domingo, 25 de novembro de 2012

E a vontade dá e passa...

O que a pessoa aqui quer no momento, ou melhor, quer há alguns dias é enfiar o pé na jaca, chutar o pau da barraca, meter o pé no balde, jogar tudo para o alto e viver compulsivamente de compras e mais compras. 

Felizmente isso não tem se mostrado possível, pois sequer consigo entrar em uma loja com a efetiva intenção de comprar algo que não preciso e quando entro com minha filha nada me agrada.

Que misteriosa mudança foi essa?

Na tensão dos últimos meses seria interessante produzir um pouco de adrenalina com a aquisição de algumas coisinhas desnecessárias. Sim, seria adrenalina mesmo porque estaria fazendo algo que está proibido, além de estar fora dos meus planos, entretanto daria o prazer que somente as coisas totalmente vedadas podem trazer.

Ocorre que já conheço a intensidade desse prazer, igual a alguns poucos minutos e não quero me dar tão pouco. Preciso de algo mais duradouro e estável. Aquela vida de prazeres efêmeros terminou há muito, muito tempo.

Quero fazer planos para o futuro, mas estou no limbo! Não quero sonhar com o que talvez não possa se concretizar em termos de mudança. Não quero sonhar com o que talvez não possa se concretizar em uma vida diferente no mesmo local em que estou atualmente. Não quero programar nada sem ter um respaldo e falta pouco para esse resultado. 

Dez de dezembro de 2012 está quase chegando e a partir dessa data poderei pensar em termos práticos o que vou fazer da vida. Até lá tenho tanto trabalho que nem teria tempo de pensar em outras coisas que ocorrerão independentemente de qualquer mudança.

Estou cansada! Novamente!

6 comentários:

  1. Qrda Ziula:

    Penso que já te deste conta de que muitas vezes estamos... em sintonia. Lembras-te das miniférias que te propus? Pois foi o que euzinha fiz comigo mesma neste fim-de-semana até 3ª feira:)! Andava tão cansada física e psicologicamente que deixei de ir ao meu yoga (um erro grande, ja que é lá que vou buscar dias de vida) e comecei a perder a paciência: com os erros do trabalho, com as fragilidades do meu filho, com a «desorganização» da casa. E, uma manhã em frente ao espelho, vi-me tipo bruxa: com os cabelos desgrenhados, olheiras bem fundas, a chorar como uma infeliz! Tudo ao contrário do que me tinha proposto este ano: começar a viver uma vida boa, no sentido ético do termo.

    Assim, ontem foi o dia de descansar, de ler e de escrever até porque tenho um trabalho em mãos. Não saí sequer de casa, onde aliás tenho muito que fazer. Hoje continuo com essa organização pessoal e a partir do almoço, passo à reorganização da casa e a outros compromissos que me vão obrigar a sair mesmo. Os outros dias serão repartidos entre terminar o tal trabalho, a reorganização final da casa e a da minha vida até ao Natal.

    Olha, quanto às loiças, estou como tu, com exceção do serviço lindo todo completo que não tenho. Tenho um serviço de louça branca liso e simples que era de 8 pessoas e há muito vai em 4-5 conforme o tipo de pratos mais usados. Entretanto, no primeiro Natal que foi de surpresa cá em casa, como não tinha pratos suficientes, tive de ir à lojinha do bairro, onde só havia alguns pratos de vidro, laranja e cor de vinho. Assim, a minha loiça é agora de duas qualidades e de três cores. Tenho ainda tijelas e canecas direrentes e de vários tamanhos e um servicinho de café de porcelana de 12 que já vai em 10! Os copos são de vários tamanhos entre 2 e 6 (estes comprei em setembro) iguais, embora tenha um serviço de para 8 pessoas de copos de pé já incompleto que guardo para jantares com amigos e de Natal e ainda, presta bem atenção... um outro de finíssimo e puro cristal, originalmente para 8 pessoas que usei uma vez! E porquê uma vez? Porque foi caríssimo (13,5 reais, CADA copo). Contudo, na limpeza anual que faço ao meu louceiro, parto sempre pelo menos um na lavagem e olha que sou eu a fazê-lo com mil cuidados. Da primeira vez até chorei de raiva. Agora penso que não são mesmo copos para se viverem! Talvez apenas sirvam para celebrar momentos únicos! Será? Confesso que até agora não me serviram nenhum. Apenas trabalho, desgosto e ...gasto em dinheiro. Para que os quero eu então? Assim, já pensei em dividi-los em pares e oferecê-los a alguns casais para que celebrem um momento especial! Tenho que especificar que apenas pode ser um, porque de certeza que se vão partir!

    Bj grande, amiga

    Maria

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    1. Maria, às vezes a gente diz para as pessoas, inclusive para as crianças, não chore. Há muito não faço isso.... quando vejo alguém com vontade de chorar ou chorando realmente incentivo. Chorar lava a alma e nos renova para enfrentarmos os problemas, embora eu tenha alguma dificuldade para fazer isso, mas consegui essa semana :-)

      As louças, bem como o faqueiro, terão que me esperar... rs... sem condições de pensar nisso agora... rs

      Beijos

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  2. Engraçado, já pensei nisso também.

    Temos uma coisa muito forte ligando compras à satisfação. Só que por vezes pode até piorar a coisa depois dos minutos de euforia.

    Agora não entendo o rigor no "proibir" coisas pouco necessárias, deixa passar uma que outra que isso não faz mal. O que faz mal é sempre querer encontrar isso em coisas ou mesmo em outras pessoas.

    Com esse rigor do "proibido" nunca vai chegar no meio :)

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    1. Adriana, o proibir é usado em lugar de um outro verbo que não consigo identificar... rs... é claro que a virtude está no meio :-) o difícil é não escorregar para o outro extremo, isso pelo menos por enquanto, então é melhor controlar até que esteja interiorizado para sempre

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  3. Muita calma nessa hora, rs!
    Eu acho que te entendo, Ziula, porque meu futuro também está um pouco em aberto e eu fico muito ansiosa. Mas a gente tem de desapegar... do controle. Do planejamento. Tem horas que o jeito é deixar fluir.
    (Não sei muito bem como, mas estou trabalhando nisso!)
    Beijos!

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    1. Essa noite acordei quatro e meia da manhã, com uma sensação de ter sido desligada da tomada 220 V (e fui desligada ontem!) e parecia que estava saindo uma enorme quantidade de energia acumulada... Desapegar do controle, é isso que preciso fazer urgentemente...

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