sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Experiência compartilhada - empréstimo consignado

A Gabriela vendo que esse espaço foi abandonado na semana que passou mandou por e-mail o seguinte comentário que vou dividir com vocês apenas retirando as referências profissionais:

"Oi, Ziula! está sumida,  tudo bem?

Hoje fui almoçar com uma colega de trabalho, coisa que não fazia há tempos, pois os horários não batem e fiquei em estado de choque com as contas que ela me apresentou.

A colega ganha mais do que eu pois tem 19 anos no cargo e, além disso, o marido também tem um excelente cargo. Considerações à parte das defasagens salariais no governo federal, podemos dizer que  em tese a família tem uma boa renda mensal, mesmo com o marido pagando uns 15% do que ganha acordado de pensão para a ex-mulher e dois filhos.

Só que não! Ela me contou que o marido tem desconto de 4 mil reais por mês de empréstimo consignado e já "esticou" a dívida. Ou seja, o desconto mensal era ainda maior. E eu fiquei argumentando que não era possível, não era possível, mas eu nunca posso falar nada sobre dinheiro com ninguém pois sempre falam que eu "tenho dinheiro" porque eu não tenho filhos! Aí ela foi me falando de todos os gastos da família, realmente estrondosos, mas não fez nenhuma menção à "corte de gastos".

Também me falou de vários colegas (que eu conheço só de nome) com empréstimos consignados de R$8.000,00 por mês, bem como uma outra colega que conhece também com o mesmo valor descontado mensalmente e que também "esticou" a dívida.

Eu fico imaginando quanto foi o valor que essas pessoas pediram de empréstimo para estar pagando uma parcela desse tamanho e por prazos longos, "esticados" (ou seja, renegociou para abaixar o valor e aumentar o prazo).

Uma vez eu peguei um empréstimo consignado no valor de R$20.000,00 pois ia viajar para o exterior e queria limpar totalmente meu cartão de crédito antes de ir, quitando parcelas e valores que ainda iam ser debitados, de forma que eu pudesse usar todo o limite do cartão de crédito no exterior, caso fosse necessário. A prestação era 950,00 mensais, acho que era em 24/30 meses. Quando recebi o adiantamento do 13º junto com as férias eu fui lá e quitei o empréstimo consignado. Nem sei se economicamente falando era o mais rentável a fazer, mas só de pensar de ficar sendo descontada me dava nervoso.

Eu ainda argumentei com a colega que o marido iria ganhar uma outra parcela em futuro próximo, mas parece que já está comprometido pois o marido realmente trabalha fora da cidade e precisa dormir fora. Anteriormente (eu já falei no blog dos gastos dessa colega com salão de beleza para ela e as filhas) eu já tinha sugerido que ela cortasse a empregada doméstica (R$1.400,00)já que as filhas são adolescentes e podem ajudar e o marido almoça na rua ou dorme fora, para que sobrasse algum dinheiro para ela própria, mas ela também acha que é imprescindível. Aí encerrei meu repertório de conselhos pois não saberia mais em que cortar, porque, como não tenho filhos, eu "tenho dinheiro". Ah, ela me disse que o marido diminuiu a pensão da ex-mulher em R$300,00 para "sobrar algum dinheiro para ele".

Ainda falei com ela que olhei por acaso no MSN dinheiro que colocando um valor mais ou menos de R$580,00 por mês na poupança que já tivesse R$10.000,00 em vinte anos seriam R$300.000,00, mas ela também não tem nem esse valor que considero pequeno para depositar (bem menos que 5% do salário líquido dela).

E eu achando que gastava demais e ficando constrangida em comentar no blog enquanto vocês falam de economias diversas. Perto das coisas que ouvi da colega e também do que ela disse de outras pessoas eu sou supercomedida e agora entendo porque o banco fica loucamente me ligando me oferecendo produtos e empréstimos diversos e eu nunca quero nada. Desde que entrei no cargo eu coloco valores na poupança. No início era 50%, depois caiu para 10% e tudo que entra a mais como 13º e restituição de imposto de renda. E é sempre na poupança porque não entendo de nada e não quero me preocupar.

