terça-feira, 4 de março de 2014

Quartinho de bagunça!

Cecília, parabéns por não ter um quartinho de bagunça! Não, acho que nunca escrevi sobre isso, pelo menos não diretamente, devo apenas ter mencionado alguns locais. Então, vamos lá!

Tenho na casa em Cornélio vários locais de "armazenamento" e isso faz com que não tenha especificamente um quartinho de bagunça. Minto! Existe um local que qualquer pessoa classificaria como tal - o tal quartinho da empregada, por aqui conhecido como quarto preto em razão dos móveis pretos -, embora eu recuse chamar assim considerando que vocês já devem ter percebido como minha bagunça é organizada, encaixotada e etiquetada. 

Senhor! Livrai-me da bagunça!

Quanto mais vivo em Londrina, no apartamento pequeno, mais percebo como tenho uma tendência (genética?) de acumular coisas.

Minha irmã foi me visitar e terminou por levar na mala um aspirador de pó que eu não conseguia usar e um tênis do Pedro que estava pequeno para ele. Com isso fui olhar os armários da sacada. A intenção inicial era que armazenassem louças, mas... estou com uma certa dificuldade para trazer as louças de Cornélio, logo foram proliferando tralhas - vidros vazios devidamente lavados e sem as etiquetas, vasos sem uso, embalagens vazias que um dia terão utilidade (?????), pastas que foram retiradas na arrumação dos quartos (quando o Pedro e eu fizemos um destralhe!) e por aí vai.

Armários da sacada cheios. Consegui retirar grande parte dos vidros e embalagens, levei os vasos para Cornélio (não! não quero mais minhas ervas, elas não vão para a frente com a posição solar do apartamento!), ainda tem coisas para tirar e desse final de semana que vem não passa. O que atrapalha um pouco são as madeiras que coloquei em frente as portas dos armários inferiores para que Taylor não as estragasse e isso está deixando os armários meio difíceis de manusear, entretanto agora isso não será mais desculpa e as tralhas sairão e as louças serão levadas.

E quanto à Cornélio? Pois é. No tal quarto preto tem livros, quadros, esculturas, revistas, fotografias, caixas com papéis, roupas e sapatos para doação e muitas outras tralhas, muitas outras tralhas, todas organizadas, dobradas, etiquetadas. Aí é que mora o perigo! 

Quando se é desorganizada e as coisas começam a brotas pelo chão sempre a pessoa um dia dá um jeito. Agora, quando se é organizada demais o problema surge em razão de que não se enxerga necessidade de mexer naquilo, pois não está atrapalhando ninguém e isso não é verdade! Todos que acompanham o blog sabem como estou incomodada com as bonecas (estão agora no quarto que ocupo), também me incomodam fotos, revistas e livros.

Pois bem. Quanto às fotos, acredito que sejam mais de 5.000 somente em papel, mas não podem ser consideradas um fardo somente meu. Tenho fotos minhas e das crianças. Fotos sem sentido. Fotos de paisagem. Já vi que não será fácil diminuir, pelo menos por enquanto. Então, mês passado já comecei a tomar uma atitude: estou separando as fotos minhas e das crianças, separando em álbuns e ficará sob minha responsabilidade somente as minhas fotos, as crianças deverão achar um local em seus respectivos quartos para guardar as fotos que a elas pertencem.

Uma parte do problema será resolvida e, embora todo o destralhe dos últimos anos, ainda tenho outros locais para dar um jeito (o antigo quarto do Pedro em Cornélio, a copa auxiliar, o "quartinho preto", o quarto da piscina, os armários da despensa, os armários da churrasqueira). Pois é, amigos, cadê o minimalismo?

Por outro lado fico imaginando se eu não tivesse descartado tudo que descartei até hoje e imagino um episódio dos acumuladores se tirasse tudo dos armários e fosse colocando pelo chão. Um verdadeiro espetáculo dos horrores!

O que eu ia mesmo dizer sobre o quartinho de bagunça? Evite ter um, evite com todas as suas forças! Não armazene coisas inúteis! Não armazene coisas que não te pertencem! Não armazene nem organize bagunça!

Tudo bem, mas eu já tenho um quartinho de bagunça! Coragem, então! Comece agora mesmo a retirar uma coisa ou outra e torne disso um hábito até que esse local se torne um lindo local de convívio apenas com coisas necessárias e essenciais!

Boa sorte!!!
e

4 comentários:

  1. Se o acumulador ler isso ele vai rir... e com razão...kkkkk

    Na nossa casa do interior tínhamos um beliche de 3 camas, feito pelo marceneiro, ia até o teto e tinha a cama de cima, a de baixo e a que puxava dessa de baixo. Assim dormíamos eu, meu irmão e uma prima que morou lá um ano conosco ficava na parte de cima, ela era a mais velha e dai tinha que ter mais responsabilidade com a parte de cima.

