quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais sobre presentes de Natal...

Pode parecer na mensagem sobre presentes de Natal que estaria aconselhando as pessoas a não mais darem presentes de Natal, entretanto, não é nada disso. O que me move hoje em dia é deixar de fazer as coisas por obrigação.

Sinceramente não consigo mais presentear porque tenho obrigação de presentear. Concordo com a Josy quando menciona que é um gesto de carinho, mas como todo ato motivado por essa emoção é preciso que estejamos dispostos realmente a isso e não apenas agir pelo fato de ser exigido socialmente, haver uma pressão do comércio para isso ou mesmo em razão de nos sentirmos culpadas ao não seguir uma convenção social.
 
Dessa forma confesso que ainda dou presentes, ainda tenho vontade de demonstrar meu carinho em algum objeto físico, a diferença é que escolho muito melhor o que será colocado na vida de outra pessoa e obedeço muito minhas reais motivações para o presente ou mesmo para comparecer em algum evento, jantar ou festa.
 
É preciso parar de seguir o rebanho, fazer as coisas porque assim nos são exigidas, precisamos buscar em tudo aquilo que nos traz felicidade, inclusive no ingênuo ato de presentear, deixando motivações obscuras pararem de nos guiar. Por exemplo, já presenteei uma família inteira para ser aceita por ela e o que aconteceu? Simplesmente continuei a ser ignorada e não aceita. Assim o é, eles tem o livre arbítrio e eu não precisava ter gasto meu tempo e dinheiro para tentar me inserir onde não me queriam, não é assim que o mundo social funciona.
 
Ainda não sei se algum presente de Natal, afora a viagem para meus filhos e talvez algum eventual presente para eles, será comprado. Inicialmente a idéia é não fazer isso e depois quando estiver junto com a família no Ano Novo talvez fazer algum programa diferente, ainda não sei e me dou toda a liberdade para mudar de idéia se assim for minha vontade, entretanto espero de mim mesma não agir mais pelos motivos errados ou, no mínimo, errar cada vez menos.
 
Eu diria então, se fosse questionada, para a pessoa presentear se isso lhe dá satisfação, prazer, alegria e se a motivação for outra, como alguma das citadas acima, fique quietinho e não presenteie ninguém, apenas busque outras formas de demonstrar seu carinho ou até de ser aceito.
 
Acaso a opção seja pelo presente tenha sempre como norte que não podemos invadir o espaço alheiro e, se a pessoa não fez nenhum pedido específico, não seja invasivo e opte por chocolates, biscoitos e bolos natalinos, garanto que todo mundo ficará muito mais feliz do que se houvesse ganho uma tralha que não tem onde por ou até não gostou. As pessoas são felizes com doces (sem exagero, é claro, por questão de saúde!).
 
Nesse momento me veio um questionamento: você lembra dos presentes de Natal que ganhou o ano passado? Que fim tiveram? Você ainda lembra quem os deu?
 
Lembro de cada palavra que meu pai disse quando entregou meu presente de amigo secreto, ainda sinto a emoção dele falando quando recordo do momento e sequer lembro o que era o presente, ele realmente não foi importante o item material depois de tanta coisa linda que ele disse.

10 comentários:

  1. Eu ia mexer contigo por não lembrar do presente e quase esqueci dos meus rs, mas lembro sim, o que, quem deu e estão tudo em uso. Não pareceu que foi incentivo a não comprar não, mas ficaste com medo do papai noel não passar ai e resolveu dar uma esclarecida né...kkkkkk

    Sabe, sobre essa questão da obrigação, na minha casa nunca teve essa coisa de obrigação de dar presente para toda família, até porque minha família é meio espalhada e mesmo limitando até os de 4º grau já seria difícil, se juntasse os filhos de primos então? Muita coisa, então sempre foi simplista. Dar para quem desse vontade e só.

    Uma vez fui com uns colegas de faculdade para gramado num congresso e todos compraram uns vinhos e eu não gosto de nenhuma bebida alcoólica, mas comprei o que todos compravam (“obrigação” porque todos compravam talvez?) para levar para meus pais, e não é que era exatamente o que os dois odiavam? Kkk. Mas era o que os colegas estavam comprando, eu como não entendia e nem entendo bulhufas disso, achei que era o de gosto comum e como compravam adoidados, comprei.

