quinta-feira, 27 de setembro de 2012

E o trato social como fica?

Existem padrões de conduta social que permitem um convívio em sociedade mais harmônico, agradável e leve, ao conjunto dessas regras chamamos de etiqueta.

A pessoa aqui, segundo definição da própria filha, é antissocial e isso em razão de preferir ficar "quietinha em um canto" ao invés de sair badalar, conversar, fazer festa, sair e conviver com muitas e muitas pessoas, isso quando se trata de manter conversas sem sentido.

Sou bem seletiva, talvez até demais. Deve haver algo de produtivo e que traga alegria no convívio com outras pessoas. Conversas vazias e sem sentido não me atraem. Muita futilidade me irrita. Fofocas me afastam. Enfim, quem acompanha o blog deve ententer o que estou querendo dizer.

Esse isolamento leva à algumas situações bizarras quando se trata de convívio obrigatório com muitas pessoas.

Dia desses uma moça veio mostrar uma caixa preta, linda por sinal, repleta de semi joias e alcançou um brinco para que eu olhasse, comentando a loja de origem do mesmo, educadamente disse que era muito bonito, ato contínuo ela perguntou se eu queria olhar as demais peças e respondi:

- Não, muito obrigada, não estou comprando e não quero cair em tentação.

Percebam minha interpretação de que ela estava vendendo as peças e nem é a profissão dela. Impressionante como parece que as pessoas querem contagiar pelo exemplo de consumo desnecessário e a propaganda se manifesta de maneiras para as quais sequer estamos preparados.

Perguntei para outra pessoa se aquela que mostrou as peças estava vendendo e recebi um olhar espantado, até de reprovação, com uma resposta:

- Claro que não. Ela utilizou o horário de almoço para ir até a loja e comprar para ela mesma!

Ficou claro para mim não ter sido muito educada ao recusar olhar os tesouros adquiridos e que para ela eram importantes.

Aqui fica o alerta para aqueles que estão controlando o consumo: prestem atenção nas pessoas e entendam corretamente as perguntas que forem dirigidas.

Fiquei pensando na sanção advinda do meu comportamento e conclui ser somente a reprovação pelo grupo social, logo, não faz diferença para meu momento de vida. Por outro lado, sendo necessário conviver, é preciso ter tato até para não ofender outras pessoas que vivem momentos diferentes.

E quanto à não cair em tentação, na realidade eu estava dando uma resposta socialmente aceitável, pois não tenho a menor vontade de comprar essas coisas, somente estava sem paciência para participar da orgia de consumo e sem a menor condição de falar sobre a desnecessidade da compra, até porque não seria entendida no contexto em que a pessoa escolheu viver.

Será que estou ficando meio E.T.? 

Espero que o minimalismo e o consumo consciente cheguem a um número cada vez maior de pessoas!

10 comentários:

  1. Não se estresse, nem se sinta errada, pois errados são eles.
    Errada é ela e você não fez nada demais, e sim ela, ficar exibindo objetos como se todos fossem obrigados a ver e aplaudir a futilidade dela.
    Quem sabe d próxima vez ela não pense melhor antes de sair gastando dinheiro por aí para se exibir??
    Continue dando seu bom exemplo..
    Eu às vezes me isolo também pois fico chateada por tão poucas pessoas pensarem como eu.
    tanto egoísmo e falta de caráter aí pela rua que só me dá vontade de ficar em casa.

    Mas não podemos perder a fé na humanidade!!

    Abraços, fica com Deus!

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    1. Ana, a situação foi muito engraçada mesmo! Só fiquei pensando na crítica em relação ao consumo dessas pessoas, quero mudar e muito, no sentido de não mais criticar, apenas dar o exemplo.

      Juro que nunca tinha visto alguém exibir compras desse jeito e talvez por isso minha interpretação errada...

      Fica com Deus também!

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  2. Qrda Ziula: compreendo muito bem o que sentes. Mas se é bom conseguir evitar as relações fúteis e descompensadoras, também sinto que tenho vindo a recusar em demasia o convívio, afastando-me até mesmo de amigos do coração. Sei que em grande parte é porque ando de fato muito cansada e essa é também uma razão para dar início a minha «hora de mudar», que até já começou (e muuuuuuuito graças a ti!), mas que será devidamente inaugurada no dia 1.

    Sei que tenho de cuidar mais de mim, criando mais tempo para fazer o que gosto: ler, ver um bom filme (o que como sabes é gratuito), fazer o meu yôga, meditar, escrever, dormir bem, passear pela cidade e... estando mais com os meus amigos. Tenho de construir à minha volta um anel de energia boa que simultanemante me proteja, mas que também acarinhe os que que amo e que vivem em torno de mim. Bj.

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    1. Maria, estou devagar criando esse espaço para mim mesma e sei que em relação a isso tenho um imenso caminho pela frente, porque realmente não é fácil quando temos filhos...

      Beijos

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  3. Comentário da Gabriela G Lima: Eu fujo mas não por vontade de não comprar simplesmente, mas porque fujo de bugigangas de repartição mesmo, e olha que nem são baratas (natura, avon, romannel etc etc essas revistinhas que circulam) e se for para gastar, que seja com coisa boa.

    p.s. ocorreu um problema quando da publicação, por isso colei aqui...

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    1. Gabriela... e nem eram "bugigangas de repartição"... simplesmente a mulher estava mostrando o que comprou... rs... como é engraçado o funcionamento da minha mente!!!

      Até compro alguns produtos da avon, principalmente o removedor de maquiagem da renew... afora isso, as pessoas nem me oferecem mais... rs

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  4. Comentário da Adriana: Quanto ao antissocial também era bastante e sigo sendo, embora bem mais sociável, entretanto muita coisa como festas, bares, essas coisas não me interessam.

    Achei cômico achares que a pessoa estava vendendo as semi joias..kkkkk, se ela falou o nome da loja estava claro que era só para mostrar o que ela tinha comprado, mas também deve ter pensado que tu não queria ver só para não cair em tentação e ir na loja comprar outra caixa como a dela...

    p.s. ocorreu um problema quando da publicação, por isso colei aqui...

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    1. Adriana... fico feliz que tantas pessoas tenham o mesmo sentimento quanto ao convívio social...

      Quanto às compras, quem sabe da próxima vez ela apenas se recolha e use suas maravilhas sem expor previamente... rs

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  5. Olá Ziula,
    Tirei esse final de semana para ler o seu blog. A vida é mesmo linda e cheia de possibilidades. Muitas de suas "dificuldades" relatadas bem como seu maior autoconhecimento, também foram os meus próprios desafios. Nessa empreitada de simplificar a vida, acabei sentindo necessidade de desapegar principalmente de pessoas e fatos passados. Me livrar de bens materiais tem sido fácil comparado a esse aspécto da vida. Tenho o blog Casa de Morar (http://casamorar.blogspot.com.br/) que também utilizo como "terapia". Adoraria ouvir conselhos de alguem com mais experiência que eu e que está numa "frequencia" similar. Obrigada por dividir seus pensamentos! Que sua semana seja encantadora! Bjs

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    1. Nicoli, simplesmente adorei seu blog, vamos ver se essa semana consigo ler mais alguns posts, pois aqueles que li trazem grande lição e já adicionei nos "blogs que adoro".

      É maravilhoso encontrar pessoas na mesma frequência!

      Obrigada pela visita! E me espere sempre pelo seu blog!

      Beijos

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