sexta-feira, 13 de julho de 2012

Projetos paralelos...

Realmente preciso de muitos projetos paralelos para abstrair o fato de estar sem comprar há mais de ano, mais especificamente há 379 dias.

Pudera, minha vida toda fui condicionada a pensar que itens novos resolvem qualquer problema, curam qualquer frustração e trazem felicidade.

Hoje sei que não é verdade, pois compras e mais compras somente trazem um alívio muito rápido na hora em que feitas e uma ansiedade muito grande para poder quitar os valores, além de uma frustração ainda maior ao lembrar o tanto que trabalhei para ganhar aquele dinheiro que "joguei fora" em compras inúteis.

Sempre procuro a origem das coisas e hoje estava lembrando de um Natal onde ganhei a boneca Mãezinha, minha irmã do meio a Tippy (com bicicleta e cavalinho) - não sei se é assim que escreve, minha mãe uma "escrava" (pulseira de ouro) muito larga e que depois foi perdida em um baile de carnaval e minha irmã menor não lembro o que ganhou.

Bem, esse Natal foi uma grande farsa, com grandes presentes para compensar um grave problema que houve na família. O ano era 1973 ou 1975, a memória continua não me favorecendo quanto às datas, mas o fato ocorrido que gerou o Natal diferente tem reflexos dramáticos até hoje.

Qual a razão desse comentário tão particular? Penso que identifiquei as razões de pensar que compras e presentes resolviam todos os problemas do mundo e isso ajuda a constatar que nenhuma compra de itens desnecessários e supérfluos pode ajudar, pelo contrário, somente pode piorar nosso estado de ânimo quando chega a fatura.

Enquanto vou elaborando meus "supostos traumas", vou arrumando a casa, destralhando, ajeitando tudo, cuidando dos meus filhos, cozinhando, pesquisando sobre minimalismo, mas tudo isso ainda é pouco, preciso de coisas diferentes ou das mesmas coisas que me consolaram sempre: livros!!!

Quero ver se consigo voltar a ler!!! E esse final de semana será o termômetro da minha capacidade de ainda me deliciar com livros.

4 comentários:

  1. Oi Ziula, depois comenta por aqui o que você anda lendo. bjs.

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    1. O desafio... rs... é terminar de ler O Poder do Agora, comecei antes de julho de 2011 e ainda não consegui, sendo que não gosto de deixar um livro pela metade... rs...

      Quando começar a ler algo mais interessante, prometo que conto!

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  2. Acredito que para a maioria das pessoas comprar é sinônimo de felicidade. E até pode ser desde que não cause preocupações com contas, mas mesmo assim acho que não é, tem boa participação, mas ele por si só não resolve os problemas, porém ele por si só pode causar problemas. E muitos.

    Bah, eu queria estar enganada, mas acho que sou da época dessa boneca do cavalinho..kkk

    Nunca fui consumista ao extremo, mas estava há alguns anos já gastando dinheiro demais em coisas que não me traziam retorno, podendo ter feito escolas específicas como fizeram alguns amigos e uma prima também. Então deu vontade de mudar e encontrei os blogs de redução do consumo, assim parece que não é uma coisa tão incomum deixar de consumir loucamente.

    Direcionei o gasto para o que eu acho que vai me trazer retorno, além de ter encontrado um rumo melhor para direcionar, assim que vivo muito bem sem ficar pensando em compras.

    O que acontecia antes:
    - foco era comprar alguma coisa, depois pagar aquela coisa, cartões de crédito eram sempre bem vindos e todos usados nem que fosse um pouquinho, toda minha preocupação voltada para isso.

    O que acontece hoje:
    - foco direcionar minha carreira trabalhando com um monstro em conhecimento (e monstro no sentido de brabo quando a coisa fica muito mal feita, com razão) que tanto me apoia que tenho a cota de estudo em um turno, o que causa certo falatório por trás, mas não me preocupa, falar bem ou falar mal sempre vai ter. Com isso consumo pouco pois perdi o interesse nas coisas que consumia, os cartões remanescentes estão guardados , só o de uso normal que está para o consumo obrigatório do dia-a-dia. E me sinto bem assim. Não me preocupo com conta de cartão.

    O que vejo a minha volta:
    O mesmo consumo desenfreado que via antes, só que agora não me interesso por ele, inclusive no início da semana minha colega de sala estava mostrando os cartões dela. Tinha levado “Só” 7, mas tinha mais em casa!! Pior que dos 7, a maioria era de loja, que nem pontua, só um daqueles dava pontuação pois era de um banco que não cobra anuidade mas estabelece um consumo mínimo, disse que ela devia ficar só com aquele e ela disse que não podia, que seria o que ela ia cancelar pois tinha pouco limite..rs

    Mas vi também o lado do não consumo, hoje eu estava conversando com a sócia dos meus chefes e perguntei se tinham achado a mala dela que a air france perdeu, dai ficamos em altos papos sobre a Alemanha e perguntei se ela não tinha comprado um cisne lá no castelo do rei louco, ao que ela respondeu: “não, não quero mais tralhas”. Acho que o não consumismo também tem sua força! :)

    Boa sorte com o que escolher para driblar o consumo!! Mas acho que o fato de bloquear o consumo pode fazer ter recaídas, eu perdi o interesse mas sem bloqueio

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    1. Por vezes vejo alguns programas sobre os grandes milionários, aqueles que não precisam ter nenhuma preocupação, nem com subsistência, nem com o que gastam... e eles tem muitos problemas, de auto estima, felicidade, drogas...

      Em tudo é preciso moderação.

      Quanto ao bloqueio do consumo, realmente eu precisava disso e hoje em dia tenho até dificuldades em pensar em comprar... sei que não posso ficar no outro extremo, mas não estou precisando de nada, exceto da calça jeans... mas canso só de pensar em experimentar, mas do começo de setembro não pode passar...

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