Eu acho que essas pessoas cheias de empréstimos consignados chegaram ao "fundo do poço" pois o que deveria ser uma opção para emergências virou um saldo negativo no salário mensal por um prazo tão longo e tão alto que inviabiliza qualquer investimento, planejamento e mesmo o dia-a-dia. Será que tem alguma salvação?

Um beijo para você!"

Pois é... a situação da família relatada não é exceção no meio onde convivo, pois muitas pessoas vivem assim... de consignado em consignado...

A menção feita ao pagamento antecipado do empréstimo consignado pela Gabriela é realmente a atitude que as pessoas deveriam ter: houve uma emergência, precisou pedir esse dinheiro com juros mais baixos do mercado, recebeu um outro valor, vai lá e quita com desconto porque sempre vale a pena.

Certa feita precisei comprar um carro com certas "facilidades" para diminuir minhas dores na coluna e realmente não havia poupança, dinheiro sobrando e nada que pudesse ajudar, somente uma dívida com um apartamento em construção que a cada dia me levaria mais dinheiro porque a construção estava sendo feita pelos próprios moradores e ainda faltavam elevadores, isso sem contar todo o acabamento. Enfim, não era efetivamente um bom negócio e eu precisava realmente do carro.

Resultado? Consignado no valor que faltava para a troca do carro. Já de posse do carro comecei a procurar alguém para comprar o apartamento e logo apareceu uma pessoa. Dinheiro do apartamento para quitação do consignado e o restante do valor imediatamente aplicado na compra de um terreno. Foi o que eu pude fazer e foram as melhores opções na época porque eu não ficaria pagando um consignado, mais uma obra dispendiosa por muito tempo... com certeza surtaria antes!!! rs

Penso que para qualquer empréstimo feito deve haver uma estratégia para quitação antes do prazo e além do pagamento da parcela mensal deve ser buscado economizar outros valores para esse pagamendo antecipado e não ficar vivendo como se não houvesse amanhã só porque o banco disponibiliza valores a juros baixos, até porque juros são juros e sempre representam dinheiro jogado fora e que poderia ser utilizado no seu orçamento mensal.

Alguém por aqui já fez uso de consignados? Como foi a experiência?
 

nnnnn
 

12 comentários:

  1. Também senti falta de posts esses dias. :D
    Espero que esteja tudo bem?

    Então, acho que nunca comentei, mas eu tenho um empréstimo consignado. É o terceiro que faço (renovei o segundo) E O ÚLTIMO NA MINHA VIDA, SE DEUS QUISER!!! E não me pergunte o motivo porque eu não sei. Meu pai ficou chocado quando contei que meu salário estava muito comprometido por causa do desconto e disse, "mas por que você tem empréstimo nesse valor?! O que você comprou?! Você nem tem bens!!!". E hoje eu consigo ver o erro que cometi. A prestação é 1/3 do meu salário líquido (eu ganho menos do que 2 salários mínimos, bruto) e ainda me faltam 20 parcelas. Pretendo quitar no meio do ano que vem, faltando umas 6 parcelas, mas é quando terei conseguido o dinheiro, juntando metade do 13º e férias. E mesmo assim terei pagado um valor altíssimo em juros.

    Ah se arrependimento matasse...

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  2. Oi,
    Não sei na verdade nem como funciona. rsrs. Nunca fiz empréstimos ou créditos pessoais. Não acredito nisso. Claro, a não ser em casos de doença ou morte. Recentemente fiz um financiamento pra comprar a minha casa. Mas financiei menos da metade do valor. E pretendo pagar duas parcelas, sempre que puder. Avaliando, o valor da parcela era o valor do aluguel, então acho que valeu a pena. Gostaria que tu falasses de plano de saúde. Não gosto, não tenho e não acredito neles...rs. Acho que é de muito mais valia a pessoa guardar o valor das mensalidade numa poupança e usar quando e se necessário. Recentemente uma amiga precisou de uma cirurgia, e mesmo pagando quase R$ 1.200,00 por mês, a mesma não foi aprovada. Precisou entrar na justiça com advogado...Em tempo, todo o custo da cirurgia/internação/medicação ficou em 10.000,00. Ela pagava o plano há quase 9 anos. E quase nunca usava. Apenas uma ou duas consultas de rotina ao ano, mais mamografia, ultrasonografia e exames básicos (sangue, urina). Achei uma exploração sem tamanho. Sem contar a grande variedade de médicos e laboratórios se desvinculando dos planos...
    Beijos!!!
    Samara

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  3. Li em algum lugar que educação financeira em muitos casos pode ajudar mais que assistencialismo e acho que é por aí, é fundamental para todos, mas ainda há muita resistência.

