segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cartão de crédito... vamos começar por ele

Algumas pessoas procuram evitar pensar na própria condição financeira. Usam como escudo o baixo salário, as pessoas que deveriam lhe ter pago algo e não honraram com o compromisso, o direito de ter prazer porque trabalha demais, a facilidade de crédito "qualquer coisa faço um consignado", a incerteza da vida "posso morrer amanhã e nada aproveitei", a própria falta de controle "não consigo parar de gastar" e outras sequer precisam de escudo porque vivem como se não houvesse amanhã e também não veem nisso um problema.

Ocorre que ignorar ou subestimar um problema financeiro somente vai agravá-lo a ponto de ficar a cada dia mais difícil solucioná-lo quando essa consciência vier e posso garantir... ela virá.

Cartão de crédito é um grande vilão. 

Os bancos oferecem com muita facilidade, não explicam o uso e algumas pessoas chegam a pensar que pagar o mínimo é uma vantagem, isso me foi contado um gerente que ouviu de uma cliente "não sou boba, se posso pagar o mínimo, não há razão de pagar o valor total". 

O percentual absurdo de juros ou não é esclarecido pelo banco ou é ignorado pela pessoa quando pega a fatura, se é que pega a fatura para conferir. 

As prestações são feitas, afinal pagar em dez ou doze vezes sem juros é uma vantagem porque é o mesmo preço à vista, esquece-se a pessoa que sempre é possível negociar desconto à vista e, mesmo ausente desconto, várias parcelas pequenas de produtos diferentes tornam-se uma grande dívida mensal que pode se tornar impagável.

É preciso cuidado na utilização, muito cuidado!

Se o uso de cartão de crédito for inevitável, por qualquer razão, mesmo porque acumula pontos para viagens ou troca de produtos, vantagens que não teria se comprasse no débito ou em dinheiro, algumas precauções devem ser tomadas:

- solicitar ao banco que coloque um limite abaixo do salário, bem abaixo, o suficiente apenas para cobrir as compras necessárias e que não alcance os supérfluos, lembrando sempre que no mínimo 10% do seu salário deve ir para a poupança

- evitar toda e qualquer compra parcelada, a não ser que seja caso de vida ou morte, guardar o dinheiro mensalmente e no final buscar desconto à vista ou até desistir da compra se a consciência assim mandar

- pagar sempre e para todo o sempre o valor integral e jamais o valor mínimo, os juros são altíssimos, verifique os juros anuais na sua fatura e perceba que a dívida pode se tornar impagável em pouco tempo

- nada de ter vários cartões de crédito porque a maioria das pessoas tem apenas uma fonte de renda que entra na conta apenas uma vez por mês, então para que ter cartões com vários vencimentos? Certamente para se perder e ficar endividado!

- a idéia, que já vi meus filhos externarem e logo foram corrigidos, de que cartão não é dinheiro e por isso pode ser usado ilimitadamente é muito perigosa. Se tivermos dinheiro em mãos, até nos corrirgirmos nesse aspecto, perceberemos mais facilmente o quanto é difícil gastar em compras impensadas

- procure cartões que não cobrem anuidade, cancele cartão que cobre anuidade, muitos bancos oferecem esse benefício sem cobrar esse valor

- sua vida financeira quando necessária apresentá-la para algum financiamento realmente importante e inevitável está descrita na fatura do cartão de crédito, sendo que ouvi falar da apresentação dessas faturas referentes a determinado período para aprovação. Como você gasta seu dinheiro está começando a ser importante para conseguir crédito

- muitas compras desnecessárias e supérfluas são feitas pela facilidade da compra do cartão e de como ele dá idéia de que não estamos gastando nosso dinheiro, por isso é preciso ficar atenta e acaso perceba que não consegue controlar: congele seu cartão até voltar a ter equilíbrio financeiro e aprender e a gastar seu dinheiro.

Agora se a pessoa já está "lascada" com o cartão, passou de todos os limites e entrou em uma situação complicada com ele... deve buscar imediatamente uma linha de crédito mais barata porque certamente não conseguirá pagar os juros astronômicos do cartão...

 



2 comentários:

