Esta ponte tem passagem para único carro! Como a vida, somente você pode superar seus limites e também sua falta de limites!
Passados mais de cem dias sem compras e analisando a planilha de gastos conclui que gastei por muito tempo o dinheiro que nunca tive. A pergunta é: quais os fatores que me levaram a ter uma atitude tão pouco racional?
Bem, você deve estar se perguntando: como assim? Exatamente assim!
Bem, você deve estar se perguntando: como assim? Exatamente assim!
O mês de setembro demonstrou claramente, pela ausência de compra de supérfluos e de atendimento a outras pessoas - explico esta parte mais abaixo, que meu salário supre exatamente minhas necessidades básicas, sem sobras para outras coisas, considerando é claro dois investimentos que estou fazendo, o primeiro desde 2009 e o segundo desde 2010.
Interessante observar que os supérfluos e outras situações sempre ultrapassaram o valor destes investimentos, ou seja, muito dinheiro gasto sem necessidade, com valores que superavam minhas receitas.
Deve acontecer com muitas pessoas de o salário entrar e somente cobrir o cheque especial, com o que passam a usar este "crédito especial" no dia seguinte ao crédito do salário. Parece um pouco insana esta situação e providências devem ser tomadas.
Neste caso, o melhor a ser feito é buscar um empréstimo consignado ou outro com juros mais baixo, pois certamente a prestação para quitar a dívida ficará em valor aproximado dos juros que são pagos ao cheque especial sem quitar o principal. Juros representam dinheiro jogado ao vento!
E continua o desperdício também em outras situações.
Tenho uma pessoa muito próxima e que está sempre pedindo ajuda financeira. Por muito tempo atendi, sendo necessários anos de terapia para entender que não era minha obrigação mandar valores a toda hora, que esta situação estava me fazendo mal, seja no campo emocional como no financeiro, que a pessoa era doente e não procurava ajuda. Só para se ter uma idéia, tinha a capacidade de pedir dinheiro emprestado em um dia, o dinheiro entrar na conta e no mesmo dia ligar dizendo que comprou um computador!
A situação acima pode acabar com nossa saúde financeira!
Importante também verificar que dinheiro emprestado nesta situação jamais pode ser considerado como algo que será devolvido, ou consideramos doação ou teremos problema de relacionamento com a pessoa que normalmente é alguém muito próximo, seja por laços sanguíneos ou emocionais.
Neste caso, o melhor a ser feito é buscar um empréstimo consignado ou outro com juros mais baixo, pois certamente a prestação para quitar a dívida ficará em valor aproximado dos juros que são pagos ao cheque especial sem quitar o principal. Juros representam dinheiro jogado ao vento!
E continua o desperdício também em outras situações.
Tenho uma pessoa muito próxima e que está sempre pedindo ajuda financeira. Por muito tempo atendi, sendo necessários anos de terapia para entender que não era minha obrigação mandar valores a toda hora, que esta situação estava me fazendo mal, seja no campo emocional como no financeiro, que a pessoa era doente e não procurava ajuda. Só para se ter uma idéia, tinha a capacidade de pedir dinheiro emprestado em um dia, o dinheiro entrar na conta e no mesmo dia ligar dizendo que comprou um computador!
A situação acima pode acabar com nossa saúde financeira!
Importante também verificar que dinheiro emprestado nesta situação jamais pode ser considerado como algo que será devolvido, ou consideramos doação ou teremos problema de relacionamento com a pessoa que normalmente é alguém muito próximo, seja por laços sanguíneos ou emocionais.
Consumir é uma necessidade de todos, fomos criados e educados assim: estudar, trabalhar, ganhar dinheiro e gastar este dinheiro, não bastasse isto muitas pessoas tem necessidade de depender dos outros, até porque atendidas neste sentido desde sempre. Isto precisa mudar!
Não pode ser prioridade gastar todos os valores recebidos, nem pode ser prioridade em uma família com três pessoas ter, por exemplo, cinco televisões, por mais que tenham sido compradas em "dez vezes sem juros". O que é isto? Se hoje parararmos para pensar no valor do produto e seu impacto no salário mensal se comprássemos à vista, com certeza deixaríamos para lá.
E os exemplos não terminam por aí, poderia escrever mais "n" situações em que nos envolvemos em compras sem sentido.
Devemos observar também quanto doamos dos nossos recursos para os outros, sejam parentes ou não, estimulando nestas pessoas o desrespeito pelo dinheiro e pelo próximo que sempre empresta valores, reforçando a falta de responsabilidade que elas tem no trato com o dinheiro ante a certeza de serem socorridas, estimulando o desinteresse delas em buscar ajuda profissional para curar sua doença - a compulsão.
Normalmente agimos desta forma - entregando valores que recebemos com nosso trabalho e que sempre nos farão falta - por culpa, por compaixão, por agradecimento, mas nenhuma destas razões justifica nosso ato de doação, porque ao invés de ajudar esta pessoa, estaremos apenas trazendo mais prejuízos para ela e para nós!
