segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Experiência compartilhada... GAÚCHA E COLORADA

No post "Sobre sapatos, bolsas e outras compras desnecessárias!" uma de nossas leitoras mais assíduas, a Adriana, deixou um comentário que quero dividir com vocês, apesar de ser colorada (brincadeira!) segundo minha sobrinha é uma pessoa que jamais fará algo errado na vida!

"Eu comentei algo parecido uma vez, mas era um armário para guardar sapatos, redondo e um closet imenso, dizendo que aquilo era desnecessário e a pessoa disse que era para organizar o que já tinha.

Tenho uma amiga que escondia do marido as compras que fazia no cartão. Compras altas que somando todas ultrapassavam e muito os rendimentos mensais (esses razoáveis). Um dia eu cheguei pra ela, cansada das lamentações, e disse para falar para o marido. Ela disse que jamais. Falei para então fazer uma tabela e de um lado os ganhos e de outro os débitos, o que se recusou veementemente.

Hoje a situação está pior, ela ganhando mais mas já sem cartão, e a bola crescendo. Disse que o pior era o cartão x. Eu: “Mas eu vi tu quebrar ele na minha frente”. Ela: “Não, não era esse. Eu quebrei o “y” na tua frente”. Eu: ‘ah, pelo menos naquele não tem nada...”. Ela: “pior, fiz outro daquele, mas melhor que aquele”... não tem como não rir dela contando sabe.

Mas se ficarmos falando passamos por chatas, o jeito é deixar livre, até porque nós também temos sempre algo que faz gastar , então é cada um de conscientizar do que pode e do que não pode. E naturalmente está se criando uma corrente que viu que o comprar pura e simplesmente não trás toda aquela felicidade da propaganda, outros tantos ainda vão precisar um dia cair na real, mas só vai funcionar se for naturalmente."

Adriana, nem me fale em armários para espaço. Mudei para a casa em Cornélio há mais de dez anos e fui fazendo armário e mais armários que agora estão ficando com espaços vazios. É preciso ter muito cuidado, pois terminamos por arrumar lugares para guardar coisas que não precisamos, não usamos e muitas vezes não gostamos. Ou seja, gasta com as compras e depois gasta com armários para organizar. Estou ponderando muito a questão de armários aqui em Londrina, mandando fazer conforme a necessidade e só o tempo dirá se vai dar certo.

Quanto à cair na real é preciso continuarmos falando, falando, pois nenhuma compra parcelada deveria ser feita. Penso que o problema é a facilidade do crédito hoje em dia e as pessoas ficam "hipnotizadas" com a oportunidade de comprar algo com caro pagando tão pouco, só esquecem que há juros embutidos e que se fosse à vista não seria possível.

Ora, se não é possível à vista, não pode a pessoa se iludir achando que é possível à prazo, até porque compra "n" coisas à prazo e as prestações, quando somadas, até ultrapassam o ganho mensal.

* conte sua história!!!

4 comentários:

  1. Eu concordo tanto com isso que você falou sobre a facilidade de crédito, porque é isso que a maioria tem, apenas crédito, não tem dinheiro realmente, porque se tivesse comprava à vista e com desconto.
    Eu tenho o privilégio de morar no centro de SP com acesso fácil a qualquer parte da cidade, como trabalho na periferia eu uso apenas o metrô e em sentido contrário, então é vazio para ir e para voltar. Se fosse trabalhar de carro teria que sair mais cedo de casa pelo menos meia hora e teria que pagar estacionamento porque deixar na rua é perigoso e mesmo explicando todos os contras que eu teria tendo um carro, ainda assim as pessoas não se conformam por eu não comprar um. É complicado vencer a pressão dos amigos e familiares, que muitas vezes te olham como um fracasso já que não consumimos o mesmo que é esperado.

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  2. A tua sobrinha deve ter falado isso depois de saber que eu era colorada...rs, mas tomara que ela tenha razão, me esforço pra isso..kkk

    Quanto às compras parceladas é aquela coisa do costume.

    Eu fui usar cartão de crédito muito tarde, acho que estava no último ano da faculdade que ao encerrar uma conta corrente do interior o banco mandou um cartão e dai resolvi usar.

    Nunca cheguei aos extremos que minha amiga por exemplo mas já cheguei a comprometer rendimentos futuros com compras inúteis parceladas. Nisso que fui numas palestras do expo money que tem em diversas capitais, cada uma é um mês respectivo e também tinha feito um curso rápido na puc sobre esse tema. Curiosidade, falta do que fazer e preocupação com a forma com que eu estava fazendo.

    Não posso dizer que atingi o ideal mas acho que aprendi que cartão deve ser usado como se fosse débito, só com o que a gente tem e não com o que vai receber e usar os benefícios dele para viagens e mesmo um controle de saber onde está se gastando.

    Teve um período, mais ou menos nessa época que fiz o curso ou um pouco antes que meu irmão estava meio viciado em compras pela internet em negócios para corrida. E tinha comentado que precisava de um limite maior no cartão. Eu disse que ele não precisava de um limite maior e sim de ganhar mais, que limite não era renda.

    Fui um pouco dura, talvez mais que comigo mesma. Hoje ele está um exemplo. Foi chamado em um concurso que vai ganhar mais que eu (hahaha)e na cidade indo no shopping pude ver todas ponderações modelo. Eu confesso que acho que me perderia um pouco. Ele não. E quando perguntei o que queria que eu levasse pra ele foi direto: "a calculadora financeira que está na escrivaninha, a foto da nossa família e a santinha que a mãe deu que está ali junto". Nessas horas que a gente vê o que realmente importa e ver que ele não se perdeu para essa onda de consumo fútil me deixou com muito orgulho dele.

    Mas tem gente que falamos e ouvimos só deboches... uns até engraçados, outros lamentáveis, mas essas pessoas que não querem acho que o falar simplesmente não adianta... mas dá pra tentar, eu já tenho alguns apelidos, o mão de vaca é o mais conhecido..kkk

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    1. Gostei muito da história do cartão e vai virar post também!!!

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