terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Presentes e estranheza...

Estava em um treinamento semana passada e fui até o shopping para lanchar, além de acompanhar uma amiga que precisava fazer compras.

Quase na hora de ir embora enxerguei uma embalagem com uma pequena cerveja Duff, a lendária cerveja dos Simpsons, um copo, quinze porta corpos e um chaveiro. Lembrei na hora que o Renato havia comentado sobre a tal cerveja e concluí seria um bom presente. Natal? Aniversário? Nada disso! Apenas para dizer: lembrei de você!

E pensei, como chegar em casa com presente somente para um. Sei que cada um é diferente, mas estava realmente com vontade de levar um presente para cada um dos meus filhos, ou seria vontade de comprar? Realmente não sei, mas havia um suporte financeiro, um valor que não faria diferença no orçamento e poderia ser gasto.

Cheguei no hotel e perguntei no bate-papo do face para o Pedro:

- Tem alguma coisa que você queira que a mãe leve?

Ele respondeu rapidamente:

- Como assim?????

Ou seja, não estava entendendo nada, considerando que nunca levo presentes quando viajo. A Izabel teve exatamente a mesma reação do Pedro, o que achei positivo em relação aos dois, sinal que estavam me esperando, queriam minha companhia e não uma "coisinha" qualquer que não substituiria de maneira alguma minha presença.

Adquiridos os presentes, escolhidos carinhosamente e sem qualquer obrigação, cheguei em casa e o  Pedro relutou muito em abrir, repetindo sempre que a única coisa importante era eu estar de volta, que não gostava que eu viajasse, que sentiu muito minha falta.

Izabel que nunca gosta de nada, adorou os brincos e o Pedro amou a Nerf, isso sem deixar de observar que eu não precisava ter trazido um presente tão caro porque não era aniversário, Natal nem dia das crianças. O Pedro é muito engraçado com consumo e realmente não paguei tão caro assim, logicamente procurei um produto em promoção.

Fico feliz que meus filhos sejam assim, porque vejo mães por aí muito preocupadas quando chegam em casa sem nenhum presente depois de uma ausência de alguns dias. Certo que o presente não compensa o tempo passado distante, criança quer atenção, carinho, acompanhamento nas lições e nas dificuldades, além de companhia para os bons momentos que passam entre amigos.

Não compense seu filho e jamais dê um presente que possa parecer um sacrifício financeiro para você. Se é muito caro, certamente não compensará a ansiedade que você vai passar para fazer o pagamento e até o presenteado será prejudicado.




4 comentários:

  1. O ruim do hábito de compras em viagens é que depois torna-se uma obrigação.

    Eu nunca tive esse hábito, sou meio chata e não fico oferecendo e perguntando nada pra ninguém, mas a minha família "por afinidade" tem esse hábito em 100% enquanto o meu era 0%, dai hoje acho que sou uns 30%. Mas a primeira coisa nesses casos penso num auto-presente, não presenteio sem levar nada pra mim.

    Acho que devia ter comprado algo pra ti também então, pra aproveitar.

    Por falar em presentes, tenho uma colega que durante 7 dias na semana ela deve ter uns 4 aniversários pra ir, no mínimo. Assim que sempre compra presente. Sempre implico com isso e dai agora ela resolveu me contar de compras infrutíferas.

    Quando almoçamos nos rebelamos de ir todo dia num lugar e fomos em uma churrascaria pra comer até sair rolando. Lá ela me contou de uns cupons que comprou para uma pizzaria, nessas compras coletivas.

    Depois voltamos ao trabalho e como não estamos na mesma sala nem temos tempo de conversar, assim que quando me encontrou novamente desesperada rindo e dizendo que tinha que me contar:

    "sabe aqueles cupons que te falei? eu não tinha comprado 2, comprei 15, para - UM MONTE DE GENTE -". E eu, ingênua e incrédula perguntei "15? tu é louca?" , ela disse depois de rir, "o pior tu nem sabe, tinha que reservar no site, eu fui lá e dizia que o estabelecimento tinha fechado", nesse momento reuniu uma platéia para rir dela. Essas já foram somar o valor do prejuízo e dai chegamos à conclusão que ela teria economizado (e muito) indo em uma pizzaria mais chique que tivesse, inclusive que com o dinheiro poderia ter pago na chique pra nós 4 pelo dinheiro perdido.

    Acho que esses excessos como essa minha colega adora fazer que é ruim, um presentinho de vez em quando não.

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    1. Adriana, penso que as crianças estão bem escoladas quanto ao fato de que não tenho essa obrigação e se acaso tenham desenvolvido expectativa diferente, caberá à elas conviver com a frustração :-)

      Comprei um anel para mim, esqueci de falar... coisinha simples mas que me lembrou muito um que eu perdi... rs... mais uma coisa para guardar... chego a ter arrepios... rs

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  2. Entendo perfeitamente. Tinha um menino conhecido que com 4 anos já era viciado em presentes, mas todos os dias. Desde uma bala a um brinquedo ele esperava! Se não tivesse nada abria o berreiro, acho complicado esse tipo se criação!!! Pode causar danos irreparáveis. Adorei o post!!! Bjssss

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    1. Rachel, por isso que não acostumo meus filhos de forma diversa. Acho reações assim inaceitáveis... Beijos

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