Uma situação é ajudarmos alguém que por uma obra do acaso se colocou em apuros, em uma situação pontual e imprevisível, podendo ser um caso de doença, perda temporária de emprego, dificuldades até para se alimentar. Outro caso é a pessoa reincidente todos os meses e às vezes todas as semanas, sempre precisando de dinheiro porque nunca se organiza e faz compras de maneira descontrolada.
Para ser mais leve, porque o exposto acima embora já organizado mentalmente por mim ainda me causa uma certa angústia, voltemos aos sapatos, sim porque nós mulheres pensamos ser polvos, estou fazendo uma limpeza gradativa, acompanhada de uma régua, vou estabelecendo quantos centímetros devem ter os saltos para que possam permanecer no armário.
Ontem, tirei seis pares de sapatos e, em valores atuais, cada um custou em média R$ 200,00. Opa! R$ 1.200,00 na conta seria bem mais interessante e benéfico do que R$ 1.200,00 para doação.
Não estou dizendo que caridade não é importante! Muito pelo contrário, trabalho muito nesta área e a prioridade das pessoas atendidas não é sapato de salto altíssimo, estando em primeiro lugar a alimentação.
Todos estes itens e gastos que passam hoje por questionamentos vieram de uma fase em que o prazer de comprar alguma coisa, de carregar uma sacola ou a fantasia da compra na internet - tudo mágico com o cartão de crédito -, ou mesmo de atender uma pessoa supostamente necessitada, superava qualquer racionalidade ou senso prático.
Posso até dizer que decorreram de uma fuga da realidade, uma forma de evitar o enfrentamento dos problemas. Ora, enquanto estamos no shopping ou navegando na internet na ânsia de encontrar algum produto que nos encante no momento ou mesmo atendendo alguém que diz precisar, não estamos convivendo com as pessoas mais próximas de forma a dialogar e resolver os problemas.
Até penso que este "doar" valores para outra pessoa - empréstimo nunca é a palavra correta - nos faz sentir e exercer um certo poder, mesmo que resulte em prejuízos financeiros para nós mesmos. Agora pergunto: que poder é este que no final das contas nos faz prejudicar as outras pessoas, fazendo com que se acomodem a uma situação incorreta e não busquem auxílio e continuem comprando "n" coisas desnecessárias com o dinheiro que não tem?
Ocorre que problema não enfrentado é problema dobrado, primeiro porque ele fica lá hibernando e buscando subterfúgios em outras atitudes, segundo porque ele cria raízes e fica mais difícil resolver, terceiro porque ele se agrava e afasta cada vez mais as pessoas de quem dependeríamos para solução.
Quando passamos a nos voltar para nosso interior, para as pessoas e situações que realmente importam, tudo passa a acontecer naturalmente, as discussões que seriam acirradas viram conversas, todo mundo vai se acalmando e encontrando formas de diálogo mais tranquilo.
Também aprendemos a dizer "não" para aqueles apelos insustentáveis, para os pedidos que acaso acatados não trarão qualquer benefício seja para nós, seja para os outros. Meu avô sempre dizia que o mais importante na vida era aprender a dizer "não", muito tempo pensei neste ensinamento e muito tempo demorei para aprender a dizer "não".
Hoje sei, pela experiência, que dizer "não" pode parecer grosseria, entretanto, pode muitas vezes fazer as pessoas acordarem e, se continuarem adormecidas, a culpa deixa de ser nossa!
Concluo este post de certa forma pesarosa por constatar que o consumo atrapalha não só a conta bancária, mas também as relações interpessoais, a solução de nossos problemas internos, isto para os problemas internos que tem solução, porque em relação aos demais a solução é aceitar que eles existem e nada mais podemos fazer.
Devemos observar também quanto doamos dos nossos recursos para os outros, sejam parentes ou não, estimulando nestas pessoas o desrespeito pelo dinheiro e pelo próximo que sempre empresta valores, reforçando a falta de responsabilidade que elas tem no trato com o dinheiro ante a certeza de serem socorridas, estimulando o desinteresse delas em buscar ajuda profissional para curar sua doença - a compulsão.
Normalmente agimos desta forma - entregando valores que recebemos com nosso trabalho e que sempre nos farão falta - por culpa, por compaixão, por agradecimento, mas nenhuma destas razões justifica nosso ato de doação, porque ao invés de ajudar esta pessoa, estaremos apenas trazendo mais prejuízos para ela e para nós!
Uma situação é ajudarmos alguém que por uma obra do acaso se colocou em apuros, em uma situação pontual e imprevisível, podendo ser um caso de doença, perda temporária de emprego, dificuldades até para se alimentar. Outro caso é a pessoa reincidente todos os meses e às vezes todas as semanas, sempre precisando de dinheiro porque nunca se organiza e faz compras de maneira descontrolada.