    Mudar hábitos não é fácil, economizar é quase motivo de piada na maioria dos casos das pessoas que conheço pelo menos, e situações como parcelamentos em compras a perder de vista e fazer empréstimos é bem mais natural.

    Tenho uma amiga que fazia um empréstimo, faltava algumas parcelas e já estava pensando no próximo, eu me indignava com ela e ela só ria e até hoje, tenho certeza, é eu convidar ela para almoçar que vai me falar mais de 2 ou 3 empréstimos e morrer de rir com minhas críticas.

    Acho que empréstimo tem que ser a exceção e depois a prioridade para acabar de uma vez, é um meio se não tiver alternativa. Mas a melhor sem dúvida é aprender a poupar, pelo menos para coisas pequenas resolve.

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  4. Oi Ziula, já fiz uso de consignado a muitos anos atrás. Nós compramos uma imóvel e não conseguimos pagar as parcelas. Depois de uns 6 meses lutando com isso, resolvemos vender o imóvel, quitar as dívidas e poupar o que sobrou para num futuro e sob melhores condições pensar num imóvel próprio. E assim nós fizemos, poupamos por período de 5 anos pelo menos, compramos um terreno, quando terminamos de pagar partimos para a construção da casa, parte do valor nós tínhamos e cerca de 50% financiamos pela Caixa num plano de 10 anos com intenção de pagar em menos tempo. De tempos em tempos, juntamos dinheiro de 13 e férias e adiantamos parcelas, o desconto que o Banco aplica é realmente muitooo bom, creio que em 4 anos quitamos todo financiamento. Aprendemos como fazer depois de errar no passado. Sou funcionária pública e essa história de consignado é algo comum entre as pessoas que conheço. Eu vim de Brasília, e lá era um festival de empréstimos consignados.
    Sabe eu acho que muitas pessoas quebram uma regra básica: "É importante gastar menos do que ganha. Nunca mais!" Quando a pessoa quer manter um estilo de vida alto, numa cidade como Brasília, por exemplo, em que o custo de vida é altíssimo, chega um ponto em que a pessoa não dá conta mesmo! Muitos trocam de carro todo ano, tem empregada doméstica, gastar muito em supermercado, gasta muito comendo fora. Em Brasília, ir ao cinema e fazer um lanche no shoping é um programa caro! E por aí vai.

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  5. O problema é que parece que empréstimo consignado é um vício. Eu vi isso de perto com uma pessoa conhecida. Esta pessoa passou uma fase muito difícil e realmente precisou recorrer a vários empréstimos consignados, em diversas financeiras. Quando os empréstimos acabavam ou estavam finalizando, as financeiras que emprestavam a esta pessoa viviam telefonando e dizendo que a pessoa já tinha um valor pré aprovado disponível para empréstimo. Isso era direto, eles vivam telefonando e mandando cartas. E aí a pessoa dizia queira fazer. A situação da pessoa melhorou, quer dizer, já estava vivendo com o salário e quando eu perguntava se ainda estava precisando mesmo de dinheiro a pessoa me respondia que não, mas que se as financeiras estavam colocando aquele valor disponível, que iria aceitar.
    Parece que é um vício e as financeiras se aproveitam disso. Algumas pessoas vêem aquele valor todo disponível para pagar em não sei quantas prestações e não resistem a tentação.

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  6. Bom dia, senhoras e senhores.
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  12. Bom dia, senhoras e senhores.
    Eu sou um cidadão e um empresário humano suíço que oferece empréstimos de dinheiro para as pessoas que precisam de empréstimo urgente. Esta oferta é para a população suíça e um grande negócio. Um país de € 5.000 a € 10 milhões para todas as reivindicações de 4% de juros. Os particulares, empresas e caso contrário, entre em contato comigo através do meu endereço de e-mail e você terá a solução para as suas preocupações. (isoldemag.dr@gmail.com)

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