sábado, 13 de julho de 2013

Vírus do novo...

De acordo com a Wikipédia (pode ter falhas, mas ainda gosto dela) obsolescência é a condição que ocorre a um produto ou serviço que deixa de ser útil, mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais avançado. Acrescentaria também o surgimento de novos modelos com novas funcionalidades.

Essa semana mesmo, conforme já relatei por aqui, quase comprei uma esteira para sofá com porta controle, considerando que no momento da compra anterior em 2011 ainda não havia esse modelo.

Certo, mas eu preciso de uma esteira assim? Seria útil se eu não tivesse nenhuma, mas tenho. Seria útil se eu não tivesse um local para colocar os controles, mas tenho. Seria útil se fosse a primeira compra, mas não há razão para descartar aquelas que estou usando para agregar apenas uma pequena funcionalidade.

Morei com minha avó quando eu tinha 14 ou 15 anos e ano passado fui fazer uma visita. As toalhas de banho que eu usava naquela época ainda estão por lá e olha que estou com 47 anos. Toalhas ainda perfeitas, felpudas e que secam muito bem. 

Lembrei das toalhas quando tive um surto semana passada e entrei na Catran, enchi um carrinho com quase R$ 400,00 em toalhas de banho por achar que as minhas estavam ruins. Antes de fechar a compra ponderei sobre as toalhas da minha avó, sobre a utilidade das toalhas que ainda tenho, a respeito da desnecessidade de descarte porque ainda cumpriam sua finalidade. Fechei a página e não imprimi o boleto para pagamento. Confesso que o que estava me chamando atenção nas toalhas era a "gramatura"... toalhas com mais de 500gr/m são as melhores (rsrsrsrsrs)... e daí? Toalha tem é que secar!

Tem uma coisa relacionada à casa nova que é muito esquisita, pois leva a gente a querer tudo novo, quando tudo novo não é necessário.

Coloquei na minha cabeça que preciso de dois jogos de cama para cada quarto (lençol de cima, lençol de baixo, fronhas e colcha, em alguns casos porta almofadas). Insisti comigo mesma que para o quarto do Pedro Henrique somente havia um jogo, embora houvesse dois jogos para o meu quarto e insisti que a Izabel somente tinha um lençol feio que comprei para ir para a praia e era de péssima qualidade, pois nem os travesseiros cabiam direito nas fronhas (e nesse caso realmente era verdade).

Precisei passar um final de semana em Cornélio na minha outra casa e com paciência encontrei mais dois jogos de lençol para a Izabel,  trazendo para Cornélio aquele que eu não gostava e que somente será usado em situações emergenciais. Encontrei para o Pedro dois jogos de lençol e um deles ainda tem o edredom que combina, peças que nunca foram muito usadas porque o Pedro sequer dormia no quarto dele em Cornélio, somente o está fazendo no quarto em Londrina.












 
Apaixonei pelo papel de parede dele, combina com absolutamente tudo!

E lá fechei todas as abas de roupa de cama que havia aberto em diversos sites. Antigamente nem pensaria duas vezes antes de fazer a compra e por isso as coisas não davam muito certo, nunca foram calamitosas, mas sempre puderam ser melhores e hoje estão melhores.

Vigilância constante é necessária, escolhas conscientes são necessárias! É preciso avaliar todos os dias, em todos os momentos, as escolhas que fazemos e com muita persistência mudar os hábitos de consumo.

Não podemos deixar que a ansiedade tome conta em nenhuma situação diária, muito menos quando se trata de consumir, por isso precisamos de uma lista de "desejos" que deve ficar "mofando" até que tenhamos absoluta certeza de que o item é efetivamente necessário.
Se temos tantas coisas em casa, como contei em relação àquelas que encontrei, não precisamos "entupir" ainda mais nossos armários, precisamos somente o mínimo necessário e não precisamos de uma novidade a cada dia que passa. Podem ter certeza: se eu consigo viver com menos, qualquer pessoa consegue!
Na arrumação do novo apartamento fiquei surpresa em não comprar nenhum organizador ou caixa, utilizando aquelas que já tinha em casa e olha que nenhuma caixa nova se fez necessária. Podemos organizar nosso lar com aquilo que já temos, basta readaptar, utilizar de outra forma, ser criativa.
Se você tem salário somente uma vez por mês porque faz parcelas para pagar em dez vezes? Ora, a primeira coisa que tenho feito é perguntar se o valor total do produto cabe no meu mês, se não cabe eu simplesmente não compro, vou colocando o dinheiro da suposta prestação na poupança e quando tenho o suficiente adquiro se ainda for prioridade e ainda peço desconto para pagamento à vista.
E estou tão empenhada nesse procedimento que não viajarei nessas férias porque precisaria parcelar por não ter reservado o dinheiro para isso e minha prioridade era o apartamento onde fico praticamente todos os dias do ano, já avisei as crianças que precisam esperar e aproveitaremos algum feriado mesmo que faltando aula (elas recuperam facilmente e ainda bem que tenho filhos assim!).
Assim vou levando a vida sem deixar o consumo me levar!!!

