sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Escola e escolha...

Como já contei por aqui, na segunda-feira fomos conhecer uma escola. Imensa. Cheia de regras. O primeiro local mostrado foi a catraca por onde as crianças entram e precisam passar o cartão. Se esquecer o cartão pode entrar pelo lado, mas se o esquecimento for constante é feito cartinha de ocorrência. Não pode passar para determinado local e há seguranças para impedir a passagem. Não pode ficar na biblioteca no contraturno e durante as aulas somente se a professora levar, confesso que esta restrição eu não entendi. Não pode ficar na cantina no contraturno nem para esperar os pais. Não pode, não pode, não pode.

Nessa mesma escola as provas são aplicadas toda sexta-feira à tarde, duas provas por semana, embora as crianças estudem pela manhã. O aproveitamento escolar deve ser assim e assado. Uniforme é exigido, mas o mais importante é camiseta. O custo da escola é tanto e as apostilas custam tanto, devendo ser pago de uma determinada maneira. Penso que essa escola deve ter mais de 1.500 alunos.

Pude concluir que referida escola está preocupada, como diz minha filha, com números. o aluno é apenas um número, estatística e nada foi falado sobre valores morais e éticos, sobre o trato com a criança se tiver algum problema, sobre o aconchego para aqueles que estão mudando de escola e passando para o sexto ano, antiga quinta série, onde tudo muda e passam a ter um professor por matéria. Tudo muito frio, visando unicamente aproveitamento escolar e preparação para o vestibular. E como fica a formação como cidadão, o crescimento pessoal e a necessidade de colo que essas crianças tem? Nada, somente números.

Considerando que prefiro deixar a decisão com o Pedro Henrique, deixei de fazer esses comentários com ele que já tinha ficado com as mãozinhas suadas e até chorado nessa escola. Fiz a proposta de conhecer outra escola menor e depois ele mesmo tomaria a decisão.

Ontem à noite falei que não era para se preocupar com nada, seria melhor decidir com o coração. Expliquei que devemos seguir o coração e os sentimentos, bastando para tanto verificar a sensação que sentimos ao entrar em determinado lugar, se for boa podemos ficar, se for ruim o melhor é sair correndo.

Hoje fomos nessa outra escola. Uma das sócias nos atendeu com um sorriso. Mostrou a escola. Somente falou das provas porque perguntei. Havia lousa digital e computadores de última geração, bem diferente da escola enorme. Possibilidade de permanecer na biblioteca. Aconchego. Carinho. Ressaltada a necessidade de formação de cidadãos com valores éticos e morais. Preocupação com a criança, com quem era, com as dificuldades pessoais. Apenas 250 alunos. Enfim, tudo o que eu queria. Nem sei o valor da mensalidade, isso porque o assunto estava tão interessante e o pequeno tão valorizado em seu crescimento pessoal que não pareceu importante.

Saímos de lá e fomos para nossa padaria predileta em Londrina, por sinal bem próxima dessa escola. Mais uma vez mantive silêncio quanto às minhas conclusões e preferências. Perguntei o que tinha achado e se já tinha escolhido ou queria conhecer outras escolas. O pequeno grande homem respondeu que queria essa última escola. Perguntei as razões e ele simplesmente disse "eu me senti bem nessa escola, como você falou".

Ufa! Essa situação está resolvida. Agora ainda há uma porção de coisas para resolver e decidir, mas são outras situações menos emocionais, mais práticas e, portanto, menos importantes. Filho quase feliz (ainda está resistente com a mudança), mas tenho a certeza de que estará muito bem acolhido na escola.

6 comentários:

  1. Que bom que o Pedro gostou da escola.

    É uma coisa muito importante pois ficam nossas lembranças pra sempre, sem contar que influenciam na nossa vida, nas nossas amizades, etc.

    Por isso o ideal é ela mesclar mesmo entre estudo de qualidade e formar cidadãos com valores.

    Acredito que se a escola tiver futebol como atividade física ele vai se adaptar mais facilmente.

    Boa sorte ao pequeno colorado!

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    1. Adriana, ainda não vi a questão do futebol, mas perto da tok stok tem um local de treino e não daria trabalho nenhum levá-lo. Quero ver se encontro escolinha de futebol mesmo... o moleque joga demais e quer ser "cozinheiro" (escolha feita há pouco) e jogador de futebol... rs... tem que incentivar...

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  2. Olá. Morei em Londrina durante dez anos e, apesar de não ter filhos, minha esposa é professora.

    Acredito que sei exatamente quais são as escolas que você citou e, tenha certeza, sua decisão foi muito boa.

    Ah, e quanto à padaria, também é a minha favorita. É parada obrigatória todas as vezes que vamos à Londrina...

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    1. Creio que você está falando do Mister Cuca, também acho ótima, mas não é essa :-)

      Espero que a experiência de vocês em Londrina tenha sido ótima e é o que espero para mim também...

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  3. Ziula, pela sua descrição da segunda escola, eu acho que é a mesma do meu filho. Quando viemos de Cornélio foi lá que encontrei apoio.

    Se for, pode ficar tranquila. O Téo está lá desde da segunda série do fundamental e não tem vontade de sair não... srsrs

    Que bom que esta questão foi resolvida! Tudo fica mais fácil!

    beijos

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    1. Valerie, já falamos por e-mail e espero que consigamos nos encontrar para um cafezinho :-) ou mesmo no shopping...

      Beijos

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