sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Congelamento temporário de despesas...

Nem box de vidro para banheiro nem cortinas de plástico. Pois é, Adriana, esse caminho você não esperava, não é mesmo?

Minha vida financeira está sofrendo uma "virada" e ainda não sei se para melhor ou para pior, nem qual o rumo que irá tomar. Espero que seja para o melhor e até aposto nessa alternativa, mas somente os números poderão dizer. Dessa vez não vou arriscar!

Então, considerando que já coloquei os móveis no apartamento do meu filho (sofá, cama, mesa, cadeiras, tapetes, roupa de cama, mesa e banho, eletrodomésticos, louças, talheres, mesas laterais, TV, cortina da sala e alguns itens de decoração) arcando com os valores da mudança, também mandei fazer os móveis planejados (cozinha, cristaleira, armários para dois quartos e dois banheiros), comprei todas as luminárias e chuveiros e ele, meu filho, apenas chamou o eletricista arcando em esse custo, resolvi parar e deixar por conta dele o que acontecer daqui em diante.

Penso que já fiz minha parte e talvez até mais do que seria necessário, mas entendo que havia me comprometido e o limite foi esse onde parei em razão de ter tomado consciência de eventualmente ter feito mais do que deveria.

Como não participei da mudança, estava trabalhando, e também não consegui ver como ficaram os móveis nos devidos lugares, esse final de semana vou até lá, esperando ter surpresa agradável e depois coloco as fotos por aqui.

Quanto ao quarto da Izabel, chegou a roupa de cama e assim que for possível também coloco as fotos de como está atualmente, entretanto, não vou colocar mais nada por um tempo, até que ela esteja adaptada e dê idéias que deixem o quarto com o estilo dela, caso contrário, será mais um cômodo com a "minha cara" e não pretendo isso.

Acho importante os adolescentes exercerem a criatividade e personalizarem sua toca. Vamos ver no que dá, até porque talvez seja temporário, considerando que a faculdade ela cursará em Londrina.

Eu tinha esses dois projetos em andamento - quarto e apartamento - e que exigiriam ainda alguns gastos e estão congelados pelo prazo de sessenta dias. Depois disso veremos, pois ainda tenho um grande projeto para março de 2013 que dependerá de valores altos e outro para agosto de 2013 que pedirá valores menores, mas todos esses valores precisam ser economizados até lá em razão de que não pretendo pagar nenhuma espécie de juros nem parcelar no cartão qualquer compra que se faça necessária.

Prefiro descobrir primeiro se os valores que estou gastando atualmente continuarão a ser os mesmos e nas mesmas proporções conforme o orçamento já delineado, se diminuirão, se aumentarão e se o orçamento irá equilibrar ou continuar se comportando feito uma criança mimada a depender de complementações com férias e gratificação natalina.

O comportamento atual não está me agradando, como já mencionado em outros textos por aqui.

Tenho a intenção de no recebimento do salário retirar todos os investimentos e poupança, passando a viver com o restante sem que faltem valores no final do mês, valores esses que precisam das complementações acima mencionadas. É um árduo processo e um árduo caminho que venho trilhando, ciente de que nada referente à equilíbrio é fácil e indolor, muito pelo contrário.

Seria como se eu recebesse valores mensais menores, pois sequer lembraria da existência daqueles valores retirados no dia do pagamento e teria que aprender a viver com menos, com a consciência de que somente esses valores que sobraram é que poderiam ser gastos no dia a dia.

Já ouvi gente argumentando que não se pode dar ao luxo de poupar. Ora, poupar não é um luxo, é uma necessidade! Luxo e desnecessário é gastarmos mais do que ganhamos, é não nos atentarmos para as limitações do orçamento, é não nos privarmos de coisas totalmente supérfluas.

Tudo isso são pensamentos sobre dinheiro, planos, intenções e somente agindo assim podemos chegar ao nosso melhor que pode até ser diferente de alguns caminhos pensados, o que não podemos é ficar parados, vendo o salário todo ser sugado, depois correr para economizar e com o valor da economia destinado ao pagamento de juros e taxas bancárias.

Necessária uma mudança de atitude e ela não é ato único, exige um exercício diário com o orçamento e também em todas as outras áreas da vida como manter-se saudável (está difícil ficar sem o cigarro, mas tenho lutado desde que acordo até a hora de dormir para não ceder), ter relacionamentos satisfatórios, praticar exercícios, exercer a caridade, manter a leitura em dia, fazer algum artesanato, etc.

Sei que manter a frequência de todas as coisas que nos fazem bem, seja a curto, médio ou longo prazo é difícil, mas é possível e nos torna felizes.

Tente você também mudar alguma sitação que você saiba estar desequilibrada na sua vida e lute diariamente para que se torne um hábito! Tente, mesmo que haja tombos! Se cair, tente novamente! E, no final, sinta-se uma pessoa vitoriosa!

