terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dê tempo ao tempo...

Completamente sem idéias para escrever, ainda com problemas antigos e outros que somaram, sendo que me deparei com um post do blog "Desabafos de uma consumista" e lembrei do que aconteceu essa semana em relação à essa questão financeira que tanto atormenta nós trabalhadores.
 
Dessa vez não vou relatar tudo que aconteceu na minha vida desde quinta-feira porque certamente muita gente iria chorar comigo. São tantas vidas, tantos problemas e o universo todo entrelaçado parecendo que estou atraindo algumas situações, ainda bem que algumas são para ajudar algumas pessoas e ver que meus problemas não são tão catastróficos assim. Outra razão de nada relatar, pelo menos por enquanto, é para que esse blog não vire uma página de "crônica policial" ou um daqueles programas onde só conste a infelicidade e agruras humanas, afinal problemas todos tem, uns maiores outros menores, mas ninguém é poupado.
 
Voltando. No texto mencionado no início e que chama "Dias 166 ,167 ,168 e 169: Recaída" escrito pela Andressa é questionado o tempo necessário para começar a sobrar algum dinheiro para poupar e sua frustração com todo o esforço feito com resultados ainda não satisfatórios.
 
A minha experiência é no sentido de que realmente não é fácil. O caminho é longo. A paciência precisa ser enorme.
 
Comecei nesse esforço de consumo consciente em 1º de julho de 2011, terminei me perdendo algumas vezes nessa estrada e a única coisa que é certa é a necessidade de perseverar.
 
Estamos no final de 2013, ou seja, dois anos e meio depois e hoje posso dizer que está tudo tranquilo. A cada dia me surpreendo como o dinheiro não voa mais conta corrente, restituição de imposto de renda que servia para cobrir a conta hoje vai direto para a poupança. Cada gasto feito é muito consciente e muito pensado, embora por vezes pareça não ser assim, mas está tudo esquematizado mentalmente e sei exatamente o passo que pode ser dado naquele momento.
 
Nada falta e o desperdício é cada vez menor. Estou mais atenta às necessidades de consumo dos meus filhos que também tem consciência do que e quando pode ser comprado. Tudo muito controlado. Viagem planejada e paga para o final de ano. Planos para 2014 mais voltados às experiências do que propriamente aos bens materiais que foram bem atendidos em 2013.
 
É preciso paciência consigo mesma, com a conta, com a morosidade da vida quando se trata de mudar o padrão, pois afinal não chegamos ao "vermelho" da conta de um dia para o outro e sim em anos de consumo desenfreado. Precisamos dar tempo ao tempo!
 
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13 comentários:

  1. Oi Ziula,
    Você falou a palavra chave perseverar. Às vezes eu me sinto um pouco desanimada também, mas aí eu lembro que tenho metas a cumprir e preciso me mexer para alcançá-las. Eu leio o seu blog todos os dias e sinto falta quando você não aparece. Vou deixar a timidez de lado e comentar mais. Parabéns por me inspirar sempre. Bjs, Rúbia (Belo Horizonte/MG)

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    1. Rúbia, tem dias que realmente não são fáceis e nos perguntamos qual o resultado de todo o esforço se não vemos nada de diferente, entretanto, a diferença é que estaríamos bem piores acaso mantivéssemos um consumo desenfreado.
      Apareça sempre!!!
      Beijos

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  2. Oi Ziula

    Grata pela partilha. Também estou iniciando um ano sem consumo! O seu blog é uma inspiração. Pelo menos a mim já me ajudou! E muito!
    Às vezes é preciso recolher na concha, para ganhar forças e tomar conta da nossa vida. Nós cá estaremos à sua espera, quando for possível para você.
    Talvez um dia possa lidar com a vida com mais suavidade.
    Beijinho

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    1. Ana Margarida, você vai sofrer, vai ter crise de abstinência, vai querer comprar escondida de você mesma... rsrsrsrs... mas vai conseguir e no final a vida fica tão diferente... penso que um ano é o tempo para "curar" o consumo desenfreado, pode parecer muito, mas é o tempo suficiente para mudar o padrão... quando se fala em consumo não adiantam vinte e um dias como os outros hábitos.
      Beijos

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  3. Tempos atrás estava falando com uma pessoa sobre esse assunto e ela me falando que estava ensinando a diarista guardar dinheiro.

