quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Que conselhos você daria?

Terça-feira um senhor veio conversar comigo. Não sei a razão, mas abriu seu coração e sua vida financeira. Eu só dizia: "você tem que sair do cheque especial" e só não soube dizer como ele iria fazer isso.

A história é mais ou menos essa: é aposentado, trabalhava em empresa, logo a aposentadoria é pelo INSS e não deve ser sequer pelo teto máximo. Resolveu abrir o próprio negócio e o sócio está querendo desistir para alugar o local o que, segundo o sócio, daria mais lucro.

Tem diversos bens móveis em seu nome, faltando uma prestação de um deles para esse mês, entretanto nesse ano vendeu apenas três o que não lhe tirou do sufoco.

A aposentadoria vai para o financiamento do apartamento, tem um empréstimo que termina em março e está negativo no cheque especial em R$ 50.000,00, não sendo possível um novo empréstimo com juros mais baixos até quitar o anterior e nem sabe se vai conseguir empréstimo a juros mais baixos no valor de R$ 50.000,00.
 
Fiquei completamente atônita. Ele falou em vender o apartamento financiado, comprar um R$ 100.000,00 mais barato e com o que sobrar pagar os empréstimos. Concordei com ele, mas não é tão fácil vender um apartamento assim de uma hora para outra considerando que o valor de mercado é de R$ 370.000,00.
 
Alguém tem idéia do que dizer e de como ele sair dessa situação?

6 comentários:

  1. Não esquenta a sua cabeça com ele não.
    Ele já tem um bom pé de meia. E ninguém precisa "morar" muito bem.
    Eles que são sócios que se entendam.
    Beijos.

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    1. Zilda, você tem razão... são as situações aparecendo para que eu possa aprender a não dar tanta importância aos problemas alheios... posso dizer algumas coisas quando perguntada, como foi o caso, mas daí a tentar resolver tem uma longa distância.
      Beijos

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  2. É um caso bem comum e conheço até pessoas próximas que já tiveram atitudes assim e que só serviu para aumentar o meu receio com essas coisas de sociedade, empréstimos...

    Acho que o sonho de muita gente é ter o próprio negócio. Só que o próprio negócio exige um bom dinheiro com retorno demorado, exige pessoal para trabalhar, exige pagamentos de tributos e tudo mais, além, é claro, da responsabilidade para com o consumidor e considerando eventual perda com o fornecedor ou de assaltos. Passado toda essa fase tem a figura do sócio, que na hora boa tá bom mas e na ruim? Eu não conheço uma sociedade que tenha terminado amigavelmente. Mas poderia enumerar as problemáticas.

    Que conselhos eu daria? Nessa situação vender tantos bens móveis quanto fossem necessários para saldar a dívida, ou renegociá-la judicialmente mas isso não exime de vender bens, estudar a proposta do sócio de aluguel do local e reduzir drasticamente os gastos por um curto período, até se reestabelecer. Já no apartamento não sei não, ele poderia vender mas ainda nem no nome dele está, então tem perda de dinheiro ai e a outra parte também vai querer apertar pois sabe que ainda tem dívida a pagar.

    Eu não tenho conhecimentos sobre empréstimos fora o que ouço falar entre uma conversa eventual e outra. Passo km de distância desse “facilitador”. Mas uma vez uma colega estava pagando um e já queria fazer outro no que terminasse o anterior.

    Acho que até já falei por aqui mas repetindo, era um valor baixo, muito inferior ao que ela recebia de salário. Só que como o salário já estava comprometido, o empréstimo seria para respirar e sim, comprar. Ela adorava isso. Para ser emprestado “x”, ela teria que pagar “2x” praticamente. E em instituições sérias. Agora estou tentando imaginar os valores para esse senhor e acho que o conselho que eu daria pra ti ao ouvir problemas do tipo era fazer como uma colega uruguaia que eu tinha na época do colégio, se chegava cara chato pra falar com ela nas festas ela começava a falar espanhol daqueles que quando eles querem a gente não entende e tem que “rebobinar”. Era época do VHS mesmo..rs. Espantava todos. Era muito engraçado, eu até tentava fazer o mesmo mas sem sucesso, só falta eu soletrar letra por letra.

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    1. Adriana, sei lá o que está havendo com esse pessoal... nessa situação toda e continuam gastando... procurei me afastar um pouco... com certeza são adultos o suficiente para resolverem a enrascada em que se meteram...

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  3. Sei não, talvez encerrar a conta no banco do cheque especial, fazendo um acordo para pagar em parcelas fixas e abrir outra conta mais simples em outro lugar só para ter onde colocar o dinheiro mesmo, sem possibilidade de pegar mais crédito. Para o banco é excelente ficar nessa roda viva de cheque especial, ele nunca vai se livrar desse problema se ele não cortar o cheque especial e passar a viver somente com o que tem disponível por mês. Talvez refinanciar as prestações do apartamento, dilatando o prazo para ter uma sobra de aposentadoria para si. Se ele mora no tal apartamento financiado, alugar por x e ir morar em um com x/3 valor mensal. Ou pelo menos fazer com que o valor do aluguel pague a prestação.

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    1. Gabriela, já repassei todas essas sugestões e agora só vou ficar na platéia... rs

      Obrigada!!!

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