domingo, 29 de dezembro de 2013

Dificuldade financeira é engraçada?

Algumas vezes vejo uma pessoa postando no facebook frases do tipo: "não queremos saber quando custa, queremos parcelar!" e compartilha com outros que tem o mesmo estilo de vida. Talvez a mesma pessoa que não confere a fatura do cartão para não ficar depressiva devidamente acompanhada de outra que menciona não poder fazer isso ou aquilo porque não tem dinheiro ou faz alguma coisa dizendo que terá dificuldades para pagar.

Famigerado consumo sem freio! Mais uma vez não tenho nada a ver com isso e cada qual vive com quer. Aliás, já vivi assim, já parcelei, já fiz consignados, já vivi sem ter nada que pudesse agregar patrimônio, meu roupeiro já foi imenso, já tive mais de sessenta pares de sapatos, já, já, já... e fico pesarosa com as pessoas que continuam vivendo dessa forma.

Hoje apesar da dúvidas e tropeços, de um pouco de ansiedade de não consumo por achar que preciso e não consigo comprar, apesar de tudo... fico tranquila ao saber que posso atender todas as minhas necessidades verdadeiras sem depender do estresse da falta de dinheiro e gasto muito menos tempo com compras e arrumações e limpezas e tudo aquilo que envolve encher sua casa de itens desnecessários.

Tem outro post que circula de vez em quando também no facebook que diz: "quem nunca parcelou não sabe o prazer de pagar a última parcela". Pagar a última parcela? Ora, quem nunca juntou o dinheiro é que desconhece o prazer de comprar à vista com desconto ou até desistir da compra por algo melhor.

Essas coisas de consumo desenfreado não podem ser tratadas como brincadeira. É muito sério e estou falando sério! A tensão de viver devendo e sofrer para comprar as coisas não compensa todo o dinheiro que colocamos fora com bobagens. Enfim, fico mesmo feliz por ter saído dessa roda viva que só me trazia preocupações.

8 comentários:

  1. Ontem de noite vi um programa que a pessoa, com o prêmio que ganhasse gostaria de fazer compra no supermercado sem olhar o preço, só ir jogando no carrinho. Até foi motivo de muitas risadas no programa e ela até que ganhou bem!

    Vivemos num esgotamento de tanta coisa que se paga, de preços tão altos que nos cobram, que as vezes acho que esses compartilhamentos são até uma forma de atenuar as coisas. Sei que isso pode apenas tornar o problema normal, aliás acho que hoje é encarado assim, se tu faz o contrário (o correto) é mais criticada que quem consome desenfreadamente.

    Acho que só resolve quando a própria pessoa cai em si e vê que está ruim do jeito que está. Sem ter compras parceladas já nos deparamos com tanta coisa que hoje eu fico pensando como é que já fui de comprar algumas coisas que comprometiam mais do que deviam.

    Esses tempos peguei o IPTU em Porto, já com a metade do dinheiro (ensinei meu irmão a reservar para pagar a sua metade) e com ela e algumas coisas mais como ipva, passagem, a tentação por parcelar foi marcante. E vi esses dias uma colega reclamar da nossa anuidade (a sorte que nem vi ainda, vou deixar a surpresa para quando voltar), já vi a outra e realmente se aquilo for menos é de chorar e nessas horas a gente tem que contar até mil e resistir qualquer consumo que não seja necessário ou que vá agregar algo pra gente (como comprar pra agradar mil parentes) porque o negócio em janeiro vem pesado.

    O parcelamento é um meio bastante interessante se necessitamos, tem horas que não tem o que fazer. Eu já ouvi de uma cliente do escritório um agradecimento daqueles sinceros num que tínhamos adotado e até dando certo na maioria das vezes, claro que isso não justifica o erro, e se a gente para de comprar assim sem pensar no amanhã, reservas ficam para essas coisas que são necessárias.

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    1. Esse mês de janeiro acabou comigo e agora vem fevereiro mais ou menos na mesma toada... espero que março me seja leve...
      Já falei que comprei um tênis em doze vezes... a sensação do pagamento mensal me deixou até com enjoos... rs
      Ainda bem que fiz previsão para IPTUs, IPVA e demais despesas de início do ano, fico pensando nas pessoas que não planejam e em como se viram nessa época, devem ficar muito nervosas e sem saber para onde correr.

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  2. Boa tarde gaúcha! Propaganda televisiva em horário nobre na capital gaúcha, no maior canal de TV local, no dia 26: "torra torra bombástico - compre (era um item da linha branca), de 499,00 baixou para R$ 199,00. O descontão é de R$ 200,00...."

    Chega ser nojento, pois a rede de lojas que anunciou o produto, simplesmente deu uma de bonzinho pós correria da véspera de natal. É revoltante, mas o povo, a sua grande maioria, gasta o que não tem, compra o que não precisa e na pior hora, no apagar das luzes das principais datas, como a dos festejos natalinos.

    Aproveito para te desejar uma baita 2014 e continue semeando educação financeira por intermédio do teu sítio.

    Valdemar Engroff, a minha prenda Marilene e as gurias Bibiane e Ana Paula

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    1. O engraçado é que esses "torra torra" acontecem o ano inteiro... rs... e penso que as pessoas em épocas festivas acabam acreditando no desconto.
      Muitíssimo atrasada desejo um maravilhoso 2014 para você e sua família!

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  3. Consegui controlar bastante os meus gastos. Tive momentos de baixo astral, de repulsa às compras, aos itens em promoção. Enxerguei o comércio com outros olhos.
    Cheguei a sentir pena das pessoas com as sacolas abarrotadas de coisas.
    Quando fui comprar os presentes de Amigo Secreto, saí da loja conferindo se não tinha perdido nada no caminho.
    Me senti tão vazia e leve, que estranhei muito. Enfrentei fila no caixa, levei algum tempo para escolher algo legal, porém dentro do valor estipulado.
    Para mim, foi bem difícil excluir pessoas da minha antiga lista. Parecia que eu estava sendo punida por alguma coisa.
    Hoje, véspera de Ano Novo, separei um vinho para levar. E alguns pêssegos in natura.
    Talvez me sinta constrangida ao ver "panelas" de comidas e cestas de frutas e doces chegando, por outras pessoas.
    E eu estarei lá, básica, no meu canto. Torcendo para que o Ano Novo traga muita saúde, paz, alegrias, decisões positivas. E que eu continue com o meu propósito de economizar, juntar dinheiro para realizar coisas diferentes e necessárias.

    Beijos e Feliz Ano Novo!!!!

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    1. Eu fico com pena quando vejo as pessoas gastando sem medida e depois reclamando da vida, dos empréstimos, do cartão.
      O importante é que nos tornemos pessoas diferentes e quem não gostar que se afaste.
      FELIZ ANO NOVO!!!

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  4. Nossa isso é realmente sério mesmo! As vezes fico me olhando no passado e vejo o quão doida já fui! Gastar o salário em parcelas de cartão de crédito, em querer viajar e não poder, isso tudo é muito ruim mas é levado na brincadeira...Infelizmente...
    Um dia quem sabe as coisas não mudam para todos não é?
    Pagar uma compra grande à vista é a melhore coisa que existe!!

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    1. Andressa, também fui muito doida, sorte que foi uma fase que passou!
      Estamos no caminho da mudança e é isso que importa.

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