Terminado esse post e continuando por "futricar" na casa em Cornélio achei nas embalagens ainda um jogo de lençol de casal, um jogo de lençol de solteiro, dois porta travesseiros pretos para o quarto da Izabel. Literalmente eu tinha algum problema com consumo!!! Nem lembrava dessas coisas e estava pensando em comprar outras...

6 comentários:

  1. Vc usou duas palavrinhas que eu adoro: Sábado e novo. Até suspiro de saudade...
    Nos meus tempos de ansiedade e compulsão por compras, era fatal (ou vital) eu ir todo sábado para as lojas e trazer algo novo para casa.
    Não tinha lista, nem prioridade. Era a vitrine, as promoções, o bonito, o novo, que me atraía.

    Hoje é sábado, lindo de sol, estou com o cabelo escovado, bem de saúde, e...comentando no seu blog.
    Se fosse para a cidade, com certeza ficaria rodando feito barata tonta. Não quero comprar nada, não preciso comprar nada. Não nesse momento!
    Lista de desejos? Claro que tenho uma. Coitada, "mofando" como diz vc. Quero ter uma cesta de piquenique tradicional, com aquela tampa dos dois lados. Quero um Notebook só para mim, que eu possa levar no Ateliê. Quero soldar a minha aliança, que se rompeu na aula de musculação, e precisa aumentar dois pontos de ouro.

    Mas tudo isso terá que esperar! Sem chance de ser logo. Paciência!

    Ainda bem que vc não comprou as toalhas pela Internet. Perder o passeio e o cafézinho, justo quando se deu aval para comprar?
    Una o útil ao agradável.
    Você é surpreendente!
    Outra hora falo nisso.
    Bj.

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    1. Deus me livre das visitas às lojas... rs... aliás, ultimamente ando mais na internet mesmo porque posso fechar as abas sem dar explicações para a vendedora e evitando ver a cara de decepção dela.

      Estou achando mais fácil resistir pela internet, parece que a simpatia das vendedoras traz alguma obrigação de compra.

      Beijos

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  2. Ah é né!!!

    Aquela vez que falei que o gentílico de quem nasce em Lagoa Vermelha era vermelhense segundo a Wikipédia me disse que ela estava errada, agora está certa então???!!! kkk Ah e sim, vai dizer para eu ler direito e ver o "pode ter falhas" né? já sei....rs

    Mas então, retomando, poderia ser a explicação por gostares de vermelho!!! rs

    Sobre o novo realmente a vigilância tem que ser constante, se não é tudo novo e quando terminamos de pagar já tem um que deixa aquele com cara de ultrapassado. E cada vez mais, não lembro de antigamente ser assim, hoje em dia... e pior que as coisas param de atualizar, param de funcionar na maior e com 1 ano, um absurdo total.

    Sábios os que conseguem ficar inertes com essa exigência toda e aquelas coisas ainda sigam sendo boas, como pareceu pelo texto serem as toalhas da casa da tua avó.

    Na minha mãe é a mesma coisa, os lençóis que uso lá, os que gosto mesmo, são da época que eu era criança. Toalhas idem. E ela quer dar e eu não deixo. Em contrapartida já tive lençóis que ficaram horríveis e isso já na fase adulta, ou seja, aqueles eram bons.

    Mas além da vigilância ser constante temos que comprar uma coisa boa, que dure e não ficar se martirizando olhando muito pois dai aparece nova necessidade. É muito difícil resistir uma coisa que ficamos procurando. Ai a necessidade que poderia não ser de fato, surge com toda força.

    Bom que achastes o que procurava na própria casa, isso acontece bastante, já aconteceu comigo também. É quase um comprar novamente só que sem gastar...rs

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    1. Nesse caso a wikipédia está incorreta... é lagoense!!!

      As toalhas ainda está boas, não estão ótimas, mas estão boas e somente serão trocadas quando estiverem péssimas... rs...

      A sensação foi essa mesma: comprar sem gastar. Está sendo muito bom encontrar diversas coisas pela casa que eu nem me dava conta quando morava aqui.

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  3. Oi Ziulia, isso já aconteceu muito comigo. No final do ano, alguns parentes viam passar uns dias aqui em casa e eu fiquei super preocupada se teria toalhas e lençois para atender a todos e aí eu entrei numa de que precisava comprar algumas coisas porque senão ia faltar. Daí eu resolvi olhar bem meu armário de roupas de cama e percebi que tinha sim, alguns lençõis que nem tinha usado e simplesmente tinha esquecido deles.
    Sobre as toalhas da sua avó, lá na casa da minha mãe também é assim, ela usa toalhas e lençois até ficarem bem fininhos, e depois elas reaproveita as peças para limpeza e só vão para o lixo quando começam a rasgar.

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    1. Penso que precisamos pensar muito antes de comprar e adotar métodos de organização que permitam visualizar nossos itens.

      Beijos

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