quarta-feira, 4 de junho de 2014

Vantagens por mudar os hábitos financeiros

Normalmente vivemos no automático. Alguns tem o costume de simplesmente passar o cartão de crédito para compras, parcelam, depois fazem empréstimos para pagar o boleto do cartão porque juros do cartão são exorbitantes e terminam por sustentar as grandes instituições financeiras com juros exorbitantes. E assim a vida segue e pensamos que não tem solução.

O problema todo está na resistência em adiar "desejos" e na confusão que o marketing faz em nossa cabeça sobre o que é efetivamente "necessário" e o que não passa de um mero "desejo" bobo que se ficar adormecido por um tempo termina por passar e se não passar é porque realmente era importante.

É importante ficarmos atentos sobre o destino de nosso dinheiro, afinal não é fácil ganhar valores. 

Precisamos acordar cedo, dar conta das tarefas domésticas, atender as necessidades dos filhos mesmo durante o tempo que estamos trabalhando para nosso empregador e, o mais importante, prestar um trabalho de qualidade para aquele que está garantindo nossa subsistência. Não, não é fácil, e é aqui que muitos se perdem, pois ao conseguirem alguns minutos de "lazer" se perdem em compras compensatórias do estresse do dia a dia para no final concluírem que essas compras apenas agregaram mais trabalho para manutenção, organização, limpeza, espaço, mais armários, mais estresse.

Criar o hábito de enviar mensalmente pelo menos dez por cento do seu salário diretamente para a poupança e antes mesmo de pagar as contas mensais é uma boa providência. Alguém pode contestar e dizer "espere aí, meu dinheiro mal dá para essas contas" e eu responderia "você está fazendo alguma coisa para mudar essa situação? seria possível cortar 10% dos seus gastos mensais?". Pense nisso!

Se tiver dívidas a primeira providência é negociar com a instituição financeira por empréstimos com juros menores do que está sendo pago. Diminuir juros, diminuir despesas, comprar o essencial. Sim, é possível sair desse lugar escuro!

Depois do equilíbrio vem a possibilidade de planejar o que você realmente é importante e para essa conclusão é preciso parar, pensar, analisar as possibilidades, tirar um tempo para pensar sobre consumo e sobre aquele consumo que efetivamente vá trazer qualidade de vida. Nada de pagar férias parceladas em doze vezes sem juros, é preciso programar, guardar valores e sim, isso é possível!

Com um orçamento doméstico valores podem ser destinados aos prazeres da vida: viagens, um carro novo, a compra de um imóvel ou qualquer outra coisa que lhe deixe feliz, que lhe traga segurança, que ajude a manter sua saúde! Falei em carro porque para mim foi uma grande decisão mudar o carro para automático e com bancos aquecidos, frescura? com certeza não, tenho sérios problemas de saúde e minha coluna passou a doer bem menos depois dessas providências.

O que é um orçamento doméstico? Bem, se não sabe está na hora de começar! Papel e caneta na mão, uma régua e vá anotando as despesas divididas em categorias (alimentação, saúde, despesas de moradia, despesas com automóvel, etc), depois anote as despesas diariamente e com isso certamente já pensará se vai ou não tomar aquele cafezinho na cantina no meio da tarde ou se vai pegar da garrafa térmica que tem no seu serviço. Final do mês some todas as despesas e verifique onde está seu "calcanhar de aquiles" e onde pode haver um corte mesmo que pequeno. Já dizia o ditado "de grão em grão a galinha enche o papo".

Desenvolver essas "habilidades financeiras" traz uma sensação de poder, de não estar mais sendo dominada pelo mercado, de poder decidir o que realmente quer e de não mais estressar em razão de chegar ao final do mês sem dinheiro e devendo.

Não é possível continuarmos a viver da mesma forma e para sempre, principalmente quando o que estamos fazendo não traz satisfação alguma!

Deixar de cair em armadilhas de propagandas, vendedores e até apelos sociais sem sentido. De certa forma, isso faz com que terminemos por estabelecer o essencial e inclusive a ansiedade fica sob controle ou um pouco mais controlada.

Como anda sua vida financeira?

7 comentários:

  1. Boa tarde gaúcha. Tenho por regra NÃO parcelar nada. Apenas tenho carnês, de janeiro a dezembro, da PREVIDÊNCIA PRIVADA (minha, da esposa e das filhas).

    Em abri o meu orçamento doméstico fez aniversário, pois teve estreia em 2008. E foi a melhor coisa que fizemos lá em casa.

    Continue assim com os teus chasques (postagens) aqui no teu sítio.

