domingo, 16 de março de 2014

Crianças... será que ainda somos?

Semana passada falei por aqui das crianças que não aceitam determinadas coisas, pelo menos é assim que os pais relatam quando querem determinado bem de consumo que esteja acima de suas posses: meus filhos não aceitariam nada menos do que isso! Tem que ser desse tamanho! Tem que ser dessa marca! Tem que ser assim e pronto!

Mas... será que não agimos dessa forma em determinadas situações?!

Queremos as coisas naquele momento seja qual for o preço, seja qual for a situação financeira, não importando a dívida que vamos assumir.

Muitas famílias mantém a tradição da fada do dente - por aqui também, perdeu um dentinho, coloca embaixo do travesseiro e na manhã seguinte ele está desaparecido, aparecendo no lugar uma linda moeda ou nota! A dor e desconforto do dente caído, a estética prejudicada pela falta do dentinho, tudo compensado pelo dinheiro que pode comprar normalmente o que? Um doce para prejudicar mais ainda a criança, embora aqui em casa não fosse utilizado para doces embora seja o que normalmente acontece.

Crescemos, entramos em sofrimento por razões várias e encontramos o que debaixo do travesseiro? Um lindo cartão de crédito que pode ser utilizado para algumas sacolas com efeito terapêutico tão efêmero que não valeria a pena e ainda assim é fartamente passado em máquinas e mais máquinas para adquirirmos algumas porcarias que não trazem qualquer conforto e sequer minimizam esses problemas existenciais, pelo contrário, trazem um novo problema que é o pagamento da famigerada fatura! Dívidas! Juros! Consignados!

Crianças vagando pelo mundo com um cartão de crédito em busca da fantasia de felicidade trazida na "fada do dente"! Até quando as pessoas viverão assim?

Não é possível que continuemos na cegueira do consumo e no mundo da fantasia. Precisamos de algo que realmente demonstre termos aproveitado o suor do nosso trabalho! Algo palpável e que não traga sofrimentos! Deixar prestações de lado, comprar à vista e somente o necessário. Está bem! Abro uma brecha para algo supérfluo que realmente seja um sonho desde que não cause nenhum estrago financeiro!

Viver diferente! É possível e muitas pessoas estão nesse caminho!

6 comentários:

  1. Eu nunca ouvi falar em fada do dente... rs, embora tinha essa de se curar de algo ir comprar alguma coisa, quando eu sarei da catapora a mãe me levou numa loja comprar uma mochila do fofão e um jogo de videogame que eu escolhesse e meu irmão não podia pois ele não teve... e pegou depois e dai foi a vez dele... rs, depois na época de 17/18 que já podia sair, antes nem pensar, se brigava com algum namoradinho de época nem tinha o de ficar triste, era comprar algo..rs, na faculdade também quando iam explicar aquele assunto que a gente aprende em civil, que era melhor sofrer em paris e tal e que todos riem e concordam. Será que tudo usa a base da fada?

    Se for essa origem, pode ser essa razão. Mas a maior é o não saber lidar com o dinheiro, pois quando a gente aprende um pouco, não é qualquer coisa que nos convencem a comprar não né? ao invés de querer comprar a gente acha é defeitos, sem contar que a gente aprende que uma viagem "impossível" pelo preço na agência, fica viável indo por conta própria. Aprender a lidar com o que tem é o primeiro passo para quando ganhar mais ter a feliz sensação que deve ser ter dinheiro infinito né, eu queria ter essa sensação, deve ser muito boa..kkkk e manter-se criança assim é melhor ainda, pois a gente lida com os problemas da vida adulta sem muita neura.

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    1. Adriana, minha mãe tinha o mesmo costume de compensar com presentes, mesmo sabendo que não tinha suporte financeiro para isso.
      É preciso ver que dinheiro não deve ser usado de forma tão irresponsável... afinal é nosso suor que está em jogo e nossa paz também!!!

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  2. A fada do dente, mto bom. E qdo o consumo não é possível msm, temos que encontrar outros modos - mais saudáveis- de conforto emocional. Mto reflexivo.
    Saindo do post e indo pra organização da casa:
    Ziula, como vc faz com as roupas para passar? Passa tudo, ou vai passando conforme vai usando? Acha q esses produtos tipo "passar bem" ajudam msm a roupa ficar bem passada?
    Bjs

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    1. Cristina, já fiz um post para você sobre passar roupas, ou melhor, sobre não passar... aproveitar o tempo para coisas que nos tragam mais prazer...

      Beijos

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  3. Você assistiu ao filme "O fada do dente"? Que cara lindooooo. Eu já vi várias vezes, e adoro a história.
    Se eu fosse prefeita na minha cidade, na minha plataforma cultural incluiria sessões de cinema de graça, só para filmes como este do Fada, o Meu querido Bob, Amigos para sempre (Richard Gere), e outros bem bacanas, que trazem mensagens de esperança e de vida simples. Providenciaria também, balanços espalhados pela cidade. Em cada árvore frondosa e estrategicamente num lugar bonito e seguro, haveria um balanço, liberado para todas as idades, crenças, sexo, profissões e "bolso".

    As pessoas pensam melhor quando sentem o vento na cara, os cabelos se desalinhando, o riso saindo fácil, se entregando ao que é simples e casual.

    Acho que não precisamos de muito para sermos felizes.
    Beijos.

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    1. Adoro esses filmes, Zilda!!! Penso que nós mesmos complicamos as coisas... tenho andado bem mais calma, agindo, mas sem exigir do universo uma resposta imediata.

      Beijos

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