6 comentários:

  1. Hahaha.

    Pelo menos não comprastes as cortinas de plástico para banheiro, já me dou por satisfeita... rs

    Brincadeiras à parte, bem que faz mesmo. A propósito, só assim para “cairmos na real” e não achar que tudo é fácil, pois o trauma depois de ver que nada é fácil é até pior.

    E quando a pessoa gasta o próprio dinheiro que ganha, dá muito mais valor, pois sabe o quão duro é ganhar.

    Eu não posso falar muito pois meus pais sempre fizeram isso de dar tudo que podiam, só que isso fez eu ficar muito acomodada e demorar para aprender o quanto é penoso ganhar e só fui criar vergonha na cara mesmo esse ano quando um tio meu, juiz aposentado, me deu uma baita “lição de moral” quando perguntou o que eu estava achando da profissão e eu respondi com palavras que ele me achou o máximo da acomodada e disse que no tempo dele teve que sofrer, não era com tudo nas mãos, etc.

    Em resumo, vi que perdi muito tempo reclamando e tendo a “faca e o queijo na mão”, assim que só agora fui rumar melhor no meu objetivo e lembro da “dura” e também que o filho dele, ano passado tomou posse como desembargador (com 43 anos só) e dai falava que pedia que afastasse o “cálice da preguiça”, uso esses dois para quando estou de saco cheio e vejo que o erro foi meu e já podia estar bem melhor, assim que o “facilitar” às vezes deixa a pessoa muito acomodada e isso vale para todos os sentidos.

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    1. Concordo plenamente com você e está aí mais um desafio!!! Como é difícil dizer não para os filhos, mas prometo que vou tentar!!!

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  2. Ziula, se pretende fazer isso terá de cortar bastante e levar uma vida mais simples mesmo, não tem escapatória. Parte do motivo do orçamento se comportar como criança mimada se deve mesmo aos imprevistos, mas outro tanto ao estilo de vida que estamos acostumados a levar. Agora que já montou o ap do seu filho e adequou o quarto para sua filha talvez você possa deixar de lado esse aspecto da decoração e arranjar projetos completamente free! Às vezes isso quer dizer simplesmente não comprar mesmo em vez de escolher o mais simples (exemplo do box vidro X cortina de plástico). Eu, por exemplo, precisava muito trocar a minha geladeira de pessoa solteira por uma de pessoa casada (a minha geladeira é, realmente, MUITO pequena e acho que mesmo uma pessoa minimalista concordaria com isso). Fiquei pesquisando preços, pensei em abrir mão do modelo que eu queria em prol de uma que fosse mais barata e acabei não fazendo nada disso: desisti de trocar a geladeira e passei a simplesmente comprar menos coisas pra colocar dentro da geladeira. Todo mundo me achou exagerada, mas funciona super bem e deixei de gastar dinheiro. talvez você precise redefinir o que é necessário para conseguir viver dentro do orçamento estabelecido. Há um ano atrás uma geladeira nova era necessária de verdade para mim, eu nem questionava isso! Agora, de acordo com uma reformulação da minha ideia de necessidade, a geladeira passou a ser mais um desejo do que uma necessidade. Simples assim.

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    1. Marina, não consigo saber por enquanto o que cortar mais, pois a vida que levo não tem nada de luxo e em uma análise superficial diria que é bem simples, embora eu tenha certeza de que prestando mais atenção ache muita gordura para cortar.

      É difícil reformular uma idéia, não é mesmo?

      Vou começar a anotar as idéias, mesmo aquelas do consumo que entendo consciente e essencial para analisar de outra forma e tentar mudar o rumo das coisas.

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  3. Fiquei pensando aqui... o congelamento temporário de despesas se refere a despesas com o ap do seu filho e com o quarto da sua filha? O ap parece que já está bem montado e talvez já seja suficiente. Quanto ao quarto talvez você possa futuramente estabelecer um orçamento máximo a ser gasto e deixar por conta dela decidir como vai empregar o dinheiro. Acho que você está percebendo que sua decisão de repensar muitas coisas acaba afetando as pessoas em volta; nem todo mundo está no mesmo ritmo que a gente está ou se fazendo as mesmas perguntas e lidando com os mesmos questionamentos. Digo isso porque durante o ano sem compras recebi muito apoio, mas não tive adesão total em casa, ou seja, não foi um projeto do casal, foi um projeto meu. Algumas coisas que aprendi acabaram causando impacto em pessoas próximas e na família, mas outras foram aprendizados bem pessoais e nem todo mundo adotou o mesmo estilo de vida que eu adotei. Tem que ter um jogo de cintura danado...!

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    1. Pra você ver, não tinha eu pensado em nenhum projeto pessoal, novamente pensando somente nos meus filhos, acho que já passou da hora de mudar o foco!

      Tenho a sorte de que todos aqui em casa apoiaram o "ano sem compras", apoiam as decisão de ficar mais um ano sem comprar desnecessários e supérfluos, tudo isso somado ao fato de que também alteraram alguns hábitos de consumo, então fica fácil ou menos difícil!

      Uma boa idéia essa sua para o quarto da Izabel, daqui sessenta dias converso com ela e vamos ver o que ela acha!

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