei por aqui e já confessei ter a memória curta, assim acaso esteja sendo repetitiva me perdoem.

Tive todo aquele perrengue com o apartamento, relatado em postagens anteriores, relativo ao fato de ser sol da manhã e a nova construção fazer sombra total, depois sobre o fato de descobrir que não era sol da manhã e que teria sol mesmo com a nova construção, enfim, aquela coisa toda.

Imediatamente às descobertas falei com a gerente do meu banco e perguntei quanto poderia financiar. Ela mencionou um valor absurdo e somente esse valor se fixou na minha mente. Aqui já começo a rir, porque pensava no valor que poderia financiar e poderia comprar o apartamento maior que eu quisesse, abstraindo completamente o fato da prestação ser totalmente compatível com esse valor e, logo, acabaria com meu equilíbrio financeiro.

De posse da informação do valor que poderia financiar, fui procurar a melhor, sim, a melhor, construtora de Londrina e olhar os melhores apartamentos. Olha o surto!!!

Passados dois dias e logicamente sem fechar nenhum negócio, tudo ficou claro e vi que estava acabando com todas minhas intenções de vida simples, minimalismo, equilíbrio financeiro, ausência de empregada doméstica, etc. Olha a importância do autoconhecimento, de certa forma eu sabia que estava em surto.

Acaso tivesse tomado alguma atitude hoje estaria frustrada e arrependida. Observem que esses surtos não ocorrem somente com grandes investimentos ou loucuras, mas também com atos do dia a dia, com pequenas compras, uma blusa, um sapato e isso diariamente mina todas as boas idéias que temos de como viver melhor, além de desanimarmos com o fracasso do projeto.

Não tenho nada para pagar do apartamento novo, não tenho financiamento, não tenho prestações, não há razão para me "enfiar" em uma prestação imensa.

E porque estou falando tudo isso? Porque agora que resolvi ficar no meu pequeno apartamento de oitenta metros estava entrando em surto novamente. Pensando em iluminação especial, alguns pendentes em cima do balcão que separa cozinha da sala, papel de parede, paredes coloridas, espelhos por todos os lados e por aí a coisa estava andando, isso não permitia tomar sequer um rumo racional.

Descobri que estou muito cansada, meu sono está prejudicado, acordo de madrugada todos os dias e preciso primeiro ajeitar meu sono para depois tomar as pequenas decisões diárias que a mudança vai exigir.

Uma coisa é certa. Vou voltar no post do roteiro que tinha feito para o apartamento do Renato, seguir aquele roteiro como se não fosse uma casa para morar definitivamente e depois de todo o básico ficar pronto verificar se ainda tenho vontade de toda a "perfumaria" que eu estava pensando.

Falta de sono, sono perturbado, idéias perturbadas, necessidade de ajuste e de paralisar tudo que eu estava pensando.


2 comentários:

  1. Isso que fizestes, embora só na fase inicial, mostra que não devemos agir diante das já consabidas vertentes, não comprar ou decidir algum contrato após uma frustração ou uma euforia muito grande. Isso gera frustrações futuras que por vezes nem são mais solucionáveis.

    Quantas vezes a gente escuta de uma pessoa que comprou algo e se arrependeu? Seja por estar "em promoção" , ou por isso ou por aquilo. Tudo vira motivo mas dai o que já podia ser um problema se torna até pequeno diante do novo problema gerado.

    Temos que ser calmas e serenas nessas horas. E o sono nisso ajuda mesmo.

    Se não tem completo talvez esteja com algo que preocupe, dai tem que ver se consegue solucionar ou se tem que desencanar, o importante é resolver para dormir em paz.

    Não podemos nos atarefar com mais coisas que conseguimos administrar pois não somos máquinas e isso só causa stress. Tipo, não vamos morrer porque uma coisa ficou suja, no dia seguinte rapidinho se resolve, não temos que fazer tudo 100% no tempo e perfeito e por aí vai.

    Eu esses tempos estava com um problema que tinha estourado comigo, não fui a culpada mas peguei a "bomba". Acordava de hora em hora e ainda quando dormia sonhava com o negócio. Daí quando vi que não sabia mais o que fazer expus todo problema e disse que não sabia mais o que fazer. Ouvi um "é, esse não tem o que fazer". Depois dessa não tento fazer o impossível, falo prontamente que não sei e durmo bem.

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    1. Adriana, esse ano sem compras e segundo ano com compras monitoradas foram de grande valia para o autoconhecimento... estou evitando muitas coisas, entretanto, ainda consegui escorregar em coisas pequenas que estão me fazendo pensar em mais um ano de abstinência... vamos ver...

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