quarta-feira, 22 de abril de 2015

Crianças e limites...

Hoje fui levar os exames para o médico que terminou por pedir mais exames... enfim...

Ele atrasou um pouco a consulta e fiquei na sala de espera. Sentei em um sofá em frente a uma escada de metal que tinha na sua base, bloqueando a entrada, uma corrente plástica preta e amarela que logicamente significava impedimento para o uso.

Lá havia uma mãe e uma criança. A mãe com o celular. O menino infernizando para tentar alguma atenção. A mãe olhando o celular. O menino infernizando correndo de um lado para o outro. Lá pelas tantas ela puxava pelo braço e socava no sofá para ficar quieto. Em outra oportunidade deu o tal celular para o menino. Depois tirou o celular do menino.

O menino começou a subir e descer a escada de metal interditada. O metal batia no sofá onde eu estava, isso sem contar o barulho irritante e mais irritante ainda para quem está esperando uma consulta médica.

E isso aconteceu três, quatro vezes...

Lá pela quinta vez... a mãe continuava no celular e o menino acessou a parte final da escada, o cômodo que ali havia. Terminei por enxergar uma janela e falei de forma firme:

- Por acaso a senhora sabe o que tem no final da escada? E se tiver uma janela e seu filho cair lá de cima? E se estiver em obras e seu filho se machucar?

Parece praga de padre ou de juiz... dizem que são as piores pragas... nem terminei de falar e a criança deu um grito e começou a chorar desesperadamente. Só nessa ocasião a mãe largou o celular e a recepcionista deixou de fingir que nada estava acontecendo.

Ambas subiram as escadas correndo para atender a criança machucada e a outra recepcionista me chamou para a consulta.

Quando voltei só vi o vulto da mulher e do tal menino, nem tive coragem de olhar.

Fico me perguntando: qual a dificuldade de largar o celular e dar um pouco de atenção para aquela criança?

3 comentários:

  1. Pior fez uma mãe em Búzios.
    O filho jogando com a bolinha e raquete de frescobol no meio do restaurante. Em cima de mim e de outras mesas, atrapalhando, bolinha indo pra baixo das mesas e a criança se metendo nas pernas dos outros para pegá la.
    O que a mamãe fez?
    Foi jogar com o filhao para incomodar mais os outros.
    Por isso acho que o povo tem que pensar bem se quer mesmo ter filhos ou está só seguindo a boiada.

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  2. Falta de senso e de respeito, ainda por cima. Depois acontece alguma coisa e a pessoa "não sabe onde errou"!

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  3. Como diz um colega meu, que odeia os smartphones e tem um celular da época dos Flintstones: "celular é o mal do século". As pessoas acabam dando muito mais atenção a ele do que pessoas/trabalho/atividades que chega a impressionar, isso que eu sou muito diferente desse meu colega, mas ele não deixa de ter um pouco de razão, depende do uso, forma de usar, mas a forma que muitos usam ele tem razão.

    Eu apesar de não gostar, muito difícil de falar algo para uma mãe sobre seu filho, já vi a minha mãe falar, uma vez que ela estava naqueles aparelhos de ginástica da 3 idade e tinha um piá fazendo de pracinha e ela foi dizer pra ele que aquilo não era pracinha e a mãe dele ali do lado e eu disse pra mãe deixar pra lá e ela "não deixo não, isso não é brinquedo, depois estragam tudo". Ela estava certa e a mulher levou o piá para a pracinha de fato, tirando dali das ginásticas. Mas um dia não pude "deixar pra lá". Num banheiro de shopping senti uns pingos no meu pé e estranhei aquilo, dai passei até álcool gel no meu pé (rs) e depois senti mais molhado, bah que raiva que me deu. Parece mentira mas não é, infelizmente não é. Uma mãe estava com sua criança pequena, um guri, e ensinando a usar um canto, que dai como é aberto na parte de baixo, obviamente molha quem está do lado, fora da patente, em sentido lateral a ela, um absurdo, daquela vez eu fiquei muito braba, e a criança obviamente não tinha culpa, mas a mãe sim, era só ensinar a usar a patente e não o chão lateral.."o cantinho" como escutei...

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