    Parece que essa diarista tem um marido alcóolatra que gasta tudo que é dinheiro que aparece pela casa. A preocupação dessa pessoa que estava me contando era que a mulher praticamente trabalhava, tinha que esconder o dinheiro ou gastar tudo na hora antes de ir pra casa. Assim que sugeriu e incentivou a diarista a abrir uma conta em banco (que não tinha) só no nome dela, pra ela usar. Assim que abriu uma conta poupança e agora, todo dia depois do serviço vai à lotérica e coloca um pouquinho. Parece que está colocando 20,00 e já estava ficando empolgada. Talvez por ter mais clientes e se for um pouquinho de cada por dia, que não comprometa as despesas diárias e vendo o negócio crescer, numa aplicação segura e que o marido nem sabe, não terá perigo, está deixando ela bem motivada.

    É difícil mudar hábitos, mas não é impossível. No início temos que ter certo radicalismo. Como foi o que vocês tiveram com “1 ano sem compras” que eu comecei a acompanhar só por curiosidade achando impossível. Mas além de conseguirem incentivaram outras pessoas a mudar, inclusive a mim, do meu modo, sem ficar um ano sem nada, mas evitava shopping, descadastrei meu e-mail de tudo que era propaganda de lojas, sites de compras coletivas, etc. Tive que fazer isso, pois já perdi muito dinheiro com esse último, por exemplo, comprando coisa que vencia que não usei e na ilusão de “você economizou X”. Dei valor a esse X, virou zero. Posso ter perdido alguma coisa, uma vez estava numa pizzaria e todo mundo chegava com um papel e pedia uma pizza igual, ai eu pensei com meus botões que devia estar custando a metade ou menos. Mas enfim, já cansei desse negócio. Não sinto falta. Meses futuros comprometidos com parcelas de coisas que por muitas vezes estão estocadas sem serventia, vencendo, etc ou objetos já obsoletos face à absurda velocidade que essas coisas ficam “ultrapassadas” vão ficando cada vez mais raras.

    Juntar demora, desanima, passamos alguma vergonha também por dizer não a alguém vendendo algo, eu pelo menos fico cheia de culpa achando que devia ter ajudado, mas convenhamos, é como os itens de segurança aéreos lá que dizem para colocar a máscara primeiro na gente e depois no filho ou outra pessoa que esteja precisando. E tem gente que fica falando mal porque não compra mais tal coisa, são coisas que temos que administrar, mas vale a pena. Saber dizer não é uma das mais difíceis e melhores coisas pra nós, que falem o que quiserem ninguém vai pagar nossas contas depois mesmo.

    E prever o que é previsível, tem o janeiro vermelho em razão dos impostos do início de ano e materiais escolares e etc, baseados no outubro rosa, novembro azul... Então saber que natal é muito bom para estar em família, mas que presentes não podem comprometer coisas importantes e muito menos comprometer todo ano que nem chegou ainda.

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    1. Adriana, de pouquinho em pouquinho chegamos lá. Às vezes pode parecer pouco, mas ao final de um ano ficamos até surpresos com aquele dinheiro guardado que teria sido gastado desavisadamente.

      É preciso atenção com o final e início de ano, caso contrário fazemos dívidas que nem nos damos conta!!!

