domingo, 13 de abril de 2014

Como acabar com a bagunça quando se trabalha com papel...

Recebi de alguns leitores ponderações sobre a bagunça em seus locais de trabalho e que também desenvolvem atividades jurídicas.

É claro que minhas fotos representam outra realidade: aquela de quem já recebe o processo eletrônico pronto, já digitalizado pelos advogados e somente precisa trabalhar no sistema, logo não existe a menor possibilidade de enfrentar qualquer tipo de papel, exceto revistas, livros, informativos, folhetos que ainda não são enviados no formato digital.

Quando recebi os comentários fiquei pensando muito em como minimizar a bagunça nesses locais de trabalho, pois realmente é muito material "físico" que precisa ser digitalizado, isso tem que ficar organizado e ser enviado e depois devolvido ao cliente.

Pois bem. Minha experiência na advocacia foi de cinco anos e minha mesa não era tão diferente do que é hoje no gabinete. Sempre tive ojeriza à manutenção de papéis e documentos em cima da minha mesa, talvez por ter visto mesas com quilômetros de papéis, documentos, lixo, recibos de contas pagas, boletos de contas a pagar e que não deixavam sequer ver o tampo, isso quando a bagunça não se espalhava para as partes livres das estantes. 

Essa visão da bagunça ou visão do inferno rs penso que me traumatizou, então foi uma coisa que sempre evitei a qualquer custo.

Pensem comigo, vocês que são da área jurídica, com quantos processos trabalham ao mesmo tempo? A resposta somente pode ser: UM PROCESSO. Sim, porque se você tentar digitalizar ou fazer mais de um ao mesmo tempo certamente trará algum prejuízo ou causará alguma confusão.

Se a pessoa trabalha com um processo de cada vez então porque manter dez, vinte, trinta pastas sobre a mesa? Chego a acreditar que é algo cultural, pois a maioria dos advogados que conheço assim faz: pastas sobre a mesa. Deve dar credibilidade, mostrar que tem serviço, talvez até uma certa vaidade, sei lá!

Foi contratado pelo cliente, recebeu os documentos, imediatamente abra uma pasta e pendurada nela coloque uma etiqueta com o prazo (se tiver prazo) ou a data de recebimento se precisar redigir a peça inicial.

Eu tinha um local plano onde separava as pastas por prioridade e considerando a urgência, sempre etiquetadas com a data, uma prateleira, um outro balcão ou outra superfície horizontal que não seja sua mesa de trabalho nem uma cadeira.

Somente vai para a mesa de trabalho a pasta que estiver sendo trabalhada, terminou a tarefa, dados lançados, pasta para o arquivo e seja feliz sem bagunça!!!

2 comentários:

  1. Ziula, pastas em cima da mesa são para corroborar a música "tristeza não tem fim, felicidade sim" rs... também servem para não acharem que não está fazendo nada e darem mais coisas, por fim ficam em standy by quando se tenta algum acordo, mas isso causa sim muitas confusões, eu já tentei fazer dois ao mesmo tempo e nem vou falar o que quase deu...rs, deve servir pra chefe não tirar a dúvida e deixar que a gente se vire quando tu vai perguntar e vê coisa pior por lá...

    Pode ser cultural também, não nos ensinam que tem que ter uma biblioteca, isso e aquilo? No meu tempo ensinavam, dai talvez o hábito de preferir mexer no papel, por exemplo, tenho um estoque de cct que poderia ver no computador pelo pdf, mas no computador demoro mais procurando que com o estoque, embora elas enfeiem a mesa.

    Aqui o pje é muito fraquinho ainda, muito raro, só quando são do interior, dai tem mais, mas por enquanto só tem sido stress dobrado vez que vai mandar e não vai porque está grande, essas coisas, além da pasta ter que ficar lá até encerrar e muitas vezes não tem acordo e vai longe né, só dá pra devolver a pasta para o dp quando encerra, então...

    Mas nem quando trabalhava com um amigo e usávamos ou a biblioteca da UFRGS ou as salas da oab para fazer os trabalhos tínhamos algo organizado como o teu, a minha casa nessa época na parte da escrivaninha era uma coisa absurda, acho que até pior que a mesa de agora..rs

    Tá certo que estamos numa era que é mais preocupada com meio ambiente e tal, o que antes tínhamos que comprar códigos por ano tem na internet, tem uma no trt 2 que já faz referências até a ojs e sumulas e tal, melhor que comprar uma, tem livros livres disponíveis, tem os a venda mas nesse caso eu acho um absurdo o preço, tem livros que é o mesmo preço do impresso ou desconto tão módico que não dá pra aceitar.

    Acho que a ideia do retorno ao arquivo com algum e-mail ou bilhete grampeado que está com fulano de tal tentando acordo ou que fará é uma boa pra tirar da mesa né, vou tentar implantar isso nos que pego, não sei se dará certo...

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    1. Hoje em dia acho que bibliotecas físicas e canetas estão totalmente obsoletas, agora tem muita coisa que também prefiro olhar no papel.
      Nem me fale em PJe...
      Prateleiras... prateleiras e tira tudo da mesa e das cadeiras... a vida fica mais leve... rs

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