    No entanto, no viver em sociedade, embora não seja uma obrigação propriamente dita, acho que certas coisas são deselegantes se ficar recusando ou não participar.

    Amigo oculto, eu não gosto, nunca gostei. Participo compulsoriamente de um onde já tentei recusar mas duas pessoas insistiram tanto que ok, e eu nem estou lá no tal dia, é questão de mandar e receber presente. Até pra “fechar” a lista em par. Então ok, pra que criar caso.

    No ambiente de trabalho e de aula também, se disserem “organiza um amigo oculto ou festa” vão esperar sentados sempre, não me mexo. Mas participar até porque se convive todo ano e embora vez que outra se tenha um posicionamento diferente, uma briga aqui outra dali, acho que uma maior convivência nisso abre a mente, contatos, acho saudável.

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    1. Adriana, preciso ganhar minhas bolachinhas com glacê!!! E vai que o papai noel ficasse bravo... rs
      Uma vez fiz uma cesta de pimentas para levar para o sogro do meu filho... quase morri de vergonha... o senhor tinha mal de chagas e não podia nem sentir o cheiro de pimenta...

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  2. Ziula, o meu último Natal foi ótimo em termos de presentes. Como estávamos comprando a casa, pedimos que quem quisesse nos dar presentes desse coisas pra casa que queríamos muito. Eu ganhei um tapete azul grande que eu adorei e que escolhi, um enfeite feito de madeira de demolição que simula um vaso grande com flores de madeira coloridas e uma ducha excelente. Uso todos esse itens. O enfeite eu desejava há anos e ele me lembra dasmminhas raízes mineiras de Ouro Preto.

    Bjo

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    1. Lembro de poucos presentes, mas não lembro daqueles do Natal passado... rs...
      Fiquei feliz no meu aniversário quando uma amiga viu que eu tinha perdido m
      eu encosto de cabeça que usava para viajar e me deu outro, também achei delicado meu filho me dar um aparelho de ar condicionado.
      Enfim, tem presentes e presentes... rs
      Beijos

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  3. Ziula!!
    Adorei seu questionamento final. Assim que li a pergunta, a resposta foi imediata: dei tudo fora. Até que as poucas lembrancinhas me foram dadas de coração, no entanto não tinham absolutamente nada a ver comigo. As demais, foram cumprimento de tabela social, mesmo eu tendo avisado que não queria absolutamente nada.
    Excelente semana! Ni

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    1. Ni, é complicado quando entra essa coisa de "lembrancinha", né?
      Espero que esse ano seja diferente.
      Uma ótima semana para você também!

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  4. Não lembro nem do que ganhei e, pior, menos ainda do que dei. Para você ver como é puro hábito de consumo, automático, como ir toda semana no mercado comprar os mesmos mantimentos....

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    1. Gabriela, essas coisas nos levam a pensar como agiremos daqui para a frente e como pediremos para as pessoas agirem com a gente!

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  5. Quando trabalhei na Mercedes, fiz amigos de verdade. Era um pessoal muito bacana, inesquecível para sempre!
    Eu possuo um gritinho automático, que escapa quando levo um susto. Eles, sabendo disso, viviam me provocando.
    Após o sorteio do Amigo Secreto, a gente podia dar sugestões de presentes.
    Eu sugeri um tamanco babuche, entre as opções. Queria muuuuito!

    A festa foi marcada num restaurante, todos numa mesma mesa.
    Quando o meu amigo se revelou, veio com uma caixa de sapato, num lindo embrulho. Será que era o que eu estava pensando?? Oba!!!
    O danadinho era tímido, mas contou com a ajuda de outros sacanas.
    Quando eu abri a caixa, toda emocionada, era um monte de lagartixas. De plástico, mas lagartixas.
    O grito veio com tudo! Que mico eu paguei!
    Eles riram tanto, que eu até chorei.
    Mas depois, ganhei o meu babuche. Lindo, azul marinho, fofo.
    Não dá para esquecer um presente assim!

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    1. Adorei a história da lagartixa!!! E presentes assim realmente valem a pena!!!

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