quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Criatividade...

Depois de muito tempo, e põe tempo nisso, o pessoal do trabalho veio em casa. Resolvemos, ao invés de ir a restaurante, revelar o amigo secreto em local mais íntimo e lógico que todo bom encontro inclui muita comida, bebida, doces e, assim, aconteceu mais uma crise natalina.

Passei o dia todo cozinhando, preparando o único prato que já confessei saber fazer: frango com requeijão e aspargos que desta vez teve também champignons. Encontrei minha receita de "Arroz a moda do campo" que depois posto em "Sabores Imperdíveis" para não perder nunca mais, porque tive um trabalho danado para localizar na pilha imensa de revistas, cadernos, folhinhas e tudo mais que você possa imaginar de um local que contenha receitas.

As receitas ficaram para os "10% - Reserva Técnica" e serão retiradas deste local no decorrer das férias e devidamente organizadas considerando o tempo perdido para localizar a famigerada e deliciosa receita.

Estava indo tudo maravilhosamente bem em relação aos preparativos até o telefone tocar e ser informada de que realmente um colega se vestiria de Papai Noel.

Somente sobraram toalhas de mesa brancas, marfim e bege que ficariam "apagadas"; toalhas de chitão vermelha que serviriam para churrasco ou festa junina; e, toalhas rosa claro e rosa choque.

Optei pelas últimas, é claro!

E comecei a pensar que poderia comprar toalhas vermelhas e verdes, além dos tradicionais vasos de flores com o papel e fitas combinando com as toalhas. Ora, ficaria tudo muito natalino e não haveria razão para ser diferente, afinal era uma festa!

E lá continuei divagando: - Cristina, você pode estabelecer um limite, gastar apenas R$ 100,00 em decoração, afinal (novamente) faz muito tempo que ninguém vem em casa!

Passado o surto, a pessoa começou a pensar! É só uma noite! O que importa é a companhia! Espero que a comida fique ótima! Até assei um pão na minha máquina - aquela sobre a qual falei no post "Coisas que pareceriam óbvias até prá uma criança... "!

Comecei a andar pela casa e encontrei potes de vidro comprados em loja de 1,99; bolinhas de natal douradas dentro de um vidro imenso onde inclusive passaram o ano todo; fitas vermelhas com dourado não colocadas na árvore nem nas escadas por preguiça; e aqueles cordões dourados, vermelhos, prateados  também não usados na decoração natalina por pura falta de imaginação.

Tcham, tcham, tcham! Mesas lindas! Desci dois vasos vermelhos de acrílico onde vivem maravilhosas violetas e o Papai Noel tropical cuja foto já foi postada por aqui! As fitas que sobraram - além da vermelha havia outra branca com dourada - formaram, juntamente com um cálice imenso - um lindo enfeite para o aparador.

Quando acabei essa odisséia o resultado foi dupla satisfação: pelo espírito natalino trazido para a festa e também por não ter gasto qualquer valor, não interferindo no projeto de "um ano sem compras".

E mais uma vez, infinitas vezes, repetidas vezes, comprar para que? Um dia consigo interiorizar isto antes de surtar e ficar com os olhos ardendo.

A brincadeira do amigo secreto foi um capítulo à parte. Tínhamos que indicar três opções para o presente. Somente coloquei um enfeite de natal de resina - queria um novo, considerando que desde Natal de 2009 nada novo entrou na decoração -, e um porta controle remoto - item que faltava na organização e apesar de não ser dispendioso, não entrava na lista dos necessários e permitidos. 

Ganhei os dois... um Papai Noel de porcelana lindo e um porta controle remoto que já no final da festa foi feliz para seu local correto...

Melhor impossível! E as pequenas coisas passam a ter valor inestimável...



2 comentários:

  1. Imagino que ter aproveitado objetos que tu mesma tinha em casa e nem sabia ou lembrava deu muito mais satisfação que se estivesse ido comprar, "gastado" a reserva técnica para isso etc. E de quebra se recupera um pouco do verdadeiro espírito de natal, que não é só comprar comprar e comprar, mas sim estar junto, conversar, trocar experiências. A mídia quer que a gente ligue o consumo ao prazer máximo de satisfação mas ele nem de longe é. Ele que é responsável por muitas brigas e coisas piores. Claro que não devemos deixar de consumir, mas o consumo consciente é muito mais prazeroso e quem testou e aplica ele sabe!

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    1. Com certeza é muito mais prazeroso!!! Aproveitar o que se tem!!!

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