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    1. Valdemar, ainda não estou convencida de que previdência privada seja um bom negócio, mas sigo pesquisando...

      Sempre anotei receitas/despesas - desde 1985 mais ou menos, mas somente de uns anos para cá venho realmente controlando e fazendo poupança antes de pagar as contas mensais...

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    2. Ziula! Não entenda previdência privada somente os produtos PGBL e VGBL. Qualquer produto para fins de aposentadoria deve ser considerado. Nunca coloque todos os ovos num só balaio. Então nunca coloque todos os seus recursos em UM SÓ PRODUTO FINANCEIRO. Diversifique.

      Eu tenho: Fundo de Pensão (pois a empresa entra com o mesmo valor pra me capitalizar); PGBL; fundo imobiliário e fundo de investimentos, além da tradicional poupança (para reserva de emergências).

      Estou atualmente dando uma estudada num produto que é bom nos rendimentos: tesouro direto

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  2. Como mencionado no comentário acima, eu também tenho por regra não parcelar nada. Também não compro quase nada, kkkk.

    É como falastes, tem que achar o "calcanhar de aquiles" e ver o que pode ser reduzido. É tão simples mas ao mesmo tempo um baque, que muita gente evita pois é quase certo que o crédito esteja incorporado como renda fosse, somado `a renda e dai gera toda uma condição quase de escravidão difícil de sair. Só com muita vontade mesmo.

    Eu costumo dizer que pra quem quer é muito fácil. Tem blogs, tem vídeos, tudo de forma gratuita para aprender , se espelhar e ter um apoio motivacional. Só que para isso precisa abrir mão de pré-conceitos, de hábitos ruins, passar um pouco de vergonha no círculo em que se vive e acho que isso que é o mais difícil, pq é um festival de se aparecer...

    Eu guardo hoje bem mais de 10% e já pensei que isso era impossível só se eu tivesse algum cargo bem superior ao meu, mas a questão está no gastar menos e melhor, claro que ganhar mais é o que a maioria almeja, mas com isso vem gastos iguais ou maiores, então a questão pra resolver é gastar menos, gastar melhor.

    No parcelar, como dito, tenho como regra não mais usar desse método. Se um dia precisar virá a exceção, entretanto ela só para caso crítico e nenhum bem de consumo para meu bel prazer é caso crítico. Só que esses dias comprando um calçado para o trabalho, que deu uma refrescada, vi que o valor seria x. Ok, embora eu deteste, tenha pavor, abomine, perguntei se tinha desconto `a vista e disseram que não, mas que poderia fazer em 3 x naquele preço x, sem acréscimo. Contei até mil, pensei em ver em outra loja, mas acabei levando aquele mesmo em razão da minha preguiça por procurar outro, mas pensei.

    Não sou economista, apesar de ter um irmão que o é, mas me meto a construir teses baseadas no "achísmo" e penso que economicamente o correto seria então nesse caso do não conceder desconto , o melhor economicamente falando , seria fazer nas 3 vezes e aplicar o dinheiro.

    Evidente que na prática a gente acaba é gastando o dinheiro e acabamos num quase "deixa a vida me levar", mas para quem é estritamente policiado, acho que o ideal seria esse. Eu não faço pois pendo para o lado de acabar gastando igual e no fim, ficando com parcela e mais outro gasto, então pra evitar, não parcelar evita o outro gasto.


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    1. Adriana! Comprei meu carro novo. E parcelei. Ee pago juro alto, muito alto. A cada R$ 1.000,00, R$ 200,00 são juros (juros mais que salgados).

      Mas é o castigo que eu me propus por ter que parcelar. Também não sou economista mas gosto de uma planilha, dum planejamento financeiro dentro de casa que é coisa séria.... Leia: http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2013/08/atitude-72-comprei-um-carro-parcelado-e.html

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    2. Adriana, mesmo sem desconto eu compro à vista ou deixo de comprar... essas parcelas acabam esquecidas e atrapalham o orçamento...

      Quanto à mudar, conheço pessoas que nem cogitam qualquer mudança porque se acham incapazes de conseguir... penso que é medo... mas com medo não chegarão a lugar algum... outras dizem que é muito trabalho... enfim... cada qual vive como quer, mas que irrita o povo se queixando de dinheiro e muitas vezes ganhando mais do que você e você falando em economizar e ficam rindo... tenho evitado esses assunto com essas pessoas...

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    3. Valdemar, acompanhei a compra do seu carro e penso que assim mesmo que se deve fazer... emprestamos de nós mesmos e nos pagamos com juros dobrados... parabéns!!!

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