terça-feira, 24 de junho de 2014

Sobre compulsão, cachorros e consequências...

A Lúcia deixou esse comentário no post "E a casa vai se adaptando aos cachorros":

"Porquê ter três cachorros num apartamento pequeno? Acho pouco prático. De que adianta destralhar tanto algumas coisas e acumular outras. Melhor se concentrar em ter um animal apenas, de uma raça mais tranquila e que tenha suas necessidades de atividades atendidas (passeios, brincadeiras) assim ele não destruirá tudo ao redor. Lucia"

Concordo em gênero, número e grau com cada palavra que ela escreveu, mas sempre digo por aqui que a vida tem "poréns" e esses pesam muito mais, fazendo com a decisão de manter os três cachorros seja consciente e irreversível.

Quem acompanha o blog sabe que eu morava em uma casa imensa em outra cidade, Cornélio Procópio, sendo que os cachorros vem de uma época em que a compulsão era por qualquer coisa: cachorros, sapatos, bolsas, enfeites, roupas, etc.

Aliás, não sei se já falei por aqui, mas eu tinha verdadeira aversão por cachorros, pelos, cheiro de cachorro, sujeira de cachorro e tudo mais relacionado aos pequenos. Depois essa aversão foi amainando e virou compulsão.

Para a concluir pela compulsão basta ler esse texto "Cachorros??? Tolerante, eu???" e ver a quantidade de animaizinhos e praticamente na mesma época. Bem, disso tudo ficaram a Tuka e a Milla, uma york e uma spitz ou lulu da pomerânia, embora eu não me aproximasse muito depois da morte do Tchê por atropelamento e medo de sofrer novamente.

Morava em uma casa, lembram? Em janeiro de 2013 mudei de cidade e optei por morar em apartamento até por questão de segurança, nem em condomínio fechado confio e deixei as meninas, Tuka e Milla, em Cornélio. Depois vieram para Londrina e retornaram em seguida para Cornélio.

O Pedro insistia que queria um cachorro que fosse "filho dele", afinal seu irmão já tinha um "filhinho", um whippet. E lá vai o menino pesquisar e pesquisar e cismar que queria um bulldog francês. Recomendei um daqueles testes da internet para verificar a raça ideal conforme a personalidade do "pai", local que ficaria e essas coisas. Tiro e queda, deu bulldog francês!!!

Procura daqui, procura dali e o preço era impraticável. Até que um belo dia no shopping lá estava o Taylor, com uma mancha em forma de coração na orelha, pequeno, dócil e foi o Pedro pegar no colo e eu perceber que não teria mais retorno. Até ligar para o pai ele ligou e não faz isso com muita facilidade, ou seja, queria muito.

O preço estava razoável e nem perto daqueles vistos anteriormente e lá veio o Taylor para casa. Ficou doente. Fez xixi na minha cama na primeira noite. Na segunda noite, com diarréia, tornou o quarto do Pedro intransitável. Causou todos os transtornos de um bebê. Fez tratamento com remédios naturais e depois antibióticos. Hoje está lindo.

Ninguém imagina o ganho emocional que esse bichinho trouxe para o seu "pai" e o amor de um pelo outro é impressionante, embora o bichinho adore ficar enroscado no meu pé.
 
Pois bem. Por razões outras, as meninas tiveram que vir de Cornélio para o apartamento onde ficaria apenas um cachorro. Mais uma vez um acerto. O Taylor acalmou muito com a vinda de companhias. Imagina se não tivesse companhia rs

Cachorros, a essas alturas e com o sentimento que tenho atualmente por eles, são parte da família, logo é imposssível cogitar de dar em adoção ou qualquer coisa parecida, nem mesmo para parentes, nem mesmo para amigos, nem mesmo para ninguém!!!

Aqui entram as consequências e preciso assumi-las e estou assumindo com responsabilidade, afinal estamos tratando com seres que tem sentimentos, se apegam e amam também.

Para encerrar, hoje a veterinária me deu a notícia que talvez a Tuka esteja com problemas cardíacos, além de ser ofegante como todo o spitz, começou a apresentar um ronco meio suspeito e foi meu coração que quase teve problemas com a notícia. Vamos ver o que os exames dizem, embora eu tenha que confessar que estou com medo de levar para fazer tais exames.

Essa é a minha história com cachorros!!!

6 comentários:

  1. Concordo plenamente com voce Ziula, depois que já os temos, não há como voltar atrás. Não se põe fora um filho, e pra mim a responsabilidade pelo bichinho é praticamente igual, ganhei uma cachorrinha já velha em 2009 e há de ficar comigo até o seu fim. Cuido muito dela e jamais penso em dá-la pra alguém, por melhor que seja a pessoa. Ela me alegra demais a vida, meu filho e meu marido também gostam demais dela. Moro numa casa com um pequeno quintal todo de piso, mas não importa. Levo pra passear sempre que posso e a vida segue. Te entendo perfeitamente.

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  2. Então Ziula, também tenho 3 bichinhos em casa (dois gatos e um cachorro que já está velhinho), e sim, eles são parte da família, são meus filhos felinos e canino, e filho, é para sempre, a gente não se desfaz dele e assume todas as responsabilidades por eles. Os meus são puro amor e alegria, algumas vezes, aprontam alguma dentro de casa, mas nada que não seja contornável. Entendo você.

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  3. amei o post.....tem gente k se desfaz d bichos como se fossem de pelucia k se joga no lixo.....assim fazem com velhos....crianças..........amei sua atitude.......e acompanho o blog de pertinhu

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  4. Meu cachorro foi largado por alguém dentro da minha casa em 2006. Eu queria muito ter um cachorro mas queria escolher. É um pitbull, gostamos muito dele, não tem volta mesmo. A única pena é não poder sair com ele para passear normalmente por causa de leis estaduais que restringem os horários para essas raças consideradas agressivas.
    Ziula, nada a ver, mas vendo o rodapé do blog fiquei curiosa: o que aconteceu com as 20 minhocas?

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  5. Sei bem o que é isso. Estou em um apto pequeno com marido, um york e um husky... tb tinha muito espaço mas eles são como filhos a gente se aperta, destralha bastante e deixa um espaço para eles... abri mão de um quarto e deixei só para eles e o resto da casa mais apertado porem mais em ordem...eles tb para sensação de espaço maior só tem caminha ao inves de casinha e brinquedos... Estamos muito felizes juntos mesmo com muitos conselhos alheios de da-los para parentes. Mas isso nunca foi opção. Bjo e felicidade com seus dogs

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  6. Entendo perfeitamente, tenho dois gatinhos adotados há onze anos que mudaram minha vida para muito melhor.
    Abraços
    Kathia

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