    Quando ela voltou pra casa dela, a parte de cima virou depósito de brinquedos. E pra piorar, quando a escada quebrou não era qualquer coisa que fazia ver o que tinha lá, foi piorando. Depois passou a ser depósito de caixas vazias de correio, compras... era fechar a cortina que ele tinha e ficavam todas essas coisas lá.

    Teve a vez da cozinha 2 quando a mãe fez do gosto dela só que foram acumulando pote de sorvete lavado, vidros, essas coisas todas ai que falastes. Ainda tem muito disso, mas muito ela fez uma limpa dando para algumas irmãs dela.

    Meu irmão pegou essa mania, parou um pouco depois que eu colocava tudo no quarto dele. Até caixa de ovo guardava, isopor de feira. Era pra devolver então que devolvesse. Pois em um apto de 2 quartos, conviver com acúmulo alheio é complicado. Só eu que podia.. rsrs

    Em Gravataí tem o quartinho da bagunça que foi arrumado mas constantemente é desarrumado com novas tralhas. A sorte é que aqui não tem espaço, se não seria igual...rs

    Agora tua bagunça pode ser bonitinha, na caixa e com etiqueta, mas se abre a caixa fica igual as outras..kkkkkk

    No escritório da minha antiga chefe tinha uma parte da bagunça que eu demorei meses pra descobrir. Tinha um armário todo corredor, de madeira até o teto que tinha a sala de reuniões que separava e depois ele continuava. Tri bonito de tu entrasse assim, jamais ia imaginar o que tinha ali, e dai tinha material de informática e escritório velhos, telefones estragados, muitos livros velhos do tempo de faculdade dela já mofados, pastas dos negócios já encerrados.. era muita zoeira, mas lindo quando fechado. No meu atual tu vê aas bagunças ao entrar mesmo, o que cai pra mim saio arrumando mas o resto não tem como, é muita coisa...

    Acho que o nome "quartinho da bagunça" ou qualquer espaço destinado a esse fim , embora muito aceito socialmente, deve ser evitado mesmo. Deixa com qualquer coisa que queira, que colecione, que goste, mas arrumado. Fica mais fácil achar, fica mais bonito pra quem vê e não se perde o objeto de ficar sem identidade, tudo vazio, fica como gosta mas arrumado e limpo, é bem melhor assim. Mas por vezes as pessoas criam dificuldades...

    Uma vez estava eu em uma tia que fechou o apartamento dela e foi morar numa casa que é dela também, mas que antes tinha sido emprestada. Dai tem uma peça nos fundos e ela disse que era tudo lixo e pediu pra eu tirar que ela não entendia daquilo. Era material de informática velho que o filho dela deixou no local, peguei uma impressora multifunção lá e disse que ela podia vender aquilo anunciando estar estragada. Ela disse que não ia fazer isso, fiz pra ela e um cara comprou, fui dar o dinheiro pra ela mostrando que ela podia fazer isso com mais coisas, ela ficou ofendida e nem quis o dinheiro.. rs então sei lá, eu nem me meto mais, só nos provocados por mim ou mais próximos...

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    1. Olha o estado que cheguei!!! rsrsrsrsrs não tenho literalmente um quartinho de bagunça.... rsrsrs... mas tenho vários locais de armazenamento!!! Muito trabalho ainda pela frente! E pelo jeito tenho conseguido! Anos de acumulação não se resolve em meia hora, não é mesmo?

      Agora já tenho menos locais... rs... mas ainda tenho locais... rs... será que um dia termina?

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  2. ziula. amei o post, como sempre e adorei o comentário da Adriana. Acho que é isso mesmo, deve ser evitado ao máximo o quartinho da bagunça, pois uma vez que começa, ele vai se instituindo como tal. Quanto ao comentário da Adriana, sobre a tralha organizada é outro ponto que devemos vigiar sempre. Acredito que além de juntar coisas inúteis, tem até uma questão de energia que fica parada naquele lugar, não circula. daí até a sensação de bem estar e leveza quando destralhamos, quando conseguimos nos livrar daqueles antigos objetos que não tem mais função ou que não fazem mais sentido. obrigada pelo post, é sempre bom "ouvir" suas palavras neste processo. bjs.

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    1. Cecília, essa energia parada realmente prejudica a continuidade das coisas que realmente queremos. Para alguns pode ser a sensação de que pode "faltar", para mim são muitos sentimentos ainda envolvidos com essas tralhas.

      É engraçado mexer nessas coisas, imagens, histórias, sentimentos, tudo aflora e não é só lidar com o lixo exterior, termino por lidar com todo meu lixo interior e isso é difícil, resta um passo por vez!

      Beijos

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