segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Experiência compartilhada... PRIMEIRA PLANILHA

É impressionante como temos um choque de realidade quando fazemos um levantamento de nossos gastos e nunca havíamos feito isso antes. O comentário de uma de nossas leitoras deixa isso bem claro.

"Finalmente segui o seu conselho e coloquei em planilhas parte dos meus gastos e quantidade de parcelas...Sabia que a situação não estava boa mas ao ver os valores na minha frente me assustou, agora estou partindo para o próximo passo que é anotar os gastos diários. Estou lutando para mudar meus hábitos de compras e também buscando otimizar as coisas ao meu redor, estou lendo bastante sobre o minimalismo e também blog de pessoas que estão cortando os gastos, até criei uma pasta no meu Feedly chamada desapego... Espero que no futuro eu tenha alguma história de superação para postar por aqui." 

Gislaine, você já tem uma história de superação e por isso postei seu comentário por aqui. O primeiro passo é exatamente esse! É a coragem de sentar, gastar seu tempo, pegar lápis e papel, os comprovantes de despesas e lançar em uma planilha. 

Alguém pensa que o procedimento acima é fácil? Não, não é! Muito pelo contrário, para quem nunca fez isso é um passo muito doloroso, muito difícil e com consequências iniciais bastante assustadoras.

Ontem mesmo conversava com a menina que iniciou essa série "Experiência Compartilhada" e que tomou a mesma atitude de colocar seus gastos em uma planilha e o resultado foi o mesmo, ficou muito assustada.

É preciso levar esse susto! Somos tão condicionadas a não controlar nossas receitas e despesas que pensamos ser normal ir deixando a vida nos levar. Um sapato aqui, uma bolsa acolá, outro sapato daqui a dez dias, pois perdemos a noção do tempo quando não anotamos. Mais um estresse e esse é quase diário e mais uma compra sem que tenhamos a percepção de que a compra anterior foi feita há poucos dias.

Vamos quebrar esse condicionamento!!!! Precisamos quebrar esse condicionamento!!!! Perdemos tempo comprando e depois perdemos a saúde pensando como vamos cobrir a conta no banco, como vamos guardar todas as tranqueiras que colocamos dentro de casa sem uma reflexão anterior.

Depois de fazer a primeira planilha vem a pergunta: "Oh! Meu Deus! O que fiz com meu dinheiro!" e lá vem o mau humor decorrente da culpa. Porque fiz isso? Simplesmente porque você foi ensinada a gastar, simplesmente porque você foi condicionada a viver assim, simplesmente porque você não conhecia até então pessoas que vivessem de forma diferente. Não deixe a culpa te consumir e deixe que o choque de realidade te leve a melhores caminhos.

Você pode mudar e para isso precisa começar no próximo minuto, na próxima manhã, deixe de comprar tranqueiras, você não é o que usa, você não é o que consome, você pode superar todo esse marketing e propaganda, esse bombardeio do consumo pode não ter efeito se você criar uma redoma de objetivos diferentes, se começar a viver diferente.

As pessoas vão estranhar ao te ver com a mesma roupa? E com o mesmo sapato? E com o mesmo vestido em uma festa? Talvez notem, mas somente aquelas que ainda estão na vibração do consumismo, as demais sequer vão perceber!

Enfim, siga em frente, esqueça o que passou e viva diferente!!! Tem muito mais coisas por aí além do consumo! Talvez até uma conta bancária bem recheada para realizar um sonho, sonho que você vem adiando porque "não tem dinheiro"!!!

8 comentários:

  1. Anotar receitas e despesas realmente é impactante, muita gente foge disso, pois sabem que não é lá tão agradável, porém, é a única forma de termos controle das contas e não termos sempre que adiar sonhos, como falastes ao final, porque não temos dinheiro. Eu escuto muito isso, e de muita gente que teria sim possibilidade de fazer tais planos acaso fossem menos propensas ao consumo desenfreado.

    Uma época cheguei a aproveitar o pós-almoço e enquanto colegas não terminavam eu lançava o valor da comanda na planilha do celular, quando surpreendi todas que estavam à mesa que não teve uma que apoiou a ideia, na verdade levaram um susto com tal ato e até eu mostrar achavam que eu estava brincando..rs

    Algumas depois disseram que iriam fazer o mesmo mas logo desistiam da ideia. A única coisa que foi marcante era como eu era “mão de vaca”.

    Outra colega, uma vez que almoçamos com a chefe que pegou todas as comandas e foi pagar, disse: “lança na tua planilha como crédito” e riu debochando.

    É tão geral que o gastar é que trás felicidade que num chá de bebês em sp uma pessoa me deu uma dica infalível acaso não me adaptasse, era só ir na loja “tal”, que ela tinha ido numa sexta e gastou 300,00 só em “bugigangas pra casa”. Bem, nisso todos que estavam à mesa concordaram com ela e tal. Eu fiquei “tão interessada” que sequer gravei o nome da loja, muito menos o endereço. Mas para não ser desagradável (ou mais desagradável..rs) fiquei na minha, sem vontade de começar a debater com uma mesa inteira de gente que achava aquilo, afinal somos livres para nossas opiniões só que eu também me dei liberdade de não prestar atenção no decorrer da conversa e ficar brincando com meu celular enquanto os outros falavam da loja.