Para ser mais leve, porque o exposto acima embora já organizado mentalmente por mim ainda me causa uma certa angústia, voltemos aos sapatos, sim porque nós mulheres pensamos ser polvos, estou fazendo uma limpeza gradativa, acompanhada de uma régua, vou estabelecendo quantos centímetros devem ter os saltos para que possam permanecer no armário.
Ontem, tirei seis pares de sapatos e, em valores atuais, cada um custou em média R$ 200,00. Opa! R$ 1.200,00 na conta seria bem mais interessante e benéfico do que R$ 1.200,00 para doação.
Não estou dizendo que caridade não é importante! Muito pelo contrário, trabalho muito nesta área e a prioridade das pessoas atendidas não é sapato de salto altíssimo, estando em primeiro lugar a alimentação.
Todos estes itens e gastos que passam hoje por questionamentos vieram de uma fase em que o prazer de comprar alguma coisa, de carregar uma sacola ou a fantasia da compra na internet - tudo mágico com o cartão de crédito -, ou mesmo de atender uma pessoa supostamente necessitada, superava qualquer racionalidade ou senso prático.
Posso até dizer que decorreram de uma fuga da realidade, uma forma de evitar o enfrentamento dos problemas. Ora, enquanto estamos no shopping ou navegando na internet na ânsia de encontrar algum produto que nos encante no momento ou mesmo atendendo alguém que diz precisar, não estamos convivendo com as pessoas mais próximas de forma a dialogar e resolver os problemas.
Até penso que este "doar" valores para outra pessoa - empréstimo nunca é a palavra correta - nos faz sentir e exercer um certo poder, mesmo que resulte em prejuízos financeiros para nós mesmos. Agora pergunto: que poder é este que no final das contas nos faz prejudicar as outras pessoas, fazendo com que se acomodem a uma situação incorreta e não busquem auxílio e continuem comprando "n" coisas desnecessárias com o dinheiro que não tem?
Ocorre que problema não enfrentado é problema dobrado, primeiro porque ele fica lá hibernando e buscando subterfúgios em outras atitudes, segundo porque ele cria raízes e fica mais difícil resolver, terceiro porque ele se agrava e afasta cada vez mais as pessoas de quem dependeríamos para solução.
Quando passamos a nos voltar para nosso interior, para as pessoas e situações que realmente importam, tudo passa a acontecer naturalmente, as discussões que seriam acirradas viram conversas, todo mundo vai se acalmando e encontrando formas de diálogo mais tranquilo.
Também aprendemos a dizer "não" para aqueles apelos insustentáveis, para os pedidos que acaso acatados não trarão qualquer benefício seja para nós, seja para os outros. Meu avô sempre dizia que o mais importante na vida era aprender a dizer "não", muito tempo pensei neste ensinamento e muito tempo demorei para aprender a dizer "não".
Hoje sei, pela experiência, que dizer "não" pode parecer grosseria, entretanto, pode muitas vezes fazer as pessoas acordarem e, se continuarem adormecidas, a culpa deixa de ser nossa!
Concluo este post de certa forma pesarosa por constatar que o consumo atrapalha não só a conta bancária, mas também as relações interpessoais, a solução de nossos problemas internos, isto para os problemas internos que tem solução, porque em relação aos demais a solução é aceitar que eles existem e nada mais podemos fazer.
Ziula,
ResponderExcluiro interessante que quase todo mundo ACHA que é racional em relação ao dinheiro, mas o esquema ganhei-gastei não faz muito sentido, né? As pessoas são educadas assim - se tenho dinheiro, logo devo gastá-lo - e raramente param pra pensar se de onde vem esse "mandamento".
Beijos e sorte aí com os sapatos!
Dinheiro deve ser gasto, sim, mas em coisas que possam trazer alguma satisfação duradoura e não em itens supérfluos que muitas vezes não são usados.
ExcluirO mandamento que você menciona é verdadeiro e acho que a maioria das pessoas é criada dessa forma, por isso precisamos mudar!!!
Beijos
Estou passando por um período difícil exatamente por ajudar. O dinheiro emprestado faz falta como capital de giro e hj pagamos juros aos bancos, para podermos prosseguir com os negócios. Economia de anos, sacrifício da família toda (incluíndo os filhos, que tiveram até algumas necessidades cortadas) foram entregues para salvar um imóvel dos sogros. O engraçado é que foi a segunda vez que ajudamos a salvar este imóvel, pois pela segunda vez meu sogro o deu em garantia, para o mesmo 'imprestável' da família. Falei para o meu marido que a minha parte seria reservada, mas não teve jeito, era a última chance que o banco estava dando, e segundo ele não poderíamos perder pois estava 5 vezes abaixo do valor do imóvel e se fosse a leilão... E fico tão revoltada, porque todas as vezes em que falei em ensinar a pescar e não a dar o peixe pronto, fui muito criticada. Hoje não consigo conviver com estes familiares, ficando nervosa só em ouvir o nome destas pessoas. Hoje, meu marido dá a mão à palmatória, acho que é tarde...
ResponderExcluirBoa noite!!! Meu comentário ficou tão longo que transformei em post que sairá amanhã. Beijos
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