sábado, 19 de outubro de 2013

Máscaras...

Novamente curso essa semana. Sorte que interiorizaram e trouxeram para Londrina e isso gerou mais comodidade, pude monitorar o tratamento do Pedro, resolver algumas coisas, só não consegui salvar as audiências de quinta e transferi para segunda-feira.

O assunto? Conciliação ética. De uns tempos para cá começaram a ser estabelecidas metas e mais metas. Prazos que devem ser reduzidos, número de processos julgados deve ser superior ao número dos novos processos que entram, processos antigos - atrapalhados com alguma diligência ou perícia - devem ser sentenciados e, além disso, prioridade na conciliação, semana da conciliação, conciliar é legal, acordos são maravilhosos e por aí vai.

Não sou muito simpática com acordos judiciais, mas aqui já é uma longa conversa e nem é esse o assunto em questão.

Chamou atenção uma das observações feita pelo professor sobre as máscaras que usamos no dia a dia. A forma diferente como agimos em casa, no trabalho, com amigos, nas relações comerciais e em todos os momentos de convivência em sociedade, como temos atitudes diversas dependendo da situação.

Pois bem. Estava comentando com uma colega sobre minha dificuldade com tais máscaras. Normalmente tenho as mesmas atitudes em todos os lugares, não consigo fazer distinção dos vários papéis exercidos e não fico, pelo menos conscientemente, alterando posturas e forma de falar. Ainda não concluí se isso é bom ou ruim, mas não tenho tido problemas aparentemente ou será que não tenho percebido os problemas que causo?

No meu trabalho, por exemplo, dia desses uma moça disse que nunca viu uma audiência tão divertida. E audiência tem que ter esse clima? Bem, tenho ficado satisfeita com os resultados que por vezes até me surpreendem pela coesão dos depoimentos das testemunhas indicadas por partes antagônicas, outras vezes é claro que isso não ocorre, entretanto colocando na balança parece em uma primeira análise que tem funcionado.

E vocês como agem no dia a dia? Usam máscaras? Alteram comportamentos? Preciso repensar posturas?


8 comentários:

  1. Acho que eu ia adorar essa aula sobre máscaras.
    Embora o termo "máscaras" lembre falsidade, fingimento, hipocrisia.
    Prefiro o termo "versatilidade de comportamento". E isso facilita muito nossos dias.
    Temos a sorte de sermos seres racionais, podendo lidar com a inconstância das situações.
    Assim como a culinária é uma alquimia, penso que na vida também é assim.
    Na cozinha usamos os temperos para dar e modificar os sabores.
    Na vida, os temperos são outros, mas também diversificados.
    Se você for anotar cada comportamento "utilizado" durante todo o dia, verá que sairá uma "receita" inédita por dia vivido.

    Vejamos alguns "temperos" que nos são úteis de acordo com a situação, que dão sabor sem alterar nossa essência e princípios.
    Tem horas que vc pode ser Melindrosa, Valente, Guerreira, Delicada, Amorosa, Posicionada, Meiga, Durona, Sensível, Realista...

    Podemos e até devemos lançar mão desses "temperos" para a vida ficar mais interessante.
    E não acho que isso nos torna volúveis. Somos humanos, maravilhosamente humanos.
    Beijos.

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    1. Adorei o comentário! É preciso ser flexível e eu sou a pessoa menos flexível que conheço... rs
      Beijos

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  2. Eu também geralmente tenho as mesmas atitudes em casa, com família, amigos, no convívio geral, no trabalho também, embora com mais cautela no que falar/agir, pois é necessário um formalismo maior...

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    1. Preciso desse freio no trabalho... já estou tentando controlar minha impulsividade e começando a escolher palavras

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  3. Querida Ziula. Gosto muito do seu blog!
    Eu tenho vindo a "perder" cada vez mais as máscaras. Tenho investido no encontro com o self, às vez quebrando um pouco do ego. Um caminho nem sempre pacífico mas que me tem trazido maior paz de espírito e alegria de viver. Nem sempre ainda consigo agir sem máscara... mas é esse o meu empenho. Quanto mais verdadeira tenho sido com os outros, melhor me sinto! Não há jogos, nem malabarismos, nem surpresas. Todos sabemos com o que contar! E eu também, pois às vezes "saltava-me a tampa" e lá caia a máscara. Agora isso já não acontece...
    Beijinho
    Ana Margarida

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    1. Uma grande evolução você está conseguindo. Eu já sou clara demais o tempo todo... já estou quase concluindo que tais máscaras são necessárias em algumas situações... sei lá, seres humanos são complicados e não podemos lidar com todos da mesma maneira.
      Beijos

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  4. ola ziula,em primeiro lugar gostaria de parabenizá-la pelo seu blog e pela maneira simples e divertida como esclarece seu dia a dia e dá uns toques aos leitores de como se podem desenvicilhar das tramas do dia a dia.
    com respeito ao tema acima referido digo-lhe uma coisa: sou péssima a manter as aparencias ou seja,a segurar uma mascara por muito tempo,talvez pela minha idade(27) ou talvez pela minha maneira de ser. realmente cheguei a uma conclusão:ninguem consegue bancar uma mascara durante muito tempo e quando a mascara cai, fica pior a emenda que o soneto. é verdade que às vezes uma mascara cai bem a muita gente mas quer saber? cansei! cansei de ficar puxando o saco aos outros!!! só me faz mais peso!! rsrsrs acho que assim tou melhor! beijinhos e continue assim porque o seu blog é espetacular. ah,infelizmente só o conheci hoje e já li quase todos os seus posts. mais uma vez parabens,
    ass. sofia (lisboa-portugal)

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    1. Sofia, que bom que você gosta de passear por aqui! Toda essa experiência tem sido muito boa para mim, ótima eu diria, e tenho aprendido muito com cada comentário deixado.

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