domingo, 18 de novembro de 2012

Decoração de Natal...

Qual será a razão de irmos perdendo ao longo da existência certos prazeres que antes eram indispensáveis?

Dançava em CTG na infância. Fui primeira prenda mirim. Amava todo aquele ritual. Tenho ainda dois vestidos de prenda, um para o dia e outro mais elaborado para bailes, além de duas saias de armação feitas de tela para mosquito e que arranham as pernas quando danço, de qualquer forma não deixava de usá-las para "armar" devidamente o vestido.

Quando casei deixei de frequentar bailes gaúchos. Separei e fui em alguns. Depois em Curitiba cheguei a ir duas vezes ao CTG e depois desisti. Aqui em Cornélio o CTG não funciona mais. Quem sabe Londrina me espere com essa supresa.

Na adolescência, fato que se estendeu ao primeiro casamento, eu era simplesmente apaixonada por bailes de carnaval. Fui princesa do carnaval, rainha do carnaval, melhor foliã, participava de blocos. Após a separação simplesmente não consegui mais gostar dessas coisas, nem mesmo para levar as crianças. Certa a existência de mudanças nessa festa nos últimos tempos, mas quem gosta dá um jeito, não é mesmo?

Esse ano comecei a ter a síndrome de abandonar o Natal, a decoração natalina, o que foi controlado de imediato e a medida foi providencial. 

Criei coragem hoje pela manhã. Chamei o Pedro Henrique e realmente foi uma festa espalhar os enfeites de Natal pela casa. Além das conversas paralelas enquanto arrumávamos tudo.

Libanês é libanês e está no sangue.
- Mãe, essa árvore de Natal está ficando com muito dourado, não estou gostando!!!
-  Pedro Henrique, dizem que muito dourado no final de ano traz muito dinheiro no ano seguinte.
- Então, mãe, coloca mais dourado na árvore...

- Mãe, vou colocar o presépio em ordem alfabética?
- Como assim?
- Burro, mulher... O que é isso aqui? - apontando para um objeto
- É uma estatueta inspirada no Cilindro de Ciro que recebi por ocasião do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos de 2009. Lembra da sopa, dos cobertores, das palestras? Ano que vem tenho que voltar a me empenhar.
- Olha, eu gostei, quer dizer não gostei, mas eu gostei que você ficou doente o ano passado, porque você não ficava mais em casa e só ficava fazendo essas coisas...
- É, filho, talvez eu tenha passado da medida, mas prometo achar um meio termo...

Pois é. Tem coisas que aparecem somente quando nos distanciamos das atividades rotineiras. Eu nem sabia que ele tinha ficado tão ressentido com o trabalho social intenso que eu realizava e ele somente verbalizou esse sentimento quando estávamos arrumando a casa para o Natal. Fiquei muito emocionada e muito triste também, porque a família deve vir em primeiro lugar e talvez eu tenha negligenciado esse menino por algum tempo.

Voltando à decoração, ano passado havia tirado muitas coisas e esse ano deixei de colocar outras tantas, ou seja, minimalizei a decoração sem deixar de fazer, porque percebi também que o Pedro Henrique adorou esse momento!

Algumas fotos e a observação do Pedro Henrique:
- Nossa, há quanto tempo você tem essas coisas?




 










 

4 comentários:

  1. hahaha

    Por acaso está passando na tv com umas apresentações de um CTG. Mas NUNCA que eu dançaria !!! rs

    Quando era criança muito tive que ir vestida de prenda no colégio!! Eu detestava mas não tinha "querer", já meu irmão era isento de usar bombacha e etc pois aquele chorava e fazia escândalo. Eu não gostava mas não era escandalosa.

    Mas depois das séries iniciais felizmente não teve mais isso, até tentaram me por em CTG mas dai bati o pé que de jeito nenhum!!!

    Agora carnaval nem pela tv...

    Acho que essa de ir perdendo o encanto com os eventos acontece mas devemos nos policiar para não deixar passar assim. Principalmente no Natal!

    O Pedro é uma diversão né? Sempre com uma boa resposta! Deve ter sido muito divertido fazer a decoração com esse guri!! :)

    O trabalho social é muito importante e bom para ambas as partes, mas sem dúvidas ele deve vir depois da família, depois do bem estar particular, do lazer, se não fica muito estressante e também é uma coisa que não tem fim, nunca vai dar para solucionar todos os problemas, o jeito é o tal do meio termo mesmo!

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    1. Adriana, preciso voltar a trabalhar com ações sociais, faz uma falta danada, mas depois da doença resolvi esperar a total recuperação e ainda não consegui alta médica, embora me sinta bem... então vamos aguardar até o início do ano, dessa vez trabalharei com moderação...

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  2. AMEI as bolas de vidro da última foto! Achei elas muito lindas mesmo!

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    1. Tatiana, essas bolas de vidro tem história... rs... fui convidada para um casamento e terminou que o casal resolveu não casar e devolveu os presentes... era o prato e as bolas... não consegui devolver e ficaram aqui por casa. Esse ano fiquei com preguiça de colocar as estrelas no pinheiro e tudo virou um enfeite natalino... rs... mil e uma utilidades...

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