domingo, 28 de agosto de 2011

Dicas de moda, crianças e economia... Será?





Todo ano a mesma coisa!

Mudam as estações e mais do mesmo, variações apenas em cores e estampas de roupas, sapatos e acessórios oferecidos nas lojas. Depois, o que é não é vendido, passa a ser oferecido em liquidações e, não muito tempo depois, voltam as mesmas peças como as "sensações do momento" com uma pequena alteração aqui e ali.

Coloque um olhar mais atento e verá que isto ocorre de forma repetida!

Minha avó Adelina trabalhava com alta costura e uma das tendências que sempre observei, não importava qual a moda do momento, era a utilização tanto por ela quanto pelas clientes de tecidos lisos e as estampas ficavam apenas em lenços e acessórios. Olha que ela já tem quase noventa anos.

Tudo bem, ainda assim você precisa desesperadamente ir às compras e uma providência útil é listar o que você realmente precisa, da mesma forma de quando vai ao mercado. Esteja ou não o produto desejado em promoção.

Você não faz lista para ir ao mercado? Pecado! Comece hoje ainda e deixe de trazer os produtos que não precisa e que acabam estragando em sua despensa ou geladeira. Outra dica, jamais vá ao mercado com fome, por favor, porque neste caso você não pega os produtos, eles pulam para dentro de seu carrinho!

Voltando à questão da compra de roupas, dê prioridade às peças de tecido liso sempre, além daquelas de corte atemporal e de boa qualidade. Com uma peça de tecido liso você abre uma série de opções, apenas alterando os acessórios, e vai parecer que tem muitas, sempre novas.

Decidindo pela compra, sempre negocie um desconto, não tenha vergonha e todas as lojas possuem esta margem, basta pedir e, muitas vezes, insistir.

Embora os pagamentos efetuados com cartão não possam ter os valores alterados, seja em crédito ou débito, ou seja o valor deve ser o mesmo daquele cobrado à vista, se você fizer o pagamento em moeda corrente normalmente consegue mais desconto, nem que seja apenas o percentual cobrado das lojas pelas operadoras dos cartões. Portanto, sempre existe uma forma de pagar menos!

Poderíamos dizer que um desconto, por exemplo, de 3% para pagamento em dinheiro seria pouco, mas suas finanças devem ser analisadas como um todo e tornando isto um hábito, com certeza verá o resultado ao longo do tempo.

Sempre indico que as compras sejam à vista, em dinheiro, ou no máximo para o vencimento do cartão, sendo que normalmente opto por esta segunda opção para acumular pontos que podem ser trocados inclusive por passagens aéreas.

Acaso não tenha o dinheiro para pagamento desta forma, o ideal é fazer uma poupança e somente depois adquirir o bem, pois parcelamentos mesmo em cartão são traiçoeiros e trazem uma sensação de disponibilidade financeira que não é verdadeira, considerando que ao somar as diversas parcelas pequenas que você fez, por vezes chegará a um valor que não cabe em seu orçamento.

Atitudes simples! Pequenas mudanças! E, no final, grande diferença em sua qualidade de vida, posto que menos despesas importam em menos preocupações, menos itens para arrumar, menos manutenção e menos perda de tempo com todas as responsabilidades que novos artigos, quando incorporados à nossa vida, nos trazem.

Não se trata apenas de guardar dinheiro ou economizar, o foco é diminuir os itens de consumo, colaborando com a sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente, com a utilização de seu tempo de forma mais racional e deixando de perder este tempo na arrumação das coisas ou mesmo vivendo em ambiente caótico com muitas coisas acumuladas.

Tudo isto diminuiu o stress e traz para sua vida os valores que realmente são importantes: família, amigos, estudos, religiosidade, lazer e tudo mais que lhe traga um prazer verdadeiro.

Podemos, em relação aos itens indispensáveis, também mudar nossa atitude, substituindo marcas, sem perder a qualidade, mesmo no que se refere aos medicamentos.

As despesas com meus filhos também são bastante controladas e sempre procuro explicar o valor de cada brinquedo e a pouca durabilidade que tem, além de incentivar que estes itens sejam comprados com a mesada.

Procuro passar que o dinheiro traz liberdade de escolha, inclusive liberdade para decidir pagar mais e ter a satisfação imediata ou pagar menos e esperar o item chegar ao ser comprado em um site famoso com preços maravilhosos.

Meu filho de nove anos normalmente opta por comprar estes brinquedos no site, e achei engraçada a observação dele sobre a ansiedade para que o item chegue, mas recusa pagar valor maior na loja.

Observei, ao anunciar na família o ano sem compras, que terminei por cometer algumas incoerências.

Simplesmente disse para meu filho de nove anos que ia ficar um ano sem comprar, mas não expliquei todas as regras e hoje ele falou: "Ela disse que ia ficar sem comprar e está toda hora comprando no site"... Ocorre que posso repor produtos de beleza, como maquiagens e cremes, me limitando a isto, e ainda precisava de um creme hidratante e um pó facial!

Tive que sentar e conversar novamente, inclusive explicando que itens essenciais poderiam ser comprados (e que estas prioridades cada qual estabelece conforme o que entende necessário) e que as últimas compras provavelmente durariam até o final do desafio e não mais seria necessário comprar nada até o ano que vem.

Importante com as crianças, e é o método que uso para mim também, não incentivar compras se não tem dinheiro. Assim, devem guardar a mesada para comprar o produto, nada de ir descontando aos poucos da mesada recebida, isto para não criar nestes pequenos seres, desde cedo, a cultura da dívida.

De acordo com o escrito em outro post, com este pequeno a mesada é dividida em quatro partes: "10% para a caridade" e o restante em três cofres "o que quiser", "poupança a médio prazo"- para aquisição de um brinquedo por exemplo, "poupança a longo prazo" que normalmente vai para o banco porque ele diz que quer comprar uma Ferrari...rs

Com meu filho mais velho não consegui, infelizmente, desenvolver um costume de poupança em moeda corrente, mas assim que ele começou a trabalhar, aconselhei e ele aceitou comprar um apartamento na planta. Desta forma, todo mês tem o compromisso financeiro e sabe que tem as chaves para pagar, o que terminou por incentivar a poupança e a ter um objetivo a longo prazo.

Olha, pode ser que eu me torne repetitiva, entretanto, está sendo muito importante falar sobre dinheiro, planejamento financeiro, moda e outros aspectos do consumo, isto porque na minha família sempre foi colocado que dinheiro não era uma coisa boa e depois que passei a trabalhar pude verificar que dinheiro é bom sim, desde que bem administrado.

Até o próximo desabafo!

Um comentário:

  1. Ziula, eu adoro essa ideia de comprar roupas clássicas, boas, atemporais mas o meu problema é que sempre gosto das peças mais diferentes. Não sou uma pessoa que segue a moda, pelo contrário, gosto de coisas únicas, de peças encontradas (garimpadas) em brechós e de detalhes... acho meio chato comprar camiseta branca, camisa preta, calça jeans... comrpo porque tenho que ter, mas acho chatíssimo... só me divirto comprando vestidos diferentesm roupas coloridas ou com estampas interessantes,... sei que preciso de peças básicas porque meu guarda roupa é assim: cheio de grandes peças lindas e vazio de blusas e calça básicas para combinar. na hora de me vestir é aquela dificuldade...

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