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  4. A pessoa tem que ver as prioridades para alcançar um fim, ou cair na real que não pretende aquele fim, na verdade. Esses dias conversando com colegas de trabalho que ganham até mais do que eu face à antiguidade, começa aquele festival de lamentos pela condição salarial, sem perspectivas etc e a colega com duas filhas diz que o dinheiro não dá, não pode dar o mesmo padrão que teve na própria infância, que precisa pagar tais e tais coisas, que conhece que tenha mudado para um apartamento menor, por não conseguir manter a casa (só lembrei de você toda faceira no apto pequeno...). E eu: mas a pessoa tem que se adaptar, se tiver que cortar tem que cortar os gastos etc (sua doutrina!). Passado alguns dias vem a mesma colega me dizer que leva as filhas de 11 e 13 anos toda sexta feira juntamente com ela para fazer: pé, mão, cabelo etc (nem sei o quê mais existe para fazer pois só corto o cabelo) com um gasto de 250 reais por vez, total 1000 por mês! A pessoa está querendo economizar? Não! então pode até estar precisando, mas não quer e se não quer não faça disso um sofrimento, viva gastando e pronto. Agora se quer, comece por algum lugar e siga em frente, mesmo que demore um pouco, sem sofrer! Até eu comprar a minha casa, eu economizava metade do que ganhava, religiosamente dia 01 ia a metade para a poupança. Depois que isso se resolveu, me esbaldei, fui para Europa duas vezes, passar um mês cada, fui para outros lugares da América passar um mês, comprei roupas, sapatos, tudo que me veio na cabeça e eu não sofri com isso, achei necessário, eu vivia como uma monja antes. Agora essa fase passou e estou economizando, não tenho mais vontade de gastar como antes, então não sofro e fica mais fácil!

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    1. Gabriela, agora de manhã estava conversando com meu filho que quer trocar de carro. Falei que gostaria muito de ter o dinheiro da troca do último meu último carro na poupança e ele perguntou para que... fiquei pensativa, nesse caso seria para nada porque todos meus compromissos foram quitados na hora certa, inclusive os apartamentos, móveis e tudo sem sofrimento.
      Então, um prazer de vez em quando que traga conforto na hora de circular pelas estradas e ruas, traga segurança, é também um investimento e melhor que o dinheiro na poupança, desde que não prejudique outras coisas importantes.
      Apartamento pequeno é tudo de bom... rs.. quem sabe uma hora dessas sua colega dê o devido valor para o pequeno espaço.
      Tem gente descontrolada, mas não está nem aí para as dívidas, exceto pelo fato de que ficam se lamentando e não tomam qualquer atitude para mudar de vida... parece que querem ser felizes assim e não conseguem, sei lá...

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  5. É incrível como nossas atitudes podem mudar o rumo das coisas.
    Sempre fui controladora, sutilmente controladora. Meu marido e meu filho olham para meu olhar de aprovação ou reprovação quando vão fazer algo "diferente".
    Não, não sou bruxa, é instinto maternal.
    Eu estou rebolando para controlar os gastos pessoais. Mudei muito de uns tempos para cá. Muito mesmo!
    Surpreendo-me ao voltar com o soutien já velhinho para a gaveta. Ainda dá para usar em casa!
    Parece que entrarei no ano novo com as peças do ano passado, e isso não é a minha cara.
    Ontem fomos ver um climatizador de ar, na nossa loja preferida. Como só eu estou em greve com as compras, dei total liberdade para meu marido decidir.
    E é ai que tá! Deixei a vendedora fazer a parte dela, demonstrou direitinho o produto. Jurei não dar palpites e não criticar qualquer decisão dele.
    Para minha surpresa, meu marido disse que vai esperar mais um pouco. Vai pensar se vale a pena. Hã????

    Nem imagino como vou fazer no Natal. Ao invés de servir o peru, bem capaz de aparecer uma codorna.

    Beijos

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    1. Zilda, não pude deixar de rir com seu comentário.
      Espero que se optarem por servir uma codorna no lugar do tradicional perua na noite de Natal, o carinho e os laços familiares fiquem mais fortalecidos, afinal de que serve o peru se não temos com quem e como compartilhar?

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    2. O famoso peru de Natal... carne seca e sem gosto... faz um franguinho bem temperado... rssrs...
      Um dia chegaremos ao ponto em que o convívio e um sanduíche seja mais prazeroso que todas as passas e nozes que comemos a contragosto no Natal e durante a troca de presentes.
      Beijos

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  6. Nossa vi agora o post que você me colocou =]
    Eu to mais calma, é na hora que dá um pavor sabe?
    Mas é bem o que você disse mesmo! Temos que ter perseverança! Com calma tudo vai entrando nos eixos =]
    beijos linda

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    1. Andressa, pavor é normal, crise de abstinência e questionamentos quanto necessidades também... fique tranquila... persevere e verás uma hora ou outra os resultados.
      Beijos

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