  1. Oi,
    Navegando por aí e pulando de blog em blog caí no seu.
    Muito interessante em conceitos e profícuo em textos.
    Achei interessante ficar um ano sem compras, algo que jamais fiz ou acho que conseguiria, embora não tenha hábito de comprar.
    Quanto ao cartão de crédito vou argumentar um ponto de vista diferente, meu intuito é apenas dar novos subsídios aos leitores para que possam ter uma visão abrangente do assunto e tracem uma estratégia adequada ao uso ou simplesmente não usem.
    Inicialmente devemos lembrar que o cartão de crédito é um instrumento de crédito, como já diz o nome, e cobra juros absurdos, portanto, deve ser usado com muito cuidado.
    Tenho dois cartões de crédito um com vencimento do dia 5 e outro no dia 20, o primeiro tenha uma anuidade bem salgada 800,00 por ano o segundo não cobra anuidade para quem tem o primeiro.
    Jamais pago anuidade, coloquei meu cartão para cobrar anuidade em abril, ele usa a média dos meses de janeiro, fevereiro e Marco para calcular a isenção de anuidade. Logo, tenho sempre janeiro uma fatura alta devido a dezembro e o natal, janeiro aos materiais escolares e fevereiro as férias, além de propagaram todas as minhas contas planejadas para esses meses, um exemplo a compra daquela tv que já está bem velhinha e pedindo outra, sempre é comprada nas promoções de janeiro.
    Acumulo pontos e sempre que possível uso em passagem aéreas, quando não consigo uma passagem, vendo meus pontos e compro ela com esse dinheiro. Por isso, tenho um cartão com anuidade cara, ele me premia com 2,2 pontos cada dólar gasto. Além disso tenho uma série de vantagens e já usei algumas: seguro viagem para o exterior, garantia estendida, seguro contra roubou ou furto nos 6 primeiros meses após a compra deles no cartão e etc, só declarantes estendida já economizei uma grana.
    Quanto ao uso do cartão a regra é clara descontos a vista acima de 5% são pagos a vista, busco sempre 10%, às vezes consigo mais.
    Não há desconto é pago no cartão é no maior número de parcelas possíveis.
    Despesas que não oferecem desconto como Farmácia, restaurante, supermercado, cinema e outros são pagos no cartão.
    O truque só compro o que tenho dinheiro, jamais o que não tenho, quando compro algo parcelado esse dinheiro vai direto para uma aplicação e fica lá, vou pagando o cartão se faltar dinheiro vou nessa aplicação e pego os recursos que faltam.
    O dinheiro das milhas que vendo quando estão para prescrever e não tenho nenhuma viagem programada saem de lá.
    Muitas lojas hj em dia não dão desconto a vista, mas dão para compra em uma parcela, sempre utilizo esse benefício.
    Outra tática, sempre uso o cartão nacepoca da melhor data da compra para ter aproximadamente 40 dias para pagar e receber um juros das aplicações. Por isso dois cartões um para compras do dia 20 ao 4 e outro do 5 ao 19. Uma vantagem do meu as compras, os limites a pontuação é única não importa o cartão que uso.
    Tenho o cartão também como um seguro Emergência, já aconteceu deu ter uma emergência estar sem dinheiro paguei tudo no cartão, na hora de quitar a fatura não tinha dinheiro, peguei um empréstimo consignado, com juros menos extorsivos e quitei a fatura. Depois vendi as milhas e com esse dinheiro consegui amortizar uma pequena parte do empréstimo, detectei dado para pagar os juros.
    Gosto muito de cartão de crédito, acho um instrumento prático, seguro e confiável, mas que deve ser sempre utilizado com discernimento e cuidado, pois é um instrumento de crédito e você deverá pagar depois.
    Mru uso de cartão tem demonstrado ser lucrativo para mim, mas cada um deve avaliar isso, não vale a pena ter um cartão se esse te causa prejuízo financeiro e principalmente emocional.
    Ah sim, quanto ao uso, jamais saque dinheiro do cartão, melhor pegar com um agiota é extremamente caro.
    Outra coisa, se possível tenha um cartão internacional, pois para comprar coisas no exterior e que saem muito mais barato do que no Brasil via ebay ou amazon será necessario.

    ResponderExcluir
  2. Eu demorei muito tempo para me render ao cartão de crédito, praticamente quando finalmente cedi estava já com 20 e poucos anos, saindo da faculdade, último ano acho, antes sempre ofereciam e era não e não, depois era um de olho em outro. E já tive uma colega que ia trabalhar com 11, já falei dela, mas esse 11 era tão absurdo que ela ficou marcada, um dia tinha ido "só" com 7. Um eu fiz ela quebrar, de tanto que enchi o saco, mas tempos depois ela tinha feito outro do quebrado..rs

    O cartão em si não é um problema, ele é um meio de pagamento que se souber usar, oferece vantagens bem boas, mas se não, trás um prejuízo bem rápido. Mil vira dois e assim vai, muito facilmente. Pagar o mínimo como se fosse uma coisa de tipo, descobri a américa também já ouvi e nem contra argumentei, diante da falta de palavras na hora. É uma coisa que temos que buscar conhecer a melhor forma de usar, qual contratar. A minha colega dos 11 não juntava pontos, pois o que tinha anuidade grátis usando pelo menos uma vez por mês e dava pontos ela tinha parado de comprar, estava achando mais prático os outros, que não davam nada, por isso que fiz quebrar um lá de uma loja de departamento, mas dai ela fez outro e com bandeira que podia usar em outros lugares..rs, e nem sei se passava a juntar pontos pois quando ela falou isso eu disse: "Bah, te larguei", e ela só ria, até hoje, sempre que vou pra lá ligo pra almoçar com ela e sempre vem essas histórias, ou seria "estórias"?

    ResponderExcluir