    Eu acho o consumo bom e ter coisas também, mas dai a comprar por estar insatisfeita (??), ou porque é barato (?)... acho que um querer iria bem, depois ver se dá ou tem que esperar, mas o comprar “por comprar” não vejo coerência. E se não temos um controle disso, seja mental, escrito, digital, nunca saberemos o quanto podemos dispor para alguma coisa ou o quanto precisamos repor por algum gasto. Com o tempo isso fica até bom e meio automático, mas o início é doloroso.

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    1. Adriana, estou achando que você tem o dom do teletransporte.. rsrsrsrs... recebi seu e-mail, mas hoje foi simplesmente "punk", amanhã penso e respondo.

      Comprar por estar insatisfeita, irritada, frustrada, furiosa... já cometi muito esse ato, hoje não mais, compro quando preciso ou quando acho que efetivamente vou ser feliz com uma facilidade a mais na minha vida!!!

      É preciso estar consciente o tempo todo, não é fácil, entretanto, é necessário!!!

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  2. Olá Ziula

    Depois que fiz a planilha, consegui frear vários gastos. Ainda dou umas escorregadas nos gastos, principalmente para atender desejos de filhos pequenos mas isso também é uma coisa que vai mudar também.

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    1. Boa noite, Gislaine! No primeiro ano sem compras não deixei de comprar coisas para as crianças, certo que diminuí bastante e eles pegaram o ritmo do consumo consciente rapidamente, mas não cortei tudo não.

      Hoje em dia temos períodos sabáticos, por exemplo mês passados eles compraram algumas coisas, mas depois de algumas somas de gastos resolvi não gastar NADA de 20 de agosto a 20 de setembro... exceto coisas de vida ou morte... rs... já passados alguns dias e eles estão "de boa na lagoa"... não pediram nada e não vai adiantar pedir... rsrsrs...

      Só temos é que colocar limites e a partir daí não há necessidade de abstinência total dos pequenos, até porque se é criança uma vez na vida e precisam de satisfação mesclada de frustrações para que possam aprender a lidar com as situações da vida.

      Beijos

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  3. Achei este post perfeito. Os conselhos da Ziula, é tudo que precisamos ouvir. Depois refletir sobre e por em prática.
    Eu passo apertado quando é dia de fazer o pedido da Natura. É preciso ter coragem para dizer, não posso, não preciso, não quero nada.
    As pessoas estranham mesmo. Parece que estamos falidas, na pior...
    mas nós sabemos que estamos num exercício de quartel. Não dá para desistir, até atravessar a fronteira do consumismo.

    Beijos.

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    1. Zilda, tinha uma moça que sempre ia em casa vender Natura, sempre produtos em promoção e com 20% de desconto. Nossa! Está muito barato! E lá ia eu comprar hidratantes, "n" embalagens de shampoo, sabonetes em barra e por aí a coisa andava. Depois que entrei no primeiro ano sem compras logicamente deixei de comprar e quando comecei a destralhar achei muitos produtos vencidos e outros que não usava. Então, é preciso cuidado!

      Ontem mesmo encontrei um pingente com a letra "S"... a loucura era tanta que não havia a letra "Z" e parece que eu tinha que comprar de qualquer jeito... logo, pareceu que "S" de sbroglio serviria... rs... nunca usei!!! Não fazia sentido!!! Já separei para presentear uma "S"imone... rs...

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  4. Mascates de repartição não me pegam! Inclusive no local em que trabalho há uma portaria específica vedando o acesso, aí eles dizem que precisam falar com fulano x, que trabalha no local, sobem e espalham as traquitanas, revistinhas e amostras por todo canto. Se alguém compra, vendem sem nem ao menos pegar um cheque predatado, só para ter motivo para voltar no outro mês para pegar o dinheiro e vender mais. Até que um dia o comprador estava de férias e não deixou o dinheiro, aí o mascate virou uma fera e eu tive a minha chance de passar um sermão geral. Isso tem cinco anos e o mesmo mascate continua indo até hoje...Pior que é tudo caro, e o pessoal sempre está em dívida com esses vendedores (menos eu que virei a chata que não quer ajudar quem precisa :0!)

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    1. Gabriela, raramente compro alguma coisa nessas situações, MAS tem o moço que faz o melhor brigadeiro da face da terra e de vez em quando me permito um docinho; tem a senhora do pão integral delicioso; por vezes aparece alguém vendendo panos de prato a preços justos.

      Entretanto, concordo com você quanto ao exagero. Tem uma mesa no meu trabalho com camisas, tapetes, toalhas de banho... todo dia tem alguma coisa, entretanto sabem que só compro quando realmente estou precisando e nem me oferecem, ficam esperando que eu peça.

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